Poesia te Perdi
MARCO LITERÁRIO
Aponta o dedo
com a ponta do lápis.
A sua chave conectiva
exclui uma parte.
Cunha à vista
o movimento sintaxe e
reivindica o permanente dito.
Falsifica em crase
Fecha-se lacrado
Acusa-o lacrativo.
Literato práxis,
insinua diminutivo
e tende a achar ridículo
tudo que não é de praxe.
SAUDADE DE CASA
D’onde o sol corta a neblina.
Daquelas curvas acentuadas.
Deste barro em que sou carne.
Da terra indígena roubada.
Das linhas que marcam o asfalto.
Do mato que beira a estrada.
Das terras preenchidas de pasto.
Do deserto verde que desmata.
Dessa mistura de suas falas.
Das velhas cordas do violão.
De todo amor que nos embala.
Daqueles versos de sua canção.
Sou a pintura da tela
E também a do papel
Já fui uma vez de aquarela
Hoje mal tinto o pincel
Em verniz eu fui muito bela
Afável com cor de céu
Reluzente e até singela
Mas indigna de qualquer troféu.
Maculei o seu corpo perfeito com minha existência vil, resultado do caos mental em que se encontrava... Seu maior fracasso, confiar em mim, e não obstante me permitir segundas chances, chances que por ego eu trucidei.
Ainda na destruição causada pelo meu ser em seu ser, por vezes foi seu abraço amigo que mudou meu olhar distorcido sobre o que entendo do viver, e ainda que o sol me queimasse pra fora da sua pele, almejaria eternamente mais um abraço.
Não seria surpresa me odiar, e se odiar por mim, já que tentei consumir a sua imagem, mas porque mesmo com todos os assombros, você ainda não me exorcizou? Não posso ser considerado um amigo, mesmo já tendo almejado seu amor, e ainda que morra comigo, ou que sofra minha dor, serás meu herói invencível, um que graças ao seu Deus, me adotou.
O céu
Posso flutuar como uma águia
Posso flutuar como avião
Mas se não tiver asas
Tenho um céu magnífico na cabeça
Pra sonhar, pra imaginar
Pra almejar se chegar
No céu do infinito, no céu do paraíso
Sem limites, mesmo com os pés no chão
Para quem olha pra cima e sonha alto
Não há caminhos para pernas paradas
Não há esperança para mentes travadas
No céu moram os anjos para nos abençoar
O céu traz esperança pra caminhar
O céu traz o horizonte pra se enxergar
Quando suas cortinas de nuvens se abrem
Decreta um novo dia que irá começar.
No alto céu azul
Onde pássaros sobrevoam
E as nuvens se espalham vagarosamente
Enxerga-se algo verde
Algo verde e algo rosa
Ah sim...é muito linda!
Venham ver!
Venham ver!
Rápido!
É uma borboleta?
Quem disse?
É um passarinho?
Tão quietinho?
É uma árvore?
Quem sabe?
Não se mexe
Mas que bobagem
Eu a vi mexer
Vai cair e fazer sujeira
Deixa de besteira
Mas o que será?
O que pode ser?
É tão bela!
Parece pintura em aquarela
É de fato uma árvore!
Acho que é felicidade
Felicidade não fica no meio da cidade!
Mas assim como a árvore
A felicidade poucos podem compreender de verdade
É difícil fazer umas boas trovas,
dessas que a toda gente seduz,
tem que contar sílabas, que prova!
só se pedir ajuda ao senhor Jesus
Mas Ele não pode a isso atender,
seria até pecado aproveitar,
já tem tanto enguiço para resolver
e vai dizer que preciso estudar
Ai, querido senhor "Jesus Cristinho",
desculpa essa minha intromissão,
mas escrever assim bem certinho
é para mestres e já não sou isso não...
Palavras jamais estarão altura
de conseguir explicar
o que é enxergar
toda a beleza da alma de alguém.
Sou fênix
Você me fez, perder o foco
perder o rumo e a direção.
Por você abri mão de mim,
de meus ideais de minha intuição!
Mas hoje aprendi a lição
Busquei meus sonhos
Voltei a planejar e versar
Voltei a lutar!
Agora estou mais forte
Munida de experiência
sabendo que sou eu
quem faço minha sorte.
E agora meu bem,
ninguém me barra,
porque sou fênix
Sobrevivente do caos!
Minha
Seus olhos me traem fixando-me com falsa atenção
Seus lábios a contraditam seguindo o seu coração
Percebo que me quer beijar a cada toque de mão
Se ela a sente, por que não compartilha desta emoção
Sempre que a deixo banho-lhe com aflição
E se calhar não à tenha por esta mesma razão.
Boa Noite!
Aquiete seu coração, descanse nos braços das sombras noturnas. De nada tenha receio, esqueça os problemas lá fora e procure despertar em sua mente apenas bons pensamentos. Faça uma pequena oração e entregue seu corpo ao sono. Enquanto isso os sonhos chegarão e acalentarão seus momentos.
As horas passarão e pela manhã o sol lhe dará "bom dia" e a vida se renovará em esperança.
O teto de vidro rachado
As paredes estremecidas do ser
Um passado repleto de erros
E um futuro sem você
As nuvens fechando o céu do olhar
E o céu desabando ao chão
A chuva correndo na boca
E a boca pedindo perdão.
Poema: "Átimo"
Estrito ao vazio,
curvo letras
em trapézios
de solidão.
Exposto a ventos,
disperso certezas,
por emoção.
Na suave lembrança,
retenho brisas breves,
plenos momentos...
Confesso que linguagem poética nunca de fato foi meu forte... Eu não era uma culta do sul, ou se quer possuía norte
E sem qualquer faculdade na área
Percebi rapidamente que sentir, se tornaria o meu novo esporte.
Embrulhei meu amor num papel e me recusei a jogar no lixão
E as palavras que dançavam no céu, eu escondi na minha mão
todo aquele que ler mesmo em fel
Que as grave no coração.
Gosto de escrever à queima-roupa, como quem atira sem alvo. Às vezes quando acordo inquieto, com frio na barriga, muita sede e vontade de correr ou ficar sozinho eu já sei: vamos resolver isso com uma caneta ou teclado de computador.
Às vezes, sai apenas um rabisco, um desenho, um devaneio em forma de um novo projeto. Mas eu deixo sempre fluir...
Como sei que a idade um dia vai chegar, quero migrar essa terapia para a voz e assim, poder gravar quando não tiver mais vistas suficientes para a escrita.
O importante de sentar para escrever, ao contrário do que se pensa, é não ter inspirações prévias.
Devemos deixar o pensamento correr solto, frouxo, leve até que ele escorra pelos dedos até a ponta da caneta ou teclado de um computador.
Pode parecer baixo, mas tem dias que o pensamento tá como aquele "peido" que insiste em sair quando você anda pelas ruas, lado a lado com alguém: é necessário você pare tudo e o liberte!
Sinto falta do uso da minha máquina de datilografar. O barulho incomoda os vizinhos mas esse mesmo barulho me inspira.
Foi ao som desse barulho que, por anos, vivi nos salões de agências bancárias datilografando documentos e vivendo algumas emoções.
Creio que num futuro próximo digitar com a voz terá o apoio de corretivos eficientes que repetem o escrito e indicam por voz a necessidade de um ajustes na escrita.
A pandemia foi um ano difícil para alguns, porém, os autores, pintores, compositores, poetas, escritores e todos os que vivem de inspiração tiveram um ano de muita colheita.
Sim! Colheita! Assim como um agricultor no campo de flores ou frutos, tudo aquilo que transborda na mente humana e se converte em palavras são colheitas. É a mais bela colheita por que ali nascem sementes que irão brotar em outras mentes humanas.
E sem dúvidas, dos tempos pandêmicos de 2020, brotarão sementes que inspirarão as ávidas mentes dos séculos que se seguirão...
Seja Resistência
Subversivo
Intrépido
E audacioso
Leve paz onde há guerra
Luz onde há escuridão
Amor onde só há violência
E resistência onde há opressão
Seja um rebelde
Um herege
Mas nunca um covarde
Lute até a sua última gota de sangue
Até suas forças se esvaírem
Até o cansaço se apossar do seu corpo por inteiro
Onde quer que vá
Leve revolução!
Suspiro-dos-jardins
Tira-me toda a angustia inquietante
Nesse labirinto, não encontro o caminho
E eu ei de vaguear por entre as estações sozinho
Bem vindo ao lar, com a dor causticante.
A flor-de-viúva há de brotar em mim
Formando suas raízes, que nada intera
O exórdio do nosso viridário de jasmim
Ao auge de minha quimera.
E toda a reminiscência, e o estigma por ti deixado
Lembrarei por toda a eternidade, o seu partir sem razão
Sinto que meus sentimentos precipitados, nada foi adiantado
Aos pensamentos sem fim, aos dias que não voltarão
O vestígio de ti, seu eflúvio atrativo, ainda me lança
“O passado se torna o presente na lembrança”.
PEDIDO
Houvesse Deus e os deuses
A fim de que lhes pedisse:
o coração em que penso, por
mais frases e bocas que beije
todas ache feias e frias, e que,
amanhã, ao despertar, ou à saída
da boate, pense em mim quando
a luz do dia sobre ele se desate.
TERCETO
Não há matéria para se fazer a tristeza
nessa manhã, manhã perfeita
se a mão que me deu maio fosse a tua.
VINHETA
Ame-se o que é, como nós,
efêmero. Todo o universo
podia chamar-se: gérbera.
Tudo, como a flor, pulsa
e arde e apodrece. Sei,
repito ensinamento já sabido
e lições não dizem mais
que margaridas e junquilhos.
Lições, há quem diga,
são inúteis, por mais belas.
Melhor, porém, acrescento,
se azuis, vermelhas, amarelas.
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