Saudade de um Velho Amigo
O menino caminha em direção ao castelo de sonhos. Lá, o Velho e Bom Senhor o Aguarda. Visitam aposentos, revivem memórias, abraçam amigos que foram morar do outro lado da montanha. A distância enfim, findou-se. Não há mais lágrimas, saudades. Apenas a certeza de que agora os entardeceres serão meras nuvens coloridas. Porque os dias não mais terão fim. (Do outro lado da Montanha - Victor Bhering Drummond)
As vezes é preciso abandonar o "velho".
O "antigo"...O passado endurecido, amargo e esquizofrênico, para retomar posse da sua pacífica essência.
O "doce" que estava ali te aguardando renascer na paz.
No tempo da renovação.
O VELHO POETA
Depois que me deste o entendimento, mudo,
Sem se quer mover a tua boca
P’ra escrever o febril poema, da musa-louca,
Oh, Poeta, tanto me fez sonhar de tudo!
Ansiedade absoluta! De sol e de luar, contudo,
Estranha no meu peito, essa voz rouca
Que gritas ao mundo: rosa-viva, alma-mouca;
Ruiu ao nada, — amor sem conteúdo!
E cantas, o desejo da paixão tristonha
Aos meus ouvidos, sem quer um carinho solto
De fragrância, me deixando a ermo...
E no silencioso mito que por vozes sonha
Vagueando à noite, reprimido e morto;
À poesia, já rústicas as velhas mãos eu tremo.
O primeiro vira ultimo, o grande fica pequeno, o bonito fica velho e o guloso toma veneno. é vivendo e aprendendo que na vida vai crescendo! M.M
Segunda Garrafa
Você altera meus sentidos
Bani meu discernimento
Aflora o velho ressentimento
Com sentimentos feridos
No doce sabor você me trai
Ao mesmo tempo que atrai
Através do que já sabia
Vide a bela agonia
De estar mais um dia
onde posso ver
e posso ser
Apenas na segunda rodada
é que se vê a magoa
de forma incessante
Vou colorir meu mundo!
Experimentar novos sabores!
Pintar meu cabelo de vermelho e
esquecer velhos rancores!
Macabeu
Meu mundo escureceu
Quando das cinzas se emergiu
Aquele velho frio
No silencio que se rompeu
Quanto o céu cedeu
E o primeiro cavaleiro saiu
Minha raiva surgiu
E nos homens o medo cresceu
O segundo cavaleiro aluiu
O terceiro o seguiu
Por fim o quarto apareceu
E a fê dos homens se perdeu
E a esperança que se extinguiu
Sem saberem que o verdadeiro terror sou eu
Definitivamente, no mundo modernoso não existe mais o tal do bom senso, do bom e velho meio termo.
Hoje, tudo, é mais ou menos assim: ou vive-se petrificado pela rigidez de normas paridas pelas filhas da Rainha de Copas ou vive-se entregue a total degradação advinda da absoluta desordem dos nossos instintos mais baixos.
Pior! Na maioria das vezes a insensatez chega a tal nível que o desregramento é estimulado e garantido por leis com pretensões pétreas. Eis aí a última grande modinha.
Enfim, seja como for, atualmente a tal da autodisciplina, da gentiliza e do dito cujo do bom gosto não mais fazem parte do cardápio do bem viver humano.
Velho Chico...
Disseram que nascia um rio
Logo acima, onde finda a vereda
Nascente de água límpida e frágil
Que aos poucos se agigantava
Vi brotar da terra a dita nascente
Observei as gotas incontidas
Fluindo, compassadas e servis
Pareciam saber o destino a cumprir
Iam, aos poucos formando córregos
Desviavam daqui e pra ali
Sempre e cada vez mais vivas
Água de minha sede, formando um rio
E do rio formado, correntes
Vieram lá da nascente, num repente
E com as águas fortes, crescidas
Brotaram lendas do rio de peixes viventes
Contada sobre boto e Iara, até boi Tatá
Deram ao rio nome de Santo
São Francisco, rio de lendas
Mas antes dos contos criados
Era ele o rio, uma estrada de água
E foi no leito acordado
Que adormeci embriagado
Pela beleza do rio que mar já era
Na sua largura, em minha ilusão
Criamos, eu e o rio, intimidades
Tamanha era que, mais idoso que eu
Tratei-o de Velho e Velho não era
Era criança, feita de águas, sonhos e lendas
"...sangue novo dá um gás danado", mas o velho é a prova de como tudo começou.Um não vive sem o outro (10.10.17).
Ela diz que você era um motor velho e que precisava partir
Mas tudo que eu queria
Era ter como eu sempre tive
As peças para te fazer ficar
Porque partir
Acabou por me destruir
E um buraco ficou
Eu sei que nem sempre temos as peças
Mas às pressas
Eu quis te consertar
Consertei por um tempo
Mas você foi com o vento
Agora eu dou mais valor
E até mais amor
Mas agora só tenho espaço para dor
Seja lá o que for
Sinto como se não quisesse passar
Mas vou nadar contra isso
Nessa mar de dores
Espero ser uma antiga navegadora
E levar em meu barco
Apenas lembranças
O Poeta velho
Passaram os anos e tudo mudou,
Os dias são diferentes dos seus tempos juvenis.
A natureza, sua fonte de inspiração se acabou.
Os animais foram perseguidos e presos... Destino infeliz.
O poeta quase perde o seu romantismo,
Mas ele tem um poderoso poder.
A sua memória traz momentos inesquecíveis...
Ainda existe uma paixão por um outro ser.
O poeta sabe que os seus poemas vão longe.
Seus versos estão em todo lugar.
Por mais bronco que seja o homem,
No seu coração há espaço para amar.
O poeta velho ao ver chegar a sua morte,
Saberá que influenciou as várias gerações.
A sua poesia transpassara esse poder tão forte,
Palavras nobres que continuarão a atingir os corações.
Velho Chico.
Volta chuva pro sertão
molha o pobre e molha o rico
enche aqui meu coração
que de tristeza não fico
traz de volta o nosso irmão
que se foi na solidão
das águas do Velho Chico.
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