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O suposto cristianismo de hoje apresenta uma suposta espiritualidade, um suposto amor, uma suposta humildade, uma suposta caridade, uma suposta devoção e uma suposta piedade.
Há pessoas que se comportam igual ao pássaro bacurau. Estas preferem passar a maior parte de suas vidas estáticas, acomodadas achando que onde estão, está muito bem e obrigado. Elas não evoluem!!!. Muitas vezes por puro comodismo, às vezes por autopiedade; às vezes medo do desconhecido. Pessoas assim nunca evoluem, nunca crescem e não conquistam novos horizontes. O contrário, só o céu é o limite.
Noite taciturna, onde o encontro consigo mesmo é o diferencial para entendermos que a nossa aparência de piedade se esvai, quando sinceramente tiramos todas as máscaras.
Jesus buscava os excluídos não por piedade, mas porque compreendia que raramente se encontra iluminação espiritual nas zonas de conforto materialistas.
Piedade
Ao cerrado minha piedade
Por sua aparência enrugada
Pelas matas secas em queimada
Ao cerrado minha piedade
De tal diversidade rechaçada
De sua sequiosa temporada
Ao cerrado minha piedade
Do verde vertido de cinza
De sua poeirada ranzinza
Ao cerrado minha piedade
Do veloz espetáculo do entardecer
Dos espinhos em ti que faz doer
(nas caminhadas)
Ao cerrado minha piedade
Do teu chão tão cascalhado
Do horizonte pouco orvalhado
Ao cerrado minha piedade
Do esplendor das flores tão logo
De tua melancolia num monólogo
Ao cerrado minha piedade
Por tua piedade por mim, deslocado
Onde terei saudade, de tu cerrado!
Desigual, diferente, onde de ti sou igual
E aqui dos meus já fizeste diverso funeral
Da minha piedade peço a tua piedade...
Por ser este diverso, está deidade.
Luciano Spagnol
23 de maio de 2016
Cerrado goianon
Apenas por hoje um minúsculo pensamento de Amor aos miseráveis e suas misérias mundo à fora, pra entendermos que eles também fazem parte de cada um de nós,