Poetas Modernos
Onde está a velha infância, cadê a alegria de brincar e correr? Tempos modernos... Prefiro o passado onde as pessoas convivinham mais próximas, hoje a tecnologia encurtou as distâncias, mas separou as pessoas.
Entre os diversos dilemas modernos, destaca-se o receio de que as máquinas substituam os seres humanos. Este medo é contraposto pela esperança de que a automação possa solucionar a escassez de mão-de-obra em várias atividades que exigem habilidades motoras. Da mesma forma, há preocupações sobre a Inteligência Artificial (IA) suprimir certas funções, equilibradas pela expectativa de que a IA possa complementar as capacidades humanas, especialmente em áreas onde as novas gerações parecem enfrentar desafios, como interpretação, agilidade e foco.
Tempos modernos
Saudades de quando podia falar da tranquilidade do dia, naquela hora sabia que mesmo quando uma chuva vinha forte e os ventos destelhavam algumas casas, o que já era assustador, o único barulho que incomodava era dos trovões que ecoavam pelo ar dando ao céu seu tom gutural o tornando negro e aos ouvidos mais delicados era um aviso " não saia de casa "... Hoje o barulho que espera-se mas que deseja se que nunca venha é de uma sirene estridente e nervosa que proclama "corra ou morra...
Só divagações sobre o medo sentido por morar próximo a uma barragem.
Curiosamente muitos ortodoxos modernos defendem uma crença considerada heterodoxa pela igreja primitiva. Uma vez salvo, sempre salvo (calvinismo), foi uma das colunas doutrinárias do gnosticismo, considerada uma heresia e amplamente combatida nos primórdios da cristandade.
Examinemos o que dizem alguns heterodoxos. Eles se servem desses textos para quase suprimir o livre-arbítrio, argumentando que há naturezas perdidas, incapazes de salvação, e outras que estão salvas e são incapazes de se perder.
Orígenes (185-253), Tratado sobre os Princípios, 215
Ciclopes modernos.
Pedro é policial numa das regiões mais violentas do mundo – a América Latina. Juntamente com o Caribe corresponde a apenas 8% (oito por cento) da população mundial, mas é a fatia planetária onde ocorre um terço dos mais de 437 mil homicídios registrados anualmente.
De origem proletária, perseguiu seu sonho de se tornar um agente da lei.
Ele vive da segurança em meio à insegurança; sabe que a probabilidade de ser morto em um assalto chega a ser 6.000% (seis mil por cento) superior à de um cidadão comum. Também sabe que o número de roubos no continente onde vive é absurdamente alto.
Quando entrou para a polícia lhe prepararam para a guerra. Os testes físicos eram rigorosíssimos. Teve que fazer curso de sobrevivência na selva ficando quatro dias sem se alimentar e tomando água da chuva. Os sentimentos mais primitivos da evolução humana afloraram do seu interior naqueles dias.
Nos tempos de preparação da academia foi submetido a todo tipo de humilhação. Eram trotes, pancadas, xingamentos, castigos e até sessões de tortura.
Foi doutrinado na certeza de que aquele que conseguisse passar por tudo isso estaria pronto para cumprir sua difícil missão e suportar os desafios da carreira. Algumas pessoas também lhe disseram que tudo aquilo iria lhe causar traumas violentos e fazer com que ele descontasse no cidadão parte do que sofreu no seu treinamento.
Pedro odeia o discurso de alguns sociólogos que dizem que o Estado treina uma polícia para a guerra e a coloca para trabalhar em atendimento ao cidadão. Na sua concepção, a lida diária correndo riscos da profissão e enfrentando criminosos com fuzis e metralhadoras demonstram um estado de guerra urbana.
No mês passado ele trocou tiros e matou o assaltante de um supermercado. Há aproximadamente seis meses ele auxiliou no parto de uma moradora de rua cuja criança nasceu dentro da viatura enquanto era levada para a maternidade pública. Pedro não é Deus, mas já trouxe uma pessoa à vida e levou outra à morte.
No bairro onde trabalha o índice de homicídios é muito alto. Em quase todos os seus plantões sempre atende a pelo menos um homicídio. São tantos os atendimentos que ele já não sente mais a compaixão pelo defunto – virou rotina, é algo muito normal. Costuma dizer que o ruim desse trabalho é no dia que tem que enfrentar algum homicídio cuja vítima é criança; isso lhe estraga o dia, embora tenha medo de que a rotina também lhe transforme em um ser indiferente a um cadáver infantil.
Leu em um livro de autoajuda que o ser humano para ser considerado normal precisa despertar e ter o controle de todos os sentimentos (amor, ódio, paixão, compaixão, raiva, alegria, inveja, orgulho, piedade ...). Alguns desses ele já não tem, outros não consegue conter e o pior é que alguns se manifestam em ocasiões erradas. Sua engrenagem cerebral de sentimentos parece estar um pouco desajustada ultimamente.
O meio em que vive não é nada favorável. Lida com pessoas alcoolizadas, entorpecidas, psicóticas, criminosas, vítimas chorando, gente gritando, famílias brigando, gente lhe xingando etc. A jornada de doze e às vezes de vinte e quatro horas corridas também lhe confunde o relógio biológico. Quando trabalha à noite sente sono, quando termina o turno e vai para casa descansar tem dificuldade em dormir (fica pensando no próximo plantão).
A vida conjugal também não anda nada bem, mas isso é visto com normalidade, afinal, dos colegas de profissão ele é o único que ainda está suportando o primeiro casamento.
Alguns sinais de estresse já apareceram como a hipertensão e a diabetes; “nada preocupante” reponde ele, “é coisa do dia da dia e da alimentação de rua”. Nos turnos de trabalho se alimenta em lanchonetes ou restaurantes que dão descontos para policiais.
Nas madrugadas sombrias, Pedro e os demais ocupantes da viatura são a única presença e a representação física do Estado. Não tem julgador, legislador, fiscalizador nem consultor – os problemas surgem e o Estado age pelas mãos de Pedro e seus colegas de trabalho.
O salário não é grande coisa, mas ajuda a manter um padrão de vida diferenciado no bairro pobre onde mora. Ele se orgulha de ser tentado à corrupção todos os dias e nunca ter cedido a ela.
Nos telejornais e nos sites de notícias aparecem analistas econômicos dizendo que Pedro e os demais servidores são os responsáveis pelo desastre das contas públicas. Pessoas como ele são consideradas privilegiadas e que se aposentam cedo demais. Nos intervalos de cada programa surge o patrocinador: sempre um banco, uma financeira ou um operador de fundo de pensão que lucram fortunas emprestando dinheiro ao governo com juros estratosféricos.
Ontem à tarde o parceiro de trabalho de Pedro foi convocado para fazer a segurança do parlamento onde estavam sendo votadas as novas leis que regridiriam o regime previdenciário dos funcionários públicos. Havia um grande protesto nos acessos à casa de leis. No tumulto eles empurraram o amigo de Pedro que sacou a arma e atirou a esmo atingindo fatalmente um professor que lutava por seus direitos.
Hoje o noticiário só fala desse assunto. Curiosamente, algoz e vítima estavam socialmente no mesmo lado – ambos seriam prejudicados com as alterações legais.
Provavelmente o policial continuará preso por mais algum tempo e será expulso do serviço público. Suas perspectivas futuras não são nada boas.
Pedro foi visitar o amigo e passou a refletir sobre os acontecimentos: está em dúvida sobre qual lado é o certo e qual é o errado.
Na expectativa de que Deus lhe desse uma palavra nesse momento, abriu a Bíblia aleatoriamente e leu um versículo em 2ª Timóteo 4:7-8:
“ Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia ...”
Está confuso sobre qual seria o “bom combate”; como diferenciar as batalhas que devem ser enfrentadas e as que não compensa combater ?
Pedro vivencia a saga de “Dom Quixote de La Mancha” imortalizado por Miguel de Cervantes. Ficou mentalmente transtornado pelo descompasso entre seu idealismo e sua realidade de vida.
“...Enfrentar o inimigo invencível,
Tentar quando as forças se esvaem,
Alcançar a estrela inatingível:
Essa é a minha busca.” (Dom Quixote)
A pior conversa que elaboramos nos tempos modernos é com os computadores. Eles têm excelentes memórias, mas nos frustram porque não dispõem de intelecto e emoção. Inteligente artificial, decepciona o bípede animal.
A paz é enlouquecedora
Nos tempos modernos muitos a temem e muitos a querem
Para os que temem ela representa o nada, a calmaria, a contrapartida do que o mundo é agora
Para os que desejam ela é o maior tesouro, só achado no lugar mais escondido dos confins do planeta
É fato que a paz pode ser usada tanto para o melhor quanto para o pior, a decisão cabe para quem a encontrar
Os tempos se tornaram modernos ao extremo, onde as pessoas dão valor ao que não interessam, pessoas desandam por falta de opção esquecendo a determinação;
Pois lhes digo insistam e nunca desistam para poder viver a vida com o melhor do amor, se dispõe para colher sorrisos e afagos;
"Tempos antigos, igrejas antigas."
Tempos modernos, igrejas modernas.
Tempos confusos, igrejas confusas.
Tempos seculares, igrejas seculares.
Tempos ateístas, tempos sem igrejas."
Em tempos modernos, com o crescimento de relacionamentos vazios, o mundo parece girar em torno de indivíduos narcisistas, que, em nome do amor-próprio, rotulam injustamente como "tóxicas" pessoas que buscam apenas ser amadas espontaneamente por serem quem são.
Tempos modernos
Vamos falar de tempos modernos?
Um dia, sem nada para fazer, estava num daqueles aplicativos de “namoro”, foi então que, li um texto, uma meia foto e apertei o “coração”, curti, sem grandes interesses que aquilo vingaria! Não é que a pessoa do outro lado resolveu curtir também? Pois é! Curtiu.
Estamos vivendo uma era em que ficamos perto demais das pessoas e estamos rápidos demais nos unindo as pessoas, mas com uma distância emocional enorme. Passamos a não falar mais com os olhos, com os sorrisos e passamos a falar com a ponta dos dedos. O pessoal que se tornou tão impessoal, o falar e escrever que se tornaram uma história sem qualquer conteúdo.
Mas as vezes acontece o diferente! Sim, acontece! Conheço casos que deram certo e não foi “fake News”, acredite! Eu conheço casos reais que deram certo, apesar de...
Clarice nos deu um parecer muito claro sobre apesar de...
“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. ”
E se pararmos para pensar, foi o apesar de.... Ou foi o “Vamos ver no que vai dar...”
Estamos falando em tempos em que estamos sentindo uma falta absurda de gente de verdade em nossas vidas. Um tempo em que não podemos ter a convivência, muitas vezes deixada de lado antes, e hoje que temos um vírus a ser respeitado, não podemos ter uma convivência real. Arriscar? Tentar? “Seja o que Deus quiser? ”. Calma aí, a escolha é sua! Não encontre culpados antes mesmo de começar a se meter numa história! (Risos)
Fato que não podemos transferir nossas escolhas para outras pessoas, podemos sim, dar espaço para que a outra pessoa nos sinta, assim como queremos sentir. E como queremos sentir né?
Grandes escritores falam desde de sempre, sobre a incansável vontade de se ter alguém e sentir alguém. Mas vem cá? A quanto tempo você não se sente? Quanto tempo faz que não olha nos seus olhos e conversa com você? Vou te dizer que esse papo pessoal aí tem que existir e ser o mais sincero possível, só depois disso conseguirá ver além de um “apertar de coração”, de um “curtir”. Caso contrário será tudo uma eterna busca pelo eu em outra pessoa!
Podemos e devemos encontrar a pessoa que vai nos transbordar ou, deixar que nos encontre, afinal, a vida é feita de amores, e o primeiro deles deve ser o “amor próprio”, e depois tudo que vem com ele... Livros, vinhos, cafés, abraços, beijos de forma leve e real. (Ainda tem continuação)
Existem duas formas de ler o poema da Cecília, qual você quer ler?
Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
Leia de trás para frente e vice-versa
LUA DOS TEMPOS MODERNOS
Autora: Profª Lourdes Duarte)
Do alto de um prédio, observo a noite que cai
Sem eminências azuladas, nem revoadas de passarinhos
Mas ao longe surge a lua com seu encanto e magia
Para embalar o sono dos que tardam o fim do dia.
Como pra mostras aos que vivem nesta serva de pedra
Surge brilhante e cor de prata lá no alto da colina
Resistindo a ofuscação das luzes artificiais
Mostrando que seu brilho é supremo e belo.
Oh! Lua dos tempos modernos
Continuas bela e singela com seu brilho cor de prata
Minguante ou crescente és entre todos os astros
Símbolo do amor que impera.
Lua dos tempos modernos resiste ao tempo e as tempestades
Vai e volta mais bela, de suas quatro estações
Como para mostras aos que vivem nesta correria louca
Que o romantismo ainda existe
E que é importante para embalar corações.
Os tempos modernos de hoje, impõe uma vida de fachadas, corrompem os fracos, que vivem as mentiras, ostentações, ilusões, à decadência vazia do ser, com uma erosão existencial, escondendo buracos que carregam dia à dia, com falta de sintonia com as próprias certezas, engessando à intuição dos discernimentos, distanciando à sensibilidade das leis espirituais à vontade de Deus. Cabe a cada um decidir entre redenção ou à condenação, harmonizar os caminhos do destino, sem se tornar mais um corrupto, compactuando dessas crenças, esmagando a fé, a semeadura de perverter as próprias origens, deixando se manipular nos caminhos sinuosos, proporcionados à liberdade das escolhas verdadeiras e sinceras, escapando das siladas podres das fachadas de fora, que isenta o todo no crescimento interior, vivendo somente das aparências.
Não existe mais pensadores modernos,
porque as cadeiras mais importantes estão ocupadas por Imbecis
