Tempos
Foram bons tempos que viraram lembranças e agora são histórias. E do meu velho relógio, já não se ouve aquele tic tac.
[...]No dia em que falei contigo pela primeira foi o dia mais feliz dos últimos tempos, foi tão bom ouvir tua voz que por momento eu cogitei a possibilidade de nunca mais terminar aquela conversa[...]
DOCES MEMÓRIAS
Nos idos tempos de outrora, o Rio de Janeiro, linda e por isso chamada de “cidade maravilhosa”, dispunha de uma ótima safra de rapazes de primeiro quilate, homens de belo porte, inteligentes, galanteadores, envolventes... etc, e as belas mulheres que ali viviam, podiam ser por eles cortejadas. Para não cair no esquecimento elas anotavam no seu diário, fechado a sete chaves, o nome daquele que tanto lhe havia encantado, mas mal escrevia o nome de um, já era hora de abrir novamente o cadeado para logo outro anotar.
As mais belas podiam ser chamadas de “garota de Ipanema” melhor dizendo para a época, garota de Copacabana, pois naquele tempo, era ali que tudo acontecia, e algumas sem muito esforço conseguiam enumerar uma lista tão extensa, digna de serem incluídas no livro dos recordes, e eram capazes de fazer inveja, as mais esbeltas mulheres de hoje, que com os seus corpos esculturais não conseguem sequer listar uma meia dúzia, isto para as mais privilegiadas, porque aquelas que não dispõem de tais atributos, coitadas, nem o diário, que até já virou anuário, elas abrem.
Por que será? As mulheres de hoje já não encantam tanto assim? Não é bem isto que acontece nos nossos dias, e sim que os homens de hoje, não são mais tão gentis como os de antigamente, verdadeiros cavalheiros, que com o seu jeito todo requintado, faziam com que as mulheres pudessem vê-los não como “príncipes encantados”, mas sim como verdadeiros amantes, que juntos pudessem desfrutar de grandes maravilhas, que somente quem isso viveu, pode contar.
Vitória (ES), 20/06/2011
(Dedico este texto ao meu amigo Miguel José de Souza Reis, que tantas histórias me conto e encantou).
Muitas coisas mudaram, nada mudou. O meu eu atual, assim como o eu de tempos atrás, esquiva-se de comparações e branda a todos os presentes, mesmo sem o uso de palavras, que evoluiu, que cresceu, que amadureceu.Uma meia-dúzia de alterações superficiais e essa fina e delicada carcaça de adulta que me reveste não são o bastante para que eu me prive de ser quem eu realmente sou. Eu sou aquela por detrás da carcaça, é fina, é leve, mas é pesada o suficiente para que às vezes eu me veja na obrigação de deixá-la de lado para respirar um pouco de ar puro. E há 8, 9, 10 anos atrás, tudo era exatamente igual. Mudou apenas o cenário, a circunstância e a intensidade com que eu sinto isso. Hoje sou capaz de sentir mais, e não sei até que ponto isso pode ser bom ou saudável. Eu pensava sobre as mesmas coisas, da mesma forma, com o mesmo negativismo perene que sempre andou de mãos dadas com minha alegria exfusiante que distrai a maioria.
Tudo mudou sem nada mudar, muito mudei sem nada mudar.
SEGUNDO EM FRENTE ( PARTE II )
Ao longo da caminhada que percorri nos tempos de rádio, pude perceber que hoje não existe “Romaria” rumo as “Águas de Março” e assim “Como nossos país”, vamos encontrar em nosso caminho “O bêbado equilibrista” tentando recolher “Folhas Secas” seguindo numa “Travessia” marcadas por “Retrato em Preto e Branco” ou quem sabe uma “Aquarela do Brasil.
“Corri na contra mão, nadei contra a maré e corri do furacão. Absolutamente nada naqueles tempos era ao nosso favor, e você se cansou. Não por não me amar o suficiente, mas sim por ser o homem dos limites, e saber a hora de parar. Enquanto isso eu não desistia… Na verdade, nunca desisti. Até hoje eu penso em nós dois, e aquelas noites acordados conversando sobre tudo, e sobre o mundo ter muitos problemas. Eu aprendi a voar, mesmo sem ter asas. Aprendi que a vida é muito curta para se lamentar o tempo todo. Aprendi tudo isso com você. Eu vou usar minhas asas pra voar pra perto de ti novamente, mesmo se o vento não for ao meu favor, me recuso a deixar você sumir por tão pouco outra vez. Essa distancia não vai conseguir apagar o meu amor, pois o meu amor atravessa mil muros de Berlim. Meu amor é indestrutível e inabalável, e não vai ser por pouco que ele vai se desfazer, pois ele é maior que o mundo, maior que tudo.”
Renúncia
O estado é laico,
não só quanto a religião,
mas também quanto a reação,
em tempos de corrupção
prefere ficar quieto,
mesmo que seu povo morra a céu aberto.
Somos todos iguais
meros seres mortais
iguais até perante a lei,
então para que um rei ?
Excalibur
Em tempos de ameaça de guerra, dissemine o ódio e terá milhares de seguidores, pregue o amor e terá poucos ao seu favor!
Tem horas em que fico me lembrando
Sentindo uma imensa saudade
daqueles bons tempos da inocência
Coloridas peças de encaixe
o brinquedo que vinha no doce
desenhar a minha mãe com tinta guache,
A moeda que meu pai trouxe da rua,
Olhar as figuras nos livros
Sem saber o que é que estava escrito
Correr até ficar sem ar
Parava, dava uma respiradinha
E novamente estava pronto pra brincar
Brincando a gente se machucava
cortava o dedo e chorava
No outro dia, tudo havia passado
E meu medo era de coisas imaginárias
Hoje os cortes são bem mais profundos
Feridas, que apesar de imaginárias
No outro dia não passaram
Eu aprendi a ler o escrito
E não gosto das coisas que eu leio
O tempo da falta de inocência veio
As peças não parecem ser mais assim;
Tão coloridas
Meus medos são reais
Nada mais se encaixa
Ela está por ai, ele também. Não sei se existem, ou são apenas uma lenda. Em tempos de crise, pessoas interessantes tem se tornado cada vez mais raro de se encontrar por ai.
Como se enganam os que acreditam que nossos castigos provenham de Deus. Desde o início dos tempos a Infinita Inteligência delegou à consciência esse papel de juiz quando fazemos sofrer os que nos amam para que o Amor Supremo cuidasse apenas de coisas mais nobres. E como esse juiz me encontra onde quer que busque esconder-me, ah...como ele sabe se mostrar implacável!
Há tempos tive sonhos tão incríveis e tão idiotas ao mesmo tempo. Um deles era me casar em uma praia e ter 4 filhos, ou seja, quem hoje em dia teria um sonho estupido, tão bobo e fácil de se realizar? Quem suspira em pensar que pode existir alguém que possa passar o resto da sua vida fazendo cada momento ser melhor que os outros.
Pois então, hoje em dia as pessoas não pensam muito assim,entretanto, acostumava não ligar para isso, acostumava pensar e acreditar nos meus sonhos como uma criança de 5 anos acredita no papai noel.
Se um tempo atras você me dissesse que eu tomaria uma porrada e iria enxergar como o verdadeiro mundo é. Eu iria rir da sua cara!
Por que meu mundo sempre foi colorido e inacreditável. Mas ser colorida e sonhadora em meio a um mundo preto e branco onde as pessoas costumam destruir seus sonhos.
E inevitável não chorar.
Recostar dos tempos
... Lhe dito amorosa sobre tua menina que em mim concedeu,
uma triste viagem onde a morte me mordeu,
no coração despeço da tua lua brumada...
- Foi a noite de tantos encantos que revelou,
sobre o luar a revolta dos mares nos desatou,
beijos febris, abraços em chamas,
adoentou no serenar da madrugada...
... Por que hoje nos desencontramos nas sombras?
Sobrará um beijo revelado nas estrelas?
- D'aquela estância em abreviaturas,
sono que não se achega, pois estou pertinente a lhe buscar,
naqueles cantos antigos, onde rimo as horas para vos amar...
Do mais fútil desejo à luta pela sobrevivência em tempos de guerra, há que se ter motivos para continuar. Seja nas telas de um quadro, na interpretação da história da humanidade ou nas páginas de um livro, seja no amor ou na revolta, na busca de uma cura, na raiva ou até na vingança, o homem há que encontrar maneiras pessoais de seguir, de desejar e de dar sentido a si mesmo. Essa é a maior dádiva do homem. Essa é a maior sina do homem.
No texto: O verdadeiro sentido da vida é sempre nela encontrar um sentido
Livro Fechado
Em tempos, já tive nome de livro aberto
Uma chuva de lágrimas assim me chamou
Sob notas musicais, alma a descoberto
Revelando ao mundo aquilo que sou.
Livro que contava o tempo que passou
Página a página, o tempo que chegava
Eu era a tinta que nele se cravou
Palavra a palavra que tagarelava.
Mas o vento deslocou as páginas por ler
E a metade já lida do seu lado cresceu
Páginas não lidas com pouco espaço a ser
Desfolhando-se todas o vazio nasceu.
Porém, um dia, a última página virou
Não sobrando lugar para se escrever
Com o tempo também a capa se fechou
E aquele branco calado acabei por esquecer.
Sou livro fechado, selado, trancado
Que teve um nome, uma causa, uma vida
Não existe mais força para ser forçado
Este livro fechado a letra dorida.
Na fúria do tempo, das palavras sem tinta
Frases sentidas presas no emaranhado
Talvez seja o tempo que no peito minta
Nas letras perdidas deste livro fechado.
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