Pensamentos Mais Recentes
A tristeza que nos leva a Deus vale mais do que a alegria que nos afasta Ele. Com Deus, até as lágrimas têm propósito eterno de bênçãos. Sem Ele, os momentos felizes são passageiros.
Um dia, se me perguntarem por que sou assim, direi que não foi escolha, foi caminho. Fui me moldando nas ausências, aprendi a ser forte onde ninguém ficou, silencioso onde falar não mudava nada.
Sou assim porque senti demais, esperei demais, acreditei quando já era tarde. Carrego marcas que não aparecem, mas que me ensinaram a olhar com cuidado, a amar com verdade e a não prometer o que não posso sustentar.
Se sou intenso, é porque sobrevivi.
Se sou cauteloso, é porque aprendi.
E se ainda sinto, apesar de tudo, é porque não deixei o mundo me endurecer por completo.
Mar
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Não é um mar de rosas ~~~~~~ ~~ ~~~~
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~~ todavia,~~~~ >)))¨> ~~~~ ~~~ — ~~~ ~- ~~
~~ ~~ ~~ >)))¨> ~~~~ um mar de poesia. ~ ~~ ~~
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O Caos e a Piada Chamada Brasil: 500 Anos de Escravidão Remodelada Brasil, que piada melancolia é essa? Quinhentos anos de história — desde 1500 que o caos não é acidente, é roteiro sádico. Colonização forjada em sangue africano e indígena, desigualdade como cimento eterno. A escravidão de 1888? Não morreu; trocou a moldura. Chicotes viraram contratos precários, senzalas se metamorfosearam em favelas sufocantes, e o grilhão agora é uma dívida impagável que esmaga gerações. Reflita: o que mudou, além da pose de "democracia racial"?Racismo estrutural não é falha humana; é o esqueleto podre da nação. Negros e pardos — 56% do povo (IBGE) — arrastam-se na base: 70% dos famintos, 75% das prisões, migalhas no poder. A elite, herdeira de senhores de engenho, ri enquanto lucra. No século XXI, o absurdo escala: inflação bater recordes em 2025, corroendo o salário mínimo como ácido, enquanto bancos engordam com lucros obscenos ,bilhões em dividendos para acionistas que brindam com champanhe. O povo? Pão e circo digital, entregadores suando em apps sob sol impiedoso, ecoando as lavouras de cana. E o feminicídio? Virou rotina banal, estatística fria: uma mulher morta a cada seis horas, muitas negras, silenciadas em lares que deviam ser refúgio. Mulheres limpam o chão dos ricos pela manhã, voltam para casa e viram estatística à noite. O Estado assiste, impassível, leis existem no papel, mas o machismo racista as enterra. Que reflexões cabem aqui? Somos uma nação que celebra o carnaval enquanto corpos apodrecem nas ruas. O mito da cordialidade esconde hienas: corrupção sistêmica, terra concentrada em mãos brancas, educação como esmola para manter a pirâmide intacta. Pense no abismo: 500 anos de promessas quebradas, do "país do futuro" que nunca chega. Bancos recordistas, povo no osso; feminicídios cotidianos, impunidade eterna. O Brasil é o caos reflexivo de um espelho torto, nos força a encarar que desigualdade não é destino, mas escolha perversa de quem detém o poder. Quebrá-la exige rasgar a moldura: taxar fortunas vorazes, dividir terras roubadas, punir o terror doméstico com fúria real. Senão, seguimos a piada: rindo por fora, sangrando por dentro, num circo onde o palhaço é o povo.
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—-p--a--s--s--a--r--o---------p--r--e--s--o—------
—--a--o----------m--e--u---------d--e--s-t–i--n--o-, meu ninho poético,
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—-p--a--r--a-----c--a--n--t--a--r--------------------
Você amará outros homens
e eu serei obrigado a te esquecer
minhas súplicas de amor não foram o suficiente pra te convencer
parece cruel, mas é a vida.
Seu coração sempre foi muito fervente
distante do futuro e do presente
vivendo no intenso ciclo tênue
era essa sua beleza...
Ai de mim se alguma fosse assim
amei-te por culpa de meus pecados
afoguei nas palavras que nunca consegui dizer
supriu vazios de corpos viciados
mas não encontrei felicidade em tua alma
porque só o corpo entende outro corpo
e só Deus pode trazer a calma...
Selenita:
No teu corpo moreno, queria!
a face oculta da tua Lua.
Alunissar em ti,
brincar, te abraçar,
beijar-te com ternura,
e aos poucos
desmanchar a tua fina maquiagem.
Fincar bandeira, e morrer de êxtase
sem gravidade, à noite toda,
num quarto minguante
à luz do teu luar!!!
Flor bela:
O vento forte, a flor espanca,
espalhando o perfume e as pétalas.
E eu direi que tudo ali é poético.
As pétalas são as palavras, o perfume o sentido delas,
e ao vento eu direi; o! que flor bela! <I>
Pedras falsas:
Pedras de esmeraldas são verdes.
As folhas e os musgos também são verdes.
Há pessoas que se julgam puras esmeraldas, porém,
não passam de musgos presos a uma pedra,
ou folhas que se perdem no outono.
A luz.
A luz cava a escuridão,
como as mãos de um poceiro cavam um poço.
Da escuridão da terra,
flui a água pura e cristalina…
Bons livros são poços de conhecimento!
Chuvalua:
Depois da chuva,
muitas poças d’água.
Nesta noite a lua
se multiplica aqui
no chão da minha rua.
Meia Lua:
A lua desta noite mais parece
um grande coador de cetim.
Pendurado no céu, parece coar
o café da noite, e depois, tudo adoçar
com estrelas de alfenim.
Rio do azeite:
[Itariri-sp]
Rio do azeite.
Durante o dia,
o cantarolar das lavadeiras,
e no silêncio da noite
só os murmúrios das corredeiras.
"Sou aquilo que sou, e não o que os outros dizem que sou. Sou apenas a essência de mim mesma, sem ser reflexo de ninguém.”
O tempo/sonho
Correndo pela campina
tento alcançar a minha infância.
O céu já não é o mesmo
nem o vento, nem as flores…
Vou no dorso de um besouro,
mas, seu voo é tresloucado e curto.
de repente, veio um pássaro, e…
Poema de J.A.Lopes
Solitário:
No quarto minguante
após matar o dragão,
o cavaleiro entediado
não suporta a solidão!
J.A.Lopes
Repousar no joelho
mais aconchegante
e encaixar o rosto
com o olhar imperioso,
Erguer e beijar-te
o queixo em gaze
absoluta de desejo
muito bem feito.
Licenciar ao clímax
com gosto as altivas
curvas intumescidas
aos frêmitos discretos,
Dos meus e dos teus
arrebóis carnudos
e dos néctares febris.
Fazer as nossas trocas,
e cravar no broto erétil
- as ávidas dobras
com sabor de uvaia
para recordar o selvagem.
Deixar que as falanges
deslizem sobre minha
cintura e encontrem
eflúvios de loucuras
devotando ternuras.
No ápice de tudo
o que é só nosso,
O quê vier eu juro
que contigo topo,
com total entrega
do direito à incandescência
efusiva das cútis,
para que nada contenha.
Para que se fulgurem
se libertem, se percam
e se encontrem invictos
o que somente se mantém
em festividade intimista,
com tremores voluptuosos,
mergulhados totalmente
em sulcos intensamente
úmidos e compartilhados,
- sem pulsares velados,
e altamente escandalosos.
Só porque já é outono.....
Os teus cantares,
Por aqui já não ouço.
O! cigarra de alegre canto,
e de frágil encanto,
em que salgueiro estás?
Ah! agora entendo o teu silêncio.
Só porque já é outono
abandonas os salgueiros
por uma fábula secular?
Poema de J.A.Lopes
MENSAGEIRA
Na tardinha caindo, eu ví
Uma pequena estrela a luzir.
Era a primeira estrela a sair,
Na tardinha caindo eu ví.
Era uma estrela morena
Pairando como as falenas.
Ajeitando suas melenas,
Era uma estrela morena!
Na tardinha morrendo, fria!
Só aquela estrela luzia.
Perpétua luz,findando o dia,
Na tardinha morrendo, fria!
Será que zombas de mim?
Perguntei à estrela assim!
Pois seu brilho era um festim!
Será que zombas de mim?
E da sonora luz pude ouvir!
Daquela estrela a me iludir,
A voz da infância a repetir:.
"Adeus, Adeus, eu vou partir"
<>
SBC-SP.06/08/2005 [baseado em poema de
Manuel Bandeira - "A estrela"]
*
A infância passada, é como uma estrela distante que reluz na tardinha. Você nunca a alcançará, a não ser a sua luz pálida no céu da sua memória.
Poema de J.A.Lopes
♧
Coragem o cão covarde
O Coragem é um cão solitário
num lugar onde o tudo é nada,
e o nunca é elevado ao quadrado,
onde um rancho é a sua morada!
O Eustácio só sabe xingar,
é ranzinza de primeira mão.
A Muriel já é pura inocência,
acredita em qualquer Vilão!
O Coragem é um cão vira-lata,
mas tem na mente a terceira visão.
E apesar do seu corpo franzino,
enfrenta o mal e salva o patrão!
O coragem é um cão mui esperto,
e o Eustácio, um homem vulgar.
Ele só diz: — cachorro idiota!
mas o cão tem muito a ensinar.
[Personagens principais: Eustácio Bagge, Muriel Bagge
e o cachorro - Coragem]
Poema de J.A.Lopes
