Poesias sobre o Frio
- Um Amor que já foi quente -
É tão triste sentir frio
aquele amor que já foi quente
como pedra junto ao rio
que não lhe fala nem o sente.
É vê-lo tão distante
embrenhado em fantasia
numa angústia que é constante
seja noite ou seja dia.
E há vazio, há impotência,
não saber o que falar
pois perdeu-se da essência
da pessoa a quem amar.
Nunca prendas quem quer voar
dizia sempre a minha avó
porque o amor não faz chorar
não dá pena nem faz dó.
Pois que siga à vontade
quem te quis e já não quer
ninguém morre de saudade
Venha sempre o que vier!
INVERNO
Minha alma está aquecida
meu corpo também
não sinto frio
teu amor
cobertor café
bebida quente que
aconchega o meu espírito.
O tempo pode ser um pesadelo
Passando amargo e frio em nossas vidas
Tomando todas as nossas energias
Levantando e abrindo feridas
É como é
Alimento sem tempero;
Frio sem roupa;
Trevas sem fogo;
Dor sem analgésico;
A visão desde o cume;
O som das formigas;
A nota do vinho;
A vibração do ar;
É ruim e é boa;
Choca e acalenta;
Mas nunca é menos;
Sempre é mais;
Não é para os fracos;
Contrariando até os fortes;
Ela não quer que seja;
Porque é o que é;
Algo que buscamos;
Quase nunca querendo;
Se apresentando incompleta;
Uma desgraça e uma bênção;
Não pode ser minha;
Não pode ser tua;
Não pode ser deles;
Só é se for de todos;
E o que é senão a verdade?
O frio e o silencio caem , me sinto tao sobrio como se pudesse perceber a sensates rigia e solene do tempo.
É noite , e o silencio do vazio da madrugada se torna serenemente invasivo.
Não ha para onde correr.
Tudo que me tese está vivo e se move em uma só direção , como uma gota d'agua em uma parede de concreto...
Talvez...Talvez se eu rezase mais ; as noites não seriam tao frias e o silencio seria mais discreto.
Tempo
O tempo é impiedoso, cruel, frio e indiferente.
O tempo nos ensina que devemos valorizar todos os momentos que vivemos.
Sem arrependimentos, sem querer voltar atrás, visualizando um futuro que estamos batalhando com lágrimas e sangue para conseguir.
O tempo nos ensina a dar valor aquilo que temos pois podemos facilmente perde-lo, seja pessoas, sentimentos, objetos e nossas vidas.
Devemos lembrar que nada é eterno, nada e nem ninguém pode parar o tempo que corre e não te da o direito de tenta-lo fazer esperar.
Dói tanto
A cura parece tão distante, tudo parece tão inserto é um caminho frio e escuro, me sinto só.
Vivo em meios as lagrimas, minhas lagrimas, acredita que eu não às sinto descer, a dor parecer não ter fim. Estou só.
É verdade que não me encontro mais, estou perdida, veja só, eu, perdida.
Dói tanto...
Me sinto só...
Estou só...
Antes que esqueça, toda dor passa, toda solidão acaba e eu sou só.
Meu olhar frio ganha vida
Quando se cruza com o dela
Perco-me em meus desejos
Oh! meu Deus
Como ela é bela.
A tenho em meus pensamentos
Penso sempre no "como seria"
Que fantasia
Estar com ela agora
Era tudo que eu queria.
Sonho alto e meu tombo é grande
Quando penso no muro que nos separa
Sinto agonia
Fico louco
Embora a distância não seja física
Sempre estou num polo e ela no outro.
É ai que lembro-me do fato
De que nem tudo na vida são flores
A não ser ela
Uma flor que brotou em minha vida
E nela acrescenta mais cores.
Não sei que surpresas a vida me trará
Vivo desiludido
O que sinto por ela é forte
É lindo
É proibido.
Neve
O frio ao teu corpo envolve.
Como um cobertor, te abraço,
deixo o teu corpo se aquecer
junto ao meu.
Olhando o horizonte branco
pela friagem que cai, te aperto
mais contra mim.
Teus cabelos ainda têm neve
em suas pontas, eu os beijo,
e com as caricias as derreto.
Em tua boca deixo o beijo do
meu amor, que te aquece.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
24 DE MARÇO
Hoje parecia um dia de finados com aquele ar frio, e vento gelado.
Gritando pelas almas, num dia congelante.
Houve quem pensou em ir. Faltou coragem, havia muito amor ainda para viver,
o medo de voltar e não ter o grande louco seria absoluta covardia, E incerteza infinita.
Primeiro
Dia de aula,
Dente arrancado,
Exame médico,
Beijo!
Dá frio na barriga,
borboletas no estômago,
arrepio na orelha
(nessa e em outras ordens).
A vontade é pular,
passar pro próximo,
correr, correr...
Mas a pressa é má conselheira,
inimiga da formação,
pois, de todos os passos,
o que mais importa
é o primeiro.
Amanheceu...
Frio intenso...
Árvores chorando em sereno...
Nem brisa sussurrando...
Em meu jardim só ?
Pensava ele = o poeta triste =
Rumor dos mortos...
Nunca esquecidos...
Caminhando....
E no silêncio presente...
Doce perfume inebriante pairava...
Nem uma abelha zumbia...
"De onde vem esse perfume?"
Indagava para si, tal qual sino silencioso,sem receber afago merecido...
Enquanto no frio agonizava...
Seus chinelos no chão arrastava...
Em penosa caminhada tremida...
Olhos lhe aguardavam...
Todo seus movimentos sentidos...
"O que será que o poeta vai fazer?"
Perguntam os pássaros uns aos outros...
Sussuravam baixinho...
A hora e o momento não pediam...
Alegres gorjeios...
E na aurora que o dia bebia em taças...
Pelo mel no ar ele se guiou...
Cada pétala...
Cada flor ele encontrou...
Estrelas deixadas na madrugada...
Com as quais se enamorou...
Eis que setembro chegou...
Olho-de-boneca floresceu...
O quanto Deus é generoso...
Só para fazer o poeta sorrir...
Plantou orquídeas em seu jardim...
Sandro Paschoal Nogueira
(E)FEITO PIPOCA
Como pipoca, não salto, se o óleo é frio, porque eu preciso de calor, de vapor, de muito e intenso fervor.
Quando me aquecem, feito a pipoca, eu pulo, de alegria, de entusiasmo, de amor,
e, como pipoca, estalo, faço barulho e mudo de cor.
Quando bem aquecida, eu transbordo do meu "mundo panela" e levo alegria para quem nem me conhecia, e (pre)encho sensações degustativas, olfativas, visuais e sentimentais.
Eu acelero batimentos e provoco ansiedades, de ser feliz e de saciar curiosidades.
Ao sentir um óleo quente, feito pipoca saio do meu mundo, atraio olhares, estimulo desejos, divido vontades.
O meu aroma exala de tal forma, que não há quem me sinta e quem me veja, que não veja que eu sou feita para saciedade.
É isso!
Sou assim:
Feito pipoca eu salto de mim, saio do meu espaço e me revivo, em mãos, tatos, emoções e palatos, e delicio, e distraio, e contento e satisfaço.
É tanto o bem que eu faço, que até quem não me quer bem, ao me ver, muda seu passo e compasso.
Sim!
Sou pipoca!
E, sendo pipoca, deixo que sobrem, em meu "mundo panela" ou em poucas vagas lembranças, todos os meus milhos estagnados: meus medos, minhas incertezas, minhas inseguranças e fraquezas.
No final deixo em meu "mundo panela" tudo o que faz mal para mim. Deixo todos os milhos que, fugindo de um bom óleo quente, se tornaram tanto a minha minoria, quanto a parte maior que não me compreendia.
Nara Minervino
Minas Gerais
Dia bonito
Alegre e de frio
Sorrio
Me encanto
Com os pássaros
Doce canto
Caminhos de terra
Poeira sobe
Com o vento no mato
Olho para o lado
Aceno distante
Lá está seu Fortunato
A beira da cerca
Tocando a boiada
Chapéu de couro
Ele não quer mais nada
Me aproximo
E saúdo
Tirando o chapéu
_"O cumpadi!"
_"Opa, bom dia! Vem com nois procê tomar um café"
Mesa posta
Café acabado de torrar
Aquele cheiro inconfundível
Do bom café pra variar
Broa fofinha,
Mãos da roça a afagaram
E tudo quanto põem a mão
Ficam que qualidade rara!
_"Ô seu moço, ainda tem queijo..."
_"Opa! Como bom mineiro, esse é meu desejo"
Coisa boa! Puro, o melhor que há
Quem ainda não provou que venha para essas bandas provar.
Segue a prosa
Olhando lá fora
O fogão de barro já consome a lenha
Olhando a senhora de lenço na cabeça
Percebo sua garra e sua paciência
O que é da roça é mais gostoso
Mas é árduo o trabalho
As crianças em volta, pedindo o almoço
É que na cidade 13:00 acontece o alvoroço
Aqui, os meninos sujos de terra
11:00 já começam a querer sentir o gosto
Sentir o gosto do arroz branco
Temperado com um tropeiro
Anguzinho com quiabo
Tem forças para brincar o dia inteiro
Pensei como é gostoso
Essa vida na fazenda
Quem casar com uma mineira
Sua vida vira lenda
Come bem dia e noite
Ô tempero bem falado!
Quando serve-se a mesa não tem um que não fique calado.
Sabedoreando Minas
E seus quitutes
O melhor lugar é aqui
De gente forte, feliz
E com saúde!!!
NO TRONCO DO IPÊ (soneto)
O ipê resplandece, na sede do inverno
Árido e frio chão, resistir o seu nome
Durar, no estio, que assim o consome
A belicosa árvore, floresce no inferno
Com o tal vigor generoso e fraterno
Pária com honra, se a chuva lhe some
Mingua a água, e, que a vida lhe tome:
A ventura. Ainda é um aparato eterno
Do próprio fel, do cerrado, é proveito
Faz do atravanco, triunfo na desgraça
E ao planalto central marca e respeito
Possui, na rispidez da terra crassa
A própria glória, o seu maior feito:
Florindo em beleza, de pura graça.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
hoje é um dia belo, frio e chuvoso.
No calor dos meus descasos lembro que tudo passa despercebido, nesse grande escuro labirinto da vida tento me encontrar.
Estou perdido desde o dia em que perdi meu grande amor.
Onde esta você vontade de viver em se alegrar?
Meus desafetos e dores acabaram com minha vontade de novamente amar e agora Estou novamente no inicio do labirinto tentando mais uma vez a saída achar.
Gerson. M. G. Turpo
É frio.
Na noite as trevas são pura escuridão.
Triste bate meu coração.
Meu corpo treme.
Meu canto é triste.
A solidão insiste.
O vento geme.
É frio.
A noite brilha com o brilho das estrelas e do luar.
Meu corpo se aconchega no teu.
Tuas mãos a me acariciar.
Uma sinfonia nossa sintonia… o melhor som no ar a espalhar.
Tua companhia tudo encanta.
O vento canta.
Quero ser livre !
me liberte da minha prisão mental e a social !
me permita sair desse mundo frio sem vida !
quero viver em um mundo colorido
onde há luz, onde há vida
para sonhar com um futuro
de uma sociedade mais amável!
uns com os outros !
e com sigas mesmas
sem descriminação de gênero, cor ou status social
sem preconceito ou desigualdades
todos iguais!
Não há mais de voltar...
Vento frio soprou...
Firmamento abriu...
Sob lágrimas do céu...
O poeta partiu...
Vontade do Supremo se fez...
Infinitamente...
Sempre...
Mais uma vez...
Anjos entoam cânticos alegres...
Uma nova estrela no firmamento a despontar...
Mas, para nós que aqui ficamos...
Sobrou pranto a rolar...
É difícil suportar...
A despedida de quem nunca mais voltará...
No contar das horas em que não mais estará...
Ficam as lembranças de quem muito soube amar...
O tempo passa...
E no vazio do peito...
Quando o silêncio muito diz...
Compreendemos que foi feliz...
Partiu amando...como quiz...
Sandro Paschoal Nogueira
O Frio
Abraçando seus próprios braços,
Sentado, a poucos passos,
Ele estava, morrendo de frio.
Seus olhos estavam fechados,
Para evitar olhar para os lados
E descobrir que tudo era vazio
Com pena de tê-lo encontrado,
Em tão deplorável estado,
Quis tentar o sentir.
Meus lábios assim se calaram,
Enquanto nossos corações conversaram:
"Por que não tentas da chuva fugir?"
Tristes, seus olhos falavam:
"Não há frio que não possa ser remediado, por um agasalho qualquer, mas quando se está congelado aquilo que deveria esquentá-lo, chuva em teus olhos não pararão de cair, nenhum segundo sequer"
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