Se Nao for para Voar Nao Tire meus Pes do Chao
As coisas acabam só se você cair e se manter no chão.
Toda vez que se levantar, tem uma nova chance.
Ah, o firmamento que contemplamos um dia. Hoje, mesmo ele gritando-nos, miramos o silêncio do chão.
Ser mãe! Ser bússola, ser rocha, ser amor, ser amiga, ser exemplo. Ser mãe! Ser o chão do caminho a trilhar. Ser mãe! E ser lembrada, quando as ofertas da destruição surgirem no caminho.
Tolerei
Mais um tapa que espanca meu corpo e minha alma tolerei,
Lágrimas derramei, mais um chão beijei, de joelhos supliquei por paz a quem um dia amei,
Tolerei mais um tapa dentro do meu lar, debaixo de um teto falso onde o amor devia ser verdadeiro e manso; não era pra rimar, e com o teto combinar, era apenas pra me amar,
Num lar onde era suposto ser amada e amar, sou espancada cada dia toda vez que o sol irradia minha mente arrepia, porque mais um dia se aproxima e eu já sabia...
Tolerei, pensando que num certo dia tudo de errado em certo se tornaria, o amor em nós derramaria e ai aconteceria a magia, mas quem diria...
Quem diria que nossa lua de mel fosse porta pra um planeta inverso do universo e de um lindo verso, que por de trás daquela linda página de meu casamento havia um cabolço perverso, probabilidade zero nosso amor era incerto,
Tolerei, tolerei, mas já não tolero porque primeiro eu e depois eu em primeiro, hoje prefiro amar meu ego e me dar sussego a amar um cego que tudo de super que tem é o ego,
Não te cales mulher, pois eu, eu por vós, dei voz, eu já tolerei.
Chão de Estrelas:
Olho o firmamento,
Em noites de lua cheia
No clarão luzindo
Bordando o céu.
A beleza majestosa
Daquelas luzes efêmeras
Que n'alma clareia.
São estrelas faiscantes,
Mostrando seu explendor
Afagando e inspirando
A alma dos poetas.
Afastando as angústias
Regando os corações
Inspirados nos sons da Noite.
Vestindo de mistérios e Alegrias,
Na espera do amanhecer,
Alegrando a vida,
Com seus mágicos raios.
As luzes que florescem,
Os campos, e vales,
Com cores Predominantes,
A luz do " Rei Sol".
CASA VAZIA
Porta entreaberta
Mesa ao canto
Moringa cheia
Janelas gritantes
Chão vermelho
Mancebo abandonado
Nem latido no terreiro
Somente roupas emolduradas no varal
Tudo responde com eco
A seca tira da mesa
o que o chão tem pra ofertar
quem parte leva a tristeza
e a saudade desse lugar
mesmo que faça riqueza
no peito crava a certeza
que um dia tem que voltar.
Avante ao ar
Ao entrar no avião
Senti que um pedaço de mim estava ficando no chão
Sabia que era necessário partir
Mas fui acompanhado,
Seu coração e pensamentos
Estavam em minha bagagem
E me fez ver naquele momento
Que mil quilômetros não fariam diferença
Pois o que estava comigo,
Valia tanto quanto sua presença
O vôo segue, o avião estável
Porém eu, desabando
Me encontro chorando
Sinto uma dor
É como se tivesse esquecido o remédio para o aperto no coração
Só que a próxima dose já tinha data
Fiz o possível, pra até mesmo mudar as atas
Precisava viver novamente,
No futuro via o passado e aceitava o presente.
O avião se prepara para pousar,
Imagino seu criador a calcular
Massa e velocidade alta contra uma superfície parada
Talvez muito considerassem impossível ou loucura
Um projeto dessa natureza
Mas alguém arrisca com destreza
Enfim a chegada, mas já é dada a largada rumo ao lar
Para acabar com a tristeza
Especialista avante ao ar
Março de 2020, Guaratinguetá - SP
Outono chegando, as folhas caindo, se despedindo
Desenhando formas pelo chão
Mudando o ciclo, chorando, sorrindo
Vai esvaziando e varrendo a natureza, parece levar embora sua beleza
Só vejo folhas secas pelo chão
É hora de transição
Assim meu outono se instala
O tempo passa, as lembranças ficam apagadas,
a vida muda, muitas folhas se perdem, momentos se vão
Pensamentos desfeitos
Refeitos que perpassam o destruir para se reconstruir
É a vida em movimento
Tudo passa.
É transitório
A primavera da existência retornará depois da turbulência
É a vida. Utopia!
"Ninguém fica no chão, quando se tem o céu!
Ei, olha para cima!
Mantenha os olhos fixos naquilo que você acredita!
É exatamente aí que encontrará forças para levantar!"
"Está lá um corpo estendido no chão!".
Quem sou? Quem somos nós?
Oque sou? E pra que sou?
Vi certa vez um homem caído na vala, chovia muito, ele sangrava.
Ao passar de carro olhei e vi pessoas olhando, sem saber oque fazer. Era tão somente um corpo ferido, onde depois de lhe sugar o espírito, chamam apenas de cadáver. E de novo, oque e quem somos nós?
Acredito que apenas e tão somente um bichinho da seda tecendo nossos fios, que ao se romper, seremos apenas algo que frutificou mas que morreu, onde muitos nem sabem porque, ou pra que viveu!
Cão sem Dono -
Sou cão sem dono,
cão vadio, cão de rua ...
Como do chão,
dos restos de quem vive,
de quem passa ...
Mas nem sempre foi assim!
Já quis ter casa!
E já a tive ...fugi ...
E corro montes e vales
e não me canso de ser livre,
não me prendo a nada,
a ninguém,
e ninguém se prende a mim.
Não há trelas ...
Quando chove,
cheiro a cão molhado,
sujo, enlameado,
ninguém me quer
e eu não quero ninguém!
Porém, quando a noite chega,
cansado de ser livre,
triste, só, ao relento,
sinto uivos na razão
e tenho fome,
e tenho sede,
e tenho frio de amor ...
Tenho medo
de um dia não ser cão,
de ser igual aos outros
e morrer numa prisão!
E corro, e fujo, e ninguém
me apanha ... e vem o dia,
outro dia como tantos,
onde o preço da diferença
é ser vadio, sem dono ...
E há de súbito, em mim,
a brecha de um vazio,
o peso de um cansaço,
um veneno que salivo,
que degusto no paladar ...
E sinto náuseas, vómitos,
uma angustia que me sulca
no galope de um segundo!
Foi da comida que me deram!
Esses que me expulsaram
por ser um cão maricas ...
Que não queria ir à caça,
nem sabia o que era a rua,
nem queria acasalar ...
Um cão que só queria ser um cão,
simples, afável, alegre, sorridente ...
MAS ISSO É SER MARICAS!!! Diziam ...
Deixem-me apenas ser um cão!
Sem regras nem tratados,
arrogância ou presunção!
E se isso é ser maricas, que seja,
não me importo ...
NÃO! Nunca me hão-de ver na caça!
Nunca me hão-de ver de trela!
Nunca servirei para acasalar!
Nem saberão quem levo no coração!
ANTES ABATIDO!!! ...
Como um cão sarnento! ...
NÃO! NÃO! NÃO!
Nunca lhes darei o prazer de assistir
ao meu declínio embora consciente!
NUNCA!!! ...
E que importa que não sintam
a minha falta?!...
A falta que me sentem é daquele
que nunca fui, não de mim, de quem sou!
Que importa que ninguém pergunte
se estou vivo ou se morri?!
Morto já eu estou, para todos, há muito,
desde a hora em que nasci!
Mas sou um morto-livre!
Um morto que a morte não matou! ...
Porque sou livre! E louco! Mas sou eu ...
... fiel ... a mim ...
Um cão sem dono! Vadio! ...
Um cão maricas que não queria ir à caça,
nem queria acasalar ...
Um cão que nem ladrava!
Que só queria ser um cão!
Que não servia para nada ...
... mas foi livre!!!
Rodopiando por aí… vivendo
Rodopiando que nem pião, girando e varrendo o chão
Assim é brincar de viver, pq amanhã é incerto, talvez nada exista mais…
Tudo se vai, o que vês e sentes hoje, talvez não verás e nem sentirás jamais…
Rodopiando não vivendo
Vivendo não rodopiando por aí….
Certo dia um homem tentou subir o Monte Everest com um salto apenas, e, sim, ele deu cacara no chão
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