Texto de Arnaldo Jabor sobre Traicao
Sobre músicas e poesias...
Sapiência aflorada;
Já ouvi MPB, rock, reggae;
Samba e sertanejo raiz;
Poesia declarada;
Tudo que a “letra” diz;
Já curti o movimento Punk;
Ouvi Rap, Racionais;
Letras “pesadas” mente aberta,
Tudo mais pra pensar,
Agora ouço o tal do “funk”,
Tenho vontade de "chorar",
Música LGBT;
Num breve passado também ouvi;
Renato Russo (Legião);
Cazuza e Cassia Eller;
Letras pra raciocinar;
Pirar o "cabeção"...
Atualmente só o que temos;
Sem preconceito ou discriminação;
Longe de mim tal alegação;
Dizem que serve pra “dançar”;
Um tal de Pablo Vittar;
"Chorei"...
Quanto mais convivo com as pessoas
menos sei sobre o comportamento hostil delas.
Costumam comparar pessoas ruins com
os animais, o reino animal em cada classe é unido, já nós vivemos em profunda decadência e destruição, cada ano destruímos mais a nossa biodiversidade, como pode nós seres pensantes pensar menos que os animais?
VELEJAR
Caravelas sob relento
vão velejando sobre as águas
... Em seus ventos...
Calmos tensos...
Roupas sobre o varal.
Ao tempo, nada!
Aos olhos firmamento...
Espaço baixo, espaço alto,
relevo em velejo no mar...
Marujo sujo, aurora cedo,
segredo...
Canta galo o velejar.
Antonio Montes
Eu sempre tive receio de falar sobre sentimentos e, me julguem, nunca disse eu te amo pra cara nenhum. Sei lá, na minha cabeça essa é a cartada final pra dizer: pronto, to na sua mão, agora faz o que quiser. E foi nesse pensamento que durante anos a fio eu vinha tentando esconder o que eu sentia. Mesmo que fosse óbvio, mesmo que pra mim estivesse na cara e eu não precisasse falar nada, a verdade é que ninguém tem bola de cristal pra adivinhar. Pudera eu ter uma. É verdade também que se entregar de bandeja continua não sendo do meu feitio.
Não faz parte de mim escancarar sentimentos e gritar pro mundo inteiro o que acontece aqui dentro de mim. Ao mesmo tempo, com o passar dos mesmos anos, me vejo mais desprendida. Não tenho mais idade pra me esconder em disfarces e fingir que não quero, quando na verdade é o que mais quero. Fui vendo que se a gente não dá a cara a tapas, nada, absolutamente nada muda. Confesso que requer coragem, e que talvez eu ainda não tenha suficiente, mas tô pagando pra ver.
Acho que a gente não precisa ser agressiva pra mostrar interesse, mas poxa vida, mostra interesse! Passei da fase de joguinhos, de esperar me chamar pra sair ou demorar pra responder pro cara ficar lá esperando. Eu sou intensa e não aprendi, e nem quero, ser menos do que isso. Sou de mandar mensagem de bom dia, perguntar o que tá fazendo, jogar conversa fora e olha, nem sempre isso quer dizer que eu esteja apaixonada. É minha maneira de mostrar interesse, de querer te conhecer melhor.
Não é difícil despertar meu interesse, porque não sou dessas que se liga na aparência física. Gosto de sentir aquele friozinho na barriga, da expectativa, da conquista. O problema é me manter interessada. Não que eu goste só da conquista, mas tem que ser mais que isso.
A maior parte das vezes o cara se empenha tanto nessa parte que finge ser o que não é só pra agradar. Aí você se apaixona por esse cara, o que lutou pra te conquistar. E quando você se dá conta, aquele cara é desconstruído dia a dia, e o encanto vai embora.
Já perdi as contas de quantas vezes minhas amigas me falam pra não dar tanta atenção, mas eu só consigo parar de falar com o cara se eu realmente não quiser mais nada, ponto. E aí depois que eu sumo, ele corre atrás, mas aí... aí é sempre tarde demais.
A Oração e o Horácio
Caminhava errante havia dias, meses e anos, quando veio sobre mim uma vontade frenética e aniquiladora por uma xícara de café.
Olhei em volta e, como nada se parecia a um barista decente, optei pelo Balaios, na confluência da Rua XV de novembro com a VII de Setembro. É um bar café pequeno, mas limpo e o barista é de primeira, além dos conhecimentos e experiência necessária, é um ótimo papo.
Cheguei lá por volta das dez e entrei, empurrando a porta de vidro mantida por uma mola que não lhe permite ficar aberta. Segundo me informou o homem do café, manter a temperatura no interior da casa faz parte do ritual necessário ao sabor e degustação de um café verdadeiro. Entre outras inúmeras razões para gostar de frequentar o Balaios, está o conhecimento e a história do café brasileiro.
Para inicio de conversa, ali só se saboreia essa bebida, que dentre todas, é o melhor antioxidante, segundo aqueles que comungam das mesmas crenças ou, pelo menos, fingem que sim. A maior e melhor delas diz respeito a uma verdade incontestável: nosso café abastece o mundo todo com o melhor grão, dentre todos. Não existe melhor café que não seja brasileiro.
Eu não havia depositado minha mochila sobre a cadeira junto a mesa que escolhi, a mesma de sempre, junto à janela que dá para a Rua XV, quando adentrou no Balaios um senhor. Não consegui deixar de notar sua presença. Homens não gostam de admitir quando outros homens lhes chamam a atenção por sua presença física e eu não sou exceção. Tudo nele era atraente. Sua barba branquinha, sua sobrancelha grisalha e seu cabelo penteado, mas longo. Suas roupas lembravam as europeias, mas com um toque bem tupiniquim representado pela camisa amarelo ouro. Calculei sua idade entre sessenta e setenta anos.
Para minha surpresa ele caminhou direto em minha direção, quando chegou a um metro de onde eu estava, estendeu-me a mão e disse:
– “Eu sou o Horácio, muito prazer em conhecê-lo pessoalmente.”
Agora completamente embasbacado, respondi gaguejando:
– “Muito prazer Horácio, eu sou o Lou Mello, desculpe, mas o senhor me conhece?”
– “ Sim claro.”
Respondeu sem titubear. Carlos, o barista, aproximou-se de nossa mesa, Horácio já sentara na outra cadeira fazendo sinal para que eu sentasse também. Sem que eu nada dissesse, ele fez o pedido:
– “Dois capuccinos médios e duas torradas na graxa, por favor.”
Que raios estava acontecendo ali? Quem era esse senhor encantador e presunçoso que sabia exatamente o que eu pediria no Balaios, mas eu nunca o vira antes?
O homem do café distanciou-se. Com dificuldade encarei aquela figura absolutamente cativante. Ele tinha seus olhos azuis penetrantes completamente direcionados aos meus parcos olhos negros. Ficamos assim por alguns segundos, até que ele rompeu o silêncio sepucral que se dera:
-“Lou, vamos encurtar a conversa, pois minha agenda está muito cheia, como sempre. Meu nome é Horácio, de Oráculo, mas você costuma me chamar: Deus!”
Putz! Meu coração passou em segundos para umas cento e oitenta batidas por minuto, podia senti-lo na garganta, fora a maldita sudorese que acompanha essas palpitações inesperadas, fiquei com o peito e as costas molhadas em um instante, e continuou:
-“Aqui estou para ouvir a sua oração. Sabe, você tem me deixado em uma situação muito desconfortável, mas não lhe nego uma certa razão. De fato, deixei você caminhar por aí segundo seu próprio discernimento. Afinal sempre confiei no que havia em você. Gosto muito do seu blog, especialmente quando você deixa seu humor vazar e me critica aberta e corajosamente. A parte que gosto mais é quando você diz que não escuto suas orações por estar ocupado com os magnatas e ai você cita gente insignificante que sobre o que não entende faz ousadas asseverações. Entretanto, suas gracinhas provocaram reações entre os que me cercam. A pressão cresceu tanto que me obrigou a vir ouvi-lo assim, pessoalmente, olho-no-olho.
Nessa altura, passei os olhos pelo pequeno salão do Balaios, a procura do Carlos ou alguém que pudesse me socorrer, pelo menos, chamar o Resgate, pois já esperava um infarto inevitável.
-“Sossegue filho, você não terá nenhum ataque. Eu estou aqui, lembra? E eu sou Deus, como você costuma dizer.”
Então sorriu largamente. Senti-me inexplicavelmente melhor e arrisquei perguntar:
-“O senhor quer ouvir minha oração? Estou entendendo isso direito?
-“Sim, exatamente! Viu, poucas vezes os homens reagem como você diante de mim. Na maioria das vezes que me apresento em forma humana, preciso gastar muito tempo convencendo as pessoas que sou Deus, mas você está convencido depois de poucos minutos e poucas palavras. Então, qual é a sua oração?”
Claro que eu estava me perguntando qual seria a minha oração. Provavelmente essa era uma oportunidade única e eu precisaria acertar em cheio, como se fosse bater um pênalti aos quarenta e sete minutos do segundo tempo, com o jogo empatado.
-“Agradeço a oportunidade”. Falei com pigarro na garganta. “Desejo paz na terra e saúde às pessoas. Gostaria que a miséria diminuísse e, se possível, fosse extinguida. As diferenças so…” Ele fez sinal com a mão direita para eu parar.
-“Lou, não atenderei nada disso e você sabe por quê. Assisti várias de suas aulas sobre mim e sempre me fascinava o quanto você me entendia. O mundo seguirá seu curso inevitável. Criei os céus, a terra e, sobretudo, o livre arbítrio. Serei fiel, sempre, ao meu compromisso, haja o que houver. Quero ouvir a sua oração e nada mais. Sei que você, em sua nobreza, gastaria todo o nosso tempo sem falar de suas preocupações, aquelas pessoais.” Falou assim, enquanto escrevia uma frase no guardanapo, que dobrou cuidadosamente, deixando-o à mostra, sobre a mesa.
Carlos chegou com as xícaras e os pratos, para meu alívio. A pausa me ajudou a recobrar algum equilíbrio, então me enchi de coragem e disse:
-“ Senhor, nunca acreditei que orar era fazer pedidos, como se o senhor fosse o gênio da lâmpada. Minha oração é a mesma, aquela que o senhor disse não ouvir, coisa em que acredito, ou seja, o que eu pediria para quem tudo me deu? Claro que tenho um coceira danada para pedir a cura de meu filho, mas suponho que isso faz parte, também. Assim, aproveito para agradecer-lhe por tudo e peço perdão por tantos furos que dei por essa vida.”
Um sorriso largo e maravilhoso estampou-se naquele rosto luminoso. E arrisquei uma pergunta:
– “E aquela luz que cega quem lhe vê, quando é que vai queimar meus olhos?”
Seu sorriso virou uma grande gargalhada, então. Colocando sua mão sobre as costas da minha mão que estava sobre a mesa, disse:
-“ Lou adoro seu jeitão de falar, de ser e esse seu olhar de criança carente. Sua riqueza é infinita, pois você me conhece como poucos. Siga em frente, meu caro. Esse sempre foi o caminho certo. A minha paz seja convosco.” Falou isso, levantou, beijou minha face e saiu.
Fiquei olhando-o caminhar na calçada da Rua XV em direção ao Largo do Canhão, através da janela, até ele sumir. Olhei para o guardanapo dobrado e arrisquei ler o que ele havia escrito:
-“Pague a conta, por favor.”
pobre anjo...
que acreditou no teu amor...
caindo para morte...
aos laços da noite,
sobre o sangue,
a paixão que tanto desejou,
em devaneios de sangue,
tudo é um paradigma,
no parador do dogma...
o paraíso dos céus,
até o luar dominou
tuas ultimas palavras,
em teus olhos escuros,
a vida terminou...
O silêncio adentrou o quarto e ecoou sobre as 4 paredes...
Nem as luzes acessas, conseguiam clarear as ideias da minha cabeça.
Em meus olhos já se formavam um manancial abundante.
E uma pequena cachoeira já desaguava sobre minhas bochechas
Há um hiato entre certo e o errado, e não sei qual o seu tamanho
Qualquer ideia que tenta se formar é tão abistrata quanto um quadro de Jackson Pollock
Eu já devaneio em meio a pensamentos inacabados, semi construídos ou não formados
Cada resposta se torna uma nova pergunta, cada pergunta tem uma infinidade de respostas
São esses momentos que me sugerem a não pensar em nada, mas pensar em nada, é meio que pensar em alguma coisa
O tempo já não é aliado, e os sessenta segundos, já somam algumas horas
Essa constante insônia que me toma, é resultado de um confronto entre meu sono e meus pensamentos
Quando finalmente sou vencido por todos os lados, me vejo dormindo, cercado de harmonia
Que pode ser regada por bons sonhos ou refem de qualquer tipo de pesadelo
Boa noite.
A ONDA
Por onde anda a onda?
Se a maré esta mansa...
As braçadas relançam
sobre as águas que lança
o beijo da esperança.
Sobre nó, a pujança
que deslancha no mar
o atiro da lança...
Meridiano alcança
mas não pode chegar.
Por onde anda a onda
que rascunha na areia
o amor a lua cheia
a beleza da sereia
em noite de luar...
O lobo sobre a pedra
o urro a integrar
o cão chora seu dono
expressando o seu chorar
na tristeza do ladrar.
A sereia em seu canto
os ouvidos pelos cantos
p'ra poder encantar...
A onda voltou
fez espumas na areias
atirou guerras cheias
rascunhando o mundo
p'ra a etnia chorar.
Antonio Montes
"O tolo repousa sobre as pedras, e coloca suas roupas com toda a confiança; ele piedosamente acredita no inimigo dos lábios doces e não pesa nas escamas o mal por trás das palavras. Essa é a inocência do tolo que ele dá credibilidade a tudo sem imaginar a loucura que faz a total confiança."
Wagne Calixto ✍️
Bio
Hoje escrevo algo diferente, escrevo sobre mim e sobre mudanças. Mudei, sim, mudei e como mudei. Hoje vivo o acaso da vida repleta de seus erros, não busco mais o certo e o errado, busco apenas as escolhas que acho serem corretas para o futuro incerto que terei. Incerto pois nenhum futuro é certo, há mudanças nos presentes, somos movidos pelas escolhas e decisões que temos. Antes eu era um suicida de escolhas, pois saia em busca sempre do caminho da solidão, do caminho do correto demais e do mais justo. Mas o tempo, o bom e longo tempo, veio me ensinar que nem sempre devemos agir assim. Devemos escolher o que é melhor para gente, claro. Mas acima de tudo devemos viver nossa vida, assumir riscos, viver consequências e aprender com os erros. É fácil ver a felicidade hoje estampada no meu rosto, mas ninguém imagina que meu passado foi repleto de tristezas, angústias, decepções e dores. É fácil olhar para o palhaço e sorrir, difícil é reconhecer ele quando a máscara é retirada. Assim é nossa vida, para conseguir a felicidade é preciso antes saber enfrentar as mágoas, as dores, aprender com as escolhas erradas, cair quantas vezes for preciso mas em cada queda aprender a levantar e esperar que o tempo cicatrize aquela ferida. Se hoje está difícil de viver para você, bem, bem vindo ao mundo, bem vindo aos desafios que o destino preparou para você. Saiba que você é um personagem importante na história, no mundo inteiro nesses 7 bilhões de pessoas não existe ninguém igual a você. Sim, ninguém mesmo. Você é único, seu caráter, seu brilho, sua essência é só sua e ninguém consegue se igualar a você. Por isso, seja um personagem forte, aprenda a sorrir para as dificuldades, aprender a lhe dar com a dor, aprenda transformar a perda em saudade, aprenda a conviver com o passado e não a viver diariamente ele, aprenda ser você, a aceitar o mundo ao redor e mudar para melhor. A vida é igual para todos, o que muda são apenas os personagens. A mudança para felicidade está em você, tudo depende de você, de suas escolhas, de sua mudança, nunca deixe ninguém te fazer sentir culpado por algo, por um passado, por uma dor, ou por suas atitudes, nunca deixe alguém te influenciar em suas escolhas, caminho ou futuro, faça de você o homem ou a mulher que você quer ser para você, não deixe isso preso em sua mente, faça acontecer, a se realizar, você é capaz. Busque caminhos bons, corretos e não caminhos para preencher o vazio dentro de você. Muitas pessoas andam por aí vagando pelo mundo por preencher vazios com mais vazios, seja diferente, preencha esses vazios com atitudes, com ações e tudo mudará em sua vida. Se prender a modinha, a influência de amigos ou qualquer meio que desvie seu objetivo principal isso apenas te levará ao caminho da dúvida, da tristeza, das incertezas, por isso busque ser firme em suas decisões, ser corajoso ou corajosa em enfrentar os desafios e saber acima de tudo que você, só e somente você, é responsável por suas escolhas e seu futuro depende delas. Então, se for necessário faça como eu, mude! Boa sorte em seus novos caminhos.
Hummm
Pensando bem.
Desde quarta feira passada eu tenho refletido sobre você ter aparecido na minha vida. Sei lá. Algumas mudanças boas foram perceptíveis. Como falávamos aquele naquela quarta: não sei por quanto tempo isso vai durar, nem mesmo se vai durar. O que sei é que o já vivemos e passamos até agora já me fez valer muito a pena.
É a história das músicas. Cada uma que ouço conta um pedaço dessa história louca. Volto a perguntar: nem todo erro é errado, sabia? Já nem sei mesmo se isso é um erro, porque não faz sentido um erro fazer tão bem assim. Não sei se estou adolescente demais ou se você mexeu tanto assim aqui dentro. Sei só que antes de fechar os olhos pra dormir e a primeira vez que abro os olhos ao acordar, meu pensamento está em você.
As vezes queria deitar pra dormir na segunda e acordar novamente só na segunda 19:20. Mesmo você não ficando na sala de aula. Quando você chega é como se eu vivesse um sonho novo. Uma realidade diferente. Uma energia surreal.
É uma expectativa tão grande. Um sonho impossível, um patamar mais alto. Ainda hoje lembrava de uma canção que descrevia seu sorriso. Ela diz bem assim: seu sorriso vale mais que um diamante!! Não há que que valia mais do ele.
A questão toda é que você é surpreendente. Nunca fui tão surpreendido desta forma. Você conseguiu me fazer repensar e quebrar alguns paradigmas que antes tinha.
Já me sinto um cara especial e diferente. Me sinto assim porque sei que te fiz sorrir. Porque sei que te fiz pensar em coisas que talvez antes nunca tenha pensado. Mas quer saber de uma coisa? Posso muito mais... posso te fazer se sentir a pessoa mais importante do mundo! Você é realmente uma princesa, no sentido mais literal da palavra. Quando te chamo de princesa, não é um elogio bobo e clichê. Estou dizendo no sentido denotativo da palavra, especialmente nestes dois significados: soberana do principado e o titulo que se dá à moça eleita entre as mais belas ou graciosas.
Essas coisas são tão complicadas que até uma musica de uma cantora que pensei que nunca ia ouvir na vida me fez refletir sobre você. Parece até que o autor da canção roubou as palavras que estavam no meu coração.
É assim:
Sei lá, o que será que você tem?
Só sei que me faz tão bem.
Não canso de te admirar, reparar, sem parar.
Sei lá, será que foi um sonho bom?
Quem sabe você tem o don do que há de bom em mim amplificar.
Sobre cafés da manhã
(Victor Bhering Drummond)
Meu corpo pediu café da manhã
Minha alma pediu encontros
Minha existência pediu amores
Os amores pediram harmonia
Sentamo-nos todos à mesa
E celebramos essa tertúlia maravilhosa
De pedidos realizados e delícias
Tendo as araucárias como testemunhas curiosas.
(Pousada das Araucárias)
Seus sonhos são mágicos
num mundo de magia,
teias de aranha sobre meu rosto,
enquanto dia amanhece,
o sono parece ser tão puro,
te vejo numa janela para os céus,
e a noite se desmancha,
sinto seus gemidos em minha mente...
o sangue escorre em minhas lagrimas,
até dia passar, nada pareceu,
alem do além, bem querer,
deferi as gotas da passagem do tempo.
E logo eu que sempre amei metáforas, vi todas elas fugirem ao pensar em como escrever sobre minha vontade infinita de beijar seu sorriso.
Não só pelo sorriso, mas por tudo que ele representa.
Não se admira um único bater de asas de um beija-flor, mas sim o seu voo inteiro.
E ali eu me vi, tentando segurar o seu voo inteiro com meus dedos finos e tentando fazer meus lábios encontrarem o que é tudo isso que revira meu peito, que faz meu furacão no estômago perder a direção e meus cabelos parecerem bagunçados demais.
Mas eu não sei explicar tudo que se amontoa em meu pensamento ao te ver, todos os textos que fazem minhas mãos tremerem e todas as palavras que se engasgam me fazendo não falar nada, como se todas as penas de um beija-flor invadissem meu nariz e fosse impossível respirar e não sentir o teu perfume.
E quando finalmente eu o vejo seguindo para outra flor ou para o jardim de onde veio, eu mesma me descubro beija-flor e me enxergo voando em direção ao seu sorriso-flor.
Você saberá que é amada
Vejo uma gota de orvalho cair sobre duas pétalas de rosa.
Lembro-me da mulher que era melodias tão glamurosas.
Ouço seus gritos tão formosos, desejando que não demore a aurora.
No deleito da noite desejo a formura do teu olhar,
Ainda sobre prantos, lágrimas de sangue a rolar.
Ainda ouço sua respiração ofegante,
Vejo seus cabelos loiros tão elegantes.
Quero seu amor pra acabar com a dor,
Que você me deixou quando disse, tudo acabou.
A que saudades dos teus lábios ardentes,
Lembro-me de quando éramos tão inconsequentes.
A que saudades do seu calor,
Daquele amor que por dentro tinha tanto valor.
No meu mundo agora só me resta sonhar,
Para que no futuro eu possa te encontrar.
Uma mulher que me fez descobrir o amor,
E agora só me restou chorar.
Sobre o Fim
Muitos pensam com tristeza sobre o fim. Quando deveriam, na verdade, pensar como um começo. Um começo de algo novo, não vivido, reconhecido ou descoberto. Algo que aguça e traz de volta a vontade de viver. De estar com a alma incandescente. Estar triste com seu fim é puro egoísmo consigo mesmo.
Os amantes felizes não têm fim. Apenas têm uma breve pausa para aguardar um novo começo. São almas gêmeas que nascerão e morrerão continuamente. Tantas vezes quantas se amarem cada vez mais.
Não tenhamos medo do fim, apenas o encaremos como uma breve curva onde não vemos o outro lado da estrada.
SOBRE O AMOR.
Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços. Ele te traz de volta a autenticidade. Mostra que as defesas são desnecessárias, já que para amar é preciso largar as armas e se entregar. Ele te traz de volta até a parte mais profunda de você mesmo. Amor é quando você se sente aceito, se sente inteiro. É ficar triste quando o outro está triste. É quando você sabe que tudo pode ser dito e compreendido. É você poder ser exatamente como é, sem ter que inventar personagem para a relação, pois nenhuma ficção se sustenta muito tempo. É não precisar levar a voz, mas falar. Não precisar concordar, mas escutar. O amor é como um edifício bem alto que precisa ser construído a cada dia. O alicerce precisa ser seguro para que ele não desabe. É como uma flor que precisa ser cuidada e regada. O amor romântico é um amor sem interesse, que não se importa com o passado, sem desculpas, e sem culpas, sem cobranças, e sem desvio. Não é laço de sangue, só de alma. O amor não acaba.
EUFORIA DA SOLIDÃO
Sobre a calçada da noite...
A lua, com seu lençol prateado,
pendulava, cobrindo os passos
do dançarino...
E esse, embalado pelas notas frescas
de um sanfoneiro...
Marcava a tristeza, com sua euforia.
Ali, n'aquele momento...
Enquanto ele dançava a musica da solidão
em seu peito enchia ritmado...
Pelas batidas desconsolada de um coração.
O tempo esse, ah tempo não via.
E as lagrimas d'água...
despencava pela nostalgia fria.
Antonio Montes
QUARTO
Quarto simples.
Uma cama, um espelho, penteadeira
com as gavetas abertas perfumes
sobre ela.
Na cama, um lençol branco de seda.
Janela aberta, brisa do dia por ela
entrando.
Deitada estás, com o lençol tentas
cobrir teu corpo, mas não o consegues,
sorris te espreguiçando.
Como és linda,com o teus braços abertos
a mim chamas,teu corpo agora fora do lençol,
mostra o encanto que és.
Durante horas esse quarto, do amor é a residência.
De minha parte, dele sair vontade não tenho,
e de ti , para que eu fique maior é a insistência.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Sobre o amor
Embora eu seja uma serie de "emboras", só tenho pensamentos de amor, porque talvez seja o amor a unificar as peças, os pedaços, os fragmentos e a fundi-los em ouro. E o amor sempre arma sua emboscada ao cair da noite. Amor com letras maiúscula, como escreve Petrarca, como um deus incógnito que, de repente, aparece no seu quarto para rabiscar tudo, remexer as suas vísceras e não lhe deixar alternativa a não ser ficar deitado olhando para o teto.
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