Poesias para Bahia
Não trate as pessoas bem querendo se aproximar para te ajudarem a crescer ,por que sua farça logo cairá, seja você mesmo pois as coisas chegaram no seu tempo certo.
O que torna um grande homem, nao sao seus musculos ou sua força. Mais sim a suas a propria capacidade de agir na razao deixando de lado a emoçao
Aceita você. Aceita o que você é, o que você representa. Aceita as suas curvas, as suas marcas, as suas lágrimas e as suas dores. Aceita tudo que lhe transformou e todos os erros que você, dolorosamente, reconheceu que cometeu.
Aceita o seu cabelo, a sua cicatriz. Aceita logo tudo o que você precisa aceitar e quem não gostar que se exploda. Aceita que você irá perder algumas pessoas que não aceita essa sua mania de se querer tão bem.
Aceita o jeitinho que você enfrenta o mundo. O jeito duro de você enfrentar tudo. De enfrentar quem tenta limitar os seus passos e o seu caminhar.
Seu nome é liberdade, não esqueça. Não esqueça jamais. Aceita que voar é o seu destino. Que amar é a sua sina. E que a sua intensidade é o seu melhor sentimento.
Joga os seus cabelos ao vento e vai. Aceita que vai doer menos. O preço da liberdade é se gostar cada dia mais. (Edgard Abbehusen)
Ilhéus
Sim, fui para Ilhéus
e pude sentir
a magia e os encantos
da feliz cidadela.
Cheguei em Ilhéus
Senti o cheiro do mar
sabor do chocolate
do cacau que nasce nela.
Andei por Ilhéus
terra de Jorge Amado
do Bataclan, do Vesúvio
Onde a vista pro mar é bela.
Voltei de Ilhéus
de suas ruas calmas
lugares que fazem
lembranças da forma mais singela
Voltarei para ilhéus
cidade de gente querida
terra da poesia
casa de Gabriela
Cravo e Canela.
Saudade
Saudade não tem idade
não tem tempo nem momento
não se mostra por fora
mas aperta por dentro.
Saudade é algo que faz pensar
reviver por alguns segundos, momentos especiais,
talvez por isso doa tanto...
Pois depois desses segundos mágicos
acaba todo o encanto.
Tudo retrocede ao ponto inicial
e lembramos que aqueles segundos se foram,
e tudo voltou a ser igual.
É um momento em que nossos pensamentos
leva-nos a um trajeto astral,
é como um retorno no tempo
uma viagem tridimensional.
Alias... Eu nem sei o que é saudades!
nem sei sobre o que estou a falar!
pois saudade é pra se sentir
e não pra explicar!
È algo que existe pra viver e reviver,
uma viagem a qual devemos apenas embarcar
encher o coração de sentimentos
e sempre nos emocionar.
Avô Sabará
A batucada me emocionou
o swing da negada {apaixonou}
no toque dessa levada eu vou eu vou
o cortejo e a pegada {me encantou}
Cadê meu avô sabará?
Saiu pra jogar dama e nada de voltar
Cadê meu avô sabará?
Nas ruas dessa Bahia foi se jogar
Cadê meu avô sabará?
Atras do trio elétrico foi sambar
Cadê meu avô sabará?
Ta tomando uma e nem pra chamar
Vou lá encontrar, eu vou
Antes que ele vá pr'outro lugar
Meu querido avô sabará
Urandi
Em urandi tem poesia
Tem gente cristã
Que vive com harmonia
Como se não houvesse o amanhã
Nas estradas tem umbuzeiro
No lajedo tem cabeça de frade
No morro tem o Cruzeiro
Que abençoa toda a cidade
Cidade pequena pacata
Onde há sossego e tranquilidade
Nas pessoas bem amadas
Tem-se belas amizades
Na serra tem nascente
De uma água maravilhosa
Desejada por tanta gente
Essa água tão famosa
Aqui tem belos carros antigos
Tem museu do século XX
Tem poemas dos bonitos
E a beleza natural está no verso seguinte
Tem pinturas na garganta do impossível
Pura beleza na cachoeira do Dedinha
Sem falar do poço do infinito
E do sítio arqueológico lajedo de tapuia
Não poderia deixar de falar
De um médico que muitas vidas salvou
Dorivaldo Dantas foi e sempre será
O nosso melhor doutor
Aqui só se ver gente formosa
Nas festas de tradição
E nas famosas festas religiosas
Tem Santo Antônio e São João
Urandi me faz feliz
Me faz ver o mundo com amor
Urandi flor do país
Beijada por um beija-flor
Só de contar as belezas da minha cidade
Me dá orgulho de morar aqui
Eu só quero a prosperidade
Para os cidadãos de Urandi
O ambiente que você vive, nunca determinará quem você será no futuro, mas suas decisões sim.
jaciel Santos
A casa da vaidade anda cheia de gente viva que morre aos poucos. Que não se contenta com o que conquistou e quer trapacear as conquistas alheias. Que deseja o inviável aos seus próprios limites. Que nasceu pra voar, mas que prefere rastejar na floresta de lama com a intenção de sabotar o ninho dos outros pássaros.
É quem envenena a alma só para apagar a luz do outro. É quem se define. Quem se acostuma. E que poderia ser mais, mas prefere o mínimo. Pois não consegue ir além daquilo que pensa todas as manhãs. O dia todo.
E isso não tem nada a ver com conhecimento, com sabedoria, com intelectualidade ou inteligência. A vaidade, geralmente, é um sintoma desses todos.
Meu pai dizia: Filho, onde quer que você chegue e por onde vá, nunca esqueça de manter os pés no chão. Se policie, se vigie. Até que a humildade seja um hábito.
Como deve ser apertado o espaço de quem precisa apequenar o outro para se sentir grande. Como deve viver o mundo das ilusões de que é maior, sendo que se rebaixa tanto.
Como deve ser triste saber que, sem a maldade, a vida não anda. E como deve ser tenso saber que, ao lado da maldade, um empurrão nunca é pra frente. Mas pra derrubar o ego.
E preste atenção: a vaidade não tem mãos para levantar ninguém.
SALVADOR
Viagem curiosa esta,
Não paguei e estou a
Ver o mar. Olha lá!
A roda de capoeira,
O sotaque baiano,
Cá estou na primeira
Capital?! Mistura de
Cores enfeitam as
Ruas. Dança e cantoria
Denotam a magia do
Candomblé. O farol
É lindo! Seja bem vindo!
Disse Severino. Oxalá!
Quem dera voltar logo
Após o despertar...
"Andei procurando sentidos que pudessem levar-me do náufrago ao porto.
Desembarquei em ti Bahia.
Solo que me era pouco conhecido.
Pisei na tua terra, banhei-me em tuas águas, abracei teus nativos e respeitei tua mata.
De ti não quero distância, quero teu mel, tua pimenta, dançar com os Pataxós e fazer eternas lembranças.
Agradeço teu conforto, teu zelo, teu alvoroço,
que sem nenhum esforço faz de mim um todo".
SALVADOR-DE-MIM
Baía de Todos os Santos
como o cheiro do dendê
os mosaicos de Bel Borba
o vulto de salitre
saudade em toda a Orla
Acreditar que a independência do Brasil aconteceu em 07 de Setembro de 1822 é um tanto inocente, a históriagráfica positivista que narrou esse evento da forma que ela faz melhor, engrandecendo os "grandes feitos", criando mitos e heróis. Não passa de uma mera farsa, um circo que não têm nenhuma graça. Esta literatura, por muito tempo produziu uma narrativa que obscureceu a complexidade e a historicidade desse episódio.
O processo de "independência do Brasil", se é que podemos nos chamar de independentes, não se explica com um marco ou uma data, são séries de eventos desde da vinda da família real em 1808, a convocação da assembléia constituinte, como também o liberalismo econômico e a abertura dos portos. Não esquecendo da Revolução pernambucana que em 1817 já lutava por uma unidade federativa. "O grito do Ipiranga", em 07 de setembro de 1822 foi uma ação sem importância. A independência do Brasil poderia ser em 02 de julho de 1823, quando tropas portuguesas tentaram invadir o Brasil pelo recôncavo baiano, e a cidade de Cachoeira, a Heróica, resitiu com apoio dos civis uma das participantes foi Maria Quitéria. Só em 1825 Portugal Portugal reconheceu a independência do Brasil, que ainda teve que pagar 2 milhões de libras estrelinhas de indenização. Os eventos que se sucederam depois da independência durante o império, nos faz pensar que o processo real da independência pouco peso teve, afinal toda estrutura foi mantida, como o latifúndio e o trabalho escravo. Ainda preservando uma elite aristocrática, abastada, privilegiada, agraria e conservadora que busca garantir o seus interesses, que a meu ver até os dias atuais está presente na nossa sociedade brasileira.
Na bruma perdida da madrugada
falo com a boca de poucas palavras.
As ruas estreitas,
as frases mal feitas
um radio a encher o vazio de som
e o frio soprando além da janela
o céu com límpidos pontos de luz e a lua prateando telhados
de prédios velhos e condenados
na antiga parte da cidade da Bahia
O odor das ruas
atiça meu olfato
lembra de um tempo
tão longe
porém me é familiar
O cais,o porto
as naus afundadas
cobertas, escondidas
sob as águas
jazem em sussuros
ecos de um passado glorioso
Dia tempestuoso
que as arrastou para o fundo
este mundo que a noite descortina
e se faz adormecer
nas retinas dos meus olhos
31/07/95
Baianinha
Uma moça como aquela
não se encontra em qualquer mar
Quando passa na areia
quem brilha é ela,
causando inveja às estrelas-do-mar
Aqueles olhos cristalinos
com as ondas a combinar
e quando te olha de voltar
faz você sorrir e sonhar
Uma moça feito ela
uma deusa, um luar
na noite quem uiva é ela
deixando os lobos
sob o seu cantar
Quando fala em seu ouvido
faz suas pernas bambear...
Enquanto os beijos dela
estão em sua boca a beijar...
Ai, como eu queria
que uma moça assim como ela
fizesse da minha janela
o cheiro das flores belas
a lua iluminante
e o sol a brilhar
se todo dia
eu tivesse com ela
... faria dos dias dela
um barco à vela
uma comida de dendê
e um prato de vatapá...
coisa linda essa minha preta,
uma baininha tão bonita, cientista
toda cheia de inteligência
e vivacidade a espalhar...
dança, brinca, encanta, baianinha
que meu canto que te canta
ainda não sabe a melhor forma de te encantar...
A vida, as vezes nos dá um presente, mas que por vezes nem sabemos como desembrulhar.
A vida é dramaturga, também sabe pregar peças.
A poesia nos dá a liberdade para viver em letras o que o coração nos nega possuir de fato.
Quero atravessar o rio
Sem risco de me afogar
Quero abraçar o Sol
Pela ponte irei passar
Já faz muito tempo eu ia
De Pernambuco a Bahia
Ia pra depois voltar
Diante a efemeridade da vida, ainda há quem saia na Barra/BA para ver o entardecer e o "sol virando lua", diante a tristeza cada um busca uma distração e algum tipo de conforto ou diversão, nós quanto ser humano jamais entenderemos a nossa desobediência, até porque queremos sermos livres mesmo diante a uma pandemia perversa que mata milhares de pessoas.
Saindo da Barra/BA passando pela Sete Portas/BA, vejo o abandono, lençóis em forma de casa, moradores de rua e um congestionamento miserável na rua e em por dentro de mim, abaixo a cabeça e tento não refletir a vida, até porque tenho que regressar ao meu próprio ser e cuidar de mim!
"Sementes lançadas em lajedos, só nascem pedregulhos"
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"A dificuldade maior para a caminhada, é quando nos achamos incapazes de dar o primeiro passo".
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Eu aprendi, que todos merecem respeito. Até mesmo aqueles que nos desrespeitam, esses (mais que qualquer outro) merecem o nosso respeito.
Carlos Silva.
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