Pr. John Piper

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Amor é o transbordar da alegria em Deus que atende às necessidades dos outros.

O caminho para você glorificar a Deus é buscar alegria nEle.

Se a fé vem da Palavra de Deus, ela se vai com a ausência da Palavra.

Devemos memorizar as Escrituras, todos os dias, de modo que possamos alimentar nossa fé, hora após hora, durante todo o dia. Somente algumas pessoas têm o privilégio de abrir a Bíblia a cada hora. Mas todos nós podemos consultar nossa memória a cada hora. De fato, nós precisamos disto.

Portanto, com todo o meu coração, encorajo-o a fazer isto. Quando você tiver seus momentos de devoção na Palavra de Deus, encontre uma frase ou um versículo — um bocado para a sua alma — e memorize-o. Isto é semelhante a colocar o alimento da fé na despensa de sua mente. Durante todo o dia, você pode ir lá e comer uma porção daquele bocado. Pode ser algo tão simples como: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13.5). Pegue-o e mastigue-o a cada hora. A nutrição alimentará a sua fé, e esta se tornará forte. Você orará por frutos, e estes surgirão.

Martinho Lutero disse que há três regras para se entender as Escrituras: orar, meditar e passar por provações. As "provações", ele disse, são extremamente valiosas: elas "te ensinam não apenas a conhecer e entender mas também a experimentar quão correta, quão verdadeira, quão doce, quão amável, quão poderosa e quão consoladora a Palavra de Deus é: ela é sabedoria suprema." Portanto o próprio diabo se torna um professor involuntário da Palavra de Deus: "o diabo o afligirá [e] fará de você um autêntico doutor, e o ensinará, por meio de suas tentações, a buscar e a amar a Palavra de Deus. Quanto a mim mesmo (...) devo aos papistas muitos agradecimentos por tanto me espancarem, pressionarem e ameaçarem, motivados pela fúria de Satanás, de tal modo que me tornaram um teólogo razoavelmente bom, levando-me a um objetivo que eu nunca teria atingido." (What Luther Says, Vol. 3, Concordia Publishing House, 1959, p. 1360).

Você quer conhecer a Deus? Quer conhecer os caminhos dEle neste mundo e na sua vida? Quer ser capaz de entender e aplicar a Bíblia à sua situação? Quer ser um bom médico da alma para curar as feridas de outros? Então, este é um excelente conselho. Medite na Palavra de Deus, noite e dia. Derrame sua alma em oração, rogando iluminação e amor. Seja paciente no sofrimento. Não permita que as suas lições se percam, enquanto você resmunga a respeito dos árduos dons de Deus. Confie nEle e aprenda as coisas mais profundas dentre todas.

Descanse o suficiente no sábado à noite, para que esteja alerta e esperançoso no domingo de manhã. “Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1 Coríntios 6.12). Não estou prescrevendo uma lei. Estou dizendo que há usos da noite de sábado que estragam a adoração no domingo de manhã. Não se deixe dominar por tais usos. Sem o sono suficiente, nossa mente fica obtusa, nossas emoções são superficiais, nossa tendência à depressão se eleva, e o nosso pavio se encurta. Meu conselho: decida a que hora você se levantará no domingo, de modo que tenha tempo para se alimentar, vestir-se, orar e meditar na Palavra de Deus, preparar a família e dirigir-se à igreja. Antes de tudo
isso, calcule que você precisará de oito horas de sono e assegure-se de que estará na cama uns quinze minutos antes daquela hora. Leia a sua Bíblia na cama e durma com a Palavra de Deus na mente. Exorto os pais a ensinarem os filhos adolescentes que sábado à noite não é a ocasião para ficarem até tarde com os amigos. Se precisam de uma noite especial para ficarem juntos até tarde, façam isso na sexta-feira. É terrível ensinar aos filhos que a adoração é tão opcional, que não importa se você está exausto quando vem ao culto.

Por que existe o pecado? Por que existe o sofrimento? E especialmente, por que existe um Salvador sofredor? E a resposta é esta: para a manifestação da glória da graça de Deus.

Se você parar de buscar satisfação em Deus, você vai parar de amar as pessoas.

O coração de que necessitamos é uma obra de Deus. Esta é a razão por que temos de pedi-lo a Deus. “Dar-vos-ei coração novo” (Ezequiel 36.26). “Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o senhor (Jeremias 24.7). Devemos orar: “Senhor, dá-me um coração voltado para Ti. Dá-me um coração reto e sincero. Dá-me um coração sensível e receptivo. Dá-me um coração humilde e manso. Dá-me um coração frutífero”.

Permanecer firme durante a provação é uma evidência de que nós amamos a Deus.

Se você quer ter o maior tesouro no mundo para dar às outras pessoas, busque alegria em Deus 24 horas por dia durante toda a sua vida.

Felizmente, o sangue de Cristo divide e une famílias. “Supondes que vim para dar paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo; antes, divisão... Estarão divididos: pai contra filho, filho contra pai; mãe contra filha, filha contra mãe”(Lucas 12.51, 53). “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim” (Mateus 10.37). Isto é boas-novas. Significa que nascer em uma família incrédula não é uma maldição garantida. Uma família pode ser
graciosamente quebrantada pela crença de um filho.
Quando Paulo disse aos gentios convertidos: “Fostes comprados por preço” (1 Coríntios 6.20; 7.23), ele sabia que o sangue de Cristo havia quebrado uma ascendência familiar de incredulidade. Se você é descendente de pessoas incrédulas, ouvir estas palavras de Paulo lhe será boas-novas: “Estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser considerados como
descendência os filhos da promessa” (Romanos 9.8).

1 João 2.19 descreve como devemos entender os aparentes abandonos;“Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para
que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos”. Em outras palavras, o fracasso em perseverar na fé não é um sinal de que alguém pode ser verdadeiramente nascido de novo, justificado e, depois, tornar-se um perdido. Pelo contrário, o fracasso em perseverar na fé é um sinal de que alguém nunca era, de fato, um membro do povo regenerado de Deus. Esse é o ensino explícito de 1 João 2.19.

A promessa “de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida” não implica, necessariamente, que alguns
têm seu nome apagado. Esta promessa se dirige apenas àquele que está inscrito no livro e vence pela fé: Eu nunca tirarei seu nome dali. Em outras palavras, ser apagado do Livro da Vida é uma perspectiva terrível que Eu jamais permitirei que aconteça. Eu manterei você seguro, no Livro. Essa é uma das promessas feitas aos que perseveram e vencem. A promessa não diz: os que falham em vencer e se afastamde Cristo estavam inscritos no Livro e seus nomes foram apagados.

Não há poder na Terra capaz de quebrar o poder do orgulho, exceto o Evangelho de Cristo.

Nossas orações devem ser guiadas por aquilo que é moralmente correto para os homens fazerem, e não por aquilo que Deus, em sua providência soberana, pode trazer à realização. Raramente devemos orar para que o mal moral aconteça, mas Deus pode querer que o mal moral prevaleça por determinado tempo. Por exemplo:
1) Deus quis que Cristo fosse crucificado. Muitos dos atos necessários que estavam envolvidos na crucificação de Cristo eram moralmente errados. Logo, Deus quis que este mal prevalecesse por um tempo(Atos 2.23; 4.27-28).
2) Deus quis que os irmãos de José o vendessem para ser escravo no Egito, embora isso fosse errado para eles fazerem (Gênesis 50.20).
3)Deus ordena a vingança pecaminosa do final dos tempos (Apocalipse 17.17).
Em outras palavras, Deus ordena e prediz que males de implicações morais prevaleçam por algum tempo, mas isso não significa que devemos orar para que o mal moral aconteça. Devemos orar de acordo com a maneira como Deus nos ordena que vivamos — em retidão e amor. Devemos orar que a vontade de Deus seja feita na terra do mesmo modo como ela é realizada no céu pelos anjos perfeitamente santos (Mateus 6.10), e não da maneira como ela é feita na terra por intermédio de homens pecaminosos.

Quando diz: “Caiam mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás atingido” (v. 7), Deus pretende que entendamos esta qualificação não proferida: “A morte não o atingirá, sem a minha permissão e desígnio. Meu desígnio para aqueles sob o meu cuidado é sempre bom, ainda que eu permita a morte tirar-lhes a vida”. Por
isso, Derek Kidner afirma: “Esta é uma afirmação de providência abrangente e exata; não é um amuleto contra a adversidade... A promessa nos garante que nada pode tocar o servo de Deus sem a permissão dEle”

O que significa amar a Deus? Alguns o reduzem a fazer coisas em obediência a Deus, porque João 14.15 afirma: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”. Mas isso não é o que o texto ensina. Ele diz que a obediência
resultará do amor. Não diz que a obediência é o amor. Nem 1 João 5.3 contradiz este ensino, quando declara: “Este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos”, porque com esta primeira afirmação devemos ler a frase seguinte: “Ora, os seus mandamentos não são penosos”.
Em outras palavras, o amor não é apenas fazer, e sim fazer com um tipo de coração que não vê isso como algo “penoso”. Outros reduzem o amor a atos de força de vontade e decisão. A razão geralmente dada para essa redução é que o amor é ordenado na Bíblia, e as pessoas dizem que, se o amor é ordenado, você tem de ser capaz de amar, não importando o que você sinta. Em outras
palavras, visto que o amor é ordenado (Mt 22.37), ele é uma decisão, e não algo mais profundo ou que esteja fora de nosso controle imediato, como uma afeição ou emoção.
Mas o problema nesta maneira de pensar é que ela contradiz
a Bíblia. Várias coisas são ordenadas na Bíblia que não são apenas decisões e estão realmente fora de nosso controle imediato. Por exemplo, ter alegria é uma ordem Sl 100.2; Fp 4.4), assim como ter esperança (Sl 42.5), temor (Lc 12.5), zelo (Rm 12.11), tristeza (Tg 4.9), desejo (1 Pe 2.2), compaixão (Ef 4.32), quebrantamento
e contrição (Sl 51.17), amor fraternal (Rm 12.10) e gratidão (Cl3.15). Não é verdade que, se alguma coisa é ordenada, ela tem de ser um simples ato da vontade e que está em nosso poder fazer tal coisa. Sem dúvida, isto é ofensivo às pessoas que negam os efeitos mortais
do pecado original. Mas, para aqueles que crêem que o pecado original trouxe uma horrível dureza de coração, morte espiritual e cegueira moral à raça humana, não é surpreendente que os mandamentos de Deus são dirigidos a pessoas que simplesmente não podem cumpri-los. Nossa vontade está moral e espiritualmente corrompida. No
entanto, somos responsáveis pelo cumprimento dos mandamentos de Deus. A corrupção moral que nos incapacita não nos isenta da responsabilidade de fazer o que é bom e correto. “Chamou Moisés a todo o Israel e disse-lhe: Tendes visto tudo quanto o SENHOR fez na terra do Egito... porém o SENHOR não vos deu coração para entender,
nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje” (Dt 29.2, 4). Vendo, não vedes. Contudo, apesar desta cegueira e surdez moral, Israel era responsável para guardar “as palavras desta aliança” e cumpri-las (v. 9). Então, o que é o amor a Deus, se não é apenas ação ou mera força de vontade? Eis a maneira como Agostinho o definiu há mais de mil e seiscentos anos:
"Eu chamo [o amor a Deus] de movimento da alma
em direção ao gozo de Deus, por amor a Ele mesmo, e o
gozo de si mesmo e do próximo por amor a Deus”.

Você já orou palavras como estas: “Senhor, permita-me fazer, para a tua glória, uma diferença totalmente desproporcional a quem eu sou”?

Mateus 13.20-21: “O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza”. A alegria que se evapora no calor da aflição não é a alegria em Deus, e sim
alegria no conforto. Paulo disse saber que Deus havia escolhido os tessalonicenses porque eles tinham “recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo” (1 Ts 1.6). Alegria na tribulação é a evidência da alegria em Deus, e não
alegria na tranqüilidade.

Mateus 22.2, 10-14: “O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho... E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou repleta de convidados. Entrando, porém, o rei para
ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu. Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger
de dentes”. Esta situação é semelhante à dos peixes ruins apanhados na rede do reino. A falta da veste nupcial provavelmente representa a falta de justiça que excede à dos escribas e fariseus. O homem mal vestido foi atraído pelo poder do reino, atraído do mundo para a sala
do banquete, tal como o peixe apanhado pela rede, mas esse homem não estava preparado para o reino e, por isso, foi lançado fora.

Pai, sentimos nossa tendência de seguir o curso deste mundo, quando deveríamos estar avançando em direção contrária. Ó Deus, tem misericórdia de nós e desperta-nos novamente para os perigos de sermos indiferentes na vida cristã. Ajuda-nos a atentar a Hebreus 2.1: “Importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos”. Ai daqueles que seguem o curso de um mundo em que toda a correnteza se encaminha para a destruição! Faze-nos ver e sentir que não somente a vida, mas também a alegria, está no “bom combate” que só terminará no descanso final

Nunca ouvi alguém dizer: “As lições mais profundas da minha
vida vieram por meio de tempos de conforto e tranqüilidade”.
Mas já ouvi santos fortes dizerem: “Todo avanço significativo que fiz em assimilar as profundezas do amor de Deus e em crescer na comunhão com Ele veio por meio do sofrimento.”

Quando decidimos que Deus está contra nós, geralmente exageramos nossa falta de esperança. Tornamo-nos tão amargos que não enxergamos os raios de luz que surgem de trás das nuvens.