Riso
Na garupa do acaso
Subi na garupa do riso,
Com o vento no rosto e a sorte no abraço,
Pequeninas nós duas,
Mas cabemos no mundo inteiro,
Fomos de stand-up ao improviso,
Um brinde entre goles,
E planos disfarçados de acaso,
Quase um sussurro na direção do destino,
Me levou pra casa,
Como quem abre delicadamente a porta do peito,
Entre vinhos e pinhões,
Eu vi a paz no calor dos olhos dela,
A noite era feita de toques leves e peles coladas,
Dos suspiros que se entendem no escuro,
Do amanhecer com seu gato abrindo a janela,
Teve café com mãos de barista e alma de abrigo,
Teve pãozinho gostoso com tofu cremoso,
Teve tempero,
Nós aromas que não só os alimentos exalam,
Cheiro de início no pescoço,
Gosto de quero mais no céu da boca,
Com uma vontade louca,
De compartilhar de ter esse encanto a encantar.
Manhã
Teus olhos têm o sol
que acorda a madrugada.
Teu riso, o céu azul
que abraça a tarde amada.
Bela como o dia
que nasce e se despede:
breve flor, vento, magia...
que a noite apenas pede.
" ENQUANTO HÁ TEMPO "
Ela foi riso...
em tantos dias,
colo sereno,
mãos que sabiam.
Agora senta
sem tanto som,
o tempo pesa
no mesmo tom.
Nomes que amava
passam ao vento,
ficam promessas
e esquecimento.
Mas meu silêncio
grita por ela.
ainda é tempo
de estar com ela.
A vida é um caminho que oscila entre o riso e a lágrima, mas quando se tem objetivos, os sonhos ficam mais nítidos e se concretizam. Os problemas passam a ser efêmeros e a esperança ilumina nossos passos.
Saudades dos dias de festas, riso fácil e dos momentos da juventude.
Lembro daquela jovem de alguns anos atrás, cheia de vontade de viver e ansiosa para conhecer o mundo...
Nem tudo era simples. Claro, eu tinha problemas naquela época, mas havia algo que não faltava em mim: motivação.
Eu ainda sonhava...
fico pensando em como sou agora, depois que o desânimo e a depressão tomaram conta de mim.
Das pessoas que tanto fiz sorrir, mas quanto mais precisei, me deixaram e me substituíram do dia para a noite.
A depressão tirou muita coisa de mim. Meus sonhos, minha motivação e até mesmo algumas amizades.
Mas talvez algum dia eu possa me livrar de tudo isso e voltar a sonhar e quem sabe, até realizar.
Até lá, vou sobrevivendo.
'RISO DE OUTRORA'
Por ti eu chorei de amor,
me deixaste na solidão,
Em frangalhos deixou meu coração,
não mais segurou minha mão e nem sequer
disse adeus, simplesmente se foi.
Tranquei meu coração por dentro e joguei a
chave fora
Um dia tudo passa, tudo melhora.
Voltarei a sorrir aquele riso de outrora que iluminava meu mundo.
Haverá um novo amanhã
Um novo alvorecer
Estou jogando semente de risos no solo
Que breve há de brotar e lindamente florescer .
Guardo na minha caixinha dourada
Pedaços de alegria que foi espalhada ao vento, junto com retalhos do meu sorriso,
Tenho fé e esperança
Ainda terei de volta meu sorriso igual sorriso feliz inocente de criança.
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
Abraço
Olhe para os meus olhos e veja o quanto eles sangram
Meu riso é louco, afogando em lama
Os sonhos desaparecem,
Como neblina em um amanhã qualquer
Me acorde quando tudo isso acabar
E quando vier só me abrace
Já não consigo mais enxergar
Nem uma palavra nos serve
Esse seu desdém
Não preciso de mais nada
Apenas do teu abraço
Ficar nos seus braços
Sem voz e trêmulo
Preso dentro de carro
Não consigo sair
Sair esse sentimento
De dentro de mim.
Riso Contido
Mais uma que se vai
como todas as outras que se foram
já estou acostumado
ficar só
com ela a solidão
meu coração não aguenta mais
uma hora ele vai parar
mais um gole de cerveja
conhaque e outras coisas mais
lágrimas caem
boca seca, sono e frio
eu sei que a morte me espera
uma hora ela vem me buscar
com um perfume doce e um sorriso
um riso contido
mais uma que se vai
como todas as outras que se foram
acabou
só ficaram as lembranças
de um sonho que nunca vai se realizar.
A vida deve ser equilibrada
e o riso ajuda a manter o equilíbrio,
não deve ser levada a sério
o tempoo todo,
é preciso achar graça, mesmo daquilo que seja bobo,
uma forma simples e sensata
de recuperarmos o fôlego.
Te encontrar na esquina,
É tomar café adoçado sem açúcar,
É tirar o riso do canto da boca amarga do dia,
É sentir o gosto do sonhar,
Melhor
Enquanto não te vejo te recordo.
Cada passo, cada jeito, cada riso.
Os caminhos que abraçados andamos
de mãos dadas, e sempre nos beijando.
A nossa mente ajeita tudo,como um
albúm que se monta.
O cérebro registrou com clareza cada
momento em que juntos ficamos.
Nessa cópia que o cérebro congela,
eterna será a nossa lembrança.
Melhor sempre é te ver, do que pela
imagem do pensamento recordar.
Para sentir, beijar, olhar,lembrar, é
necessário o pensamento.
Te ver, a cada momento é uma nova emoção.
Para isso melhor é ter-te bem perto,
dentro do coração.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
Se as flores já não te dizem mais nada, se os dias te passam sem alegria alguma, e o teu riso murchou, certamente, o amor já se afastou de ti.
SÍMILE:
Vou verter o riso da hiena em tuas brenhas
Vou comer o delírio de tuas entranhas falena
Vou calar teu grito insano reanhas
Vou fechar a luz, apagar tua porta
E bradar pro mundo teu riso vulpino
_ tal qual Peçanha
Vou arranhar teu intimo zanho
Vou me embrenhar...
Na volúpia de tuas entranhas
E ancorar no palor de teu olhar.
A saudade de Olinda
A saudade de Olinda
tem nome: Camila
dos olhos pequenos
do furo no riso
da fala francesa
na boca macia.
A saudade de Olinda
ladeira, sombrinha
na mão que a galega
viaja com o corpo
vestido vermelho
à Paris colorida.
A saudade de Olinda
capixaba sentia
no avião que partiu
escrevendo poema,
melancolia de cinzas:
folia em poesia.
A saudade de Olinda
oceano e fantasia
entre França, Brasil
Camila e o frevo
carnaval: tous les jours
carnaval: todo dia.
Gosto de gente
Gente de luz
Luz nos olhos
Gosto de gente
Gente de luz
Gente que canta com o riso
Gente de luz
Gente de alma
