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(...) Não adianta querer viver um conto de fadas com principe encantado, se você vai pro baile com o cara do carro roubado (...)
Doce Novembro
"Não importa a ocasião, ou a estação do ano... Também não importa quantos anos você tem, qual é seu o manequim ou sua estatura... Tudo isso é relevante... Um dia simplesmente acontecerá e pronto! Será de repente. Te virará pelo avesso. Nada mais será como antes. O mundo, as pessoas, você estará diferente. E não há nada que possa fazer para impedir que o amor floresça sua vida e torne seu mundo uma aquarela. Será inútil fugir! Mas se puder escolher, torça para que aconteça na primavera, em novembro... Renata não escolheu, tudo aconteceu em novembro... Um recomeço. Uma nova chance de amar e ser amada... Uma linda história de paixão e amor... Ah, a paixão sempre vem antes(rs)"
Sinopse do Conto Doce Novembro
O atalho
O macaco tinha ouvido falar, de umas conversas por aí, que havia um atalho na floresta para chegar às bananeiras.
Como não era bobo e era muito folgado, apostou com outro macaco uma corrida, e que quem por ultimo chegasse teria que ir todos os dias buscar bananas para o ganhador.
O macaco esperto, todo confiante, saiu bem tranquilo em direção ao atalho, e o segundo saiu correndo pelo caminho de sempre para chegar bem rápido.
No meio do caminho, o macaco engenhoso se depara com uma caverna. Na entrada uma plaquinha: “atalho por aqui”. Entra rapidamente – mesmo estando escuro – e é devorado por dois leões que aguardavam a espreita.
O outro macaco? Até hoje espera que seu amigo apareça para lhe trazer suas bananas.
Moral da história: Não confie em tudo o que houve.
Cecília não sabe amar
Cecília não era uma mulher de beleza padronizada ao que se diz perfeito, não tinha as melhores roupas, não sabia caminhar e beber água ao mesmo tempo, ao ficar nervosa sua cor nitidamente virava pimentão e suas palavras não saiam como queria. Não conhece o mundo nem sabe viver nele, tem medo do que não é como imaginara ao mesmo que tem fome de extraordinárias descobertas.
Vinte e três anos, muitas histórias tristes para contar com um grande sorriso no rosto preenchido de formas e linhas que a representam mais que qualquer coisa, cabelinhos negros que ela insiste em mudar, noites em claro, pois na sua vida a noite é o começo e não o fim.
As novelas que via na infância a fizeram ver o amor como algo bom que com sorte um dia teria o prazer de viver, porém, a vida não foi tão generosa e para ela a coisa toda para todo mundo se torna injusta quando o assunto é amar e ser amado. Persiste procurando, seja uma brecha, uma esperança que as pessoas podem ser boas o suficiente para desfrutar do privilégio que é o AMOR, mas em seu caminho só encontrou espinhos e seres espinhosos em que a incessante luta pelo Ego é mais importante do que dar e receber uma dádiva tão simples e que na verdade é o que tem de mais sublime na vida de qualquer miserável.
Segue andando sobe seus caquinhos sem apanhá-los, pois, o que se foi renova-se. Mas o que faz falta é doloroso demais para ser remexido e melhorado. De todas as esperanças perdidas, só o amor ainda insisti em brotar em seu peito, o que a faz acreditar que é só isso de fato importa na vida, que o amor não é uma escolha e sim um dever, uma lei a ser cumprida aqui na terra e além dela e que no fim só o amor explica tudo e dar sentido ao que não tem sentido.
- Andrêssa Agnel .
Théo, O Peixinho Azul
Théo é um peixinho azul, que vive no mar.
Ele está sempre sozinho, pois acha que no fundo do mar não pode ter amiguinhos. Sempre a cantar, ele brinca entre os corais, na beleza das estrelas do mar, cavalos marinhos, polvos e todas as curiosidades que existem na imensidão dos mares. Tudo é tão lindo e colorido!
Navegando entre as profundezas ele vê vários peixinhos laranja de longe a brincar, de repente Lucas um peixinho palhaço o vê, Théo assustado esconde atrás de uma pedra, e uma de suas nadadeiras agarra entre os corais, Lucas aproxima e vendo o desespero do peixinho azul, chama os seus amiguinhos laranjas;
- Ei pessoal venham me ajudar!
Os peixinhos palhaços que brincavam distraídos ouviram o chamado de Lucas e logo vieram ajudar. Num trabalho coletivo conseguiram soltar as nadadeiras de Théo o Peixinho Azul.
Théo ficou imensamente feliz e agradecido!
- Olá, eu sou o Lucas! Disse o Peixinho laranja, qual o seu nome?
Théo, timidamente apresenta- se aos novos amiguinhos e agradece a todos pelo resgate.
Lucas animado pergunta a Théo:
- Vamos brincar?
Théo sentia-se tão feliz com o convite que saiu com os novos amiguinhos a cantarolar.
Por fora as pessoas me vêem como uma mulher dura e fria, mas ninguém sabe que essa mulher durona chora todas as noites ou em lugares inusitados quando está sozinha, tem uma vida infeliz mesmo sorrindo e demonstrando o contrário. Ninguém imagina que essa mulher durona só queria estar presa em contos de fadas felizes e nunca mais sair de lá.
Nos contos da Ilha do Poderá sempre existirão os inícios, mais raramente os meios, mas nunca os fins; sejam eles tristes ou felizes.
Que todos os seus sonhos sejam sonhos encantados, tomados por uma realidade de fazer inveja a qualquer conto de fadas.
- Sorria mesmo que os problemas acabem com seu dia. Sorria mesmo que o seu coração esteja quebrado. Se você apenas sorrir, todos os seus problemas podem desaparecer.
- Mas não é possível sorrir.
- Mostre seu sorriso para mim
- Meu sorriso se esconde…
- Seu sorriso é o mais belo.
- Meu sorriso pode ser belo, mas o que me corrói por dentro faz com que tudo que há em mim, se torne feio.
- Nada em você é feio, olhe-se no espelho.
- Se eu me olhar no espelho, vou querer morrer.
- Morte é uma palavra forte…
- Morte é do que eu preciso.
- Você precisa de amor.
- Amor é para quem não tem o que fazer.
- Amor é para quem sabe viver.
- Você precisa de amigos de verdade.
- Nesse ponto eu concordo com você, eu preciso de amigos de verdade.
- Você precisa de quem te faça sorrir, de quem te faça mostrar esse teu sorriso lindo.
- Eu preciso ficar só.
- Tem certeza que é disso que você precisa?
- Tenho absoluta certeza que não preciso de você.
- Se eu não fosse eu, você iria precisar?
- Não, você poderia ser quem fosse que eu não precisaria.
- Você precisa de um abraço
- Me largue!
- Acalmasse, feche seus olhos…
- Eu não preciso de você.
- Você precisa de mim mais do que pensa.
- Eu quero você… Longe de mim.
- Você quer meus braços te envolvendo levemente
- Eu quero você…
- Eu sei, eu quero você mais do que você pensa.
- Você não quer…
- Eu quero você.
- Pra que você iria me querer?
- Para te ensinar a amar.
- Eu preciso aprender a amar?
- Todos precisam
- Então me abraça e me ensina a amar.
- Quer mesmo que eu ensine você a amar?
- Quero.
- Feche seus olhos.
- Estão fechados.
- Agora, só os abra quando você sentir o amor entrar em você.
- Mas como eu vou…
Ela aprendeu a amar, com um único beijo e finalmente conseguiu abrir seus olhos e sorrir."
Para uma história realmente chamar a atenção do leitor, é necessário entreter e desperta sua curiosidade. O enredo deve possuir uma estrutura muito linear e cativante: exposição da situação inicial, apresentação do protagonista, construção da tensão, mais apelo na construção da tensão, um personagem contrapondo uma tensão absurdamente crescente, um antagonista que não seja uma alternativa barata à resolução da trama e o arremate.
Os personagens de contos de fadas não são ambivalentes; eles são ambos bons ou maus, como todos nós não somos na realidade. Cada personagem é completamente bom ou ruim. O homem quer um mundo onde o bem e o mal está claramente discernível como é seu desejo, inato e indomável.
Escolher animais como protagonistas atende uma gama de aspectos e invalida outros. Julgamentos antes da compreensão podem ser obtido com a utilização de animais. Lobos são maus, ovelhas obedecem, formigas são trabalhadoras e burros são petistas. Humanos são mais animais; o que força algo que chamamos – e quando digo, “chamamos”, acabo de chamar – de paradoxo-da-decisão-do-que-fazer.
Meu Ernesto Azul...
Voltava eu daquelas paragens de Pirapora, dirigindo meu possante Gordini Delfini, carinhosamente tratado por Ernesto, já de cor não muito definida, trazia uns leves amassados em ambas as portas, umas ferrugens no piso, faltava-lhe o retrovisor esquerdo e o para-choque traseiro... nada demais!
Mas aquele Gordini era meu xodó, até carreto o “bravo Ernesto” fazia: meio metro de brita ou de areia pra ele não era nada. Só não se dava bem com subidas, em compensação, nas descidas, ninguém e nem nada o segurava. Um detalhe que não podia de esquecer, no momento de passar a marcha, tinha de ir da primeira pra terceira... em algum momento ou lugar, ele perdeu a segunda marcha, porém, uma certeza eu tinha: um dia, mesmo que não parecesse, sua já havia sido cor foi azul, mas, não um azul qualquer, um de respeito, admirável e solenemente azul. Bem, mas isso se deu em tempos que eu ainda não havia vindo ao mundo.
Dona Orsina, mãe de “Zé Goiaba”, me encomendou um carreto: levar 14 frangos até o sítio de João da Grelha. Em troca de “dois dedos” de pinga, Juvenal aceitou a incumbência de me ajudar nessa empreitada, mas, não deu muito certo, numa curva de chão batido, entre a porteira da Fazenda Craviola e a ponte do Manguezal, meu amigo Ernesto foi, literalmente, atropelado por um boi. Mas, não um boi qualquer! Foi um desses de grande porte, de passos firmes, grandes orelhas caídas, negro focinho, peitoral extenso, parecia ter sido “construído” de concreto e músculos, coberto por uma pele negra, com algumas manchas brancas e outras, em leves tons marrons, reluzentes. Estava selado o destino de Ernesto: faleceu ali, naquela curva e o boi, seguiu em frente... sequer olhou pra trás. Seguiu seu caminho, me deixando apenas com o que sobrou de meu companheiro, dores pelo corpo e vendo os frangos entrando no manguezal.
Pensei até em fazer o velório e o enterro de Ernesto, mas o Padre Policarpo me aconselhou a não fazer, segundo palavras dele, “seria uma sandice”, na hora, entendi sanduiche, e rebati: “Não sô padre, vô fazê é o enterramento do Ernesto, num é um lanche não”, e o Padre nem respondeu, virou as costas e saiu resmungando: “é cada uma que parecem duas...”.
Voltando àquela curva, onde jazia Ernesto, me deparei com Bento Carroceiro e, entre uma prosa e outra, contei a ele de meu luto e que não ia conseguir enterrar Ernesto. Foi quando Bento me disse: “mas ocê é bobo demais, sô! Hoje, ninguém enterra mais ninguém não, só toca fogo e pronto. Depois, pega as cinzas e joga no rio. Isso é que é coisa chique”.
Pensei, matutei e decidi seguir o conselho de Bento. Toquei fogo em Ernesto ali mesmo e fiquei olhando ele queimar. Chorei muito, doeu fazer aquilo, mas o que mais me intrigou foi o caminhão de feno de Tião Matadô passar ali exatamente na hora que Ernesto queimava. Senti cheiro de mato queimando e, logo que olhei pro fim da curva, vi que o feno que o caminhão de Tião Matadô levava, queimava e a chama já subia pra mais de 10 metros...
✿⊱╮Hoje não conto mais os anos que vivi.
Conto apenas os momentos, e com quem quiser me acompanhar para termos o que contar quando o corpo não mais suportar e a velhice chegar.
Valorizo quem ama mimha companhia no hoje. Carrego comigo apenas sentimentos bons e pratico o aqui e o agora, pois, a ausência do teu perdido, não há o que recuperar. Só a saudade existe e doi... doi muito!
"Os jardins foram construídos dentro de seu templo. Não para ostentar belezas e poderes. Mas para materializar um pedacinho do Absoluto dentro do limites de sua existência, aonde sua vista avista." (Razão dos Jardins - Victor Bhering Drummond)
Você chegou do nada .. toda sorridente;
Parecia um conto de fadas... algo inexistente;
E é o que me fascina..seu jeito de menina;
Mas muito experiente.. com seu corpo adolescente!
entre o sim e o não, caminha-se...
Idas e vindas, às vezes, atalhos sem bússola...
...chegadas, muita vez, trôpegos, mas chegadas.
Tantas outras partidas... divididas, compartilhadas.
Um porto por vez; uma vez, um porto...
Mais um conto, sem um talvez!
O Nosso Amor é Nosso!
O nosso amor...
Não é de novela
e nem de
contos de fadas.
O nosso amor
é nosso!
Carregado de
sentimentos
bem reais.
Verdadeiros.
E de entregas!
É assim...
Que vamos nos
querendo!
O tempo e o espeço nunca estão separados, pois não podem viver sem a companhia do outro. Mas você sabe o porquê? É sobre isso que esta estoria vai contar.
Era uma vez dois grandes irmãos um era chamado de Tempo, o outro era o Espaço. O Espaço era um garoto alegre, sempre radiante e cheio de energia. Já o tempo, bem, era sempre mal humorado nunca era uma boa hora para ele.
Um dia, um humano conseguiu se aproximar dos irmãos e conversou com o Tempo.
"Tempo, por que é sempre mal humorado?"
"Não sou mal humorado, sou apenas uma pessoa entediada."
"entediada por quê? Você é incrível, sabe tudo que já ocorreu e tudo que ocorrerá. Como pode se entediar dessa forma?"
"O Espaço diz a mesma coisa, mas e daí que sei de tudo? Conheço o passado, mas não posso muda-lo, vejo o futuro, mas não posso evita-lo. O tempo é algo magnifico, mas o único que podemos viver é o presente. Eu sou o único ser de todos os seres que não foi abençoado com o tempo, não vejo passado, presente, ou futuro, eu não sei o que eu vejo! Nem sei se essa conversa já aconteceu, vai acontecer, ou está acontecendo! Eu só queria ter tempo."
Suas lágrimas ecoaram pelo seu irmão, Espaço. Ele mandou o humano embora e consolou seu irmão.
"Por que nunca me disse isso antes?
"pra que!? Eu sou amaldiçoado, nunca vou poder... ", Tempo não conseguia terminar suas frases, de tantas lágrimas que soltava.
"Então vamos nos unir."
"mas..."
"Assim você conseguirá sorrir"
"Mas assim você perderá sua liberdade, não poderá sair na hora que quiser, ficará preso."
"Qual é o problema? Não é justo que apenas eu sorria."
Em sã consciência e diante de Deus, que me vê, eu vos declaro que desprezo a liberdade, a vida, a saúde, e tudo aquilo que nos seus livros é chamado de bens da vida.
Durante quinze anos, estudei atentamente a vida terrena...
Os vossos livros deram-me sabedoria. Tudo é mesquinho, perecível, espectral e ilusório, como a miragem.
Podeis ser orgulhosos, sábios e belos, mas a morte vos apagará da face da terra...
Vós enlouquecestes e tomastes o caminho errado. Tomais a mentira pela verdade, e a deformidade pela beleza... vós trocastes o céu pela terra...
E desprezo os vossos livros, desprezo todos os bens e a sabedoria deste mundo.
Para vos demonstrar o meu desprezo por tudo aquilo que constitui a razão de vossa vida, recuso os dois milhões com os quais sonhei em tempos como se fossem o paraíso, mas que agora desdenho.
Microconto
..
O elemental água se apaixonou pelo elemental terra.
Foi um relacionamento solidificado.
