Quadro
Pintei num quadro
um bouquet de flores,
para dar-lhe com candura.
Adicionei ao fundo teu sorriso,
e agora resplandece em
Formosura.
Tive outra visão de um quadro não pintado esse era mais simples... um menino de aninhos de anões lia sentado um livro, outro menino que aprendia a andar apontava sem motivo aparente o primeiro com uma mão enquanto segurava puxando a mão do terceiro na flor da idade o segundo e o terceiro olhavam para um homem grande que olhava para o sol. Por trás de todos estes fazia-se uma sombra, era de um gigante e velho que olhava de volta ao primeiro.
A ausência das pessoas, é como um quadro que vai perdendo a cor lentamente sem ninguém perceber, depois, de todo branco, sem cor, apenas um destino há para ele.
No quadro da minha mente,
a tua bela imagem está emoldurada,
pra que eu possa admirar-te
quando eu sinto a tua falta,
ainda espero encontrar em ti, reciprocidade pra que eu seja
o teu amado e tu a minha amada
num laço de cumplicidade
que a contrariedade não desata.
É muito admirável
a capacidade de eternizar
a frugalidade de vidas breves
num lindo quadro com cores ricas,
onde a vivacidade prevalece,
então, de uma maneira singela,
a arte vivifica, assim, a mente agradece,
o poeta logo se inspira,
causa uma sensação que enriquece
aqueles que a admiram.
Quando vejo num fim de tarde um lindo quadro a céu aberto
numa viveza de cores
que certamente é fruto de um divino talento em todos os seus pormenores, prontamente,
meus olhos ficam admirados
com tanta perfeição
que chego a ficar inspirado
por esta rica contemplação.
Admirando atentamente um lindo quadro,
fui transportado através da minha mente
para uma ilusão de época.
Era uma manhã no início do outono,
as folhas das árvores estavam
ficando secas, um clima agradável
tomando conta e estava ventando
um pouco,
quando eu estava de saída
de uma casa grande,
na minha carruagem
para voltar ao trabalho,
mas logo precisei parar
por alguns instantes,
pois avistei uma linda jovem
usando um lindo chapéu,
bem vestida, de pele delicada,
uma aparência expressiva
e apaixonante.
Penso que ela estava longe
em pensamentos, distraída,
já que nem percebeu a minha presença.
Não sei se chamaria de amor
a primeira vista,
tendo em vista que não acredito,
entretanto sei que senti uma emoção
forte e distinta de qualquer outra
que havia sentido outrora.
Ainda extasiado, despertei
e para não assustá-la,
antes que percebesse,
fui embora
e volteipara minha realidade
após provar um dos efeitos
que a arte provoca.
Como se estivesse admirado um lindo quadro, eu trafego gentilmente pela arte envolvente dos teus traços, a liberdade dos teus cabelos, a polidez da tua pele, dos teus lábios, mergulho na profundez que há nos teus olhos, fico admirado intensamente e um simples instante se faz memorável.
A minha admiração dedicada a ti, fotografou a tua bela existência, agora tenho um parte de ti, uma arte em exibição na minha mente e por meio do sentir, posso contemplá-la, então, mesmo que não estejas aqui, estarás comigo, um frescor para minha alma, um vislumbre de amor imprescindível.
Sempre quando for possível mentalmente te contemplar, ficarei inspirado, serei atingido por tamanha vitalidade, uma sensação incrível semelhante a estar diante de um mar vivo, que, às vezes, é agitado, em outras, é tranquilo, mas mantém a sua verdade, o seu encanto, um forte ponto de equilíbrio, um bem e tanto.
Rosto harmonioso, harmonia de um lindo quadro, cachos fabulosos, sedução de um céu estrelado, olhar misterioso, profundo, que causa uma certa inquietação muito deleitável semelhante à lua que se destaca na escuridão, uma singularidade incomparável, poderosa inspiração, arte de um talento divino, essencialidade amável, composição incrível de detalhes, a vividade de um amor genuíno, amparado pela verdade.
UM QUADRO DA INFÂNCIA
Sem mostrar resistência a essa vontade
de visitar os tempos de criança,
ponho na mão meu livro de saudade
e folheio lembrança por lembrança.
O olhar de minha mente assim me invade
a infância por inteiro, e logo alcança
uma linda menina da cidade,
loura, de olhos azuis e fala mansa.
Foi ela, certo dia, sol já posto,
que, após eu mal pisar sua calçada,
parou-me, com as mãos prendeu-me o rosto,
esfregou sua boca em minha boca,
e em seguida, saiu em disparada
para dentro de casa, como louca...
Querido professor,
Uma sala de aula, carteira, cadeiras... filas inteiras... um quadro que já foi negro, um giz que nunca foi de cera... ou foi? Um pincel... um projetor, mimeógrafo... computador. E sempre um querido professor.
Muita coisa evolui, outras não saíram do lugar... e num futuro não muito distante como será que tudo vai ficar?
Fazer cálculos com números romanos... uma tremenda aventura. mas só assim podiam muito tempo atrás... passou um tempinho... trocar pelos arábicos!? Nem pensar... uma heresia... heresia... heresia a Igreja a gritar. 'é muito fácil, é coisa do demônio'...
Pra que simplificar se pode complicar?
Da pena de ganso à caneta-tinteiro... que avanço... a esferográfica precisou lutar pra seu espaço ganhar...
Calculadora... pra quê? Quero ver de cabeça você resolver... seu raciocínio desenvolver... é assim que você melhor vai aprender.
Proibido, proibido, proibido... tudo o que é proibido é melhor.
Um dia vence o melhor... ou: sempre vence o melhor.
Novas tecnologias a cada dia... e a escola da realidade do aluno bem pertinho tem de ficar... se não a coisa todinha vai desandar.
E agora na pauta o celular... na sala de aula pode usar? Todo mundo discutindo, permitindo ...proibindo.
Quem vai ganhar?
Texto legal aqui você vai encontrar: http://socialgoodbrasil.org.br/2013/tecnologia-social-celular-na-sala-de-aula
Desta história um grande protagonista... muitas vezes um verdadeiro artista ;)
Feliz dia do professor, meu querido professor :)
“” Falo com as estrelas em noite de luar
Assim meu céu é quadro de fazer sonhar
Não há sequer um ponto azul nessa solidão
Mas todos os soldados marcham pela paz
Marcada por holofotes, uma cruz
Sei que há luz
Recolho coisas sem sentido e deixo folhas
Antes não pudesse concordar
Os fatos, revelam contextos
Insinuam métricas perfeitas...
Mas a montanha diverge para o mar
Onde a garoa mistura as lágrimas do andarilho
Não resta senão, seguir adiante.
E publicar na pedra da vida pequenos versos
Não pode ser eleita quem tenha sangue azul
Nem desce ao esquecimento
Mas pode acenar com a mão
Pedir um táxi
Ou vir a pé...””