Sofá
DEL CASTILHO
Havia um sofá...
Um “so far” na proximidade
Da intransponível solitude...
O toc-toc da Olivetti ou da remington
Para minha inspiração
E uma corda imaginária no teto
Para minha solidão...
Havia horas para se empacotar a vida
E fazer pilhas de paciência...
O gotejar incessante de alguma torneira
No mais profundo silencio,
Passos pelas dependências da minha ansiedade
Fantasmas de mil purgatórios...
Havia o telefone para confidências
De paixões inadimíssiveis
Durante a madrugada...
Havia o corredor que conduzia `suburbana
Sangrenta e insaciável...
Havia a igrejinha onde remiam nossos pecados
A nova América que vestia o nosso país
E um viaduto para problemas sem solução...
Talvez meu sofá e minha TV seja melhor do que estar por aí fazendo coisas repetidas, conhecendo pessoas, repetindo apresentações, situações mecânica, talvez eu sempre tive preguiça de coisas pela metade, sem envolvimentos e sentimentos.
Ficas deitada no sofá da sala me olhando trabalhar, ai por não resistir a ternura dos teus olhos mansos que parecem me chamar, eu deixo de escrever e me ajoelho diante de ti! Deito a cabeça em teu colo e tu me abraças, fazendo-me sentir seguro como na proteção do útero de uma mãe extremada mas com turbilhões de pensamentos e desejos a gladiarem-se em mim, vendo-me Édipo a desejar Jocasta!
odair flores
30/05/2013
(...) anos atrás eu me sentava num sofá e avistava um horizonte que era o meu desejado, o sofá não existe mais, alguns muros cresceram por de volta daquele espaço impedindo de avistar qualquer longe.
Cresceu muro nos meus olhos, e eles lamentam, acho que é só o que fazem hoje.
Hoje não em tempo, exatamente agora.
Que caiam os muros, as dúvidas, os gostos, as roupas, que os passos se alinhem, um após o outro, nunca um querendo ir e o outro ficar.
Domingo indo embora...
Corpo no sofá largado...
Deliciosamente descansado...
Que fazer agora?
Realinhar a cama macia
Dormir e sonhar docemente
Sozinha ou em boa companhia
E receber a segunda alegremente...
Boa noite, amigos queridos!
Sem dó
Eu não tenho Dó
Se tu vens de Ré
E te entregas pra Mi
Na cama ou (so)Fá
Me deixando afim, quente como o Sol
Remexendo assim, pra cá e pra Lá
Sem ter dó de Si
Sem de mim ter Dó.
Beto Acioli
09/11/2013
FIM DO DIA
(Fábio André Malko)
Um eu estraçalhado das batalhas
Se joga no sofá ao fim da tarde
Na TV, os insultos dos canalhas
Um cálice de vinho vai acalmar-te
As lutas do dia foram intensas
E pensar que nesse mundo lá fora
Pessoas viveram amáveis ou violentas
Lutando pelo sustento a toda hora
Só hoje, quantas pessoas nasceram?
E morreram? Talvez injustamente
Quantos pais em vão pereceram
Buscando o pão da prole falante
Esse mundo é mesmo muito ingrato
Cobra em suor e preocupações
O olhos, às vezes, refletem o retrato
De quem ficou seco, sem paixões
O dia encerra-se com nostalgia
Renovando pra amanhã as esperanças
Pois quem delas não sente a magia
Não terá forças nas novas andanças
Se levante do sofá pegue sua mascara de ar,
Porque se for reivindicar COM BOMBAS VÃO TE ATACAR
Mas assim melhor dizendo, desde já eu só lamento
Quem te ataca na rua é nosso ´´VOTADO GOVERNO``
“Esses dias mesmo eu perdi minha senha do twitter e achei ela no sofá! Nossa kéfera nossa que piada engraçada ó: ra ra to morrendo de rir!”
Caminhando pela rua, vi jogado sobre a calçada um sofá velho, sujo e rasgado. Parei diante daquela mobília abandonada e comecei a pensar na pessoa que o havia comprado, no sonho de ter um sofá novo em sua sala, na preocupação que aquela pessoa teve ao se aproximar o vencimento do carnê, na felicidade sentida ao recebê-lo. Imaginei que por algum tempo, aquele sofá foi centro de atenções naquele lar. Em minha reflexão, cheguei a ver as crianças disputando um lugar naquele acento com cheiro de coisa nova. Fiquei feliz pelo sofá. Depois, comecei a imaginar no abandono que aquele sofá foi sofrendo com o passar dos dias, meses, anos... Aos pouco ele foi sendo esquecido, esquecido! Ah! Até ser substituído. Tive pena do sofá.
Coloque-se no lugar daquele sofá, reflita e você perceberá que com o ser humano acontece a mesma coisa. Mais cedo ou mais tarde, nos estaremos jogados num cantinho da sala sobre um sofá olhando para a TV, sem nem saber o que está sendo exibido e, os mais jovens passarão por nós rapidamente e dirão:
- Oi, oi. Tchau.
Ninguém é insubstituível, ninguém é eterno, ninguém pode controlar o tempo e as mudanças que vêem com ele. Sendo assim, procure viver com sabedoria e se importar com a própria vida. Pois, em algum dia, alguém estará refletindo sobre você.
Rima Boba
É dia de meia colorida
Comer pipoca no sofá
Deixar os dilemas de lado,
Não ser adulta, esquecer o relógio
Não lembrar de nada que não faça sorrir...
É dia de lambuzar de alegria
De fazer rima errada
De comer palhaçada, até passar mal
É tempo de ficar à toa
Molhar os pés na garagem lavando o quintal,
Balançar o vestido e sorrir pro destino
Como se não houvesse nenhuma mal
É dia de amar o romance alheio
De arrumar namorado no filme
De fingir ser a mocinha,
Só pra ser feliz no final...
Minha folga da realidade
Tem data marcada pra hoje
E sempre que for necessário
Eu ligo correndo pra ela...
Me salva do mundo maluco
Quando perco meu lado fera...
Um namorado muito bonito, li uma vez, é como um sofá branco: um convite ao desastre. A questão é que eu gosto de sofás brancos. E desastres têm lá o seu charme."
Quando eu era pequena , me enrolava no cobertor e todos os dias eu sentava no sofá para ver Sessão da Tarde , mas agora eu assisto a Sessão da Manhã que é dentro da sala de aula.
Solidão.
Ficar no canto do quarto quieta, ou no sofá da sala, escrevendo poemas, ouvindo uma boa música pra relaxar, pensar na vida e se inspirar.
Pensar no enigma que é viver, no medo que dá ao olhar pela janela e se perguntar: - Que mundo é esse?
Observando pessoas... maneiras, jeitos, caminhares, olhares e sorrisos.
Cada um esconde um segredo dentro de si, cada um com os seus medos, tristezas, angústias.
cada um com sua máscara...
sorrisos falsos ou fácies. Olhares profundos ou perversos. gestos simples ou embaraçosos. caminhares leves ou apressados.Cada um com uma história bonita ou triste. Triste ou bonita oscilando até chegar ao fim.
Sentada no sofá da sala, entregue ao meus pensamentos viajo por lugares que desconheço mas me fascinam. Lugares que encontro em mim mesma quando viajo pelo meu eu.
Ao longe surge teu rosto em um caminho desconhecido mas sigo, sigo ao som enebriante da tua voz e de uma música que soa distante.
Não sei se ouço detalhes ou a distancia, mas sei que me toca e me cola em você !
Preto e branco pra cá, preto e branco pra lá, pega a bola, arranha o sofá. Com os olhos pede colo, eu digo vem cá, mas você corre. É preto e branco pra cá, é preto em branco pra lá.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp