Poeta
Penso que poeta deve ter a glicemia em alta! Não só pela docilidade do que exala, mas principalmente pelas feridas que nunca cicatrizam...
Digo que os poetas são loucos apaixonados e que a poesia é alma do poeta se abrindo, se entregando a esse grande amor.
Porém, como sempre... Sempre me perdendo nessa busca de me encontrar. Como diria o poeta: Eu caçador de mim...
Esse é o mundo das ilusões
Onde o poeta canta seus versos
O caminho parece largo
Mas quando voce se adentra
Ele vai ficando estreito
Você se ver como um espelho da vida
Suas vestes são manchadas de sangue dos inocente
Pois quando você decide e opta pelo errado
Esta deixando de fazer o idem do mestre amado
Vou tentar ser diferente mas se eu for diferente
Estou sendo um falso crente
Afinal é o que se ver, o que esta acontecendo
Por esse mundo a fora
Uns pula e outros danças
Outros faz co, co, rô, ecó
A vida se contradiz
Tudo virou brincadeira
Uma mangação total
Eu não vou compactuar
Com essas infinidades dessas alucinações
Quero amor e respeito intuito e fidelidade
Mas que pensamento besta que o meu próximo seja eu
Esta de ponta cabeça se for um homem de Deus entende a Revelação, de tudo Que vou dizer
Que seja fiel a Deus e deixe de
Co, co, rô, ecó
E ame para ser amado
maria de fatima
"Descobrindo-se, o poeta personifica, representa. Nos melhores momentos descobre o que nem sequer encoberto estava, porque o que ele faz é ver a oblíqua eloquência ou o encanto do que, sem ele, não seria."
Sinto a alma do poeta nas proparoxítonas.. Pétalas, músicas e cânticos... Príncipe, mágico e êxito... Lápide, mármore e frívolo. Diferenças em uníssono de forma.
Não sei mais se sou poeta, pois todo poeta possui um vocativo, então me diga: o que eu sou neste momento?
Sou guerreiro, pescador, tiro onda de Doutor. Nas estradas sem saída, ainda encontro amor. Poeta, escritor, jogo bola sou ator nas novelas desta vida repugno a dor.
Trecho da música: Diversidade
A estátua de um poeta morto
Sozinho, caminho até a praça...
Dois ou três passos e paro.
Colho flores brancas entremeadas ao mato.
Mato grande, que cresce ali!
Um cercado de fios de arame enferrujado protege o jardim.
Desconsidero o aviso que diz:
-Não colha flores e, ou, plantas desse jardim!
(...)
Num segundo de descuido
um agudo espinho de esquerda
espeta-me o dedo polegar da mão direita.
Desço à terra!
Subo novamente à minha própria altura.
Recosto-me em uma estátua de cobre.
(...)
Um pássaro cinza voa no céu sobre mim.
Voa meio assim...
Meio torto, meio de lado.
Voa um tanto apressado.
Muito estranho!
O voo desse pássaro.
(...)
As pedras no chão...
-Vermelhas como estão-
parecem dançarinas de flamenco
tango, tchá...tchá, tchá!
Parecem dançar,
mexem-se sem parar!
Mexem-se. Sem parar.
(...)
De repente...
Ficam escuras!
Ficam duras!
Param de dançar.
Dói!
Dói-me a cabeça.
(...)
Os olhos ficam inquietos.
Nuveiam...
Nuveiam!
Somem as nuvens dos olhos
e até o sol para de brilhar.
(...)
Dá um sono!
Resolvo deitar ali mesmo.
Deito-me naquele lugar.
Penso-me morto.
Morto não hei de estar!
Não hei de estar.
Morto, eu? Será?
(...)
Num último e derradeiro esforço
tento me levantar.
Tudo parece estar tão distante...
O corpo está tão pesado...
Resolvo me aquietar!
Durmo por horas ao pé da estátua de cobre.
(...)
Estátua de poeta!
Homenagem 'post-mortem'.
O coitado morreu ali mesmo...
Naquele lugar!
Envenenado por um pico de espinho de rosas brancas
no polegar da mão direita.
(...)
Morto e transformado em estátua!
Pra sempre ali...
Parado!
Transformado em poesia dramática.
Eternizado em seu próprio universo,
e preso, em seu mais triste verso.
Morto!
(...)
Enquanto lamentava a sorte do pobre homem
o pássaro cinza que se remexia no céu sobre mim
mira e despeja toda a sua maldade em minha cabeça.
Numa casualidade quase transcendental,
salva-me da morte!
Livra-me da sorte de virar estátua.
Revivo e vou-me embora.
A música é tudo na vida de um músico, como também a poesia é para o poeta.
O que seria do cantor sem sua música e o que seria de um grande poeta se ele não tivesse suas loucuras lúcidas de se expressar através de seus versos.
Poeta
Poeta é um sonhador,
Que não sonha sozinho.
Que fala de amor,
Enquanto seu peito queima de dor.
Escreve sobre alguém,
Sem ter visto um dia.
Não é conto e nem magia,
É apenas um sonhador levando alegria.
Finge ser ator,
Em um teatro sem plateia.
Sente frio em um dia de calor,
Na pele de um diretor.
Orgulho de ser Poeta
Sou Poeta dos amores traídos
Sou Poeta das meretrizes,
Das amantes mau amadas
Sou Poeta das mocinhas enamoradas
Sou Poeta das solteiras e das casadas
Das amantes apaixonadas
Sou Poeta das noites enluaradas.
Sou Poeta dos bares e dos botequins.
Sim, Sou Poeta! Faço verso com carinho
Sou Mensageiro do amor.
Ah! Sou Poeta sim senhor!
Então o verbo se fez carne
e a carne se fez homem
e o homem se fez poeta
e poeta se fez Deus
e Deus se fez musa
e a musa era mulher
e se chamou Ariadne
Ariadne foi morar no labirinto
para onde conduziu o poeta
de olhos vendados
e poeta habitou sozinho
entre anjos e demônios
com a palavra eternidade.
Fecho meus olhos Elevo minha oraçao aos céus...
Ao mais perfeito e digno poeta:
Meu Deus!
tu és o condutor dos meus dias Digno de toda a minha
" Adoração! "
_Guto.
