Soneto 18
SONETO EM PROSA DE AMOR
Relato com zelo, o soneto que faço
Numa prosa de amor, que encanta
Pois, colhe-se poética quem planta
Afeto, apreço e sentimental passo
Então, nele tem o apaixonado laço
Para descativar do nó da garganta
Que, assim, é uma alegria e tanta
Ter na melodia o doce compasso
A paixão a sussurrar e aprazendo
Em sentimentos que vão dizendo
Na poesia que a sedução conduz
Ah soneto, o poema para ser feito
De amor, amor tem que ser eleito
Em mimo que nos nomeia e seduz
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 fevereiro, 2022, 11’10” – Araguari, MG
SONETO DA JUVENTUDE
O jovem conta os dias sem parar
Viver nessa fase é espetacular
Deixa-se a barba para impressionar
Não liga se ela tem que barbear.
O Lucky para o dia demora achar
Mas quando acha é para brilhar
A maquiagem é certa para se mostrar
Durante o trajeto ou em qualquer lugar.
Saem na balada para agitar
Faz da noite o dia para animar
Do dia à noite para o sono recuperar.
Juventude para ele ou ela é só festejar
Hoje, no amanhã nem pensar.
Assim o jovem deixa a vida se levar.
SONETO ESTRELAS, EU E VOCÊ
Em noites de outono
Estrelas parecem falar
Estou próxima não consegue tocar
Mas aqui estou pode apreciar.
Tenho outras companheiras
Juntas conseguiram brilhar
Para aumentar o brilho do seu olhar
Na majestosa noite de luar.
Com caricias podemos começar
E de sonhos podemos sonhar
Como as estrelas suspensas no ar.
No brilho prateado nas águas do mar
Dos sonhos vamos nos proporcionar
Uma vida a dois para os sonhos realizar.
SONETO PAI PARA SEMPRE
Da semente o nascimento do filho
Aí, a figura do pai.
Ser importante para a vida
É fortaleza da família.
A distância física coroe
A Espiritual solidifica
As lembranças iluminam
Nos clarões de cada dia.
Dos seus passos fortes no assoalho
À mesa um lugar especial
O relembrar emudece.
Pai não morre apenas se afasta
De herói se torna lenda
Da vida terrena para eternidade.
SONETO CIDADE QUE MORO
Moro em uma cidade
Com represa imponente
Gera energia para muita gente
E canais de águas que escoam livremente.
Águas que caem abundantemente
Formando as Cataratas sem precedente
Na mata atlântica com suas vertentes
Onde a umidade é permanente.
Cidade bela e atraente
No ramo hoteleiro profissional experiente
Na culinária, tempero a gosto do cliente.
Esta é foz do Iguaçu do presente
Fica na tríplice fronteira felizmente
Lugar de gente bonita e atraente.
SONETO A MINHA MÃE
(in memória)
Mae do seu ventre nasci
A luz do mundo conheci
Dos seus seios o alimento da vida
Nos braços a segurança perfeita.
Seu colo me acomodou
Suas mãos me acariciaram
Seu sorriso era só alegria
Sua voz uma sinfonia.
Hoje apenas lembranças revividas
Sofro pela sua falta, mas
Gratidão pelo que foste em vida.
Amor, ternura e paz.
Retrato de uma passagem
De um amor sem fim.
SONETO A VOCÊ MÃE
Mãe, um ser especial e de coragem
Consegue ser carinhosa e dengosa
Mesmo nos momentos tribulados
Que na vida se depara.
Mãe, a fortaleza do lar
Chora e sorri em silêncio
Guerreira nos momentos difíceis
Deten a sabedoria para a proteção.
Mãe, você é luz para a vida
Sua existência um presente de Deus
Um ser infinito.
Mãe, amor incondicional
Geradora, zelosa, afetuosa...
Mãe! Simplesmente mãe!
SONETO AMANHECER NO MAR
Começa o dia clarear
Distante os morros começam fracionar
Os raios de sol para o mar dourar
O pescador chegando para o barco atracar.
A praia a espera das ondas do mar
Únicas fazem as espuma dançar
Em seu contorno pessoas a caminhar
Na companhia de gaivotas no ar.
Muitos começam de o espaço desfrutar
Vivendo momento muito particular
Sob o som das águas que lhe é peculiar.
A noite está por chegar
Mar e praia ficam a se encontrar
Para seus movimentos continuar.
SONETO AO ANDARILHO
Senhor dos becos e ruas
Das estradas por aí a fora
Sem teto para dormir
Às vezes um pedaço de pão.
Caminhando sem preocupação
De passo em passo sem direção
Alguns caminham sozinho
Outros na companhia de um cão.
Difícil alguém lhe estender a mão
Muitas vezes de bandido é taxado
Um ser perdido e desesperado.
Andarilho sem projeção
Sem carinho e paz no coração
Para ele apenas desilusão.
SONETO AO IDOSO
Por um fio, ao fim da vida.
Enfrenta a dor com sofrimento
Carregando no peito sentimento
Quase sem cura uma grande ferida.
Isolados ou largados ao tempo
Sem alguém com uma mão amiga
Para acomoda-lo na cadeira preferida
Para uma conversa fora do relento.
Compartilhar um pensamento
Até mesmo tirá-lo do isolamento
Promovendo mudança ao comportamento.
Só resta ao idoso, o ressentimento.
Na espera dos últimos dias de vida
Próximo da morte sem argumento.
SONETO ARTE DE ESCREVER
Às vezes tenho necessidade
De algumas linhas escrever
Umas verdades e outras mentiras
Para meu ego satisfazer.
Do nada palavras aparecem
Num momento impar de inspiração
Como um intermediário da paragrafação
Para uma simples leitura e sua distração.
Seria uma sina ou um dever cruel
Nas entre linhas ser um porta-voz
De um louco ou fanfarrão.
Só o tempo poderá elucidar
Como o leitor irá interpretar
Pontos e vírgulas se estão no lugar.
SONETO CAMINHOS
Os caminhos que a vida oferece
Nem sempre é aquele que nos parece
Alguns te levam à felicidade
Outros para a obscuridade.
Dos caminhos que percorri
Em alguns tropecei
Voltas em círculos eu dei
Apenas um deles adotei.
As pedras que encontrei
Com habilidades desviei
Assim me organizei.
A felicidade a cada dia amadurece
Se no caminho certo permanece
De corpo e alma a vida favorece.
Meu primeiro soneto
E todos os barés saberão
Que em meu peito oscila,
Hora o amor, hora a dor,
Castigo de quem sente.
O amor que te ofereço é de graça,
Não tem cor e nem raça,
É seu, feito a mão,
E Deus o artesão.
Ah! Mas a dor...
Ela sim é a pintada tropicana,
Feroz e impiedosa!
Me rasga o peito de uma vez,
Devore em uma só bocada,
Tudo isso que sonhei.
Soneto filha amada
O que posso dizer de Ti:
És todo meu sentimento,
És a continuação de mim ,
Palavras em silêncio.
És meu início e o meu fim.
És parte de minh'alma,
Tu és a metade de mim
O amor que me acalma !
és minhas lágrimas e sorriso,
És meu sul e meu norte,
Minha realidade, meu paraíso.
Meu grande amor, minha vida,
Meu grande presente de Deus !
Querida e amada filha !
Soneto do Adeus
Vira e mexe sinto a falta de sua companhia
Foram bons momentos que me trouxeram alegria
Mas deixo a saudade bater
Me mantendo distante para que meu coração deixe de doer
A deixo a ir
Para que sua vida possa prosseguir
Estarei de longe acompanhando seus passos
E feliz por ti, seja o que for preferir
Estarei longe mas perto
Com um sorriso disfarçado
E fingindo estar tudo bem
MAIS UM CANTO
Deixa soneto que eu cante mais um canto
encante, tolo ou triste, que poética exista
e que possa cadenciar o cuidado otimista
de sonhos, sorrisos, tão completo de tanto
Não mais que, a característica do carinho
a desejar afinidade encapado de verdade
prosa de esperança, uma parte de saudade
de quem quer ser metade, ser um aninho
Deixa, afinal, soneto que este meu canto
seja um recanto de ternura e de acalanto
prum coração árduo, mas cheio de apego
Que transforme a sensação em sentimento
muito mais que um verso, um sacramento
de amor, de afeição, num doce aconchego!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 dezembro, 2021, 12’04” – Araguari, MG
SONETO DO AMOR QUE VIROU POESIA
E, cativo da prisão das ternuras
A alma com afinidade por perto
Pra conter em um coração certo
O desejo, a poética em longuras
Muito é o esmero, em companhia
Vestígio de carinho e sentimento
Com emoção, sensação, contento
Em prosa de satisfação e alegria
E neste meigo e atraente cuidado
Um sorriso, um gesto e ao lado
Aquele olhar que na paixão cria
A cada verso, que, assim, trovando
Tem vinculo na entrelinha rimando
O soneto do amor que virou poesia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 dezembro, 2021, 10’43” – Araguari, MG
Soneto de amor perdido
As borboletas de gelo se derretem,
E então se tornam bailarinas salgadas,
Acompanhando a suave chuva álgida
Farta, clamo às bailarinas: Se aquietem
Em lástimas, se cessam e se enfraquecem,
Mas aqueles momentos não se envelhecem.
Músicas me atacam desde sua partida,
Sonhando com o rosto da morte lívida.
Me perguntando se você voltará
Continuo confusa com suas promessas
Permanecendo em solidão intensa.
O triste é saber que isso não cessará,
Nossas vidas nos poemas expressas,
Descobrimos que limite o amor dispensa
Soneto à Diana
O sabor tão amargo de uma vida,
não me privou desta quimera doce,
uma jarra de crítica ferida
que hoje brinda uma paixão precoce...
Cativo desta saudade regida,
fenecer na clausura achei que fosse,
barganhei com teus seios a saída,
tornei-me mais ainda tua posse...
Tocaste-me, anjo, a carne consentida
na compulsão por ti só requerida,
domaste-me, lasciva, em sedução...
Com suas cifras vivas e fundidas,
maestrina destas notas tão ardidas,
soubeste me tornar composição.
Soneto bandoleiro.
Muito se tem dito,
pouco se tem feito,
e o tido como perfeito,
é, desastrosamente, desfeito.
Muito se tem falado,
pouco se tem agido,
e o que era tido como certo,
hoje se esgueira; na sombra escondido.
Seria da natureza do homem,
tamanha afronta que nem se dá conta
de seus semelhantes esfomeados que somem.
Os infortunados banidos, bandidos,
como se fossem bandoleiros,
porque acabou o dinheiro?
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