Coleção pessoal de psicanalise

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O RIO E O OCEANO

Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano, ele treme de medo.
Olha para trás, para toda a jornada, os cumes das montanhas,
o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos
povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar
nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira.
O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.
Voltar é impossível na existência. Você
pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo
desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata de
desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é
renascimento.
Então, não se preocupe. As coisas estão acontecendo perfeitamente bem para você.

Sem eleições gerais, sem uma liberdade de imprensa e uma liberdade de reunião ilimitadas, sem uma luta de opiniões livres, a vida vegeta e murcha em todas as instituições públicas, e a burocracia torna-se o único elemento ativo.

A liberdade apenas para os partidários do governo, apenas para os membros do partido, por muitos que sejam, não é liberdade. A liberdade é sempre a liberdade para o que pensa diferente.

É melhor viver seu próprio destino de forma imperfeita do que viver a imitação da vida de outra pessoa com perfeição. (citação de Bhagavad Gita)

Quanta gente já ouvi dizer que os filhos são a maior realização e o maior reconforto de suas vidas? São aqueles com quem eles sempre podem contar durante uma crise metafísica, ou em um momento de dúvida quanto a sua relevância - Se eu não tiver feito mais nada nesta vida, então pelo menos terei criado bem os meus filhos.

E se a gente simplesmente reconhecesse que nosso relacionamento é ruim, e mesmo assim ficasse junto? [...] Dai a gente poderia passar a vida inteira junto... infelizes, mas felizes por não estarmos separados.

O vício é a marca de toda história de amor baseada na obsessão. Tudo começa quando o objeto de sua adoração lhe dá uma dose generosa, alucinante da algo que você nunca ousou admitir que queria - um explosivo coquetel emocional, talvez, feito de amor estrondoso e louca excitação. Logo você começa a precisar dessa atenção intensa com a obsessão faminta de qualquer viciado. Quando a droga é retirada, você imediatamente adoece, louco e em crise de abstinência, sem falar no ressentimento [...]. Enquanto isso, o objeto da sua adoração agora sente repulsa por você. Ele olha para você como se você fosse alguém que ele nunca viu antes, muito menos alguém que um dia amou com grande paixão. [...] Você agora chegou ao ponto final da obsessão amorosa - a completa e implacável desvalorização de si mesma.

Se você tem coragem de deixar para trás tudo que lhe é familiar e confortável (pode ser qualquer coisa, desde a sua casa aos seus antigos ressentimentos) [...] e se você aceitar cada um que encontre no caminho como professor, e se estiver preparada, acima de tudo, para encarar (e perdoar) algumas realidades bem difíceis sobre você mesma... então a verdade não lhe será negada.

Assim, o impossível, logo, o real, está correlacionado com o ab-senso, nomeadamente a ausência de toda relação, o que quer dizer a ausência de todo sentido sexual.

O amor exige um tipo de confiança absoluta no outro; uma vez que vamos aceitar que esse outro esteja totalmente presente em nossa própria vida.

Ato é o inciso taciturno de uma verdade insabida.

A verdadeira substância da angústia, é o aquilo que não engana, o que está fora de dúvida.

Pra que tornar as coisas tão sombrias na hora de partir? Por que não se abrir, se o que vale é o sentimento e não palavras quase sempre traiçoeiras? E é bobeira se enganar, melhor nem tentar...

Foi você que me deu a luz, que eu não enxergava mais. Em você, o mundo sorriu, querendo viver, fazendo esquecer, de olhar pra trás...

Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão. Águas que banham aldeias e matam a sede da população. Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão e sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra. Terra, planeta água...

Pra que ficar juntando os pedacinhos do amor que se acabou? Nada vai colar, nada vai trazer de volta a beleza cristalina do começo e os remendos pegam mal, logo vão quebrar.
Afinal a gente sofre de teimoso...

Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim, continua sempre que você responde 'sim' a sua imaginação.
A arte de sorrir, cada vez que o mundo diz 'não'...

Amanhã está toda a esperança, por menor que pareça, existe e é prá vicejar...

O limite entre o veneno e o remédio é bastante tênue, os gregos chamavam a ambos de Pharmacon.

Nada é mais nocivo para a criatividade do que o furor da inspiração.