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Na escola da vida, o inteligente busca sempre o melhor caminho. Ele calcula, planeja, evita erros e se orgulha de sua capacidade de compreender o mundo. A inteligência é uma ferramenta poderosa, capaz de abrir portas e construir pontes.
Mas há um paradoxo cruel: a burrice.
Enquanto a inteligência tem limites — porque se prende à lógica, à razão e ao discernimento — a burrice não conhece fronteiras. Ela avança sem freios, sem consciência, sem medo do ridículo. É por isso que tantas vezes vemos a burrice superar a inteligência: não porque seja melhor, mas porque é ilimitada.
A burrice não se cansa, não se questiona, não se corrige. Ela insiste, repete, invade espaços e, muitas vezes, arrasta multidões. O inteligente pode hesitar, refletir, se conter. O burro, não. Ele segue, e justamente por isso, sua força é devastadora.
O aprendizado da vida nos mostra que não basta ser inteligente. É preciso estar atento, porque a burrice, com sua ousadia sem limites, pode engolir até a mais brilhante das inteligências.
A Janela do Discurso sempre se moveu pelas Mãos Invisíveis das Narrativas.
Se reinventar já era mais do que esperado…
Mas nada foi tão Medonho quanto a vê-la se valer da “Idoneidade Policial” e da “Fé Religiosa”.
A Janela de Overton — esse mecanismo silencioso e traiçoeiro que define os limites do que é socialmente aceitável — sempre se moveu pelas mãos invisíveis das narrativas.
Ideias outrora impensáveis se tornam plausíveis, discutíveis, desejáveis… e até aceitáveis.
Nada disso é novo.
Mas há deslocamentos que ultrapassam o jogo das ideias: eles tocam em pilares que, uma vez manipulados, comprometem a própria estrutura da convivência civilizada.
Nada foi tão medonho quanto assistir a essa janela se valer da “Idoneidade Policial” e da “Fé Religiosa”.
Ambas, por natureza, deveriam inspirar confiança — não manipulação.
Quando começam a ser usadas como régua para definir quem merece voz, respeito ou até mesmo existência, o que está em jogo não é mais apenas a opinião pública: é a própria noção de justiça e espiritualidade.
A confiança na justiça perde o chão quando o discurso sobre “idoneidade” é moldado para blindar abusos e silenciar denúncias.
E a fé, que deveria acolher, se torna instrumento de controle quando usada para validar narrativas de exclusão, discurso de ódio, intolerância ou superioridade moral.
Quando a Janela do Discurso se move por esses vetores, não estamos apenas assistindo a uma mudança de ideias.
Estamos permitindo que conceitos sagrados e instituições essenciais sejam descaradamente arrastados para a seara da manipulação.
Toda e qualquer forma de manipulação é ruim, mas valer-se das autoridades presumidas para inviabilizar o debate e a crítica é de uma sordidez sem precedentes.
E isso, sim, é digno de temor.
Tenho medo…
A vida é um rio que nunca cessa, fluindo entre margens de incerteza e esperança. Cada instante é uma gota que se perde e se renova, lembrando-nos que existir é sempre recomeçar.
O amor, por sua vez, não é apenas encontro de corpos ou promessas ao vento. É um idioma secreto que se escreve nos silêncios, nos gestos pequenos, na coragem de permanecer quando tudo parece desmoronar. Amar é aceitar o mistério do outro e, ao mesmo tempo, descobrir-se no reflexo que ele nos devolve.
E o fascínio… ah, o fascínio é o brilho que nos mantém despertos. É o olhar que se detém no detalhe, o arrepio diante do inesperado, a sensação de que há sempre algo maior escondido atrás do cotidiano. Fascinar-se é permitir que o mundo nos surpreenda, mesmo quando já acreditávamos ter visto de tudo.
Assim, vida, amor e fascínio não são caminhos separados, mas fios que se entrelaçam. A vida sem amor seria apenas sobrevivência; o amor sem fascínio, rotina sem magia; e o fascínio sem vida, apenas sonho não vivido.
A vida tem seus mistérios escondidos nos detalhes — aqueles que ninguém nota, mas que sempre sussurram alguma verdade. Às vezes é um olhar que passa depressa, às vezes é o vento mudando de direção. É assim que o amor aparece: não como algo que se explica, mas como algo que acontece, silencioso e ousado ao mesmo tempo.
Há amores que chegam como tempestade, levantando poeira no peito, mexendo nas certezas que julgávamos eternas. Outros surgem como brisa rara, que não levanta nada, mas transforma tudo por dentro. E a vida, essa viajante incansável, vai testando cada passo, como se dissesse: “Sente antes de falar. Vive antes de julgar.”
O fascínio está justamente aí — no inesperado. No momento em que o coração decide abrir uma porta que a mente insiste em manter trancada. No instante em que a vida cruza dois caminhos e cria um terceiro, onde ninguém sabe ao certo para onde vai, mas mesmo assim escolhe caminhar.
Viver é isso: permitir-se ser tocado pelo que não se vê. Amar é aceitar que nem sempre vamos entender tudo, mas ainda assim vale a pena sentir.
E o fascínio… ah, o fascínio é o brilho que nasce quando a vida e o amor se encontram no mesmo passo, na mesma coragem, no mesmo desejo de seguir adiante — mesmo quando o destino não dá garantias.
Porque, no fundo, o que move o mundo não são respostas.
São sentimentos que nos fazem continuar.
💃
Minh'alma cigana
no caminhar não se engana,
a Lua me protege,
o Sol me aquece
e o Vento me levanta
na dança da Vida que me encanta,
porque sou uma cigana
adiante sempre tenho que seguir
a Força do Universo acompanha o meu ir
e ilumina todo o meu existir 💃
✍©️@MiriamDaCosta
CARIDADE: A PEDRA ANGULAR DA CIVILIZAÇÃO ESPIRITUAL.
Autor/Pesquisador: Marcelo Caetano Monteiro.
Neste trabalho destacamos alguns pontos onde Kardec acentua seus fundamentos doutrinários, preservando a fidelidade textual e o espírito clássico das conferências de Lyon e Bordeaux em 1862. Ao final, apresento minha conclusão.
Quando perscrutamos o estado presente da sociedade, somos levados a supor que sua metamorfose exigiria um prodígio. Contudo, afirma Kardec, esse prodígio é precisamente o que o Espiritismo pode realizar, pois está inscrito nos desígnios superiores. Ele alça como divisa fulcral a sentença que resume toda moralidade cristã: "Fora da caridade não há salvação." Este ponto é um dos eixos expressivos da doutrina. Kardec contrapõe a verdadeira caridade à máxima vulgarizada do egoísmo: "A caridade bem ordenada começa por si." O contraste é radical e revela a envergadura ética da reforma espiritual proposta.
Kardec enfatiza que a caridade é vasta: ela se manifesta no pensamento indulgente, na palavra que não fere e na ação que ampara, tornando-se critério de autenticidade moral. Sublinha que o pobre que reparte seu pão possui mérito mais elevado do que o rico que distribui do supérfluo. Aqui Kardec sublinha o princípio meritório da renúncia, um ponto recorrente em sua pedagogia moral.
Ele declara com clareza solar: a caridade é a antítese do egoísmo. Enquanto a caridade afirma "Para vós primeiro", o egoísmo proclama "Para mim antes de tudo." Este dualismo é outro ponto axial do discurso, pois dele derivam as tensões sociais que dilaceram a humanidade.
Ao alargar a perspectiva para o coletivo, Kardec observa que o egoísmo cria as categorias de exploradores e explorados, instaurando um inferno social. A substituição dessa lógica pela caridade instauraria a paz, extinguindo o rancor por falta de combustível. Este trecho é um dos momentos capitais da argumentação: a caridade, para ele, não é virtude isolada, mas fundamento das instituições humanas.
É também marcante sua observação histórica: se o homem fosse irrecuperavelmente egoísta, inútil teria sido a vinda do Cristo. Kardec utiliza o progresso civilizacional como prova da perfectibilidade humana, assinalando que cada época julgou ser o ápice. Assim, a perfectibilidade é uma lei natural , ponto que ele realça com vigor.
Kardec distingue ainda o progresso intelectual do progresso moral, explicando que eles não avançam paralelamente. O Espiritismo elucida essa defasagem pela lei das encarnações. Aqui reside outro ponto expressivo: o progresso moral também é inevitável, ainda que mais lento.
Em seguida, esclarece que o reino do bem só se instalará quando o egoísmo for destruído, e a força capaz disso é o amor, cuja expressão social é a caridade. Ele insiste: "A caridade é a base, a pedra angular de todo o edifício social." Poucos trechos de Kardec usam imagem tão contundente; este merece ser sublinhado como um dos ápices de sua visão sociológica.
Ao analisar os sistemas igualitaristas materialistas, Kardec assinala sua insuficiência por ignorarem o elemento espiritual. Destaca que a fraternidade não se decreta: exige coração transformado. Aqui ele expõe, com lucidez rara, que nenhuma instituição pode permanecer se os homens não forem antes preparados moralmente.
Outro ponto expressivo: a ausência de caridade arruína qualquer tentativa de comunidade, porque não se constrói edifício seguro sem materiais sólidos ,e os materiais sólidos são corações abnegados.
Kardec conclui este núcleo afirmando: "Sem caridade, não há instituição humana estável." A relação entre crença, caridade e estabilidade social constitui uma das doutrinas nucleares do Espiritismo prático.
Ele reforça ainda que o Espiritismo não vem destruir cultos, mas sim combater unicamente o materialismo. E afirma que seu principal inimigo é o orgulho, pois este resiste à moral regeneradora. Este ponto, o antagonismo entre Espiritismo e egoísmo, é reiterado com força.
Kardec explica que, provando a realidade do mundo espiritual, o Espiritismo desloca o eixo da consciência, diminuindo o valor ilusório da matéria e das vaidades. Isso reduz o egoísmo por mudança de perspectiva. Este é outro ponto estruturante: a reforma moral nasce da ampliação da visão espiritual.
Mostra ainda que o bem praticado não é cálculo egoístico, mas investimento moral, conforme ensinou o Cristo. Ele também responde à objeção de que espíritas deveriam ser modelos perfeitos; reconhece que muitos ainda não compreenderam a moral severa que o Espiritismo implica. O trecho mais expressivo desta seção é: "Quando daí saiu uma moral severa e deveres rigorosos, muitos se sentiram sem forças para praticá-la." Aqui Kardec mostra sua lucidez sobre a dificuldade da reforma íntima.
CONCLUSÃO.
Este discurso de 1862 revela a espinha dorsal da visão kardeciana: a renovação da sociedade não nascerá de artifícios políticos, mas de uma lenta e profunda educação do sentimento. A chave de abóbada é sempre a caridade, não como beneficência, mas como princípio antropológico capaz de reordenar relações, instituições e destinos. Kardec demonstra que a verdadeira transformação é interior e espiritual; sem ela, a engenharia social fracassa, pois não há edifício que se sustente sobre o solo movediço do egoísmo.
Ao reler estas palavras, percebe-se que sua força não deriva de utopia, mas de diagnóstico moral preciso. O ponto decisivo é que o Espiritismo não promete um mundo novo por magia: ele o constrói pela persistência na caridade, que eleva e disciplina o ser. E onde a caridade triunfa, a humanidade descobre sua verdadeira grandeza e desvela horizontes mais altos do que aqueles que a matéria concede.
Você já esteve nessa situação: cercado de pessoas falando, cada uma com sua certeza, cada uma com sua voz.
E você, ali no meio, desejando expressar algo que nem sabe explicar.
As palavras nascem sem forma, sem direção, como quem tateia no escuro tentando encontrar sentido.
Mesmo sem compreender totalmente, você fala — talvez para não parecer ausente, talvez para não ficar em silêncio, talvez porque o coração insiste em se manifestar antes da mente entender.
É estranho: querer dizer e não saber o quê; querer participar e não saber como.
Mas ainda assim você fala, fala por falar, buscando no vazio algum significado que te alcance.
No fundo, todos nós já fomos esse eco perdido entre tantas vozes.
E talvez seja justamente aí que a gente descobre que nem sempre é preciso entender para sentir.
Desde sempre se ouve que a culpa é da Maçã.
A culpa é da vida.
A culpa é de D'us.
A culpa,a culpa…
Está na hora de os escritores admitirem que nada, neste mundo, faz sentido. Só pessoas sem experiência ou que não são verdadeiras acreditam saber e entender tudo. Quanto menos inteligentes são, mais acham que veem mais longe. A verdadeira compreensão começa quando se aceita a confusão. Quando um artista decide assumir que não entende o que vê — só esse ato já é um grande sinal de clareza mental. É um passo à frente, talvez o único possível. Não é sobre parar de procurar respostas, mas sobre começar a partir do reconhecimento sincero de que estamos perdidos. A culpa, no fim das contas, talvez seja só da nossa necessidade infantil de encontrar alguém para culpar.
A tua existência
sobre a minha
sem resistência
faz residência
no florescimento
dos Garapuvus
de Florianópolis
como residência,
Por isso não há
nada no mundo
que plante a ideia
de desistência,
O meu coração
tem raízes na terra
e no teu com
plena consistência,
E da mesma maneira
a utopia elegida,
o romance e a consciência.
Estar em paz com o Criador é a essência da vida.
É o que dá sentido ao existir, é o que sustenta o coração em meio às tempestades.
No entanto, muitos se perdem em ilusões, buscando vantagens passageiras, esquecendo que nenhum benefício terreno pode substituir a comunhão com Deus.
Sem Ele, não há paz verdadeira, não há propósito duradouro, não há eternidade.
A vida só encontra plenitude quando se rende ao Criador, pois fora Dele tudo é vazio.
Passado...Futuro...Presente...
O passado é uma casa onde já moramos,
e que podemos visitar vez ou outra,
sem nos demorarmos nela.
O presente é a casa onde vivemos
e que precisamos cuidar com atenção.
O futuro é uma casa em construção,
da qual ainda não sabemos
se chegaremos a abrir a porta.
O passado é uma casa velha que ainda cheira a nós,
paredes impregnadas de ecos,
móveis que guardam nossos silêncios.
Visitamos, às vezes, só para lembrar
que já fomos outros
e que não podemos morar ali de novo.
O presente é a única casa habitável:
tem luz acesa, chão gasto,
plantas que precisam de água
e um telhado que pede reparos —
é viva, é urgente, é agora.
O futuro é um terreno em obras, poeira suspensa,
barulho de martelos, vento atravessando vãos.
Não sabemos se veremos essa casa pronta,
nem se haverá chave para nós,
mas seguimos sonhando a planta dela.
O passado é uma casa onde deixamos
versões antigas de nós;
às vezes voltamos, devagar,
como quem acaricia um álbum amarelado,
mas sabemos que não há cama pronta
nem lugar para ficar.
O presente é a casa que respira conosco,
com suas frestas, suas manhãs,
seus pequenos cuidados cotidianos
que sustentam o que somos.
O futuro é uma casa azul desenhada no horizonte,
em obras, em névoa, em promessa,
e caminhamos rumo a ela
sem saber se um dia
ela nos reconhecerá na porta.
✍©️@MiriamDaCosta
“Aproveite a vida em cada sorriso, cada olhar, cada sensação e cada pensamento. A vida é única — ela não regressa.”
Diálogo Visionário sobre o Calor Em clareira etérea.
Goya, Hades e Mansa Musa debatem o aquecimento global como profetas adiantados.
Goya: O ar ferve! Geleiras derretem, florestas viram cinzas – monstros do vapor devoram tudo. Como deter?
Hades: Minhas forjas rugem! Petróleo liberta fúrias térmicas, oceanos sobem, terra racha. Freiem o dragão fóssil!
Mansa Musa: Desertos devoram o verde, monções falham. Plantem árvores, usem sol e vento, ou o calor nos iguala no pó.
Unidos gritamos: despertai, ou o mundo se consome!
O verdadeiro sentido da vida não está em encontrar respostas, mas em descobrir perguntas que nos levem a crescer, a amar e a viver com propósito.
