Ruas
Jovem Princesa que de sua janela obervava;
O moço plebeu, pelas ruas a cantar
Seu pai aproximou desta e gritou
"com este daí, tu não podes amar nem casar!"
Olhou para o Rei e logo lhe disse;
Disfarçando vossas expressões
"Olhe para mim, meu pai!
Para vós prometo que nunca cumprirei tais ações."
A moça desolada foi para seu quarto
E após jogar-se na cama,
Pôs a mão em seu peito e falou baixinho
Que ele era a única pessoa que ela ama.
Tentar diagnosticar problemas alheios é entrar em ruas sem saída, procurar resolvê-los é ingressar num labirinto.
Ruas do passado
As ruas do meu passado
Não tinham sequer asfalto
No máximo pedras com piche
E a constante falta d'água
Nelas as brincadeiras não paravam
Do pique bandeira a roda gigante
Nas calçadas de barro o tal triângulo
Intensos jogos de bola de gude
Tempo dos cachorros vira-latas
A troca de figurinhas uma rotina
Todos os cantos campeonatos de várzea
Época que ficou cravada na história
Estação das flores
A primavera chega com seu colorido
As ruas estão repletas de flores
Não sei quais as que mais se admira
Fico extasiado em meio aos colores
Após a cor cinza das nuvens carregadas
Vejo os lindos jardins com pudores
Mesmos sendo eles os protagonistas
Humildes são canteiros e bastidores
Estação que mais embeleza a cidade
Aquece os corações das lindas moças
Haja buquet de flores em toda parte
Dom Ruam da vida se assanha todo
Essa linda estação é muito confortante
Um preparo para as paixões ardentes
O verão espreita para unir essas gentes
Mas só é possível com a primavera quente
O caminho
Caminhando pelas ruas sem muita alegria
Sabendo de todas as possíveis limitações
O princípio pode ser sinal de um cruel final
Nos tombos da vida com prováveis variações
Remove e contorce provocando o pobre ser
As veredas da vida inútil anuncia a maldição
Restauração e destruição sem fim deixam duvidas
Recôndito futuro o assombra com contradições
Terra movediça sem a firmeza esperada
Absorve toda essa louca vida na calada
Tremula no escuro da incerteza está à vida
Desprendendo com intensidade a triste alma
Os seus ossos ainda confiam e seguem firmes
Eles o mantêm de pé nesta dura e árdua labuta
O alicerce mais sólido provoca o epílogo do filme
Para assim poder dar a volta por cima nesta vida
As obras de salvação de Jesus eram realizadas nas ruas e Seus ensinos nas sinagogas: assim deve ser a vida daqueles que querem imitar o Mestre em Seu ministério.
Perturba o meu sono
todo esse silêncio das ruas
todo esse momento vazio
toda essa burrice acadêmica
que chega e me assalta
alta madrugada...”
O que eu fiz de errado?
Comprei uma flor linda pra te dar
Nas ruas tão feliz, sai correndo para te encontrar
No caminho parei pra te ligar
Você não atendeu, acreditei estar ocupada .
E estava, mas não imaginava que assim
Não esperava que você pudesse nem pensar em mim
E eu com uma rosa na mão
Te vejo com outro alguém
Cai flor, ficha e razão, me faz chorar
Pensando no que fiz de errado
Ao ser seu namorado
Já apaguei todos erros do passado
Eu quis é te ter do meu lado
Mesmo sendo um fracasso
Acreditei ser dono desse abraço
Se te fazia "tão bem" por que está sendo assim?
O que é que ele tem? vai diz pra mim
Se é só trair por trair, se queria um fim
Por que que respondeu um sim pra mim?
Nesse namoro de ilusão, você quem sai feliz
E eu saindo aqui sem coração
Mina se era pra ser assim
Bem melhor dizer não
Fica com ele
E eu com a solidão
Pensando no que fiz de errado
Ao ser seu namorado
Já apaguei todos erros do passado
Eu quis é te ter do meu lado
Mesmo sendo um fracasso
Acreditei ser dono desse abraço
Doa-se urgentemente um bom coração nas ruas sem saída, nas calçadas da tristeza. Um bom coração que foi cortado em pedaços por uma paixão que pensava ser verdadeira. Um coração que não sabe em quem confiar, um coração que acha que as pessoas não têm mais solidariedade, um coração que procura - se loucamente por um amor.
É estranho como os homens tratam vulgarmente as mulheres nas ruas, chamando-as, muitas vezes, por nomes pejorativos, mas basta, por exemplo, se tornarem pais que não se podem sequer olhar para as suas filhas, que já se exaltam.
Por trás de toda menina, de toda mulher existe uma família que a ama infinitamente, que a respeita e que cuida dela como a flor que ela é, pois toda menina, toda mulher é uma flor no jardim da vida.
Será que é necessário termos uma mãe, uma irmã, uma esposa ou uma filha, para que possamos compreender o valor, a graça de termos as mulheres em nossas vidas?
Espirito vitorioso, nobreza monarca sobre suas espáduas
Raios crepusculares lhe anunciam nas ruas
Leve nossos pedidos como uma mensageira divina
Irresistivelmente na direção da luz jovem alerquina
A onde mora o fogo, de onde vem os visionários
Pronta preparada para seus martírios
Peito fechando ar aos poucos escapando
Pele cansada, pernas caindo jovem senhora
Como uma águia sofre a duras penas por seu povo
Renascendo autora radiante, uma volta triunfante
Guerreira rainha, dos jovens oprimidos dos que estão desfalecidos
Dos desesperados consolação fonte eterna de sua salvação
Que seus passos sejam perdidos pelas trevas que ti caçam
Que o guardião herói, se preciso for sofra o suplício.
VIDA EM PLANO
Vida em proa, coisa boa
com a canoa ancorada
ruas cheias gente à-toa
assim como a passarada.
Marinheiro, cadê a venta?
que não venta mais na vela?
cuidado com a água benta
p'ra não descer sua goela.
Olhe as cartas o carteado
para não furar seu bolso
veja a cara do delegado
não lhe cause alvoroço.
Acorde, vamos navegar
de manhã ao rasgar do dia
o peixe bom esta no mar
e o riso lindo é da Maria.
Antonio montes
Desamor
Procurei e não te vi ao meu lado,
Vaguei pelas ruas em vão.
O tempo é longo sem você, sem teu mor.
Sinto a vida esvaecendo aos pouco.
Preparei a melhor roupa,
Vesti-me desse amor todinho por você,
Para me ver em teus olhos,
E ganhar a tua atenção.
Nas ruas da solidão
Eu procurei pelo teu coração.
Só encontrei recordações,
O que foi e já não é mais.
Desfolharam-se as flores,
Adormeceu a sementinha.
Estou perdido nesse amor há tanto tempo
Que já não sei o caminho de volta ao seu desamor.
Edney Valentim Araújo
Ilusão
Te vejo em todo lugar.
Pelas ruas, ao meu lado andas.
Baixinho, ouço-te dizer:
"te quero tanto, só sei te amar".
Luz que ilumina minha vida,
calor que eu necessito para viver.
O teu carinho junto a mim fica,
pena é: eu não poder te ver.
Sem ti, a vida inexiste, a graça
que ela tem se evapora,
o pensamento esquecido e quieto fica.
Os sonhos de amor, do coração vão embora.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Abrindo os olhos, com lentidão além do normal, andava pelas ruas, os pés descalços deixavam leves marcas pelo caminho que passava.
Ela estava molhada, não se sabia de onde tanta água surgia pois ela nunca parava de fluir.
A sua volta, um lugar vazio, nada a vista. Não existia cores por onde ela passava, não existia um alma a sua volta. Não existia nem mesmo uma briza.
Nada a tocava, nada ela sentia, nem mesmo a abalava. Era um mundo a sua volta, carros, pessoas falando em cada parte daquele mundo vazio, algo do qual ela parecia imune.
O caminho não se findava, seus pé já estavam cansados, já era hora, ela precisava descansar.
Foi então que ela viu, o fim da estrada ela havia alcançado, parecia que o mundo havia chegado ao seu fim e tudo o que ela precisava fazer era pular.
Então ela pulou, no inicio era só o vazio, novamente nada a tocava, nada mexia consigo além daquela sensação quase prazerosa da queda.
Finalmente ela pararia de não sentir nada, seria o momento perfeito que ela finalmente sentia alfo dentro de si. Algo incomodo, porém já era algo. Algo que a fazia se sentir calmamente bem.
O aguardo não durou muito, o impacto trouxe ela de volta ao mundo que sempre havia visto, o mundo que conhecia tão bem. As imagens passeavam a sua volta como em um filme pobre e deprimente de cores gastas, mas eram as imagens que a traziam para o momento perfeito. Um afago, o abraço, o colo e o cheiro! Enfim um beijo, um calor, um frio e um vazio. Letras a rodeavam, notas chegavam em seus ouvidos, melodias que ela não se lembrava quando, nem onde, mas sabia que já havia ouvido. Ah... ela conhecia bem aquele mundo, era lá onde ela guardava tudo o que programava para si, mas não expunha ao mundo.
Ali, diante de tudo ela voltou a cair, o chão se abria para ela e novamente ela se deixava levar pela sensação da queda. Porém agora a sensação se esvaia, como a água que sai das mãos de alguém em um ato desesperador para matar uma longa sede. Então, acordando mais uma vez ela viu-se novamente do lugar que nem parecia ter saído. Todos a olhavam como se esperassem algo a ser dito, ela sabia daquilo, estava acostumada. Era fácil enganá-los. Com um gesto robótico, ela sorriu, suas bochechas se elevaram levemente, seus olhos se tornaram tão pequenos que mal parecia que ela enxergava algo. Ela sabia que só assim eles parariam de olhar para ela daquela forma... e quando lhe perguntava a tipica pergunta que a perturbava a cada letra dita, ela simplesmente respondia:
I'M FINE
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