Texto Filosófico

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⁠Uma Nova Fórmula de Criação: A Teoria da Perfeição de Silvio Antônio Corrêa Júnior

Introdução

Na fronteira entre a ciência e a filosofia, surge uma nova perspectiva que busca descrever a criação do universo através de uma fórmula matemática. Silvio Antônio Corrêa Júnior, em sua obra "A Jornada da Consciência: Explorando a Criação e a Relatividade do Universo", apresenta a fórmula C=(ϕ2+π2+2αϕ+2πω)2 Ele sugere que esta fórmula não apenas encapsula a harmonia dos elementos fundamentais do universo, mas também ilustra uma criação perfeita, resultando em um cubo perfeito. Este artigo explora a profundidade e as implicações desta descoberta.

Análise da Fórmula
A fórmula proposta por Silvio é:
C=(ϕ2+π2+2αϕ+2πω)2
Para entender a profundidade desta equação, é crucial analisar a substituição dos elementos ϕ, π, α, e ω pelos números 1, 2, 3 e 4, respectivamente:
Desmembrando os termos, temos:
C = (1+4+6+16)2
C = (1 + 4 + 6 + 16)2
C = (1+4+6+16)2
Somando os valores dentro do parêntese:
C = (27)2
Finalmente, ao calcular o quadrado de 27, obtemos:
C = 729

O resultado de 729 é particularmente significativo, pois é um cubo perfeito, 939^393. Este resultado simboliza, na visão de Silvio, uma criação perfeita e harmoniosa.

Interpretação Filosófica
Silvio Antônio Corrêa Júnior vê sua fórmula como uma representação da criação universal, onde a interação harmônica entre quatro elementos gera uma estrutura perfeita. Em sua visão, ϕ\phi, π\pi, α\alpha, e ω\omega representam dimensões ou elementos fundamentais do universo. A combinação desses elementos, quando equilibrada de forma precisa, resulta em uma criação perfeita.

Este conceito se alinha com a ideia de que a consciência, representada como o quinto elemento emergente, surge da harmonia dos quatro elementos fundamentais. A fórmula de Silvio, portanto, não é apenas uma expressão matemática, mas uma metáfora para a perfeição e a harmonia subjacentes no universo.

Repercussões Científicas e Filosóficas
A proposta de Silvio desafia as fronteiras entre ciência e filosofia, oferecendo uma nova maneira de pensar sobre a criação e a estrutura do universo. Do ponto de vista científico, a fórmula sugere uma simetria e uma harmonia que podem inspirar novas pesquisas em física teórica e cosmologia. Filósofos podem encontrar na visão de Silvio uma base para explorar a relação entre a consciência e a estrutura fundamental do universo.

Além disso, a ideia de que a consciência emerge de uma harmonia perfeita entre os elementos fundamentais pode oferecer novas perspectivas sobre a natureza da mente e sua relação com o cosmos. Esta visão holística pode fomentar um diálogo interdisciplinar entre físicos, filósofos e neurocientistas.

Conclusão
A fórmula C=(ϕ2+π2+2αϕ+2πω)2 , proposta por Silvio Antônio Corrêa Júnior, representa mais do que uma equação matemática; ela é uma expressão da busca pela compreensão da criação e da harmonia universal. Ao demonstrar que a interação equilibrada dos elementos fundamentais pode resultar em uma criação perfeita, Silvio oferece uma visão inovadora que pode influenciar tanto a ciência quanto a filosofia.

Inserida por silviocorreajr

⁠Disse o crítico:
"A persistência é o caminho do êxito"
Então quanto tempo mais é preciso lutar para ter respeito?
Um mundo, um país formado, caracterizado pelo diferente
Cada um uma mente com a sua vertente e mesmo assim, com todos envolvidos de alguma forma em "comunidade" nessa nossa enorme pluralidade cultural são poucos os que idealizam e talvez até sonham com um novo futuro,
É nossa república
A divisão entre sãos e loucos
Até quando aceitarão e até quando se calarão diante deste Estado que não é nação?
Até quando aceitarão e até quando irá a submissão vivendo no explorado celeiro mundial que vive vivendo de exportação enquanto sua popular população vive vivendo na carência de alimentação?
Até quando olharão mapas, apps e sites de localização para chegar as ruas Duque de Caxias, Dom Pedro I e tantos outros que se atrevem a chamar de herois usando essa denominação para continuar desde sempre essa banalização dessas, dessa enorme mancha ensanguentada, hoje, a cor mais farta em nossa bandeira, aquela, da "patria amada", aquela, que jamais seria manchada?
Vivemos na caverna de Platão, desde sempre acorrentados ao chão forçados por todos a viver uma projeção distópica em frente a uma parede de pedra enquanto fazem questão de vir para matar aqueles que se atrevem a forçar as correntes e sabem que são suficientes para deixar o Sol queimar, iluminar, a princípio te cegar e até te machucar, mas quando se acostumar a respirar verá que quando um sonhador coração está com pressa só a verdade te liberta;
No final, existe apenas uma raça, esta que deve ser a mais bela, que deve crescer, se conhecer, entender de uma vez por todas que devemos dar a nossa bandeira o que a tiraram, esqueceram, nunca falaram, o amor, que escrevam como deveria ser, "o amor por principio e a ordem por base: o
progresso por fim."
Cada um uma mente com a sua vertente Com todos envolvidos de alguma forma em comunidade nessa nossa enorme pluralidade cultural
Só existe uma raça, a raça humana
Então promana, emana
Sem ter mais medo de ser proponentes
E sem ter mais medo dos coagentes
Que cada um leve as suas paixões e ideias que por mais distintos que sejam no final resultam para todos o objetivo mais profundo,
Porque podemos todos sermos diferentes e ainda assim sonhar com o mesmo mundo,
"Somos do tamanho dos nossos sonhos",
Só existe uma raça, a raça humana
E para todos, todos vocês eu digo, não, nunca, em hipótese alguma eu vou parar de lutar, e não, nunca, em hipótese alguma vamos parar de os questionar, "porque eles combinaram de nos matar, e nós, combinamos de não morrer"...

Inserida por Yvi

Fórmula de Silvio Antônio Corrêa Júnior:
Silvio apresenta a fórmula:⁠
C = (ϕ2+π2+2αϕ+2πω)2

Onde ϕ, π, α, e ω representam elementos que, quando substituídos pelos números primários 1, 2, 3, e 4, respectivamente, resultam em:
ϕ=1,π=2,α=3,ω=4
Portanto,
ϕ2=12=1, π2=22=4, 2αϕ=2⋅3⋅1=6, 2πω=2⋅2⋅4=16
C = ( 1 + 4 + 6 + 16 )2

C = ( 27 )2
C= 729
Assim, tanto Platão quanto Silvio Antônio Corrêa Júnior convergem para o número 729 em suas respectivas abordagens. Platão através de um cubo perfeito de 9x9x9, e Silvio através de sua fórmula que, ao ser simplificada com números primários específicos, resulta no mesmo valor.

Esta convergência matemática reflete uma similaridade profunda em suas visões sobre a estrutura e a harmonia do universo, apesar das diferenças temporais e conceituais entre seus pensamentos.

Inserida por silviocorreajr

Até que ponto?

Conhecimento é inato, até que ponto?
O empirismo tem suas razões e suas verdades, até que ponto?
As crenças, os valores, o certo e o errado, "a alegoria da Caverna de Platão", tem sentido até que ponto?
A tecnologia desafia a humanidade seguindo em duas cordas bambas paralelas, uma caminha velozmente rumo ao fracasso social e irracional da maioria, outra caminha dando saltos largos na corda bamba elevando o poder descontrolado dos grandes capitalistas, ao mesmo tempo cegando as mentes vazias de conhecimento, suportaremos como sociedade, até quando?

Inserida por Ricardossouza

⁠A Sombra da Ideia

Em que canto se esconde o real,
senão na lembrança do que não foi?
O mundo é reflexo desigual
de algo que pulsa… mas já se foi.

Toquei o belo com olhos fechados,
buscando formas no véu da razão.
Mas o que vi eram traços borrados
de um ideal preso na ilusão.

A alma — essa prisioneira antiga —
geme por algo que não sabe dizer.
É sede de luz, mas sempre ambígua,
no espelho das coisas por conhecer.

Caminho entre sombras projetadas,
tentando lembrar o que nunca vivi.
Meu peito carrega estradas fechadas
e um silêncio maior do que eu previ.

Ó verdade, tão longe e tão pura,
por que deixaste migalhas no chão?
Sigo-as sem fé, mas com ternura,
como quem ama sua própria prisão.

Inserida por higor_capellari

A ignorância de alguns homens faz com que a injustiça prolifere. O objetivo da verdadeira política é exatamente corrigir essas injustiças, é tornar justo aquilo que é injusto.

No Brasil esse objetivo foi invertido a enésima potência, a sociedade míngua, o país sucumbe e Platão se revira no túmulo.

Inserida por FRLinhares

Eu sou a Arte,
Não espero compreensão,
Raramente inspiro-me em razão,
Deixo que meus sentimentos voem,
Se entrelascem em olhares,
Apaixono-me com facilidade,
Mas, o que faz a estadia,
Somente recíprocidade,
Pessoas pra mim são Almas,
Almas não se "pegam",
Isso é pífio,
Fulo,
Eu vivo é de histórias,
Poetiso-te,
Pinto em letras meu Amor,
Amo intensamente,
Como combustão incontrolável,
Ainda que só por alguns instantes,
Ainda que só intrínsecamente,
Uma vida inexistente,
Somente na mente,
Simplesmente vôo,
Mesmo sabendo que na maioria das vezes,
Enrosco num fio,
Quebro às asas,
Desmorono.

Inserida por LeticiaDelRio1987

O nome dessa poesia é,
Ananda,
Por onde ela passa,
Em meus olhos o encanto,
Linda,
Sua Alma dança,
Seu sorriso paralisa,
Ressalta,
Ressalva,
Reluz,
Relampeja minha sensatez,
Nome com sabor de poesia,
Inebria,
A maneira como apoia a mão sob a cintura,
Delicadamente,
Perco-me em encantamento,
Teu rosto,
Como queria saber teu gosto,
Ananda,
Nome de poesia,
Deve ter sabor de céu,
Céu da sua boca,
No dia mais estrelado que será,
Ainda que em sol à pino,
E se fora da janela trovejar,
Faço-te em mim um refúgio,
Ainda que o inverno insista em bater,
Na minha cama faço e refaço-te em verão,
Tu vais ver.
Tu é o Labirinto onde desejo me perder,
Em curvas,
Toques,
Retoques,
Quero engarrafar cada memória,
Cada micropartícula,
Cada sinal de eufória,
Quero ser Teu maior prazer,
Me chame de Oxitocina,
Tua,
Oxitocina
Exclusiva,
Me queira,
Me queima,
Menina do cabelo de fogo,
Te envolvo.

Inserida por LeticiaDelRio1987

Eu Amo você,
Ainda que com plena consciência do quão Platônico isso seja,
Quero ser teu ninho,
Você é um passarinho,
O mais lindo,
Que eu possa observar voar,
Voe,
Sabendo,
Que se chegar o frio,
A chuva,
A tempestade,
Seu ninho estará aqui,
Protegido na árvore da minha Alma,
Enraizado,
No mais profundo sentimento,
Que não subtrai,
Sou tua soma,
Multiplico-te em meu Amor,
Com todo cuidado,
O chocolate mais raro,
Imensurável,
Sinto o prazer de degustar cada pedaço,
Deixando derreter,
No paladar,
Eternizando cada momento,
Caixa de Pandora,
Um prazer,
Com perigo,
Que eu não exitaria em correr,
Inspiração,
Perco a razão,
Sem compreensão.

Inserida por LeticiaDelRio1987

Não faz sentido,
A vida não tem sentido,
Quando o sentido da vida,
É viver perdido.
Sei que existe um lugar,
Que vai além do corpo,
É o lugar da Alma,
O lugar da minha Alma,
Que não se encaixa,
Meu corpo é só uma caixa,
Uma caixa que contém minha Alma,
Uma Alma que só quer levitar.
Mas, a vida me tira do Ar.
A realidade dos olhos é só uma máscara,
Uma máscara,
Que eu não sei lidar.
Então, me deixa,
Me deixa voar,
Pra longe,
Sem horizontes,
Onde meu Oceano do pensar,
Precede,
A existência presente,
Tão envolvente,
Como a existência,
Só a caixa,
São máscaras,
Então,
Me deixe quebrá-las.

Inserida por LeticiaDelRio1987

⁠MIL PLATÕES
Transpôs gerações a perspectiva
Monóculo de única "verdade"
Nas correntes da acomodação
Ninguém a duvidar das projeções

Eram as sombras ali sempre vivas
Incrédulos de outras realidades
Atrofiavam as chaves da razão
Até um desgarrar das ilusões

Embora encandeado pela luz
Venceu barreiras, provou liberdade
No inefável ampliou a visão
Carecia partir tais emoções

Julgarão insano o que ele conduz?
Pra ignorância o sol ainda arde
Conhecer por si é a libertação
Socraticamente em mil Platões!

Inserida por alfredo_bochi_brum

NADA É PEQUENO NO AMOR
Autora: Profª Lourdes Duarte

Já dizia Sêneca , “O amor não se define; sente-se”.
E como o Amor é um sentimento perfeito é além da nossa compreensão, o máximo que conseguimos fazer é “imitar” o verdadeiro e completo Amor. O Amor é benigno e não sente ciúmes. o Amor não é orgulhoso e não recente do mal: o Amor perdoa, seja qual for o erro. O verdadeiro Amor está além da distância, do toque, do cheiro...

Não busca-se razão para Amar, não se ama porque alguém tem qualidades interessantes ao se ver ou porque é bonito. O verdadeiro Amor é simplesmente Amar, coisa que nós seres humanos demonstramos uma imensa dificuldade, pois o Amor é algo que não pode ser explicado com palavras apenas com gestos, e isso não basta para responder nossos questionamentos em relação a ele.
O amor é algo de uma grandiosidade tamanha que chega a ser algo perfeito. E nós, seres humanos, não somos perfeitos apesar de sermos feitos a imagem e semelhança de Cristo, pois com o tempo nós mesmos acrescentamos nossas imperfeições às nossas personalidades. E quando o amor chega a dúvida aparece.

Nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura não sabe amar. Fernando Pessoa diz que:
“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”

No segundo capítulo do livro de Sêneca, temos mais dois aspectos a levantar.

1-) Objetivo de vida

Todos nós temos objetivos pessoais, sociais, profissionais, afetivos. Mas existe um objetivo de vida comum a todos nós, que concerne a todo ser humano. Esse objetivo é o de evoluir. Nossa alma está em nosso corpo para evoluir, para ser livrar de coisas ruins. E a única forma de evoluirmos e nos tornarmos melhores como seres humanos é através do conhecimento a respeito de nós mesmos. Conhecendo a si mesmo, conhecemos nossas luzes e sombras, nossos valores e princípios, nossas virtudes e ideais, e dessa forma podemos iluminar nosso lado obscuro, nos livrarmos de paradigmas e características que nos travam e deixar nossa alma o mais iluminada e limpa possível.

É um trabalho muito longo o trabalho de conhecer a si mesmo, mas é um grande aprendizado. É aprender e refletir todos os dias. É ter a mente aberta para se analisar todos os dias, a todo o momento. Ser crítico consigo mesmo, olhar para dentro de si e estar aberto para aprender sempre.

Esse desejo de sermos melhores deve nos acompanhar desde que tomamos a consciência de nossa existência até o fim dela. É algo que nos acompanha a todo o momento, e é a razão de estarmos aqui.

2-) Vícios e prazeres que nos afastam da verdade, do objetivo.

Devemos tomar muito cuidado com vícios e prazeres que nos distraem, que nos fazem perder tempo. Que não permitem que paremos um tempo, pelo menos uma vez por semana, para refletirmos sobre nossas atitudes, nossos pensamentos, valores e princípios. Que não nos permitem parar um tempo para ler, estudar, aprender. Que nos distraem e fazem com que o tempo nos carregue sem percebermos. E aí quando acordamos já é tarde demais. Devemos vigiar para que esses vícios e prazeres não nos afastem do nosso verdadeiro objetivo de vida: evoluir.

Inserida por carolgdc

Sêneca era contra a escravidão e contra as diferenciações sociais entre as pessoas. O que pode dar valor e nobreza a uma pessoa é somente a virtude e essa todos podem ter. Na sociedade o que define se alguém vai ser escravo ou um nobre é somente a sorte do nascimento. Em sua origem todos os homens eram iguais. A nobreza é uma construção de cada homem no desenvolvimento do seu espírito.
(da filosofia de Sêneca)

Inserida por DavidFrancisco

Ensaio a respeito de Sêneca
A virtude nada mais é que a razão certa.
O que dizer ?
Bondade?
Vaidade?
Virtude?
A bondade nada mais é que uma virtude,
Virtude quando falada não é virtude
É vaidade;
Virtude?
Há essa tal virtude que contida dentro da alma alimenta!
De certo modo o que se alimenta, enche!
Esse tal ser humano quando enche transborda,
Mas se enchermos até ao ponto de transbordar que seja de virtude.
Transbordo que que alimenta o ego não é virtude, é vaidade disfarçada.

Inserida por beatrizcouth

"⁠Um timoneiro que se preze continua a navegar mesmo com a vela despedaçada."

Sêneca

O TIMONEIRO, A NAVEGAÇÃO, A VELA DESPEDAÇADA são apenas ilustrações para dizer que na vida, mesmo diante das percas, da dor, da tristeza, da desilusão e do coração despedaçado, sempre haverá forças para aqueles que se dispõem a continuar seguindo em frente, e assim não se deixar afundar em meio às turbulências que as vezes a vida nos impõe.
A deriva muitos provavelmente se encontram, mas não poderão continuar assim por muito tempo. As vezes a vida nos ajuda colocando em nossos caminhos os ventos da boa amizade, da boa base familiar, das aparentes coincidências e do restabelecimento da lucidez, nos levando a um porto seguro para a restauração de nossas energias, para reformulação de novas idéias para que posteriormente possamos seguir novamente rumo ao nosso próprio destino.

Inserida por AdmilsonNascSantana

O Mal— um Bem Favorável ao Grande Crescimento Examinem a vida dos melhores e mais fecundos homens e povos e perguntem a si mesmos se uma árvore que deve crescer orgulhosamente no ar poderia dispensar o mau tempo e os temporais; se o desfavor e a resistência externa, se alguma espécie de ódio, ciúme, teimosia, suspeita, dureza, avareza e violência não faz parte das circunstâncias “favoráveis” sem que as quais não é possível um grande crescimento, mesmo na virtude? O veneno que faz morrer a natureza frágil é um fortificante para o forte— e ele nem o chama de veneno.

Nunca ouviram falar do louco que acendia uma lanterna em pleno dia e
desatava a correr pela praça pública gritando sem cessar: “Procuro Deus! Procuro
Deus!” Mas como havia ali muitos daqueles que não acreditam em Deus, o seu
grito provocou grande riso. “Ter-se-á perdido como uma criança” dizia um. “Estará
escondido?” Terá medo de nós? Terá embarcado? Terá emigrado?” Assim gritavam
e riam todos ao mesmo tempo. O louco saltou no meio deles e trespassou-os com
o olhar. “Para onde foi Deus?” Exclamou, é o que lhes vou dizer. Matamo-lo...
vocês e eu! Somos nós, nós todos, que somos seus assassinos! Mas como fizemos
isso? Como conseguimos isso? Como conseguimos esvaziar o mar? Quem nos deu
uma esponja para apagar o horizonte inteiro? Que fizemos quando desprendemos
a corrente que ligava esta terra ao sol? Para onde vai ela agora? Para onde vamos
nós próprios? Longe de todos os sóis? Não estaremos incessantemente a cair? Para
adiante, para trás, para o lado, para todos os lados? Haverá ainda um acima, um
abaixo? Não estaremos errando através de um vazio infinito? Não sentiremos na
face o sopro do vazio? Não fará mais frio? Não aparecem sempre noites? Não será
preciso acender os candeeiros logo de manhã? Não ouvimos ainda nada do barulho
que fazem os coveiros que enterram Deus? Ainda não sentimos nada da
decomposição divina... ? Os deuses também se decompõem! Deus morreu! Deus
continua morto! E fomos nós que o matamos! Como haveremos de nos consolar,
nós, assassinos entre os assassinos! O que o mundo possui de mais sagrado e de
mais poderoso até hoje sangrou sob o nosso punhal. Quem nos há de limpar desde
sangue? Que água nos poderá lavar? Que expiações, que jogo sagrado seremos
forçados a inventar? A grandeza deste ato é demasiado grande para nós. Não será
preciso que nós próprios nos tornemos deuses para, simplesmente, parecermos
dignos dela? Nunca houve ação mais grandiosa e, quaisquer que sejam, aqueles
que poderão nascer depois de nós pertencerão, por causa dela, a uma história mais
elevada do que, até aqui, nunca o foi qualquer história.

A independência é o privilégio dos fortes, da reduzida minoria que tem o calor de auto-afirmar-se. E aquele que traia de ser independente, sem estar obrigado a isso, mostra que não apenas é forte mas também possuidor de uma audácia imensa.
Aventura-se num labirinto, multiplica os mil perigos que implica a vida; se isola e se deixa arrastar por algum minotauro oculto na caverna de sua consciência. Se tal homem se extinguisse estaria tão longe da compreensão dos homens que estes nem o sentiriam nem se comoveriam em absoluto. Seu
caminho está traçado, não pode voltar atrás, nem sequer lograr a compaixão dos seres humanos.

Suponto, porém, que alguém tome os afetos de ódio, inveja, cupidez, ânsia de domínio e querer vencer sempre, como afetos que condicionam a vida, como algo que tem de estar presente, por princípio e de modo essencial, na economia global da vida, e em consequência deve ser realçado, se a vida é para ser realçada - esse alguém sofrerá com tal orientação do seu julgamento como quem sofre de enjôo do mar.
No entanto, mesmo essa hipótese está longe de ser a mais dolorosa e mais estranha desse desmesurado, quase inexplorado reino de conhecimentos perigosos; e existe, de fato, uma centena de boas razões para que dele mantenha distância todo aquele que - puder! Por outro lado, se o seu navio foi desviado até esses confins, muito bem: Cerrem os dentes ! Olhos abertos ! Mão firme no leme ! - navegamos diretamente sobre a moral e além dela, sufocamos, esmagamos talvez nosso próprio resto de moralidade, ao ousar fazer a viagem até la - mas que importa nós ! Jamais um mundo tão profundo de conhecimento se revelou para navegantes e aventureiros audazes: e o psicólogo, que desse modo "traz um sacrifício" - que não é o 'sacrifizio dell'intelletto', pelo contrário! - poderá ao menos reivindicar, em troca, que a psicologia seja novamente reconhecida como rainha das ciências.

Inserida por pandavonteese

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