Quarto Privacidade
Eu não tenho culpa se sou complicada
se as vezes em meu quarto eu choro deitada
Com o travesseiro a me consolar
e o fone de ouvido pra me animar
Eu não tenho culpa da situação
é que eu não mando no meu coração
Mais o que eu sei é que eu quero viver
E feliz, nem que seja sem você
A vida é em si um sonho que você teve dentro de um quarto trancado em sua cabeça, um sonho sobre ser uma pessoa.
Todo homem é apenas uma imagem refletida na parede de um quarto.
Num outro aposento, ele não é um homem, ele é um rascunho bôbo, esquecido em cima de uma cadeira.
Eu sempre te vejo, amor...
Nas esquinas..
Nas paredes do meu quarto.. Na ruas vazias...
E...
Dentro de mim.
Fiz do meu quarto o meu refúgio. Tentei fugir de vários problemas me trancando dentre dele como se quando eu entrasse iria ter alguém pra me abraçar e dizer que tudo ficaria bem no dia seguinte; como se nele a música alta e o travesseiro fossem meus melhores amigos. Só que chegou uma hora em que tive que virar aquela chave, abrir a porta, sair e reconhecer que a realidade estava ali pra eu encarar. Eu não podia fugir dos problemas e nem me comportar como uma criança que foge do trator enorme por causa do tamanho ou do barulho que ele faz porque um dia essa criança terá que sair debaixo da cama e ver que aquele trator era apenas um medo bobo. Por causa da minha criancice perdi o homem que eu mais amava, meu chão se abriu quando ele disse que não me ligaria mais. Meu mundo desabou no momento em que ele disse que aquele seria o nosso último dia juntos. Até que ele estava certo, eu era uma criança e acabei com tudo, senti tanta raiva de mim, eu me odiei e não me perdoei. As palavras, aquelas cenas ainda estão na minha mente, talvez eu não esqueça o quanto ele me machucou com tudo que foi dito, mas eu tive que crescer. Não que eu tenha me tornado a pessoa mais madura do mundo, mas não volto a cometer esse mesmo erro por saber o quando dói perder alguém que eu queria por um erro meu. Voltando ao assunto do meu quarto, ainda faço dele o melhor lugar do mundo, do meu mundo.
Um menino, atravessa a esquina do quarto e vê um mundo sem fronteiras pela frente. A cada passo que dá, fantasia quilômetros e através da sua imaginação, corre pelo mundo, corajosamente.
by/erotildes vittoria
do meu poema- Um menino sabe aproveitar a vida
Encolhida no canto do quarto ela sofria mais uma dor de amor. Até aí nada de mais, pois é mais fácil sofrer de amor do que encontrar a felicidade. O que a tornava uma pessoa singular é que ela estava vivendo uma viuvez de um amor que só ela sentiu, no qual só ela acreditou e só ela vislumbrou um futuro feliz.
Como a lua dessa noite, nesse céu escuro, é o vazio no meu quarto, me deixando mudo, sem conseguir falar, que mesmo você distante, quero tanto te ver, e um chamado seu ao amanhecer, atravesso a ponte que nos separa, e assim quando te encontrar, meu olhar brilhará outra vez...
Fechando um par de olhos no quarto escuro, fazendo da respiração um lugar seguro. Rezando a procura de algo divino, mostrando-me que mesmo sozinho, não preciso sofrer.
Deus faz raiar a luz, estou sem a visão do futuro, e nesse caminho, só o Senhor me conduz.
Minha conclusão sobre o “enfim sós”:
Pare pra pensar: Porque antes de entrar no quarto do hotel, onde os noivos iram passar a lua de mel, o noivo pega a noiva no braço? Reflita: Nessa hora o homem sente o peso de carregar a noiva no braço e isso vai durar o resto do casamento, isso é, se o casamento durar. Porque não entrar abraçados, de mãos dadas, simbolizando o companheirismo, que dali pra frente vão sempre precisar um do outro. De certo modo, carregar a noiva no braço, em todo um sinal por traz. Depois de um tempo, ela realmente se torna um peso na vida do cara.
Às vezes a vida perece nosso quarto depois de procuramos uma roupa adequada para um evento especial.
Arrumando o Quarto
Hoje mexi em tuas coisas
Em tuas mínimas coisas
Em teus pequenos vestidos
Tuas sandalinhas
Em pedaços de coisas
Que ganhavam vida em tuas mãos
Ouvi teus passos curtos
Te reencontrei em gavetas fechadas
Armários intocados
Brinquedos mudos
Chorei entre tuas roupas
E precisei me dizer
Para não naufragar
Não mexe aí, mamãe
Quando o dia clareou pude perceber que estávamos no meu quarto, eu deitado em uma cama de frente pra você que estava em outra. Você ainda dormia, fiquei te olhando, ainda deitado, por um tempo e não demorou muito pra que você acordasse e me desse aquele seu sorriso. Não dizíamos nada e ao mesmo tempo dizíamos tudo. Ao mesmo tempo em que já éramos, parecia que ainda seríamos. Cada um na sua cama, falávamos, riamos, nos olhávamos e aquele nosso papo que nós dois entendemos tão bem durou o tempo que deveria. Levantei, andei até a porta, parei, olhei pra trás, hesitei, mas voltei até onde você estava e te dei um beijo no rosto. Foi aquele tipo de beijo que de tão suave, leve, a gente sente o peso da vontade que ele carrega quando a boca encosta o rosto. Dei um, não satisfeito, dei outro, você riu me afastei de novo e saí. Fui pra cozinha arrumar a bagunça que eu tinha feito na noite anterior, estava cantando alguma música e você apareceu dizendo que tinha recebido um recado de algum parente, acho que era de seu pai. Por trás chegou bem perto de mim, quase encostando, estendeu o braço com o papel e disse alguma coisa no meu ouvido, então, eu fui responder alguma coisa no seu. Quando acabei de dizer o que tinha pra dizer no seu ouvido, senti uma vontade e dei aquele mesmo beijo, de novo, no seu rosto, mas dessa vez bem perto do canto da boca. Só que você foi virando o rosto devagar e me beijou, retribuí e aquele beijo de língua sarrando língua, boca que gruda na outra sem se separar por nada, aconteceu. E esse momento, no auge daquela emoção que nós dois conhecemos tanto, durou a eternidade do nosso infinito. Você me largou, foi saindo, atravessou a cozinha, virou o pescoço e olhou pra trás. Atravessou a copa, virou o pescoço e olhou pra trás. Chegando ao corredor, parou, virou o pescoço, olhou pra trás de novo e eu da cozinha não tirei os olhos de você, nessa sua travessia toda, retribuindo todos os seus olhares. Você piscou pra mim... acordei.
Jota Cê
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Sem você
Seu rosto, sua boca, seu sorriso,
Seu olhar, seu cheiro, está aqui
No meu quarto, foi com você que minha vida mudou,
Com você eu me senti segura dos seres da noite,
Minha vida mudou, minha vida só fez sentido quando eu te
Conheci.
Se você não está aqui para me fazer dormir,
Quem vai fazer? Aonde eu vou para ser feliz?
Minha rua está torta, minhas lagrimas não param de cair,
Seu rosto, sua face, não se apaga da minha memória
Que pouco dura, tudo se vai, tudo se apaga, mas você
Daqui não quer sair, sua mão, seu abraço, sinto sem querer,
Sinto você aqui do meu lado, abro os olhos e vejo que não,
Não passa de uma ilusão, você aqui não estar, aqui você não estar.
Ajuda-me a seguir meu caminho, me ajuda a viver, sem você aqui
É impossível ser feliz, vem traçar comigo o meu caminho,
Volta meu amor, volta, aqui é seu verdadeiro lar,
Se você que promessas, eu prometo.
Prometo ser sempre sua, prometo nunca te deixar,
Prometo ser sua mulher, prometo viver até o fim das nossas vidas
Ao seu lado, promessas não é isso que você quer?
Eu prometo até o que não está ao meu alcance, só quero que você volte.
Volta a ser meu, volta para onde é o seu lugar.
Seu sorriso está logo ali, estampado no quadro da sala,
Sua face está aqui ao meu lado a todo instante,
Só falta o verdadeiro, só falta a verdadeira face,o verdadeiro sorriso, aqui do meu lado, só falta você voltar.
Já tente imagina minha vida sem você aqui,
Não vou mentir, mas eu não consegui.
Tenho medo de você não voltar, tenho medo de nunca mais te ver,
Não sei mais o que fazer, onde eu vou parar?
Sem você aqui nada é fácil, tudo é difícil, tudo é tão estranho,
Sem você aqui minha vida não funciona, volta aqui é seu lugar.
Ps: eu te amo
Não preciso me deslocar a um lugar especial para falar com Deus, posso orar a ele em meu quarto e receber recompensas divinas.