Retrato de Velho
Dos bichos que avistei, a um me apaguei, era o Martim-pescador, bebia água nas margens do velho chico, mas era também predador, logo não tinha mais peixes e Martim-pescador para longe de mim voou, não poderia prender Martim-pescador, pois era bicho livre, se prendo ele para me embelezar com suas belas plumagens mataria de remoço martim-pescador, deve estar a pescar nas margens de outros rios, assim fui deixado para trás por um pássaro tão pequeno, em um mundo tão grande, essa é a minha história e a de um martim-pescador.
A MORTE
Seja bom ou ruim,velho ou novo, com boa ou má saúde, a tal morte nos acompanha, e há vários motivos que se rompe esta estadia, seja adiantamento da sua própria vida, descuido da matéria por vícios ou tarefa cumprida. A morte pra muitos é a casa do demônio, porém a morte não existe pra quem gosta de viver.
Aquele cigarro que antes trazia alivio, já ficará velho demais.
Aquele café que antes aquecia a alma, já havia esfriado, esquecido em uma caneca qualquer em qualquer cômodo da casa.
Seu confessionário já não era aquele que abrigava seus dilúvios imaginários em águas correntes.
Alguns anos se passaram, hoje a menina com quase trinta, deságua em outra fluente.
PEDRAS DO MUNDO
Tantas pedras nesse mundo...
Assim, velho insano, fundo
que nem sei, qual pedra minha
que um dia me apedrejou...
O que sei, é que nasci
do outro lado do mundo
d'onde nasceu o senhor.
Quando criança fui rei
vagabundo e tempestade
hoje sigo esse endereço
onde na esperança padeço
e adormeço na saudade.
Tantas pedras nesse mundo...
Sobrou para mim pedregulhos
trincados pelos entulhos,
que o mundo, proporcionou...
Ando atrás da verdadeira
aquela pedra da pirambeira!
Que um dia rolou por amor.
A minha pedra é de barro,
assim como foi Adão
deixado no jardim do éden
para cumprir a paixão...
Mas seu amor serpenteou
e ainda deitou-o pelo chão...
A pedra atirada ao vento,
nunca foi a protetora
como a pedra das oliveiras
ou as pedras da manjedoura...
Pirâmides, castelos e totens
os bustos da ilha de páscoa
e os monumento de Stonehenge.
Tantas pedra por ai,
no caminho do poeta
eu só quero a minha pedra
que seja dura... Mas seja a certa.
Antonio Montes
Há um velho ditado que diz:
“O mundo da voltas”
Eu incessantemente estou buscando meu próprio caminho por que não quero depender e nem esperar pelo mundo para ser feliz!
Diz um velho ditado que," onde Deus constrói uma igreja, o diabo vem e faz uma capela ao lado". Porém, a igreja ainda continua sendo muito maior que a capela.
Um carro velho que emitia muito monóxido de carbono. Velocidade abaixo do permitido naquela via rápida. Ainda ouvia fitas de um velho rock and roll. Óculos escuros para evitar o sol de frente no final da tarde. Cabelos que balançavam com o vento gelado do inverno. Finalmente noite para libertar a energia acumulada o dia todo como se fosse bateria recarregável. A pista, uma boca bem desenhada, olhar sedutor e qualquer corpo bastavam.
Um estúpido - como diria a música - cupido que causava buracos feito cupins na madeira. E uma paixão por alguém, depois por algo, para preencher aqueles espaços vazios uma vez por semana. Dez lances de flechas erradas. Mais de mil recordações.
Sintonia fina. Garçom, por favor, dois copos de atitude. As luzes cansavam a visão. O barulho, antes música, depois apenas ensurdecedor barulho que irritava os tímpanos. Nada tão bonito que não pudesse esquecer, exceto seus sapatos de salto comprados especialmente para ocasiões como aquela, então levados em mãos e largados no mesmo carro – calhambeque – num momento de completo delírio causado pelo etílico das bebidas. Achou-se Cinderela. E foi na busca por achar-se que tantas vezes se perdeu.
Cinderela de profundas olheiras. Cara borrada pela maquiagem comprada na farmácia. Corpo suado. Enfim, só. De frente para ela mesma num reflexo confuso que sugeria ser mais bonito do que realmente era. As fotos espalhadas pelas paredes pareciam sorrir. Pareciam. Acessórios de camelô. Decoração barata. Moradora de apartamento de um canto pobre da cidade.
Ainda assim habitante do mundo e um mundo que habitava nela. Como todo mundo. Amiga dos versos, das poesias tortas, das músicas dançantes, dos cupcakes e dos gostos amargos do amanhecer. Passagem pelo hospício. Mas para quem foi dado o direito de julgar? E como chamar alguém de louco na era do politicamente correto? Pensamentos viraram questionamentos que careciam de respostas para todo o sempre. Despiu-se. Despiu a alma também como um atentado violento ao pudor.
__ Louca. Crazy. Crazy. Crazy!
Dizia para si mesma como tapa na cara em frente o espelho.
Transtorno Obsessivo Compulsivo foi o último diagnóstico. TOC. Toque. Vícios? Possuía muitos. Principalmente os de linguagem.
__ Perdoe-me pelos mal conjugados verbos.
Desculpou-se em oração.
E depois, sem fôlego para mais uma dança e cansada por não conseguir parar de pensar, deitou-se. Adormeceu. Sonhou e encontrou um mundo distante do seu. Mesmo assim eloquente. E o relógio mais compulsivo e transtornado então despertou.
E despertou. E despertou...
Nos ombros curvados de um velho, talvez ele carregue uma história de vida que você nunca seria capaz de imaginar.
Sobre aquele velho amor:
-Ele deixou de me fazer sonhar, e ao soltar minhas mãos mesmo que por mero segundos, me fez querer uma liberdade que não mais encontrava em seus braços.
Não vás! Volta! O passado irá oferecê-lo algo velho, ruim e trabalhoso. E daqui para frente há algo novo, bom e trabalhoso.
Não olhe pra traz!!!O passado irá oferecê-lo algo velho, ruim e trabalhoso. Levante a cabeça e olhe pra frente, há algo novo e bom vai ser trabalhoso mas vai valer a pena.
"...O novo sol róseo nascente de hoje
e o velho sol escarlate poente de ontem
são o mesmo sol. Fazer o novo acontecer
não depende do sol, mas de cada um de nós...!"
Par Perfeito,TInder,Badoo na era da pegação
mas foi no velho e saudoso Orkut
que tu ganhou meu coração.
Ninguém consegue aprisionar uma mente criativa... demais, kkkkkk!
Um velho agricultor escreve uma carta para seu filho que está na prisão:
- "Filho, este ano não vou poder plantar mandioca e inhame porque não consigo mais cavar o chão. Eu sei que se você estivesse aqui, iria me ajudar!"
O filho responde também em carta:
- "Pai, nem pense em cavar esse chão! Foi aí onde enterrei o dinheiro que roubei no último assalto."
A polícia intercepta a carta e no dia seguinte, vai escavar toda área em busca do dinheiro. Nada foi encontrado.
No dia seguinte o filho escreve para o pai:
- "Pai, agora já pode plantar a mandioca e o inhame, a área já está toda limpa e cavada. Isso é o máximo que pude fazer aqui da cadeia".
Moral da história:
Ninguém pode prender uma mente criativa!!!
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Enviado por Paulo Seixas em 06/05/2016
Reeditado em 11/08/2017
Código do texto: T5626768
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