Poesias de Vaidade

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"Enquanto o mundo repousa em silêncio, eu permaneço desperto entre livros, anotações e pensamentos. Não por vaidade, mas porque compreendo que cada hora dedicada é uma semente lançada no solo fértil do conhecimento. Na ciência, o sacrifício não é um fardo, é um caminho. E mesmo cansado, sigo em frente, pois o que me move não é a pressa, mas a esperança de contribuir para que a África ocupe seu lugar de protagonismo na pesquisa científica."
— D.A.M.

Inserida por damiao_almeida

⁠Sobre o risco de não ser

Há quem passe a vida
a desejar outro lugar,
outra pele,
outro nome.

Acredita que será mais inteiro
se for como os outros,
se parecer com os que brilham,
se for aceite
nos salões onde se aplaude o vazio
como se fosse grandeza.

Mas o que brilha
nem sempre ilumina.
E o que parece
quase nunca é.

O esforço de parecer
rouba a paz de ser.
E quando se apaga a chama
do que nos tornava únicos,
fica apenas o eco
de quem já não sabe quem é,
nem para onde voltar.

Não há perda maior
do que perder-se de si mesmo.
Não há engano mais cruel
do que acreditar
que a dignidade depende do olhar dos outros.

Ser quem se é
— com verdade, com firmeza, com simplicidade —
é tarefa para os que recusam dobrar-se
à mentira do mundo.
É caminho sem prémios,
mas com sentido.

E só o sentido,
mesmo que nos isole,
nos salva do nada.

Quem rejeita a sua natureza
para caber onde não pertence,
corre o risco de não pertencer a parte nenhuma.
Nem aos outros,
nem a si.

Cuidado com a ilusão dos que se dizem grandes,
mas vivem de fingimento e vaidade.
Ser visto não é o mesmo que ser verdadeiro.
Ser aplaudido não é o mesmo que ser digno.

Acredito que não nascemos para caber em moldes.
Nascemos para ser inteiros.

A dignidade,
se é que tem morada,
não vive nos olhos dos outros.
Vive, talvez,
na coerência secreta
entre o que se sente
e o que se é.

E há uma solidão peculiar
em já não pertencer
nem ao mundo que se tentou imitar,
nem ao que se abandonou.

O que assusta não é falhar —
é perder-se no caminho
por ter querido ser outro,
sem nunca ter sido inteiro.

⁠FUMAÇA BRANCA
Mal colocado no armário
Não te esqueçam Jorge Mário
Lá se vão histórias tantas
Por trás de fumaças brancas
Em decisão vespertina
Incendiaram a Sistina
Queira esse “novo” calor
“Ascender” com mais fervor
Fé praticada em ações
Tocando assim corações
Usando assim suas garras
Numa luta que não para
Reforçando ali, sem medo
Nessa “Estância” de São Pedro
Seja eterna a busca audaz
Sem vaidades: pela Paz. Alfredo Bochi Brum

Inserida por alfredo_bochi_brum

⁠"A vida é maior que qualquer desavença.
A ciência diz que viemos da evolução; a fé, que viemos de Deus. Seja qual for a origem, o ser humano deveria ser o mais sábio, mas é o único que fere com atitudes, palavras e orgulho.
Animais matam para sobreviver. Humanos, muitas vezes, por vaidade.
Que Deus, ou a razão nos abençoe com amor e humildade para perdoar enquanto há tempo."

Inserida por Itamaratyap

Memórias


⁠As memórias que conquistamos são as mesmas que nos acompanharão por toda vida,

Nas madrugadas, os acordes da melodia desfilam pelas alamedas do coração trazendo sonoros desejos e sonoras lembranças daquilo que outrora foi bom,

Não se limite no lugar que não lhes cabe, não sinta-se a vontade dentro de um cativeiro, se permita voar pois a liberdade tem gosto e suas razões de ser,

Sem nenhuma vaidade, colecionar momentos bons ecoa na alma e constrói coisas incríveis nas nossas memórias,

O sinônimo de permanecer pode ser uma resposta direta ao estar feliz.

Inserida por ricardo_souza_5

⁠Mas olha, tal qual é...
Tudo de boa-fé...
Pregando olhos de fogo...
Adormeceu sorrindo…
Porém não acordou...

Madrugada gente que saiu...
Ninguem sabe ao certo o que aconteceu...
Como entrou, ninguém viu...

O que se diz...
Não pode ser bem verdade...
Mais vale o que supõe...
A vaidade...

Quando o primeiro me amou...
Muito me entreguei...
Até hoje assim sou...
Uns esqueci...
Outros nunca desapeguei...
Nunca consegui...

No murmúrio dos esgotos...
Das línguas leprosas...
De minha cidade pequena...
De fantasmas das óperas...
Talvez eu não valha nada...
Sob olhares maledicentes e invejosos...

Ah...O medo...
O medo come tudo...
Devora até o nosso sonho mais puro...

Toma para ti, de mim, o que quiseres...
Nada tenho mesmo...
Bebe do meu cântaro se tens sede...
Mas não me desprezes...

Tens fome?
Comes do meu pão...
Entrego-te a ti o que mais do mundo escondo:
É seu...
O meu coração...

Silêncio imposto...
Cujas máscaras escondem meu verdadeiro rosto...
Que grande bem me queira...
Para fazer-me adormecer sorrindo...
Seguindo meu estranho caminho...

Não digas nada a ninguém...
Que eu ando no mundo triste...
E que aqui apenas existo e só...
Noite escura tanto quanto eu...
Vivendo e sonhando...
Tendo apenas as estrelas...
Para disfarçar o breu...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠É uma tristeza funda, uma angústia que quase não se explica, ver quem se mede pelo que tem. Carregam, sem saber, o peso de títulos e bens que brilham por instantes, como o ouro que o tempo consome. Ignoram que a verdadeira luz não vem da ostentação, mas do silêncio profundo que habita na alma.

Lá no alto, os que se julgam poderosos deliciam-se na adulação dos que rastejam. É nesse louvor vazio que buscam o sentido da sua grandeza, um valor inchado por pobres de espírito que aspiram a ser como eles. Esses poderosos só existem pela bajulação; se os deixassem a falar sozinhos, não seriam mais que pavões, gritando por atenção, adornados por um brilho que nunca será verdadeiro.

E os que rastejam, sem coluna, vendem-se na busca de um lugar ao sol, dispostos a tudo para se elevarem e serem iguais aos que veneram. Perdem-se na sombra de uma ambição vazia, almejando um brilho que não lhes pertence, esquecendo-se de que a verdadeira grandeza não se mede em posses.

No fim, o que resta? A certeza de que o valor autêntico não se encontra em aplausos ou no eco oco de títulos. O tesouro real reside na essência, no caráter que se mantém erguido quando o silêncio envolve e a vaidade se dissolve. A dignidade não se curva ao ouro ou à adulação, mas ergue-se na simplicidade do ser.

E, se pararmos para refletir, perceberemos que a verdadeira sabedoria não se encontra na acumulação de riquezas ou reconhecimentos, mas na liberdade de ser fiel a si mesmo. Quando se vive com autenticidade, abrimos espaço para a verdadeira beleza da vida, que se revela nos gestos simples, nas conexões sinceras. A vida é uma arte, e a sabedoria está em saber viver cada instante com plena consciência de que somos mais do que o que possuímos; somos a soma dos nossos valores, das nossas escolhas e da luz que irradiamos no mundo.

⁠Triste é quem se mede pelo que tem,
como se o ser se escondesse atrás de títulos e bens.
Essas coisas são sombras, não são luz,
brilham por instantes, como a espuma do mar
que logo se dissolve, deixando a areia nua.

Lá em cima, os que se acham importantes,
cobrem-se de aplausos, como quem se agasalha
num manto de palavras vãs,
sem perceber que a grandeza
não está no brilho, mas na essência.

E os que rastejam, sem coluna vertebral,
fazem de tudo por um lugar ao sol,
venderiam a alma por um pouco de reconhecimento,
esquecendo-se de que a verdadeira luz
vem do interior, não do que se ostenta.

No final, o que importa?
Não é o que se tem, mas o que se é.
A vida é simples, feita de pequenos gestos,
de momentos de paz, onde a vaidade se dissolve,
e a dignidade se ergue, firme,
sem precisar de aplausos ou bajulações.

A grandeza é um estado de espírito,
uma forma de estar no mundo,
um caminho sem adornos,
onde o verdadeiro valor
é apenas ser, simplesmente ser,
no silêncio que nos rodeia.

⁠Há quem vista os títulos como se fossem troféus, sem compreender que não lhes foram dados para se servirem, mas para servirem os outros. Confundem o cargo com uma coroa, quando, na verdade, é apenas uma ferramenta, um meio para fazer o bem. O brilho que procuram não vem das insígnias que ostentam, mas do impacto das suas ações. Só que, por vezes, é mais fácil esconder-se atrás de um título do que fazer com que ele valha algo de verdade.

São pobres de espírito porque não percebem que o valor de estar num lugar importante está no que se faz com ele, não no que ele aparenta ser. E mais pobres ainda são os que os validam nessa ilusão, desejando ocupar os mesmos espaços pela mesma razão – não para servir, mas para alimentar o ego. É um ciclo que não traz mudança, que embrutece em vez de polir.

No fundo, a grandeza não se mede pelas insígnias que carregamos, mas pela simplicidade e verdade com que desempenhamos cada função. O verdadeiro poder está na capacidade de servir sem esperar nada em troca, de fazer brilhar o que é essencial, e não o que reluz por fora. Quando se entende isso, descobre-se que o único caminho que nos engrandece é o da entrega, sem precisar de reconhecimento ou de adornos.

⁠O Brilhante

De que te orgulhas, mísero vivente
Filho do pó que aborrece toda gente
Pensas no que serás futuramente
E teu orgulho se desaparece.
Ignorância vil, cegueira brutal
De quem se julga mais que o semelhante
Não vê que humilde pedra de uma gruta
É mais útil que um brilhante?

Inserida por maria_baptista_moraes

⁠Os enigmas da vida que veio e há de vir, juntamente com minha limitação racional expõe minha pequenez e ignorância para minha consciência.
Com minha nudez combato o orgulho, com a bondade combato a morte, assim como o sangue percorre o corpo e deixa vida em seus caminhos, assim seja meus passos sobre a Terra, carregados de amor e sabedoria de paz, sendo as flores e seus campos verdes o conforto diante o cinza.
Pai, ò Pai, quando me faltar forças, Tu serás cálcio em meus ossos, seja Tu meu pilar, me sustenta e proteja quando a vaidade e a cegueira do poder tentar me assolar, amém!

Inserida por felipe_brito_de_jesus

Além

O oceano é além dos horizontes
O amor é além das fronteiras
A esperança é estar além das vaidades

A sabedoria é reconhecer todas elas

Inserida por simonaimmacolata

A farsa

A mentira é inimiga da verdade,
Se camufla entre os lábios,
Se esconde na maquiagem,
Quando descoberta,
Não foge e não enfrenta,
Se prepara para uma nova
Versão de mentira.

Mentira as vezes é mentirinha,
Mas a essência é a mesma,
Esconde coisas,
E quando descoberta,
Gera enorme surpresa.

A mentira corroe por dentro,
Não quem é enganado,
Mas aquele que comete,
Parece ser atormentado,
Não se manda,
E sempre obedece.

A mentira em certo momento,
Cria laço, envolvimento,
E se torna companheira,
Visita hospitaleira,
Dominando assim, o ser.

A mentira e a pessoa,
Que amizade duradoura!
Não se sabe quem é quem,
Num confuso vai e vêm,

A mentira é inimiga da verdade,
A pessoa é mentira,
Sua pose,
Sua alegria,
Seu sorriso todo dia,
Numa vida de agonia.

A mentira é inimiga da verdade,
A mentira é segura,
Se aproveita da lisura,
Que perdida assim partiu,
E a pessoa assim sozinha,
Bate papo com a vizinha,

A mentira é inimiga da verdade,
Moldando assim a capa,
Por dentro apenas casca,
Por fora a carapaça,
Vivendo uma grande farsa.

Inserida por rafaeloleme

Verdade!

Era fogo, era chama.
Ali subia, aquecia e tornava lava vulcânica,
Incendiava a alma e aquecia o coração.

Era luz, era brilho;
Iluminava o dia, feito sol de primavera.
Batia claro e quente e fogo.

Era cor, era vida.
Pele pálida, raios de esplendor
Pelos cerrados, cabelos negros esvoaçados.

Era água, era mar;
Matava a sede e inundava por dentro
Era úmido, era frio, era profundo.

Era ar, era vento;
Sopro de alma que alivia a dor
Calmaria e agitação, turbilhão de sentimento.

Era Terra, era solo
Ancorava ali um anseio insano
Era firme, intenso e eterno!

Era sonho, devaneio;
Molhava no mar, queimava no fogo.
Sem cor, sem brilho, sem ar...
Tornava terra e ali seu epitáfio que jaz dizia:
Vaidade, sonhos enfim...!

Inserida por Lorenzo_Garen

O PESO DA COMPETÊNCIA

Ser bom em alguma coisa é, antes de tudo, ter a coragem de assumir o dom e fazer o bom uso dele, não fugir do julgamento, deixando o medo o mais distante possível junto da vaidade.

Afinal é jogar a favor sem sentir o peso da competência.

Inserida por fabio_nery

CORRIDA DE 100 METROS

Por que achamos que nosso trabalho é melhor e mais suado de que os outros?

Que impressão é essa que nos coloca acima dos outros?

Por que então nos sentimos tão especial ao realizar um trabalho, mesmo que seja o mais simples possível?

Será o trabalho ou vaidade?

A vaidade ultrapassa o trabalho numa corrida de 100 metros.

Inserida por fabio_nery

Andava dividida entre duas pessoas
Uma delas eu e a outra você
Já não conseguia mais viver apenas por mim
Quando percebi, me esqueci de te esquecer

Já era rotina pensar em nós dois
Mas eu não sabia que o amor era assim
Olhando agora o meu antes e depois
É impossível por você não dizer sim

Cheguei a confundir amor com amizade
A minha vaidade não queria assumir
Que metade de mim era eu te amando
E a outra metade só em você pensando

Inserida por ketantonio

Como poderia ser
Você no seu sofá aconchegante
Manipulado por autofalantes
Enquanto eu em minha rede
Aprecio pássaros cantantes

Como poderia ser
Você cercado por gesso e azulejo
Enquanto eu rodeada por verdes e relevo

Suas luzes de led te iluminando
E eu iluminada por celestes brilhando

O ar que me refresca não é condicionado
E sim, o vento que sopra livre para todos os lados

Pensando bem, até poderia ser
Se neste universo onde contrastam vaidade e simplicidade
Houvesse um querer na mesma reciprocidade.

Inserida por CristinaMarafiga

Vai idade

Estava eu sentada de baixo de uma varandinha de amianto observando a chuva que começava a cair, faziam-me companhia alguns pneus, uma bicicleta, cadeiras, uma gaiola, todos abrigados da chuva naquela varandinha. Revivi ali um momento da minha infância.
Lembrei-me de uma casinha de madeira que meu pai havia feito do lado de casa para guardar suas ferramentas, lembrei-me de cada uma delas: uma enxada, uma pá, uma cavadeira articulada, uma peneira, um carrinho de mão e uma caixa de ferramentas verde.
Para mim, aquela era a melhor casa de madeira que alguém poderia ter. Na minha fantasia infantil, a cama eram três ripas de madeira alinhadas do lado direito do chão, o fogão era um tijolo cerâmico de seis furos virado pra cima, as panelas eram canecas de alumínio velhas que minha mãe não usava mais.
Cuidadosamente, naquela tarde que também chovia, eu preparava um bolo de chocolate, os ingredientes eram: areia, terra fina peneirada, água e algumas flores. Assim era preparado o bolo mais lindo e mais saboroso que não se comia. Naquele pequeno mundo, onde só existia eu e minha boneca, era tudo perfeitamente completo.
Acordando do meu devaneio, logo pensei em uma passagem bíblica onde Cristo disse aos discípulos que impediam as crianças de se aproximarem dele: “deixai as crianças virem a mim. Não as impeçais, pois é delas o reino de Deus." Quanta sabedoria! Cristo sabia que ali estavam seres puros, sem nenhuma vaidade, talvez os que mais se identificavam com ele. Penso que mais tarde, Rousseau tenha tentado dizer o mesmo, quando disse “O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe”.

Inserida por jessicafilo

A gente quer mostrar o que É
A gente quer mostrar o que FAZ
A gente quer mostrar o que TEM
Mas não mostra.

A gente mostra o que NÃO É
A gente mostra o que NÃO FAZ
A gente mostra o que NÃO TEM
A gente não mostra
A gente se amostra.

Inserida por tarcisiodultra

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