Tag conto
Eu me apaixonei por um rato e ainda esperava que ele se tornasse um príncipe após o beijo.
Acorda, contos de fadas só nos livros.
“As vezes não acreditamos no sublime, já para não alimentar as chances que coisas vaga pela escuridão.” –Conto O telefone rubro
Eu estava aqui me torturando, lendo conversas antigas com alguém que já amei. Parecia que ia dá certo, mas só parecia. O engraçado é que era sempre assim; Em um dia, estávamos nos amando. Uma conversa boa, cheia de palavras ditas com carinho, apelidos fofos e agíamos como se no mundo só existisse eu e ela. E no dia seguinte mil fofocas faziam uma briga terrível acontecer, e aí aproveitávamos pra jogar as coisas uma na cara da outra. Falávamos de verdades e mentiras pra que magoasse o coração, para ferir profundamente o orgulho e pra afastar de uma vez sentimentos bons que existiam antes ali. Terríveis mesmo foram as vezes que dormi brigada com ela e quando chorava a noite e molhava o travesseiro de lágrimas inconsoláveis. Mas alguns dias depois pedíamos desculpas uma a outra por toda ofensa e mágoa causada, e voltava tudo ao normal. Mas sempre era aquela mesmice e ambas do mesmo signo não gostamos de mesmices. Cansamos de nós, e colocamos um ponto final no nosso conto de fadas proibido.
Já fazia algum tempo que ele a observava de longe, seu jeito, seus modos, tudo nela o agradava perfeitamente e ele sentia a sua retribuição, mesmo que discreta. Decidiu naquele dia que revelaria seu sentimento pra ela, descobriu onde ela morava, e durante a tarde preparou-se com zelo, passou um excelente perfume e desceu a floricultura, comprou as flores que mais achou parecida com ela, ele estava ansioso, mas não tinha dúvida. Havia orado e pedido a Deus guiasse sua decisão por longos dias e cá estava ele.
Tocou a campanhia e esperou que ela abrisse a porta, foram os 5 segundos mais longos de sua vida.
“Agora Deus me dê forças” - sussurrou ele, quando ouviu a doce voz dela dizendo: “Pois não?” Ele meio que trêmulo parou um segundo e disse: “- Bem, já faz algum tempo que venho te observando, eu havia guardado meu coração, para uma moça que pudesse merecê-lo de verdade, eu bem… não sei como dizer… bem… acho que essa moça é você.” Ele entregou as flores nas mãos dela, e a viu baixar a cabeça e não pronunciar nenhuma palavra.
Por um momento ele sentiu raiva de si mesmo, como fora tolo! Fazer tudo aquilo, vir a casa dela e dizer que lhe dava seu coração? e agora ela nem o tratara com um mínimo de dignidade, podia dizer apenas que não tinha interesse nele, e ele iria embora, mas fazê-lo de palhaço, isso não!
Ele deu um passo para traz o suficiente para ver ela levantar o rosto e perceber que uma lágrima escorria dos seus olhos. Ela correu ao seu encontro, o abraçou e disse:
“- Eu fiz uma oração e pedi a Deus que se você fosse dEle pra mim, que você viesse até aqui na minha casa com as minhas flores preferidas, rosas brancas, e aqui está você, hoje, com rosas brancas!
O que sobra daquele que fica?
E o que fica daquele que vai?
A fábula da vida tomava forma nessas pequenas coisas.
Voltou para casa se distanciando de algumas memórias ou da fantasia em ser feliz para sempre. Apenas acreditou que se aquelas linhas não fossem tortas, eles não teriam se encontrado.
Ainda que a nossa história tenha chegado ao fim, saiba que você fará parte de um dos meus livros e contos favoritos.
📖
Cupido dourado
Era uma vez nas dimensões entre o final da floresta densa e o pôr do sol, morava uma princesa e sua mãe divina. A princesa era um cupido e não podia ter um amor.mas ela sonhava com um amor para si já que tinha presenciado muitos casos de amor e até cumprido seu papel cupido.Ela sonhava com um príncipe que cantava na floresta,ela o identificava como o príncipe feliz , pois cantava toda noite ao pôr do sol. Mas no fundo ele cantava chamando sua amada.
A princesa andava procurando aquela voz ,ela um ser mágico que tudo podia fazer para unir um grande amor mas como não podia amar, até chegava perto a ponto de ouvir o canto, mas não conseguia ver o príncipe.
Um dia perguntou sua mãe divina do amor. O que ia acontecer quando ela encontrar o amor.
Sua mãe disse:
-Filha não podes encontra- lo se acontecer, seu coração se partirá.
-Seu nome é princesa cupido e por isso não pode amar.
Então a princesa cupido ficou triste porque nunca poderia ver o príncipe do canto.
Todos os dias o príncipe cantava, à procura de um amor ,e a princesa cupido o escutava.
O príncipe insistia em visitar aquele bosque ,na sua intuição , seu amor se inspirou naquele lugar encantado. Eles estavam perto mas em dimensões diferentes , um escutava e o outro sentia mas não poderiam se encontrar.
Um dia a princesa pediu sua mãe divina do amor:
-Não quero mais ouvir aquele canto, meus poderes estão se enfraquecendo, não posso ajudar o príncipe e não consigo mais ajudar as pessoas .A mãe divina do amor disse:
-Você não ouvirá se adormecer por cem anos.
Depois daquela conversa a princesa cupido Foi ficando triste ,queria ouvir o canto mas relutava a cada dia e adormeceu de tanta solidão.
O príncipe continuava a cantar ao anoitecer mas não sentia que era ouvido. Ficou em silêncio como se estivesse perdido em duas esperanças olhando o horizonte.
Ele avistou uma escada brilhante que sumia como se entrasse na luz dourada do entardecer pois havia quebrado a barreira das dimensões pelo sonho tão puro e inocente não concretizado da cupido.
O príncipe começou a caminhar pela estrada brilhante sem saber se haveria volta.
Ao chegar no fim da estrada, viu uma flor enorme e dourada e uma linda princesa adormecida em seu caule com uma flecha numa mão e o arco na outra.
Ele por um momento, pensou que estava dormindo e sonâmbulo com aquele esplendor, mas ao tocar aquela divindade sentiu seu coração aquecer e a vontade de cantar:
- Eu sinto falta de você.
Fiquei perdido sem seu encanto.
Quando terminou de cantar a princesa cupido abriu os olhos devagar e sorriu para ele.
Débora da Silva Santos
— É inevitável. Fugir da vida quando se está vivendo — . Rebati. Foi só mais um dia ruim e fortemente nublado me trazendo aqui novamente, e já estou sendo conduzida por muito tempo, pela vontade de procurar coisas que me livrem disso. Mas correr nunca é chegar no ponto final, é só uma volta pelo atalho. — Não dá para fugir da força da natureza independente do ponto de vista, nem da força do acaso –.
(Conto: Cena)
E você chegou como um farol na minha vida, não só porque me trouxe luz, mas também porque resistiu a minha fúria.
Acendo um cigarro e o trago...
E trago também a paz artificial
não merecida, mas no mínimo se fez
necessária para manter a ordem
do meu ser, da minha cabeça e
do meu corpo trêmulo.
Vlad
O órgão ecoa aos quatros cantos do recinto; preparo o cálice de sangue para ela, ela sorri com um olhar lascivo, desejando minha carne, pois a alma não havia. Recitando poemas sem sentido, demonstrando que é sábia, queria convencer que era mais que as demais. Querida foi Justina, aos méritos peculiares, parábolas aos ventos vorazes. Fácil de transparecer ao foco pleno de desejo, serena, transmite a sintonia mais bela e clássica de fome aos meus ouvidos. Façam a alegoria, todos estão servidos, a noite não é tão escura como costumam dizer.
Você transformou um amontoado de pedras em um castelo encantado, uma lenda tola em um conto de fadas e um cachorro perdido em lobo. Você é quem faz isso em meu mundo e em minha vida, Lizzie, e mais ninguém.
FADA PLUMINHA
Por onde anda seu marido?
Já não tinha mais o que ver
Caminhou por uma linda estrada
partiu, cessou de viver
O homem, foi honrado
quando em vida, sempre humilde
Sua esposa não deixou só
a bruxa, viúva, Matilde
Era mãe de duas filhas
amor pra uma, pra outra nada
Assim vivia a filha Clotilde
e Florença, a enteada
Pra Florença, só trabalho
apesar de seu esforço
Pra legítima, preguiçosa
deseja um belo moço
A beira de um fonte
Florença sempre ia fiar
Após um súbito cansaço
na água o fuso foi parar
E agora, o que eu faço?
Pensou Florença assustada
Se eu volto sem o fuso
Matilde fica revoltada!
Se esforçou para pegar
mas na fonte ela caiu
Muita água, pouco ar
desmaiou de tanto frio
Em um jardim maravilhoso
a jovem moça despertou
Vou fazer um ramalhete
a primeira coisa que pensou
Ao andar pelo jardim
escutou com atenção
A voz vinha de um forno
quem falava era o pão
- Florença, me tire daqui e me coma
será uma satisfação!
- Se demorar mais um minuto
virarei um pobre carvão
A menina agiu rápido
comeu o pão, não deu bobeira
Eis que surge uma outra voz
dessa vez, a macieira
- Colha aqui minhas maçãs
sei que devo merecer
- Estão maduras e pesam muito
não prestarão se apodrecer
Sem se quer pestanejar
atendeu e nada mais
Colheu todas e comeu algumas
dividiu com os animais
Continuou a caminhar
e encontrou uma velhinha
Se tratava de uma fada
a velha, fada Pluminha
A fada sacudia os travesseiros
e caia neve de verdade
Mas a força pra sacudir
se perdia com a idade
Vendo o esforço da senhora
se ofereceu pra ajudar
E na casa da velha fada
por um período foi ficar
O tempo foi passando
Florença não precisava mais de explicação
Fazia todos os afazeres
no sorriso, satisfação
Abriu os travesseiros na janela
e na chegada do inverno profundo
Sacudiu os travesseiros
e fez nevar em todo o mundo
Veio então a primavera
mas era chagada a hora
Com a benção da velha fada
se aprontou e foi embora
- Espere minha querida
sei que parece clichê
-Eu achei isso no lago
acho que pertence a você
Agradecida pegou seu fuso
e voltou sem acreditar
Mas no meio do caminho
seu vestido sentiu pesar
Olhando para suas vestes
se deparou com um tesouro
Viu os trapos que vestia
se transformar em puro ouro
Chegando em sua casa
contou o que aconteceu
Sua irmã e sua madrasta
do coração quase morreu
Se o que dizes é verdade
também posso conseguir
E os passos da meia-irmã
Clotilde decidiu seguir
Foi na fonte, jogou o fuso
fingiu até se afogar
Acordou em um jardim
soube que era o lugar
Viu o pão pedir ajuda
deixou que virasse carvão
Disse a pobre macieira
- Seus frutos apodrecerão!
Entrou na casa da velha fada
mas nunca quis ajudar
E nesse ano o inverno
nem se quer ousou nevar
É chegada a primavera
a moça decidiu partir
Vou ganhar o meu vestido
pela porta vou sair
No caminho olhou pra roupa
estava da cor do azeviche
E pela sua ingratidão
recebeu todo aquele piche
Antes que Clotilde voltasse
com seu vestido divino
Florença saiu de casa
era dona do seu destino
A Flor do Asfalto 🌹
Me surpreendo quando vejo um caso impossível de
Se acontecer ,ou Pouco Provável,
uma Rosa nascer em um Asfalto de um morro , porque vemos mais é mato e sujeira não é mesmo?!
Mas uma coisa que me surpreendeu foi A onde ela Nasceu ,No canto do Asfalto,Bem Ali no Final da rua Correndo todos Os Riscos possíveis , sol , chuva ,Mas um dia Passando eu Reparei , Como uma Rosa pode nascer Assim , em um Asfalto tão forte que não parece ter fim ,depois eu parei é pensei melhor , as condições á onde ela nasceu não deixaram ela crescer melhor , mas por vontade própria ela quis assim ,Mesmo morando em um lugar onde não foi bem tratada ,ou até mesmo o seu lugar de moradia !mas Ali estava com toda Alegria,Porque sua força de vontade não ti impedia ,O segredo da vida é deixar Fluir , Mesmo que o tempo passe , ainda vai existir começo meio é fim.
Boa tarde.🌹
Então foi isso que eu ouvi quando fechei os olhos: o silêncio.
O silêncio de tudo que me era desfavorável, desnecessário. De tudo que me era contrário, oposto, adverso, vulnerável. O silêncio de um coração, que mesmo pulsando fortemente pelo abismo, não me traziam sons, apenas sensação de medo e fraqueza. O silêncio que me acalmava por dentro, cicatrizando feridas de abalos imagináveis causando pelo velho eu.
O silêncio permeava como voltas sem fim.
O silêncio nada mais era que a minha aflição agoniante de está perdido no que fui um dia e que no fundo continua existindo dentro de mim.
Eu não sou nada para você, nada além de um conto infantil que paira a noite em sua cama antes de dormir.
Há despedida faz parte da história, há quem deixa saudades a quem as leva embora,há aquelas que nunca acabam, mas há também quem simplesmente as deixam ir, historia do conto mais bonito, do sorriso infinito, da alegria exaltante, do olhar ofuscante, historia deslumbrante de personagens marcantes, uma historia alucinante, de momentos contagiantes, uma historia de aventuras e grandes decepções, uma historia de luta e superações, uma historia de dois personagens, grandes amantes eternos namorados, uma historia deixada de lado, um brilho sendo apagado,momentos únicos e raros, sendo esquecidos abandonados, aqueles que um dia, em seus corações escreveram no passado, de baixo de uma cerejeira olhando as estrelas, para sempre eternos namorados
A Besta
Era domador de sua besta interior: não reagia às carícias do padastro bêbado, aos colegas o surrando na saída da escola, aos gritos do sargento no quartel, às reclamações da esposa, ao chefe, ao mundo. Por fim, encostou um cano prateado na têmpora esquerda. A besta voou como borboletas vermelhas.
Poema
Certa vez eu estava sobre o topo de uma montanha. Dali podia ver tudo ao meu redor. Fiquei ali admirante e entristecida, vendo sua beleza e destruição! Suas riquezas e pobrezas! Suas alegrias e tristezas! Homens cantando, homens chorando! Crianças nascendo, crianças morrendo! Velhos amparados e velhos abandonados! Enfim, tudo o que há em nossa terra amada. Um homem ali ao meu lado que também observava tudo perguntou-me:
— O que vê?
— Um mundo tão desigual que beleza não tem igual. Seus verdes e montanhas, seus coloridos me fazem delirar, mas, a desigualdade me faz chorar.
— O que pensa sobre isso? — perguntou-me novamente o homem.
— Não sei! Daqui de cima nada posso fazer pelas crianças que choram e pelos homens que não tem o que colher!
— Então, fique com isso e jogue até eles! — pediu o homem, me entregando uma âmbula cheia de grãos, e antes que eu fizesse uma pergunta ele desapareceu. Então, olhei ao redor, e dali do alto eu fui jogando os grãos, e as pessoas, cada qual foi pegando um. De repente percebi que os grãos havia se acabado e chorei, porque muitas pessoas não tinham pegado e nem para mim havia sobrado um. De repente me transformei em um pé de milho, e, algumas pessoas que sobraram se tornaram animais e começaram subir a montanha para me devorar, mas não conseguiram chegar até mim, porque, fracos, morreram pelo caminho. E a esperança novamente em mim nasceu, porque pude florir, e, espigas de milhos brotaram em meu caule, e, aos poucos fui me espalhando e descendo pela montanha, onde até hoje, sou alimento e esperança de muitos.
Assinado: Um grão de milho.
