Ruído
Que a cada sinal eu entenda.
Que a cada decepção eu aprenda.
Que a brisa seja ruído pro meu som.
E que os motivos só aumentem pra crer
Que Ele continua sendo bom!
As simples sombras sujas...De uma história contada por uma ou outra, cheia de ruído e de pudor nada significa entre o certo de verdade que e fácil dizer que o esgoto do outro lado do muro é sempre pior do que o debaixo dos próprios pés.
"Deus é afônico.
Nos acostumamos a preencher nosso silêncio e atribuir todo o ruído a ele.
Nosso contato com o divino deve ser uma linda conversa inaudível!."
É silenciosa, mas sua influência é poderosíssima. Apenas produz algum ruído, quando inspirando para uma realização maligna.
BARULHO
no silêncio, e apenas nele
eu ouço um barulho
o ruído suave e contínuo
da vida que não silencia
Não é apenas o ruído externo ou o estridente silêncio que nos perturba; a alma, quando desassossegada, ressoa-nos totalmente desafinada.
O que queres de mim essa manhã?
Me acordaste com seu ruído
És tão misteriosa suas vestes,
E teu desconhecido sorriso.
Ó senhor, o que desejas?
O que posso oferecer-te mais uma vez?
Sois tão ambicioso em cada passo,
Que não veis o perigo que há de enfrentar.
Não tires a vida de meu semelhante,
O nosso vínculo hoje vai acabar
Veja em meus olhos a pura inocência
De uma india cheia de amor pelo seu lar
Estarei aqui amanhã de manhã,
Gostaria de poder ajudar,
Mas talvez eu não possa mais abrir meus olhos
Se tudo que é nosso tu decidires tirar.
" Seja poesia em meio a tanto ruído. Seja calmaria em meio à tempestade e se nada disso der certo faça de mim seu verso preferido."
Entre o ruído das armas e as falas de um ditador, as leis do homem não se conseguem escutar. Nós, a isto, podemos chamar de Tirania.
Mas, quando entre o ruído das leis do homem, nem o próprio é reconhecido, nós, a isto, apelidamos de Democracia.
No primeiro caso, desejamos a Democracia.
No segundo caso, desejamos a Tirania.
© 10 de março de 1984 | Luís Filipe Ribães Monteiro
No som do silêncio
Eu ouço o ruído
das coisas que penso
Muita coisa faz sentido
Outras apenas se sente
E tanto se sente
Que o corpo fica dormente
O som do silêncio
Se torna um zunido
Uma coisa constante
Como as coisas que penso
E se penso tanto agora
Talvez seja porque não pensei
Quando era hora
A hora voa
Flutua no som do silêncio
Talvez a vida não seja boa
O mente atordoa e se esquece
Talvez de cansaço
Talvez seja entrega
Tarde demais pra pensar na vida
Ouvindo cada vez mais longe
O ruído das coisas distantes
Que mereciam ter sido esquecidas
Adormeço ao som do silêncio.
Edson Ricardo Paiva.
Silêncio
Difícil manter-se,
constantemente o inconstante tenta ser quebrado
Do ruído, a falta, o vão, inação
Mistério, intriga, suspense, inquietação, tudo pela ausência
Efeitos colaterais acima do esperado.
Momentos, dias, estações, vidas
Continuar ou parar
Segredo esse desvendado a cada expectativa de som
Uma pausa no comum, no esperado, no questionável
Silêncio absoluto, tortura, medo, doramor
Intrigante para ambos: silencioso e o silenciado
Fatal para todos, silêncio mortal.
Ruído
Ao ouvir o ruído lacrimoso
Da desalegre chuva que chora
Senti-me beijado por todo o lodo
Da angústia que me invade agora.
Não sei como explico,
Só pra mim isso importa,
Neste momento solitário fico
E a chuva traz-me a vida morta.
Cada pingo é uma lágrima,
Cada lágrima uma lembrança,
Há, pudera outra vez criança.
Há uma paz infinita no coração do ruído...
silêncio,
inércia,
falta de movimento,
nenhum momento...
e ele só quer dormir,
fugir pra longe,
pra um lugar
onde
seus pensamentos não alcancem
o amor perdido,
não vivido,
desperdiçado...
como era bom tê-la ao seu lado.
As ratazanas se movem
É desespero total
Ouço ruido de ratos de todo lado
Os camundongos fazem barulhos
Os gatos se assustam
É muita sujeira, os gatos não suportam
As ratazanas controlam tudo
Do mais sombrio esconderijo possuem o controle
Os ratos brancos de laboratório também se agitam
Assustam os macacos dopados, que fogem
É muita sujeira no ar, contamina tudo
É preciso força para enfrentar os ratos
Mas os gatos se acovardam e tremem
Os macacos assustados juntam se aos ratos
Um frenesi avassalador, ratos e macacos amestrados
Um SOS e lançado, interceptado por camundongos treinados
Agitam-se as Ratazanas,
A ordem é de barulho dobrado
Gritam humanos desesperados,
E fome e guerra pelo poder
Tudo é controle, e se controlado doma-se o ser
As ratazanas, camundongos e os macacos aliados contemplam a vitoria
Estamos novamente na sujeira, esperança que se acaba
A fome é mascarada
Aumenta -se a cota de pão, vinho e o circo continua seu espetáculo
Humanoides submissos, continuam submissos calados
Eu um simples gato assustado, perseguido por ter ideais
Vivendo num mundo, em quem manda são os RATOS...
Nenê Policia...
SAUDADE
Na melancolia da escuridão quando a noite avançava e os sons entoados eram regados de ruídos únicos, Ela mais uma vez se entregou aos pensamentos. Buscou recordar-se em que momento do caminho havia se perdido, achava ter se distanciado de sentimentos que a transportavam para um passado distante e impudor. Ela queria o poder de descrever com palavras a saudade embebida de amor.
Então cerrou os olhos, tentou imaginar como reproduzir minuciosamente com palavras a saudade. Induziu seus pensamentos a mover-se como o vento nas paisagens mais distantes de sua imaginação, relembrando momentos que pudessem expressar tamanha exatidão.
Descrever a saudades é tentar esquecer o impossível. É imaginar os desejos como um sonho que se esvai, em meio a um mar de sentimentos e palavras que nunca foram ditas. É como um abraço ambicionado, desejado que nunca aconteceu. É como o impulso repentino e avassalador do último encontro. É como estar novamente encurralada nos braços de um amor que acabou. É lembrar-se de um grito desejado e entoado no ápice do devaneio, a princípio acanhado, no meio desinibido e no fim arrependido. É a tristeza que invade a alma ao término de todo encontro. É pairar sem equilíbrio na imensidão do amar exprimindo particularidades que só coração pode perfazer, narrar. É contemplar disfarçadamente sem querer mirar, mas os olhos de quem ama estar destinado eternamente a observar. É o amor quando transcende o olhar e integra o mais lindo limiar do desejo de querer e não poder tocar. É o turbilhão de sensações que torna ébria a alma e faz todo ser pleitear ser observado eternamente por um único olhar.
Abriu os olhos, e descreveu a saudade como uma tarefa inglória, sem o charme de uma conquista constante, sem o glamour das promessas, só com o lado obscuro da despedida que antevê sempre sufocado no silêncio das palavras nunca ditas, ficam lacunas, hiatos de vontades não realizadas e de quimeras que lentamente se transformam num oceano de lágrimas que se dissipam em meio uma torrente, no vai e vem da vida, que nunca será esquecida.
Ela nunca se despediu. Por fim, sorriu ternamente e partiu...
Que será, sinfonia? O teu ruído me espanta ao pensar que no teu canto as notas dormem. Eu me descubro na tua melodia e uma clave completa meu coração ao teu. Então, quero te ouvir nos silêncios da madrugada, onde os amantes se escondem para tratar de um universo musical infinito...
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