Tag flagelo
E o que dizer da incapacidade de desvinculação do reconhecidamente idealizado estado de satisfação pessoal? 
Auto flagelo? 
Não. Não. 
Somente os eternos contestadores, inconformados com a realidade que lhes é apresentada, ousam idealizar o utópico.
Por que eu iria infringir golpes de angústia em mim mesmo, se eu posso me plantar em águas calmas e bosques serenos?
Muitas vezes, a vida se torna pesada e difícil de suportar. E eu me sinto extremamente exausto, confuso e sufocado, 
como que me afogando num abismo de águas profundas e negras. Em momentos nebulosos assim, a dor da 
solidão é mais perversa e tortuosa que as muitas linhas profundas a sangrar em meus braços. 
Meus lúgubres devaneios são o clamor da vida prestes a ceder ao quase inevitável. Mas meu esvair-se na escuridão, 
longe de ser desesperador, é pura placidez; mórbida, talvez, mas atenuante e profundamente apaziguadora, 
suave como uma serena  brisa do paraíso. É em suma tudo que preciso para relaxar em meu etéreo padecer. 
Vida esta que segue em penumbra, cercada pelo vazio e o som de ecos distantes, oriundos de minha alma
quase sempre entorpecida. Meu tudo se resume a um absoluto nada. Quem sou, no flagelo desta escuridão?
Pode uma sombra existir sem a luz? Qual a utilidade da luz sem a escuridão? 
Fui um dia talvez, um frágil clamor de vida que subitamente se esvaiu na solidão de sua própria ignorância?
CASTELO DE CARTAS
E era um mundo colossal
Que deslumbrava o próprio súdito
A estupidez era abismal
E a escravidão era o refúgio
Maravilha de luxo e belo
Em suas grimpas muito altas
Mas sustentadas no flagelo
Então assim não eram aptas
Era de carta esse castelo!
São rosas as pétalas do mês de Outubro que agora tenciona terminar, que sobre a doçura do tempo que nos garantiu prestigiar a nossas refinadas mulheres, acalenta-lhes sob a proteção do mês de Novembro que em breve começará, trazendo-lhes a certeza de que nenhum mal CANCERÍGENO lhes flagelará.
Nosso heroísmo se eleva sempre que suportamos os infortúnios alheios. Ainda assim, quando o flagelo é nosso, esperamos alguma manifestação de humanidade dos outros.
Deus Pai, se não por consideração a nós, ao menos em consideração a seu Filho dileto, afasta de nós os justos flagelos que merecemos e nos perdoa recordando suas lágrimas, seus sofrimentos e sua paixão.
Descriminalizar drogas é um desserviço prestado a sociedade brasileira, que deve se preparar para o flagelo social.
"A liberdade me atenta, com doçura me cerca.
Zomba dos meus grilhões, me olha através das barras de uma cela.
Zomba do tolo, que se aprisionou no amor, nas juras, nas falácias dela.
No fim, não existia magia nas estrelas cadentes, eram só pedras.
Roguei ao brilho, para me fazer estar junto dela.
A paixão, inspira parvos devaneios e certezas sobre coisa incertas.
A paixão é o flagelo dos poetas.
A felicidade mora nos lábios dela.
Templo de perdição, onde o meu eu, incompleto, se completa.
Já é tarde, acabou nosso tempo, me cansei das batalhas, perdi essa guerra.
Um clima lúgubre, tomou conta de nós, logo nós, que éramos festa.
Prisioneiro do seu amor, vem a liberdade e me atenta e com doçura me cerca.
E novamente, derrotado, não evito tais mazelas..."
"Muitas pessoas apareceram do nada em minha vida e me salvaram de dias ruins. Muitas pessoas apareceram do nada em minha vida e transformaram bons dias, em tempos de flagelo."
Noites serenas,
poesia cantada à capela.
Desejo entoado em mantras
que ecoam no ventre das trevas.
Sorriso apagado.
Um momento de autoflagelo.
É o espelho da alma exaltando
as escaras de um mundo ébrio.
Alvorada. Desvairado disco.
Mais um equilibrista caminhando
na luz e na escuridão.
TEMPESTADE ELEGÍACA
"Acomodando o deslocamento da tempestade elegíaca,
Sufoquei encontros na humanidade e no êmbolo escaldante,
Condoí o culto de noites padroeiras, 
Esburaquei rumores de mim,
Deslizei sobre minhas vistas carícias de tempos ruminantes
No estilo flagelador de aceitar carreamentos,
Anoiteci em chamas tocando minhas ganâncias,
Jaculei por vozes nunca extrovertidas o reto esporângio,
Salguei o caldo de meu muro ignóbil, 
Liguei quases e porquês na impostação enfermiça
Imperando na terra tísica com estremecimentos postiços,
Persegui dentro do mais fino logaritmo
Aquele escrúpulo que me anula sorridente 
No topo da romaria encompridada."
CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES
Devemos sempre pensar no que não favorece ao próximo,pois ferir a alma do alheio pode ser um auto flagelo!
Desmoronamento de casas nas encostas de morros, enxurradas que destroem vidas, ruas alagadas nos grandes centros urbanos e viadutos que desabam têm por causa a omissão de alguns e a ação danosa de outros. Deus só entra no drama para confortar os flagelados.
Permitir indagar-se sobre o ato, o fato e a ocasião. Desapropriar-se da própria história. Apagar-se, anular-se!
Permitir entender o próprio flagelo, e tentar curar as próprias feridas abertas à tanto.
Tremi, porque senti-me descoberto e desnudo por sua percepção. 
Percebi-me sem as máscaras ou adereços que costumo carregar. Tirados um a um por sutil brisa que passou. 
Respiro fundo e ouso. 
Então, sou pego em flagrante, pego por detalhes e sutilezas. Construindo algo plausível de algo que habita apenas o imaginário. 
Um diálogo tanto desconexo, fora do contexto. Pois os fantasmas são figuras dificeis de conversar.
Às vezes, meus botões resolvem criar vida, e tal como um jogo, indagam-me coisas de si.
São apenas lampejos do passado, flashes que fiz questão de esquecer. Um bloqueio, uma escusa talvez por medo de sofrer.
E então, vejo-me deitado sobre nobre e macio colo. Alvo berço cheio de candura. Permito-me ser envolvido por tenro abraço.
Deixo esquecido as terriveis lembranças que me assolavam. 
Permito-me ser embalado pelos conselho e sentir-me seguro como outrora fui.
E se, por ventura, o que jaz nesse pobre coração não se pode resolver, permito-me despedir-me de tal ação.
Entender que aceitar e respeitar é ato de coragem e de maturidade. Pois o fugir do embate, nesses termos, não é covardia.
Uma vez que não tenho em minhas mãos todas as peças dessa ação, resguardo-me. Ponho-me em marcha de retirada.
Então, com singelas e simples palavras, eis-me aqui. 
Deixo-me e partilho-me.
E recolho os retalhos que sobraram de mim.
Finalmente eu consigo entender do quê os primeiros filósofos se queixavam amargamente e o que eles queriam dizer com "é impossível converter o magnífico e original significado de um pensamento em palavras", realmente não ser compreendido é o nosso interminável flagelo. 
Como ser humano tenho incontáveis falhas, pois minha maneira de viver é orientada aos extremos. Quando eu amo é infinito, incalculável e eterno, no sentido mais literal possível da palavra. 
No fluxo contínuo de pensamentos inquietantes, que correm como um rio de águas inesgotáveis, é onde encontro um verdadeiro refúgio. 
Se tenho  algum remorso é por nunca conseguir expressar o inexpressável.
Tudo passa, as vezes demora um pouquinho, mas passa. De repente você acha que não vai conseguir, pois tudo é tão difícil, mas é só ilusão e logo se desfaz essa nuvem densa que paira sob sua cabeça. Não reclame, aceite apenas, mesmo que esbravejemos e nos auto flagelamos psiquicamente por achar que é o fim, mas não é o fim, e sim esse é o momento que pregado na cruz do calvário Jesus clama ao Pai e Ele o liberta das chagas da dor e sofrimento. Tudo acontece conforme a vontade Dele e somente Ele nos resgata do calvário no Tempo certo, pois esse tempo que estamos pregados na cruz, Deus está curando nossas chagas...para então sermos libertos do pecado e voar... Voar e voar...
Talvez por ser poeta, eu não seja um cara tão normal
Sinto o que os outros sentem, meu flagelo descomunal
Sinto mais as coisas de fora do que as estão aqui dentro
Às vezes saio de mim, e no amor alheio, me adentro
 
 
