Coleção pessoal de leandro_f_oliveira

Encontrados 16 pensamentos na coleção de leandro_f_oliveira

É a solidão que inspira os poetas, cria os artistas e anima o gênio.

"No mundo líquido, com a mesma velocidade que descartamos objetos, descartamos pessoas. Infelizmente demoramos algum tempo para compreender que o amor requer doses vigorosas de sacrifício. Afinal, amor também é desconforto!"

"Relações tóxicas são extremamente nocivas para o nosso cérebro.
Afaste-se de pessoas que te roubam de si. Cuidado, novas sinapses também são formadas e fortalecidas a partir de sentimentos desprazerosos!"

"Nosso cérebro cria zonas de conforto até mesmo com aquilo que nos faz mal. Identifique suas zonas de gatilho e liberte-se daquilo que não te permite ir adiante!"

Identificar em nós mesmos aquilo que não nos permite ir adiante é uma tarefa que demanda tempo. Em meio a uma sociedade de "imediatidões" e de resultados rápidos, nos colocarmos em análise simplesmente não é importante. A máquina "perfeita" chamada cérebro é uma máquina preguiçosa e adaptativa. Sendo assim, precisamos ter cuidado com o nosso estado de satisfação. A rotina, mesmo a mais desprazerosa é, para nosso cérebro, muito confortável. Por isso nos acostumamos a relações abusivas, trabalhos
"mais ou menos" e amizades "mediocres". Nos
tornamos vitimas do mesmo. Identificar nossas
zonas de conforto é o primeiro passo para que possamos nos libertar de nossas correntes internas!

"Na gramática da vida precisamos saber o momento certo para retirarmos as vírgulas e utilizarmos os pontos finais."

"Nosso cérebro torna-se maturo quando percebe que agradar a todos, além de ser algo impossível, é totalmente dispensável! Investir energia para tornar-se aceito é o primeiro passo para frustração!"

O estranho adulto adolescente....

Quem não conhece ou conheceu em sua trajetória, um adulto adolescente? Sim, aquele que se adsorver e criou raízes no estágio mais conflituoso e perigoso que se poderia fixar? Sabe aquela pessoa cheia de certezas?! Que transbordam autossuficiência, não há espaço para dúvidas?!
Aquele lobo pré frontal super desenvolvido e estimulado! Conhece aquela pessoa que leu duas páginas de um livro e já afirma: "não concordo com o autor"! Tão seguras de si... Como são chatas! São tão boas as minhas confusões que vieram com o passar do tempo. E as incertezas? Como é incrível a relação entre o envelhecimento e a desapropriação! Talvez a velhice seja meramente o "não ser", o despertencimento, a dúvida como certeza, a biologia contribuindo para dar sentido!
Afinal, como me cansam as convicções rasas, as certezas que revogam as conversas. E eu? Eu sou isso, dúvidas profundas, incertezas intensas, e verdades dúbias!

"Desde que o mundo é mundo" nunca vi uma sociedade tão bonita e tão vazia...
Transbordam vaidade e carecem sabedoria... Tão cheios por fora!
Cabelos impecáveis, roupas de marca, corpos malhados e alto mutilados.
Presente de 18 anos? Cirurgia plástica...
O suplício da carne em prol de uma "ascensão social"... Afinal, nessa nova fase da vida, é preciso "ser curtido" para se sentir pertencido!"

"O tempo passa, a gente se isola e percebe que a nossa companhia é a melhor presença. Entendemos que algumas pessoas têm mais fome de solidão que outras. Compreendemos a necessidade de ser apenas aquilo que damos conta de ser.
Admitidos nossas fraquezas e dialogamos com nossas angústias. O tempo passa e compreendemos as falhas, selecionamos quem estamos dispostos a perdoar.
Carregamos cada vez menos o peso que não é nosso e nos estamos cada vez mais com nossa solidão. Tempo sábio!"

"Na tradição da igreja, a forma mais fácil de expulsar nossos demônios é sabendo o nome deles. O mesmo ocorre com nossos sentimentos. Só conseguimos exorcizar nossas angústias, quando as reconhecemos, criamos uma intimidade com elas e admitimos sua existência. Por isso, quando a tristeza vier ao seu encontro, seja solista, abra a porta e reconheça sua origem. Só depois terá propriedade para exorcizá-la".

"As dependências, quer sejam por drogas ou por sentimentos, são igualmente prejudiciais. A subordinação nos sequestra de nós mesmos e quase sempre progride para um câncer emocional. Ou aprendemos a lidar com a dor da abstinência junto a altas doses de quimioterapia de solidão, ou progredimos para a perda de quem realmente somos".

"E assim seguimos... presos a doutrinação do amor ideal, obsessivos em publicar nossa felicidade para que o outro a legitime. No leito, em metástase de incertezas, professamos nossas angústias. Depositamos o amor no campo da contabilidade, e bem catequizados pelo arquétipo da alegria, não damos passagem as nossas tristezas. E assim seguimos, medicalizando e medicalizados para suportarmos nossa solidão a dois".

"O conceito de que o amor tudo aceita é uma romantização da modernidade.
Estar condenado a infelicidade não é amar. A idéia do "para sempre" confronta nossa fé de forma impiedosa e nos mobiliza pelo temor a punição. Nada é mais perverso que sentenciarmos nossa felicidade a troco da salvação".

"Enquanto persistirmos no ideal de felicidade, nunca compreenderemos a tristeza para além da depressão. Ficar triste é um sinal de saúde do nosso cérebro. Por outro lado, uma vida permanentemente feliz é uma doença mental. Acolha suas angústias com a mesma solidariedade que recepciona suas felicidades, esses dois sentimentos constituem quem verdadeiramente somos".

Em uma relação, nos tornamos sábios quando compreendemos que aqueles que nos deixaram, assim como nós, também eram imperfeitos. Na vida, quanto mais rasos estamos, mais nos afogamos em expectativas. Nesse momento, o tempo nos pede calmaria para alcançarmos certas respostas.

Quem nos deixou de fato esteve presente, ou simplesmente perdemos o que um dia idealizamos ter?