Texto de Amor Ensinamentos de Vida
🦋 OS OLMOS
Andam pela luz do vento
Sem correr no tempo parado
Num mundano contemplar
Enche a boca num calão perverso
Para não chegar à alma
Profeta da essência mais mortal que os anjos
Que imita um mestre já morto
Mudo esse o seu mundo
Num rio que corre sem correr
Achado instinto de um dom
Sofridão que verte intensamente
A solidão sem poder ver a luz
Entre uma caixa deixada sem almas
De um poeta mudo, amordaçado na carne
Pela lua cheia entre as folhadas dos olmos
Onde se esconde com medo mas não dos lobos
Há em mim um místico sentimento 🦋
De felicidade nesta tela pintada pela natureza
Vista por fora e sentada me encontro
Olhando por dentro sentindo-me a flutuar
Nas cores que vejo e revejo na tela
Deixo-me voar por entre montes e vales
Caminho de terra batida na branca geada
Onde o Inverno morre despido
Pela intensa neblina na serra de Bornes
E em cada degrau me há-de levar ao céu.
Não desista. Já deu tudo certo, apenas nós que não entendemos os desígnios de Deus que é claro. Buscai e o encontrará.
Não se trata apenas de um bom dia, é a resiliência à vida e nosso próximo.
Quando cuidamos de nós, cuidamos dos outros e quando cuidamos dos outros, cuidamos de nós.
E nessa de viver nosso último dia todo dia, percebemos o quanto tudo tinha um sabor especial. Acreditem, entender que a vida acaba é a ferramenta de empoderamento e autoconhecimento mais incrível de todas (e ninguém precisa de câncer pra isso).
Não há tempo a perder. Não há sentimento a ser desperdiçado. Viver é prioridade.
Cura
O substantivo que transita pelo verbo e tem poder de adjetivo.
Inspira busca, desejo, sonhos.
Motiva. Alimenta. Alivia.
Há quem caminhe ao lado dela, com ela, por ela.
Há quem a ofereça de graça e quem pague o que for pela incerteza de sua companhia. Há quem dependa dela pra viver, e quem viva independentemente dela.
Valorizada. Implorada. Exigida. Superestimada.
Ao divino ofertamos nosso mais sincero pedido. A Ele todo o crédito quando ela é possível. A nós, a culpa pela pouca fé quando ela não se apresenta.
Ela está nos livros, nas palestras, nos vídeos, na igreja, na fruta, no suor derramado e no link que não abri num dia de pressa.
E o que ela é, além de uma série de conceitos médicos? Ninguém diz. Ninguém garante.
Ressignifiquei.
Há alguns anos deixei de exigir de um substantivo o poder da minha "cura".
É só semântica.
Não garante longevidade, felicidade e o que é extraordinário.
Vivo minha cura cada vez que uma lágrima cai. E cada vez que é difícil conter o riso. Quando sinto o vento no rosto e o abraço sincero de um coração que pulsa no mesmo embalo que o meu.
Sinto cura por me permitir ser vulnerável. Por poder ter medo. Por acolher minhas sombras. Por ter dó do tempo que talvez eu não viva.
Sinto cura por não viver de passado e nem condicionada aos acontecimentos futuros. Sinto cura por perceber que o julgamento diz mais sobre quem o faz do que a quem se direciona. E a cura invade meu coração cada vez que fecho os olhos e, numa prece silenciosa, sinto gratidão por estar exatamente onde deveria.
E sem garantias...
Busque diariamente a cura que habita em você.
Porque a cura está. A cura já é.
Vidas hipotéticas
Tem algo de muito perigoso no espaço do que não existe. É um planeta paralelo, governado pelo deus “e se... ” e capaz de roubar horas preciosas de um dia real. Lá, o tempo é vazio. Muitos de seus habitantes costumam ser apegados aos pretéritos. Vivem tristes e demonstram picos de raiva e frustração. Outros acreditam possuir poderes sobrenaturais e vivem vidas que não aconteceram ainda. É um planeta ansioso.
Um planeta que, muitas vezes, sofre com a falta de oxigênio.
Todo dia me convidam a habitar o espaço do que não existe. E se eu não tivesse câncer? E se a medicação falhar? E se tivesse escolhido outro caminho? E se tivesse repassado a corrente da vida eterna pra noventa amigos?
Minha resposta é sempre a mesma.
Não sei. Não importa!
Só sei responder sobre a vida que é a minha. Pelas escolhas que fiz. Pelos caminhos que percorri. Pelas lágrimas que derramei. Pelo que foi. Pelo que é. Simples assim. O que cabe a mim está no real que habito hoje. Amanhã, já não sei. A graça está na impermanência. No frio na barriga em cada salto no invisível. Pode ser que seja bom. Pode ser que não seja. Pode ser que nem exista. Tudo tem o seu presente pra ser vivido.
Fica a dica turística. O planeta hipotético é cobrador. E manda a conta da hospedagem com juros altos. Cedo ou tarde demais.
"E se você tivesse vivido?”
E se...
Quarentena e Jesus
O nosso criador assoprou em nossas narinas e nos deu o fôlego da vida: com ar puro, imunizado, repleto de amor, caráter e energia.
Nos multiplicamos e a decadência tomou parte de nosso coração. Jesus veio nos libertar, o amor veio nos dar e também, numa quarentena, teve que permanecer... E neste deserto de solidão, se encheu do sopro do criador e retornou para nos trazer a luz, o amor, a esperança e a fé.
Mas as mentes corrompidas, querendo o AR da destruição, da cobiça e da mentira, preferiram que ele morresse em vez de nos orientar e conceder um paraíso na alma: de paz e harmonia.
Os tempos passaram, novas gerações chegaram, a poluição tomou conta do AR, da terra e do mar... O fôlego agora está difícil, os pulmões já não aguentam mais, e de Carona nessa tragédia de corrupção, imoralidade, raiva, vaidade, falsidade, loucura e desonestidade: o corona atracou e quer nos retirar esse sopro precioso e a humanidade dizimar. Mesmo algumas nações com bombas e armas nucleares, repletas de hegemonia e potencial, se mostra incapaz, de agora, deter esse mal. Mesmo com tanto avanço da ciência, percebemos que em um piscar de olhos: que em seis dias, os nossos pulmões se contagiam, para no sétimo: a entubação chegar.
Aproveitemos essa quarentena para refletir em nossa igualdade: independente de gênero, raça, cor e religião. Repensemos em nossas atitudes éticas e morais, em nosso apego desenfreado por querer consumir o planeta e aniquilar, desprezar e ignorar os semelhantes. Que nesse tempo de confinamento, estreitemos as relações, olhemos para o fundo de nossos corações e que haja uma conscientização e reflexão profunda, de como devemos abandonar o orgulho, a vaidade e a cobiça; e amar, ajudar e cooperar com todos do planeta, para que a harmonia, a paz, a vida e a união se restabeleça. E assim, desta forma, possamos sair desse deserto fortalecido para poder caminhar livremente, sem barreiras de contenção, sem máscaras de falsidade, sem desprezar os nossos semelhantes e sem querer a todo custo, sugar, consumir e sujar e poluir todo o planeta. Se agirmos assim, a nossa atmosfera terrestre vai voltar a ser limpa e a nossa consciência e pensamentos vai ter a imagem e semelhança do criador. E desta forma, com muita gratidão, sorriso e felicidade, voltaremos a respirar um ar puro e sentir esse fôlego da vida que nos foi dado com muito zelo, carinho e amor. Sim, voltemos nossos pensamentos para aquele que nos gerou, que faz o mundo girar e quer gerir a nossa caminhada com gentileza: este é um gesto de profundo e infinito amor!
Vamos fazer desse deserto, a nossa revolução moral e social, com um povo, uma nação e um planeta mais unido, para que a igualdade seja um presente constante, que a gratidão pela vida seja um sorriso da alma e a preservação de todas as espécies, seja um bem de todo pensamento, para que as futuras gerações não venham a morrer sem ar, por mais uma vez, esquecer daquele que nos deu o fôlego da vida.
Amém.
Deus conosco e muita paz, luz, saúde e beleza para todos.
Bom dia vidaaaaaa.
A vida é bela e vale a pena viver.
Em meio as adversidades nos refugiamos em nossas ilhas e vivemos cada um em sua bolha. Porque é o nosso Porto Seguro, onde sentimos abrigados e sempre retornamos para passar pelo processo de renascimento e transformação. E como as borboletas que após a metamorfose, segue livre para voar, assim somos nós, após o enclausuramento renasceremos, alguns mais fortes que outros e todos mais experientes e conscientes do inestimado valor da vida!
Insta: @elidajeronimo
ATO DE CARIDADE (soneto)
Que eu tenha o Bem, e Paz. Assim eu faça!
Que a mão posta ouça as preces, alce voo
Maria, Mãe, volva tua face para essa graça
Que eu seja caridoso sem louvar que sou
Se muito ou pouco, que tudo me satisfaça
Não importe ou doa o quanto me custou
Não deixe que o orgulho seja uma ameaça
E a minha fé seja o troco que me sobrou
Que o riso e abraço, seja pra quem vier
De onde vier, onde estiver, assim seja!
Ó Deus Pai! Me abençoe nesse prover
E, no viver, sempre tenha amor e laços
E no pão de cada dia, bênçãos, eu veja
Partindo com o irmão em dois pedaços
© Luciano Spagnol -poeta do cerrado
22/07/2020, 09’52” - Triângulo Mineiro
paráfrase Djalma Andrade
Ciclopes modernos.
Pedro é policial numa das regiões mais violentas do mundo – a América Latina. Juntamente com o Caribe corresponde a apenas 8% (oito por cento) da população mundial, mas é a fatia planetária onde ocorre um terço dos mais de 437 mil homicídios registrados anualmente.
De origem proletária, perseguiu seu sonho de se tornar um agente da lei.
Ele vive da segurança em meio à insegurança; sabe que a probabilidade de ser morto em um assalto chega a ser 6.000% (seis mil por cento) superior à de um cidadão comum. Também sabe que o número de roubos no continente onde vive é absurdamente alto.
Quando entrou para a polícia lhe prepararam para a guerra. Os testes físicos eram rigorosíssimos. Teve que fazer curso de sobrevivência na selva ficando quatro dias sem se alimentar e tomando água da chuva. Os sentimentos mais primitivos da evolução humana afloraram do seu interior naqueles dias.
Nos tempos de preparação da academia foi submetido a todo tipo de humilhação. Eram trotes, pancadas, xingamentos, castigos e até sessões de tortura.
Foi doutrinado na certeza de que aquele que conseguisse passar por tudo isso estaria pronto para cumprir sua difícil missão e suportar os desafios da carreira. Algumas pessoas também lhe disseram que tudo aquilo iria lhe causar traumas violentos e fazer com que ele descontasse no cidadão parte do que sofreu no seu treinamento.
Pedro odeia o discurso de alguns sociólogos que dizem que o Estado treina uma polícia para a guerra e a coloca para trabalhar em atendimento ao cidadão. Na sua concepção, a lida diária correndo riscos da profissão e enfrentando criminosos com fuzis e metralhadoras demonstram um estado de guerra urbana.
No mês passado ele trocou tiros e matou o assaltante de um supermercado. Há aproximadamente seis meses ele auxiliou no parto de uma moradora de rua cuja criança nasceu dentro da viatura enquanto era levada para a maternidade pública. Pedro não é Deus, mas já trouxe uma pessoa à vida e levou outra à morte.
No bairro onde trabalha o índice de homicídios é muito alto. Em quase todos os seus plantões sempre atende a pelo menos um homicídio. São tantos os atendimentos que ele já não sente mais a compaixão pelo defunto – virou rotina, é algo muito normal. Costuma dizer que o ruim desse trabalho é no dia que tem que enfrentar algum homicídio cuja vítima é criança; isso lhe estraga o dia, embora tenha medo de que a rotina também lhe transforme em um ser indiferente a um cadáver infantil.
Leu em um livro de autoajuda que o ser humano para ser considerado normal precisa despertar e ter o controle de todos os sentimentos (amor, ódio, paixão, compaixão, raiva, alegria, inveja, orgulho, piedade ...). Alguns desses ele já não tem, outros não consegue conter e o pior é que alguns se manifestam em ocasiões erradas. Sua engrenagem cerebral de sentimentos parece estar um pouco desajustada ultimamente.
O meio em que vive não é nada favorável. Lida com pessoas alcoolizadas, entorpecidas, psicóticas, criminosas, vítimas chorando, gente gritando, famílias brigando, gente lhe xingando etc. A jornada de doze e às vezes de vinte e quatro horas corridas também lhe confunde o relógio biológico. Quando trabalha à noite sente sono, quando termina o turno e vai para casa descansar tem dificuldade em dormir (fica pensando no próximo plantão).
A vida conjugal também não anda nada bem, mas isso é visto com normalidade, afinal, dos colegas de profissão ele é o único que ainda está suportando o primeiro casamento.
Alguns sinais de estresse já apareceram como a hipertensão e a diabetes; “nada preocupante” reponde ele, “é coisa do dia da dia e da alimentação de rua”. Nos turnos de trabalho se alimenta em lanchonetes ou restaurantes que dão descontos para policiais.
Nas madrugadas sombrias, Pedro e os demais ocupantes da viatura são a única presença e a representação física do Estado. Não tem julgador, legislador, fiscalizador nem consultor – os problemas surgem e o Estado age pelas mãos de Pedro e seus colegas de trabalho.
O salário não é grande coisa, mas ajuda a manter um padrão de vida diferenciado no bairro pobre onde mora. Ele se orgulha de ser tentado à corrupção todos os dias e nunca ter cedido a ela.
Nos telejornais e nos sites de notícias aparecem analistas econômicos dizendo que Pedro e os demais servidores são os responsáveis pelo desastre das contas públicas. Pessoas como ele são consideradas privilegiadas e que se aposentam cedo demais. Nos intervalos de cada programa surge o patrocinador: sempre um banco, uma financeira ou um operador de fundo de pensão que lucram fortunas emprestando dinheiro ao governo com juros estratosféricos.
Ontem à tarde o parceiro de trabalho de Pedro foi convocado para fazer a segurança do parlamento onde estavam sendo votadas as novas leis que regridiriam o regime previdenciário dos funcionários públicos. Havia um grande protesto nos acessos à casa de leis. No tumulto eles empurraram o amigo de Pedro que sacou a arma e atirou a esmo atingindo fatalmente um professor que lutava por seus direitos.
Hoje o noticiário só fala desse assunto. Curiosamente, algoz e vítima estavam socialmente no mesmo lado – ambos seriam prejudicados com as alterações legais.
Provavelmente o policial continuará preso por mais algum tempo e será expulso do serviço público. Suas perspectivas futuras não são nada boas.
Pedro foi visitar o amigo e passou a refletir sobre os acontecimentos: está em dúvida sobre qual lado é o certo e qual é o errado.
Na expectativa de que Deus lhe desse uma palavra nesse momento, abriu a Bíblia aleatoriamente e leu um versículo em 2ª Timóteo 4:7-8:
“ Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia ...”
Está confuso sobre qual seria o “bom combate”; como diferenciar as batalhas que devem ser enfrentadas e as que não compensa combater ?
Pedro vivencia a saga de “Dom Quixote de La Mancha” imortalizado por Miguel de Cervantes. Ficou mentalmente transtornado pelo descompasso entre seu idealismo e sua realidade de vida.
“...Enfrentar o inimigo invencível,
Tentar quando as forças se esvaem,
Alcançar a estrela inatingível:
Essa é a minha busca.” (Dom Quixote)
Nesse lugar tem um lago.
Nele vejo a vida.
Nele vejo a morte.
Caminhando vagarosamente, fixo o olhar em um ponto específico.
O arrepio logo toma conta do meu corpo, amedrontada e sentindo a força oculta que habita nesse lugar, encerro os olhos e começo a caminhar rapidamente.
“Não olhei para trás”
“Não se aproxime mais”
Tudo aqui tem vida.
Vida com olhos encharcados de sangue.
Vida que súplica pela sua alma.
Vida que deseja te puxar e levar-te a mais vasta escuridão.
Essa vida é chamada de morte.
A poesia da vida
é uma longa conversa
entre Deus e as criaturas...
Os bichos falam,
o vento canta, uiva ou chora
as melodias do amor...
A natureza toda é um poema!
Cada pétala, um verso...
Cada flor uma canção...
Se em silêncio a gente fica,
pode escutar a sinfonia,
nas pausas de cada dia...
brotando do coração.
Em um dia chuvoso, tomei refúgio no único bar aberto da cidade,
Lá encontrei um velhinho sentado que sozinho estava bebendo,
Me convidou para sentar em sua mesa, dividindo comigo um copo de sua cerveja,
Dizendo que havia uma história para me contar.
Tudo começou em meados dos séculos passados, época dos românticos apaixonados,
Das invenções e criações.
Havia um garoto que trabalhava em uma fábrica,
todo dia ele tinha que girar um parafuso, em uma esteira sem fim, vem um vem dois vem três parafusos a cada segundo,
Parece louco ou talvez um pouco confuso,
mas tudo que esse menino sabia era apertar um simples parafuso.
No meio de toda essa confusão, havia uma garota, a filha do patrão,
Ela vinha com uma jarra cheia de água, para ajudar todos a quem necessitava,
Ele nem sequer tinha sede, mas pedia um copo cheio de água,
Só para ver ela sorrindo enquanto a água no copo derramava,
Ela tinha um sorisso lindo que o deixava todo perdido ou quem sabe apaixonado,
Mas quem ligaria para um mero funcionário?
A garota seguiu a linha de produção e o menino voltou ao seu trabalho,
apertando os parafusos com um simples sorriso,
o patrão passou e disse:
"Que bom que está gostando, amanhã você tem mais serviço!".
Todos os dias pareciam iguais,
As máquinas ligavam,
A sirene soava,
A esteira andava,
Os parafusos apertava,
A filha do patrão passava,
Ela sorria e ele se perdia.
Até que um dia estranho tudo mudou,
A máquina não ligou,
A sirene nao soou,
A esteira não andou,
Estava sozinho sem entender nada,
ele entrou na fábrica errada?
O garoto deslocou-se até os interruptores e ligou a energia,
As máquinas fizeram um barulho e a esteira começou girar e os parafusos aparecer,
Aproveitando-se daquele estranho momento para então buscar conhecimento,
Resolveu seguir a linha de produção.
Passou pelo primeiro setor a qual ele já conhecia e adentrou no segundo setor,
A esteira estava mais rápida e carregada,
Sem nenhum tipo de ajuda ou manual,
o menino tentou montar aquele estranho objeto ao lado dos parafusos,
Apertou ali, girou lá, puxou aqui,
depois de muitas tentativas fracassadas, o objeto encaixou e o garoto sorriu, pois ele finalmente conseguiu!
Soltou o objeto estranho na esteira e prosseguiu para o próximo setor determinado a chegar no final.
No terceiro setor a esteira estava muito devagar, quase parando, lá estava seu objeto lentamente chegando.
Não havia nada para montar ali,
Apenas a esteira indo cuidadosamente devagar à um tonel enorme escrito "Lixo".
Resolveu seguir para o quarto setor,
E para sua surpresa?
Era exatamente igual ao primeiro.
Tão igual que tinha vários armários no canto meio empoeirados,
Em um deles havia seu nome.
O garoto deu a volta na fabrica,
Só então percebeu que de garoto ele não tinha nada.
Olhou no espelho e não se reconheceu,
Barba branca, cabelo grisalho e uma bengala em sua mão direita,
Se perguntava quando foi que ela apareceu ali.
O garoto demorou a vida toda para chegar ao fim da fábrica, para só então perceber que gastou todo seu tempo fazendo absolutamente nada.
Então eu perguntei ao velho,
" E a filha do patrão onde está?"
O velho com um sorriso respondeu,
" Essa não é uma história de amor,
E sim de um cara que acordou para a vida quando já não lhe havia mais tempo nela".
O copo por fim estava vazio,
Junto com a chuva que havia cessado,
Me levantei e agradeci a cerveja ao velho grisalho,
"Obrigado, mas vou voltar ao meu trabalho".
O mesmo despediu-se com um sorriso triste em seu rosto surrado,
Pois via a si mesmo cometendo os mesmos erros do passado.
NEOWISE
(Dedicatória ao cometa que passa nos céus)
Passei a noite vendo o cometa.
Sentado bem no topo do monte,
olhei para a linha do horizonte,
e vi o Neowise de minha luneta.
Aos dez anos, criança espoleta,
vi o Halley por alguns instantes.
Como eles, somos só visitantes
por tempo certo nesse planeta.
Como era linda a cauda brilhando!
Nem acredito que era só de poeira!
No alto do céu lembro dele voando!
Mas é triste e dói na alma inteira
sentir todo o mundo ir passando...
Tal qual cometa, vida é passageira!
Idade não define maturidade. Não define caráter.
Não define o saber da vida. Não define o saber sobre o amor.
Não importa se você tem 10, 14, 20, 17, 50, ou mil anos.
Essas e outras coisas nunca serão definidas pela idade. Mas sempre muitos definirão pela sua idade.
Se você tem 14 irão dizer que você e muito novo e não sabe de nada.
Se tem entre 25 e 45 anos dizerão que você ta na "metade" da vida, então agora que você está aprendendo.
Se você tem mais de 60 dizem que você e velho e não sabe de mais nada.
Dizem que você está "gagazando".
Resumindo você nunca saberá de nada.
~Azevedo Lethy~
MINHA CRISE DOS 40
Quanto mais o tempo passa, mais estranho a pessoa que fui e não reconheço a imagem um dia jovem em minhas lembranças, apenas os acontecimentos. Minhas rugas? Parece que já nasceram comigo.
Quanto mais o tempo passa, mais estranho a pessoa que vejo nos espelhos e não reconheço de mim as coisas novas que ouso. Inocência? Essa só recordo em mim quando encontro a perversidade.
Quanto mais o tempo passa, mais loucuras sei que sou capaz de fazer e percebo que meus receios a cada dia se distanciam mais de mim. Juízo? Um dia tive, hoje realizo meus desejos.
Quanto mais o tempo passa, mais simplifico e mais resolvo. Viver é sempre pouco pelo tempo que me resta. Vejo sempre a urgência de estar satisfeita, de ser feliz e menos de me enaltecer. Busco realizar apenas o que faltou nos sonhos de trás e mais ainda busco não esquecer o tudo de bom que minha bagagem juntou, por que viver é para isso: buscar o novo e fazer sempre uma limpeza no que já se faz velho.
Velhice? Quero-a mesmo sabendo que o novo sempre vem e talvez por isso mesmo. Apenas quem envelhece aprende o verdadeiro sabor do viver e sabe que cada minuto deve ser saboreado como se fosse o último.
By Mirian Brasil
Poderia me ouvir?
Hoje está sendo um daqueles dias que me encontro com fixação de ir contra minha vida. Não estou encontrando razões para continuar. Só quero livrar o mundo e eu desse rascunho de vida que sou. Está posição de substituído do amor a vida, entoa forte a me pertubar. O amor escoa pelos tropeços de minha existência. Não consigo mais chorar. Há este gosto amargo na boca. Uma única dor pungente.
Criança e sua Mudança
.
Sentimos o valor do vento
Simplesmente vivendo o momento
buscando alegria em todo lugar
Correr… Brincar...
Querer com vontade
sem ter medo de se machucar
Com o olhar da verdade
sempre a se movimentar
.
Tempos de escola
Jogar bola
e brincar com cola
Saber que tatu rola
E se carrinho tem mola
.
Pra rodar longa distância
Passando por cada instância
Sem perder a constância
do prazer de uma infância
.
Com coração de criança
carregamos a esperança
de fazer mudança
nesse mundo sem bonança
.
Mudar antes da partida
Para que vida após vida
Deixar às próximas gerações
Que nos futuros corações
Restem lindas emoções
.
.
sabe você? você ai que esta com medo de viver e correr atras do seus sonhos; você mesmo,
deixa eu te falar uma coisa que você já sabe!
a vida e só uma faça tudo aquilo que você sonha hoje, corra atras hoje, saia da rotina e vá em busca da sua felicidade hoje, amanha pode ser tarde, viva tua vida intensamente da maneira que sempre imaginou
não deixe ela passar dia apos dia e viver um eterno vazio, preencha-se daquilo que te faz feliz, HOJE!
Eu vejo a vida como um milagre e milagre é algo incomum, extraordinário, formidável, que não se explica por leis naturais. Por isso eu agradeço todos os dias e tenho comigo que respirar a cada manhã é se inspirar para o dia que vem, para viver mais um milagre da vida...
Insta: @elidajeronimo
Mergulhador ingênuo, vivo da certeza de encontrar numa concha a pérola almejada. A sondar os mares da tristeza atinjo as profundezas abissais do nada; e a devassar os rasos da beleza, vêm-me às mãos as peroleiras ousadas. Mas nunca a que procuro. Pescador que não fisga e pesca o que procura não se encontra jamais. Assimeu ponho minha vida toda num mergulho, e nele morrerei se não trouxer comigo a pérola do sonho.
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