Relógio Parado
"O relógio é absoluto, mas o tempo é relativo. Então o que é preciso? Um pouco de otimismo, sempre mantendo um equilíbrio junto a um planejamento".
Ah! Se eu pudesse apressar
Os ponteiros do meu relógio
- Só para te abraçar! -
Ah! Se eu pudesse correr,
Junto com o tempo
Para nunca mais te perder.
Ah! Se eu pudesse revelar
A cor dos teus lindos olhos,
E por eles me declarar...
Ah! Se eu pudesse me aproximar,
Para recuperar o tempo perdido,
- E resgatar o tempo de amar! -
Os teus olhos são tão lindos...,
Eu não vou contar como eles são,
Só sei que por eles, entreguei tudo;
Entreguei a minha vida e o coração.
Os teus lindos olhos tão íntimos,
Tão castos e repletos de cores,
Por eles morro sempre de amores;
Com direito a todos os mimos.
Ah! No pestanejar e no brilhar,
Os teus olhos me tocam inteira;
Como plumas a me acariciar...
Ah! Não conto o que sou capaz
De fazer por estes olhos;
Sim, darei a volta ao mundo,
E por eles sou capaz de ir atrás.
És:
A vida da minha vida.
O oxigênio do meu oxigênio.
O sustento das minhas pernas.
O relógio do meu tempo.
O ar da minha atmosfera.
A rosa mais singular do meu jardim.
O meu amor, a minha vida, a minha moça!
O Relógio da vida.
Quando estamos diante de uma perda , conseguimos perceber que o relógio da vida não se atrasa nem se adianta. É aquele momento exacto. E é no exacto momento que percebemos profundamente o quão valioso é o nosso tempo. Não se arrependa de um abraço que ficou por dar, de um beijo, de um carinho ou de um simples " oi, tudo bem? ". Faça valer a razão de ainda respirar, porque quando ele resolver parar, quer para nós ou para algum ser vivo que amamos, vai doer. A dor será inevitável porém amenizada com todos os bons e maus tempos passados junto daquele que cujo o tempo parou. Chore, chore bastante mas chore com a certeza de que não foste relapso ao tempo.
Mais importante que usar o relógio é ser capaz de usar a "bússola", porque de nada vale chegar na hora certa no lugar errado.
relógio que não me deixa esquecer
que no ano passado
o tempo passou voando
(graças à Deus)
e agora quem quer voar
na sua frente sou eu
rumo à felicidade
sem tamanho
(por pura pretensão de ser feliz)
porque felicidade é não ter medidas
e nem "peso" nas costas
e nem grandes volumes
a serem arrastados
à longas distâncias
nem dar uma polegada de importância
àquilo que não vale a pena
nem ter uma grama a mais de raiva
ódio, mágoas ou qualquer outro sentimento
pequeno e mesquinho
é transbordar a jarra
em litros de amor e perdão
é abraçar e beijar a população em massa
num grande afeto
é percorrer kms de distância
em busca dos sonhos e das pessoas que amamos
é sonhar nas alturas até passarmos do azul do céu
porque ele não é o limite
é amar além das profundezas do coracao
onde falta ar, mas tem a iluminação da nossa alma
é ultrapassar a velocidade da luz
para socorrermos aqueles que necessitam
é mergulhar de cabeça em objetivos
que valham a pena
pra não ter gasto desnecessário de energia
é acumular esta energia
e utilizá-la com lazer e prazer, conscientemente
é ser bastante grande para agradecer
à Deus todos os dias e momentos
de nossa preciosa vida!!!
relógio que conta
as horas em que eu uni
minhas mãos em prece
uni-me ao coração
e orando ou rezando
o nome pouco importa
o que importa é por quem eu fiz
este gesto de amor e caridade...
começando por mim
me agarrando à fé
agradecendo ao Pai
por tudo sempre
principalmente pelo dia de hoje
por ter acordado
pra vida, talvez
e se não foi desta vez
que seja amanhã então
uma outra hora quem sabe
desde que eu acorde
talvez no plano espiritual!!!
relógio que conta
o quanto a vida pode ser
florida
encantada
doce
serena
tranquila
fascinante
maravilhosa
feliz
alegre
linda
singela
vejo-a da janela
e tudo de bom que couber nela
e a vida será sempre bela!!!
Relógio que conta
Que já passou da hora
De começar a se transformar
No melhor que conseguir
De começar a transmutar
Os pensamentos e a energia
De observar a natureza
E compreender que ela muda a cada instante
Que nada e nem ninguém permanece o mesmo
Que aceitar as mudanças torna as coisas mais fáceis
E principalmente nos ajuda a evoluir de todas as formas
Espiritualmente, moralmente e intelectualmente falando
Então que venham as benditas transformações
Aquelas de dentro pra fora
Que nos transformam em lindas borboletas
Quando vamos de encontro ao Pai
E assim podemos visitar muitos jardins
Especialmente os que moram dentro dos corações
Aproveitemos então a doce existência
Assim como as borboletas provam do néctar das flores
Benditas sejam as oportunidades das reencarnações
Pois, uma posso vir como borboleta e na outra como flor
Ou como um espirito preste a se tornar luz divina um dia... ainda há tempo...
Meu relogio biológico por aqui funciona
Mas o que conta é o relógio de Deus!!!
RELÓGIO
Sou as horas que anda, que anda
Segundos, sem fim, sem dimensão
Vou levando verás, agridoce ilusão
Sonhos, e o teor na sua demanda
Sou o tempo, a correr, indagação
A realidade adestrada da varanda
Do viver, sem fingida propaganda
Minutos no vai e vem da emoção
Ninguém pode parar meus anos
Nascem e morrem, sem medida
Desse modo, acertos e os danos
E não há rebelião pra hora corrida
Há vida, tudo passa, sem planos
Então, não desprezais minha batida...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, fevereiro, 03
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Dizem que os idosos dormem pouco,
acredito que seja porque
o nosso relógio biológico,
sabiamente, compreende
que o viver é uma dádiva
e por isso, quanto mais tempo
vivermos em cada dia,
mais seremos agraciado
pela esse maravilhoso presente
chamado de vida.
Sexta-feira
É sexta-feira
desde cedo
os ponteiros
do relógio
fazem gafieira
e acendem
a lareira
do meu coração.
O dizido das horas no Sertão por Jessier Quirino
Para o sertanejo antigo,
O ponteirar do relógio,
De hora em hora, a passar,
Da escurecença da noite,
À solnascença do dia,
É dizido, ao jeito deles,
No mais puro boquejar:
Se diz até que os bichos,
Galo, nambu, jumento,
Sabe as hora anunciar!
Uma hora da manhã,
Primeiro canto do galo.
Quando chega duas horas,
Segundo galo, a cantar.
Às três, se diz madrugada,
Às quatro, madrugadinha,
Ou o galo a miudar!
Às cinco, é o cagar dos pintos,
Ou, mesmo, o quebrar da barra.
Quando é chegada seis horas,
Se diz: o sol já de fora,
Cor de Crush, foi-se embora…
E tome o dia, a calorar!
Sete horas da manhã
É uma braça de sol.
O sol alto é oito em ponto,
O feijão tá quase pronto
E já borbulha o mungunzá!
Sendo verão, ou, se chove,
Ponteiro bateu as nove…
É hora de almoçar!
Às dez é almoço tarde,
Pra quem vem do labutar.
Se o burro dá onze horas,
Diz: quase mei dia em ponto!
Às doze é o sol a pino,
Ou o pino do meio dia.
O suor desce de pia,
Sertão quente, de torá!
Daí pa frente, o dizido,
Ao invés de treze horas,
Se diz: o pender do sol.
Viração da tarde é duas,
Quando é três, é tarde cedo,
Às quatro, é detardezinha,
Hora branda, sem calor.
O sol perde a cor de zinco
Quando vai chegando às cinco,
Roda do sol… a se por!
Às seis é o por do sol,
Ou hora da Ave Maria.
Dezenove, ou sete horas,
Se diz que é pelos cafús.
Às oito, boca da noite,
Lá pras nove, é noite tarde,
Às dez, é a hora velha,
Ou a hora da visage!
É quando o povo vê alma,
Nos escuros do lugar.
É horona pirigosa,
Fantasmenta e assustosa,
Pro cabra se estupefar!
Às onze, é o frião da noite,
É Sertão velho, a gelar,
Meia noite é meia noite
E acabou-se o versejar.
Mais um dia foi-se embora
E, assim, é dizida as horas
Neste velho linguajar!
Asa
Eu vivo como um cuco no relógio.
Não invejo os pássaros livres.
Se me dão corda, canto.
Só aos inimigos
Se deseja
Tanto.
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