Texto em versos
O LADRÃO DE VERSOS
Uma gargalhada do meu filho
rouba-me um verso. Era,
se não erro, um verso largo,
enxuto e musical. Era bom
e certeiro, acreditem, esse verso
arisco e difícil, que se soltara
dentro de mim. Mas meu filho
riu e o verso despenhou-se no cristal
ingénuo e fresco desse riso. Meu Deus,
troco todos os meus versos
mais perfeitos pelo riso antigo
e verdadeiro de meu filho.
Amante dos versos, mas fiel a poesia.
A madrugada já bate na porta,
Os batimentos a mais de 100,
Coração ver se suporta.
Em uma noite qualquer,
Dos meus dedos flui diversos versos
Ou será que isto é poesia?
Na rima a menina fascina,
De lábios tão doces me aluscina.
Imagina um futuro não tão distante,
Mesmo sendo um vaso de vidro na beira da estante.
Raciocina, veja o quão perigoso isso se tornou.
As palavras tem um imenso poder cortante,
Maldito cupido me flechou em um instante.
Não deixe morrer o brilho da tua retina minha menina.
Me mima, me acolhe e escolhe,
Se vai ficar comigo ou com ele.
Sem pensar no amanhã
Me tornei o amante dos versos,
Mas também sou casado e fiel a poesia.
Dizem que as leis da física
Não se aplicam a um poeta,
Ou será que é as leias do coração?
Escrito por
Luan C.
@recite_ou_excite
Saudades em poesia
Seu cheiro derramado em poesias
Seu cheiro arrastado nos versos
Cheiro espairado
Repartido
Cheirando espalho
Vetado
Revive em mim seu corpo em perfume
Flui
Esparrama a sua vontade
Somos mistura
Dos céus e dos ares
Somos nós e nó
Você existiu
Para... sempre...
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Acusam-me de mágoa e desalento,
como se toda a pena dos meus versos
não fosse carne vossa, homens dispersos,
e a minha dor a tua, pensamento.
Hei-de cantar-vos a beleza um dia,
quando a luz que não nego abrir o escuro
da noite que nos cerca como um muro,
e chegares a teus reinos, alegria.
Entretanto, deixai que me não cale:
até que o muro fenda, a treva estale,
seja a tristeza o vinho da vingança.
A minha voz de morte é a voz da luta:
se quem confia a própria dor perscruta,
maior glória tem em ter esperança.
Desejo
os dias frios,em que o calor dos seus braços me aquecia
as noites longas,em que os versos poéticos compunham a trilha sonora da meia noite
os momentos cinzas,em que o seu riso criava uma aquarela de cores
a lágrima que caía, pois nem sempre é dia
O ser, O viver, O sentir... e sentir... E eu, sinto... Sinto muito.
Fico por aí procurando
Ando pelo mundo todo
E encontro
Em versos
Canções
Ando pela rua tropeçando no sorriso
Em todo canto estás
Saio correndo para ver
Fico parado para encontrar
Minha procura nunca cansara
Vejo
Canto
Falo e declamo
Toco
Fico por aí procurando
Fico por aqui sentindo
Fico e vou
Entro e saio
É muito estranho
Estar e nunca estar
Ver e não ser visto
Não ser visto
Ser
Vamos a uma ligeira conversa,
com versos falando sobre versos...
Só converso com versos, se não forem versos perversos...
COM VERSOS CONVERSO
Marcial Salaverry
Quando com versos converso,
faço com versos nada perversos,
ainda que seja com versos diversos...
E também quando se encontra versos
que não são controversos,
pois nada tenho contra os versos...
Conversando com versos
diversificamos a conversa,
versando com temas diversos,
apenas conversando com versos...
Com versos converso com versos apenas...
Converso com versos em que não hajam penas...
Mas se há penas, com versos converso e as afasto...
Marcial Salaverry
Versos Dourados
Céus! tudo é sensível
Pitágoras
Homem! livre pensador! serás o único que pensa
Neste mundo onde a vida cintila em cada ente?
De tuas forças tua liberdade dispõe naturalmente,
Mas teus conselhos todos o universo dispensa.
Honra na fera o espírito que fermenta…
Cada flor é uma alma em Natura nascente;
Um mistério de amor no metal reside dormente;
“Tudo é sensível!” E poderoso em teu ser se apresenta.
Receia, no muro cego, um olhar curioso:
À própria matéria encontra-se um verbo unido…
Não te sirvas dela para qualquer fim impiedoso!
Quase sempre no ser obscuro mora um Deus escondido.
E, como um olho novo coberto por suas pálpebras,
Um espírito puro medra sob a crosta das pedras!
O amor dos livros
Naqueles versos, contos
E também nas histórias
Tudo parece pleno
Amores nascem na amizade
São observados no instante
Há também os improváveis
Nos quais, a primeira impressão
Não aflorou, mas o tempo
O impossível se tornou
Um sublime amor
Há ainda, o amor platônico
Alguém que se apaixona
Por outrem, sem correspondência
Sua projeção é ilusória
Fazendo a pessoa cortejada
Ser um ser divinal
Amor também tem uma ligação
Na linha tênue do ódio
Neste caso, o ciúme e a posse
Se tornam arma letal
O amor se inflama, morre,
se quebra, se reanima, acorda
O amor talvez não seja eterno,
mas a nós ele torna eternos
Amor, quando ele é puro
Ele quebra preconceitos
Derruba muros intranspuníveis
É um amor libertador
O amor é isso tudo
É tudo e mais um pouco
Amor é cumplicidade e paixão
Da realidade aos livros
Dos livros pela eternidade
E a paz até a sublimação
(DiCello, 28/05/2019)
Sou uma simples
e pequena estrofe,
os versos rimados
daquelas poesias
as quais escrevo
com alma e coração
Sem esquecer
De todos os sentimentos
E puras sensações
Seria minha arte
Minha forma de expressão
Eu escrevo o que sinto
O que fantasio
Meus desejos loucos
Inspirados em canções
Em momentos simplesmente
Na volúpia de nós dois
Sou sim, uma poesia
Que surge das minhas emoções
Delirantes vontades
Causa primária das palpitações
Tudo é belíssimo, tanto amor
Assim como essa voraz paixão
(DiCello, 03/06/2019)
O poeta que socializa o verso, escreve pra todo mundo, alcança o professor e o operário. Faz versos como quem diz a todos, sem distinção, sem encastelamento, sem torre. Dissemina o verso, contamina a moça do caixa, o feirante, a balconista. Poesia não é só isso ou só aquilo, poesia é aquilo e isso junto.
Há poetas de comunicação e poetas de experimentalismos. Sou afinado e aprecio os do primeiro tipo. Não que os outros me desagradem, ou que eu tenha restrições em lê-los. Leio de tudo. Amo ler poesia.
Mas quando penso no poder que a poesia exerce em quem tenha habilidade de compreendê-la e se utilizar dela, penso igualmente em quem dela não se beneficie por ser demasiado hermética e reservada a uns poucos privilegiados.
Salvo a afirmação que brilhantemente Guimarães Rosa aponta "Antes o obscuro que o óbvio", há que se encontrar um equilíbrio. Um meio termo entre o que se dá sem nenhum desafio ao leitor e aquilo que se fecha tanto que o afasta.
Poesia tem que circular em muitos meios. Livre. Poesia, entre outras coisas, tem que comunicar.
Oceania
Tanta coisa solta, por assim dizer
Que dentro de versos curtos não vai caber,
Rasga em meu íntimo sensação de labirinto
É perder-se para se viver, e ao final se/te ter.
Coisa quase religiosa, profundo para um só viver
Poderia eu sacudir o mundo para então te dizer
Que é dentro dos momentos lúbricos que meu eu
Assusta-se ao entender: a palavra que sai da boca
Escorrega no raciocínio, louca, parente do THC,
Chega até as entrelinhas do entendimento mútuo,
Causa uma inimaginável sensação de inescrúpulo
Ao correr pelas vias de tão profundo mor prazer,
Estraçalha por inteiro o que há de mais verdadeiro
Imerso nas cousas intocáveis que há em um ser.
Acima de qualquer nome
Oh versos que pulsam nas veias...
Delatam as linhas que fazem ecoar....
Oh luar prateado e acinzentado junto ao estrelar...
Tu mínguas aos poucos....
Que olhos venham chorar...
Plena e absoluta....
Os teus amantes debaixo de ti....
Ficam a enamorar...
Espaço não precisas...
Já és grande no teu encantar....
Viajante inspiração....
Acordo à meia noite...
Da janela meus olhos ficam à marejar....
Teu eclipse é vermelho como bola de fogo...
Uma imensa luz reflete no teu caminhar...
É sonho..
É imaginação...
É ilusão....
Não!...
É o poema que se junta na linha...
E as palavras vem me dizer...
Sou eu...
Uma poesia perdida no vago espaço...
A meia noite sou uma...
A outra...
Sou paixão....
Na promessa que me foi dada....
Sou a frase encantada....
Sou manso por natureza...
Sou da flor...
Sou da relva...
Vim de uma semente que não é pulverizada...
Sou natural...
Levo a vida em alto astral....
Por trás disso tudo...
Tenho um nome que já diz tudo...
Meu nome é Jesus....
Todo poder me dado...
Sou filho do dono do mundo...
Sou o Cristo Nazareno...
Sou poderoso e não sou pequeno....
Sou o rei da Glória...
E pra finalizar essa história...
Meu nome está acima...
De qualquer outro nome...
Ou sobrenome...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Versos Para Você
Eu sei que se eu já tive uma chance
essa chance já passou
Sei que se um dia você já me amou
hoje já não me ama mais
No passado talvez pudéssemos
ter ficado juntas
Mas atualmente ambas seguimos caminhos diferentes
Você está muito longe de mim
Mesmo assim sinto você presente comigo
De tantos poemas que já lhe escrevi
Agora não tem muito o que eu possa fazer
Além de seguir em frente
E esperar o coração cicatrizar
Mas não posso prometer que vou lhe esquecer
Porque muito tempo já passou desde a última vez que lhe vi
E veja só... ainda estou aqui, escrevendo versos de amor
para você
Queria poder fazer um juramento
Ou lhe dizer os mais belos versos de amor
Para conquistar seu lindo coração
Com o meu jeito cordial e encantador
Infelizmente ainda não posso
Pois não te teria por completo
Meiga pura e donairosa ariana
Que qualquer homem honesto queria por perto
Tentarei não ser meio termo
Pois não gostaria de vê-la impaciente
Quero vê-la sempre alegre para mim
Brilhante como uma estrela cadente
Se um dia for possível
Irei no seu ouvido falar
O quanto você é venusta e garbosa
Que falta palavras para isso externar
Para mais bela ariana, Mariana.
Eles se amavam por poesia
e com poesia
não eram poesias do mundo ...
essas de versos ordinários
que nascem de noites entorpecidas ou , quem sabe, da lúcida luz
a poesia deles vinha da alma ...
de dentro ...
mas era tão pura e verdadeira
que escapava dos olhos e dos lábios
era tanta poesia ...
tanta ...
que se calaram
mas amor em silêncio, quando é verdadeiro, é capaz de deixar o mundo surdo
Leve vento, vento leve
Esses versos é como flor
Que nasce dentro do coração
Cresce dentro do olhar
E viaja levando emoção
Leva uma parte de mim
Mas não deixe eu me perder não
Sou uma pequena sonhadora
Que leva a lua crescente no coração
Não estou triste, nem alegre
Às vezes sou flor, noutras sou leque
Ó poesia amada, antes sol
que mal acompanhada
Pois de agora em diante
Só fica quem for de alma
Que o vento me traga calma
Que sopre esperanças no meu peito
E leve tudo que for um peso
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 13/11/2020 às 11:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
16
Hoje não tive muita inspiração de fazer versos que vem do coração.
Talvez esteja esfriando, pouco a pouco me afastando de quem o dia todo fico pensando.
Talvez pouco a pouco compreenda que o confessado é verdade, mas pode ser errado.
Pode ser que seja melhor deixar tudo como sempre esteve, eu sorrindo sozinho lembrando de você do mesmo jeito que prestei atenção pela primeira vez, acho que tu tinha 16.
Não se luta por amor, numa luta haverá feridos.
O amor pode doer, mas não ferir, se ferir nunca foi amor, foi um maravilhoso tempo perdido.
Linhas
Não gosto de versos complexos
Palavras matam ou curam
Matou-se não há retratação
Curou-se então a dose foi certa
Não sou o melhor orador em momentos de dor sempre me atrapalho.
Então o abraço sincero dado ou recebido é minha saída e cura.
Tais cotidianos vêm com a idade.
Que sejam a plenitude do bom conselho onde a bronca de amigo vira afago.
Que sempre haja bons ouvidos para desabafo que ao invés de matar cure ambos os lados.
Como um Deus te abençoe todos os dias, abençoa quem fala e recebe.
Assim semeando com boa palavra que trás felicidade.
Tomara que mate a angústia, decepção e ansiedade.
Universo do Poeta
Nesse universo....
Faço meus versos...
Aspiro letras...
Respiro palavras...
Me decolo de asas abertas...
Como brancas garças...
Que momento bom...
Soprado pelo vento....
Isso tudo....
Conduz o meu trilhar....
Cavalgo e rimo...
Com detalhes....
Vou em busca de atalhos....
Entro e algumas vicinais...
Tentando dar vida as poesias....
O que eu posso fazer...
Se não tenho culpa do meu decolar...
Decolo sem querer....
E tenho eu...
O gosto gostoso em Amar....
Não uso meu coração...
Apenas minha visão....
E isso...
Me causa emoção....
Tudo que minha visão vê....
Ela aceita e faz...
Quando não faz....
É porquê ela está com fome....
Após nutrida e bem alimentada....
Alinho palavras...
Juntos pontos e acentos...
E pelo vento....
A poesia se Faz....
Sentimento único....
Nesse Mar....
De ilusão...
Onde a combustão....
Explode meu coração....
Pavil e pólvoras....
Eclode dentro de mim e implora....
Pra ver o sublime aparecer...
E por final....
Exprimo meu vôo...
E faço mais um Poema acontecer....
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
