Pudor
Tudo em mim é poesia,do mais alto grito,ao silêncio profundo.
Basta ouvi-los e saber interpretá-los
feito de amor e do que me restou nesse mundo,recravo
Me refaço de pedaços,deixados pela dor
que se torna lembrança
deixando o cosmo no meu interior brilhar
Volto a ser criança,sem pudor.
Casam, para se divorciar, descasam para se recasar, sem que o homem tenha o ciúme do passado, sem que a mulher lhe sinta dor e pudor.
Tenho meus medos e dramas, tento sempre me dopar de sensatez, mas nos cantos, longe dos olhos dos jurados, sento-me, esparramando-me pelo chão, como a menina que acaba de estragar sua única boneca, e choro sentida, sem holofotes, sem brilho, sem pudor, sem requinte, sem amor.
Geralmente quando não temos MUITO o que demostrar através do CÉREBRO, tentaremos demostrar o POUCO que temos através do CORPO.
Amantes, distantes, mas necessariamente presentes.
Somos a realidade escrachada dos desejos embutidos e disfarçados.
Somos a nobreza de um amor sem pudor.
Abrir as coxas e não ter acesso a mente e como tocar um violino sem cordas.
Monotonia
Vês o céu de raios ofuscantes e primor Luzido?
Vês o sol entre teus olhos convertido?
És vaidade na vida, onde já se foi presumido.
Tua glória empavesada e assumida,
Fará tornar-se até a airosa manhã oprimida.
Sol e Lua se encontraram com alento e sem pudor.
E um dia mostrar-te-ei o quão sublime é o meu amor.
Sinto-me hoje desvanecida.
Em tuas faces, considero-me equivocada.
Ostentas meu coração inflamando as mais sublimes faces ao considerável nada.
Não mais me considerarei humana,
Minha mente quase profana necessita de alento.
Meu amor por ti peleja,
Ao mesmo ponto onde fraqueja presumindo o desastre iminente.
Comparo-te ao aljôfar mais precioso.
Sendo assim, sigo minha busca somente a te encontrar.
Pois nem isso me seria tudo,
Já que tudo para mim é nada.
Me cubro de espasmos,
A vista de teu rosto, meu amado!
Doses de inconsequência
Encontrei em minha falta de querer
Motivo perante a abstinência.
Desapeguei do total pudor
O medo oscilante, sem suceder
Se exilou enfim de minha existência
O fogo vermelho se tornou azul
No calor do depois,
Compulsão de nós dois.
O agora mostrou que reluz.
Agonizante exatidão,
Súplicas fora do conceito.
Sua cautela improvisada
Traça o pecado perfeito.
Agora sem decência,
O intenso ultrapassou a dor.
Ingrata loucura derramada
Afável, intocada.
Miúdas doses de inconsequência.
Trago em mim seu calor.
Mistério tênue a se fazer decifrar.
O depois se tornou loucura
No caos do embaraço,
Vida curta para pensar.
Indecência se tornou cura.
Não mais me afundarei,
Nem mergulharei em uma virtude disfarçada de compostura.
A ARTE DE SER VELHO
É curioso como, com o avançar dos anos e o aproximar da morte, vão os homens fechando portas atrás de si, numa espécie de pudor de que o vejam enfrentar a velhice que se aproxima. Pelo menos entre nós, latinos da América, e sobretudo, do Brasil. E talvez seja melhor assim; pois se esse sentimento nos subtrai em vida, no sentido de seu aproveitamento no tempo, evita-nos incorrer em desfrutes de que não está isenta, por exemplo, a ancianidade entre alguns povos europeus e de alhures.
Não estou querendo dizer com isso que todos os nossos velhinhos sejam nenhuma flor que se cheire. Temo-los tão pilantras como não importa onde, e com a agravante de praticarem seus malfeitos com menos ingenuidade. Mas, como coletividade, não há dúvida que os velhinhos brasileiros têm mais compostura que a maioria da velhorra internacional (tirante, é claro, a China), embora entreguem mais depressa a rapadura.
Talvez nem seja compostura; talvez seja esse pudor de que falávamos acima, de se mostrarem em sua decadência, misturado ao muito freqüente sentimento de não terem aproveitado os verdes anos como deveriam. Seja como for, aqui no Brasil os velhos se retraem daqueles seus semelhantes que, como se poderia dizer, têm a faca e o queijo nas mãos. Em reuniões e lugares públicos não têm sido poucas as vezes em que já surpreendi olhares de velhos para moços que se poderiam traduzir mais ou menos assim: "Desgraçado! Aproveita enquanto é tempo porque não demora muito vais ficar assim como eu, um velho, e nenhuma dessas boas olhará mais sequer para o teu lado..."
Isso, aqui no Brasil, é fácil sentir nas boates, com exceção de São Paulo, onde alguns cocorocas ainda arriscam seu pezinho na pista, de cara cheia e sem ligar ao enfarte. No Rio é bem menos comum, e no geral, em mesa de velho não senta broto, pois, conforme reza a máxima popular, quem gosta de velho é reumatismo. O que me parece, de certo modo, cruel. Mas, o que se vai fazer?
Assim é a mocidade- ínscia, cruel e gulosa em seus apetites. Como aliás, muito bem diz também a sabedoria do povo: homem velho e mulher nova, ou chifre ou cova.
Na Europa, felizmente para a classe, a cantiga soa diferente. Aliás, nos Estados Unidos dá-se, de certo modo, o mesmo. É verdade que no caso dos Estados Unidos a felicidade dos velhos é conseguida um pouco à base da vigarista; mas na Europa não. Na Europa vêem-se meninas lindas nas boates dançando cheek to cheek com verdadeiros macróbios, e de olhinho fechado e tudo. Enquanto que nos Estados Unidos eu creio que seja mais... cheek to cheek. Lembro-me que em Paris, no Club St. Florentin, onde eu ia bastante, havia na pista um velhinho sempre com meninas diferentes. O "matusa" enfrentava qualquer parada, do rock ao chá-chá-chá e dançava o fino, com todos os extravagantes passinhos com que os gauleses enfeitam as danças do Caribe, sem falar no nosso samba. Um dia, um rapazinho folgado veio convidar a menina do velhinho para dançar e sabem o que ela disse? - isso mesmo que vocês estão pensando e mais toda essa coisa. E enquanto isso, o velhinho de pé, o peito inchado, pronto para sair na física.
Eu achei a cena uma graça só, mas não sei se teria sentido o mesmo aqui no Brasil, se ela se tivesse passado no Sacha's com algum parente meu. Porque, no fundo, nós queremos os nossos velhinhos em casa, em sua cadeira de balanço, lendo Michel Zevaco ou pensando na morte próxima, como fazia meu avô. Velhinho saliente é muito bom, muito bom, mas de avô dos outros. Nosso, não.
Deus lhe deu inúmeros pequenos dons que ele não usou nem desenvolveu por receio de ser um homem completo e sem pudor.
Uma história...
(Nilo Ribeiro)
Na terra do amor
que se passa esta história,
um caso tão desafiador
que não me sai da memória
não é incomum o caso,
mas aconteceu comigo,
foi obra do acaso,
obra do destino
um simples plebeu
conhece uma magnata,
ele sou eu,
ela uma gata
este é o fim,
simples assim
hoje encontro comigo,
pois a solidão me cativa,
um sentimento jazido,
um corpo sem vida
na longínqua terra do amor,
onde perdi o pudor,
aprendi a ser escritor,
mas colhi apenas amargor...
À farsa das falsas argumentações, a palavra veraz. É o poder da franca verdade contra o despudor da fraca mentira.
Teu cantinho...
(Nilo Ribeiro)
Queria o teu cantinho,
para descansar meu coração,
queria o teu carinho,
para acalmar minha paixão
queria o teu abraço,
queria o teu regaço,
para cuidar do meu cansaço,
para acertar meu descompasso
não é só o querer,
não é só te buscar,
é falta do teu prazer,
é querer te amar
queria teu corpo,
fazer dele meu abrigo,
queria teu conforto,
me aninhar contigo
queria tanto este cantinho,
para repousar minha vida,
que só existe um caminho,
é no colo da minha diva
sentir falta não é pecado,
não é desonra, nem falta de pudor,
preciso ser amado,
e o teu cantinho é amor...
cada hora do ano que virá,
está por ser escrita,
seja de forma aflita,
ou inspirada por um chá,
escolha a melhor maneira,
e arvore-se a autor,
arrisque-se sem pudor,
além da sabida fronteira,
prá que novos dias, finalmente,
levem ao êxtase prometido,
e tudo possa ser coerente,
não com aquilo já vivido,
mas com o que seja inerente,
a teu peito florescido.
Na liberdade de imagem e de movimento cultural, social e de pensamento na sociedade dita contemporânea do seculo XXI, a sexualidade de pudor, legal, ética e moral deve estar estritamente restrita e circunscrita na região da genitália de todos os gêneros.
Aquilo que a distância não destrói se modifica. Palavras não ditas ou gestos não feitos podem modificar um dia inteiro.
Rabiscos
No mundo em que vivo as pessoas brincam umas com os sentimentos das outras de forma contínua ao longo dos dias.
O que aconteceria se gostar de alguém fosse uma opção?
Se não pudesse amar sobre a escolha do coração?
Se casar foi uma obrigação em uma determinação estação?
O que você faria? Como seria?
Talvez o sentimento pudesse ter algum valor se alguém conseguisse provar que amar é escolher sentir dor, que amar é uma escola do coração e nao de uma opção. Talvez assim esse não tivesse que seguir a regra de casar sem ter valor.
"Vestidos, saias e shorts curtos, eu acho uma graça, principalmente tratando-se do aquecimento que atualmente estamos vivendo!! Admiro uma mulher que se cuida e sabe chamar à atenção sem vulgarizar. Acho feio e recalque declarado, quando alguém critica o que muito fez, afinal, tudo nessa vida é fase, e temos que respeitar as etapas que a vida impõe a cada um!! Ninguém tem o direito de obrigar olhos alheios enxergarem o que somente a experiência é capaz de ensinar.. Quando criança, eu ouvia mulheres lindas, dizendo: "eu não ando segurando sacolas penduradas nos braços quando ando as ruas, pois morro de vergonha!!" - Hilário, pois hoje, as mesmas carregam sacolas e carrinhos de verduras em feiras, pois adquiriram certa idade, e perceberam que há motivos muito mais fortes a serem pensados e repensados que vaidades tão fúteis... - Moças e mulheres lindas, a única ressalva que faço é: tenham sempre postura e jamais deixem suas silhuetas ficarem mais amostra que as belíssimas curvas de seus cérebros. No mais, sintam-se lindas e maravilhosas, porque se vocês não se amarem, ninguém mais irá!!!"
Um corpo que encanta Um corpo que fala O corpo que sente O corpo é decente Um corpo que oscila Um corpo que esbanja Beleza surreal Curvas transcendente Vibrações inexplicáveis Como tanta beleza Pode se ter sem pudor Se mostre ao mundo O corpo que realmente sou.
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