Poesia Sufoco no Peito
LAMBUZO DA PAIXÃO
Com pentagrama eu rascunhei
as notas envolventes da nossa paixão
e sob passos do meu peito
eu marquei os contra passos
do nosso amor,
e, induzido pelo seu calor
e dancei sob passos entrelaçados,
e laçados pelas notas do coração.
Uma vez no salão da sedução...
Enquanto o frenesi, elevava meu ego,
eu, rodopiei em seu chamego...
desfalecendo sobre seu corpo
e lambuzando-me sobre sua volúpia...
Eu pincelei amores que deixavam loco.
Antonio Montes
ESSE CLIMA
Seu moço... E esse frio...
Deixando todos roxos!
Frio, que mais parece rio,
congelando osso
tremendo pescoço.
Frio, frio que nem fio de navalha...
sepando o couro da cara
com esse vento insosso,
ah seu moço!
Poderia em vez de frio, calor...
Clima de colosso.
Um clima que todos
possam ir a praia
entrar na gandaia
nadar na água
e com pedaços de pedras
brincar atirando-a ao tempo
como se fosse piaba
saltando aos ventos.
Antonio Montes
PORTA DO TEMPO
Tranque a porta, tranque a porta
... A pancada do coração a horta
quando passar pelo tempo...
tranque em ti os sentimentos
e a porta com seus momentos.
Não deixe as rugas passarem
nem o cansaço desse corpo
não deixe os olhos embaçar
por causa dos sentimentos locos.
Tranque a porta, tranque a porta
P´ra que deixá-la aberta...
Somente para atrapalhar!
Não vê que não se tem hora certa
quando a velha morte chegar.
Tranque a porta, tranque a porta
quando aportar as saudades
assim quando o passado passar
ainda deixará felicidade.
Antonio Montes
Psicólogo
Perpétuo prisioneiro de emoções
Por si se fere com dos outros;
às vezes esconde no vasto interior
Decerto louco é, mas é porque quer
ALAGARTIXAR DE AMOR
O que importa o amanhã
se o rascunho d'essa noite será
para nos alagartixar sob o abscuro
dos nossos desejos!
Vamos transformar o nosso segredo
em oceano de prazer, e mergulhar nas
profundezas do nosso querer.
Vamos nos embolar pela praia das nossas
volúpias e desfalecer sobre a espuma
da nossa paixão.
Perder-nos-emos sobre o triangulo
d'essa anciã, e quando há noite passar...
saldaremos a profundeza da nossa entrega
e juntos aplaudiremos os delírios dos nossos
corpos, e para o sol, demonstraremos
o quanto é bom ser louco! E para o amor,
toda loucura e cura, e ser louco é pouco.
Antonio montes
POÇO DA PAIXÃO
Se o meu chorar não fosse lágrimas
talvez... Talvez eu aguentasse
Mas, como lágrima é água,
quando os sentimentos me apavoram...
Me banho em lágrimas! Por isso...
Quanto mais eu choro...
o meu amor desfalece e se degrada.
Mas veja... Com o tempo
o poço da paixão secou,
e quando me dei conta...
Eu tinha chorado todas as lágrimas...
D'aquele nosso louco amor.
TÃO, TÃO
Esse olhar radiante,
tão seu... Tão meu
Tão belo, na rua
Tão bela, na sua
N'essa lua, nesse ar
assim, toda crua
compenetrada, sei lá,
tão seu esse deixar...
Tão meu esse amar.
Antonio Montes
Em casa
Dei-me sua boca, e nela proliferarei os meus pensamentos,
Escute minhas palavras...
Apenas escute o que tenho a dizer.
Dentro de você a confusão acontece,
E é nela onde quero estar,
Estou dentro de tudo que diz respeito a nós...
Conjugado dentro de ti.
Dentro de você é onde eu quero estar...
Faz sentir-me em casa,
Pois sinto-me seguro com você.
Nossos pensamentos tornam-se único,
Assim como você e eu, como seremos...
Pois somos os donos do nosso amanhã.
09.04.2017
Ao amanhecer num sábado suave, deitado numa gostosa redinha de pano, regozijando o conforto da manhã, a saudade veio inesperadamente.
Ela foi trazida pelo sonho da noite, fazendo minar no canto do olho uma lágrima que feliz escorrera pelo rosto, carregada das lembranças de um tempo vivido, adormecido, nunca esquecido.
Um tempo vivo, tão vivo, que faz sentir no peito um aperto e na garganta um nó.
É o nó da vida feito pelo laço do encontro, laço que amarra na alma a memória de um sentimento.
Sentimento mágico, longe e ao mesmo tempo perto, salvo na cabeça e guardado no coração.
Senti uma parte sendo arrancada de mim
Um pedaço da minha alma que se vai
Mas já dizia o poeta
A dor, simboliza o recomeço.
Sou poeta que fenece existindo
Na tua voz calada que um dia disse que me amava
Um fantasma solto do exilo
Um piano que toca enquanto escrevo
Uma emoção... A palavra que abre o coração
O estonteamento de anseio que nunca se detém
Em mim... Há aguas brandas... Vindas de um dilúvio
Chamado Saudade...!
Não quero perder-me na solidão das noites
Vem... No sussurro da noite ao encontro do amanhecer!
celina vasques
Sentada ao meu lado, com aquele seu sorriso de canto.
A brisa bate contra seus cabelos, e traz a mim
O cheiro que desliga minha inocência.
Faz minha imaginação se perder em meio a você e seus detalhes
Que de tão únicos, apaixonantes são estes.
E por frações de segundos
Consigo pincelar a imagem de teus lábios aos meus
A leve sensação de seu beijo
Ser aquele que mais tem gosto até os dias de hoje.
E junto ao teu beijo, eu sinto a sua dose
Que logo então, de um vício misterioso
Me aniquilou.
A sua ausência pesa
Digo aos quatro ventos.
Sinto o desejo
Que assim comigo
Aos tempos perecerá
E lembre-se
Que daqueles sorrisos
Na qual lhe ofereço
Embargados de segredos
Estes assim são.
Atormentados pensamentos
Daqueles que vão
Daqueles que ficam
Atormentados pensamentos
Dos que gritam em silêncio
Dos que gritam para os surdos
O DEDO
Sou dedo, que quando me dédo
me enleio nos enleios dos escanteios
das macegas que enxerga as cegas...
Que me leva sem relar, me leva em
sua leveza, me leva na trela,
desse seu levar.
Sou dedo, que quando me aponta...
Sua ponta me atonta, me entrega,
sob, bordoada com sua apronta,
e desafronta em bronca, sem ponta,
e que sem ponta aponta em minha
direção, essa sua viciosa carranca.
Sou dedo bronco, e como tal...
Eu me desaponto com seu confronto,
assim todo tonto... Me amedronto,
com sua ponta a qual, toda vez
que me mira com sua mira...
Me atonta.
Dedo, duro impuro, porque não!
O dedo que dedou os horrores do cão...
Dedo que furou o bolo
arrumou rebolo
e tremendas confusão...
O dedo que não tem boca, não tem fala mas,
maltrata o coração...
O dedo que todavia tem parte
com a arte do velho escariote
e que mesmo sem falar,
as vezes diz sim!
as vezes diz não!
Antonio Montes
O SONHO
Acima havia somente
Quatro estrelas dispersas.
Abaixo, apenas sombras.
No escuro ouvi a voz:
"Tu não podes me ver.
Mas te levarei onde
Está teu pensamento."
Alguém, a mil quilômetros,
Acordava de um sonho.
E com olhos pequenos
Olhava o celular.
A sabedoria...
Crescia enquanto,
não sabia de nada,
Morria quando achava...
Que sabia de tudo.
Antonio Montes
Momento Breve
E eu permaneço aqui olhando as estrelas e assistindo o céu
Sem nenhuma certeza
Eu vou tingindo o papel
Com cores claras e opacas
Com noções raras e breves
Cores tristes e alegres
Sujas de fumaça
Num papel a perigo
Em um ninho de traças
E o meu único pedido
É só mais uma taça
De vinho tinto
Pra me desoriêntar
Pra eu me achar
E me perder no caminho
E entender o que sinto
Ou não...
E ela me chamou
De bandido, de vilão
Pois levei comigo
Teu coração
Mas me chamou
De herói, de mocinho
Me deu um beijo
E pediu carinho
Meu bem fique Mais um Pouquinho, por favor
Querida é que eu
Preciso do teu calor
Se perderam com os ventos, minhas melhores palavras, meus pensamentos;
Os melhores versos de toda poesia, por falta
de tinta, só existiram naquele dia
MEU SANTO
Valei-me, teime meu santo
com o fulgor d'essa quermessa
me valha aqui no meu canto
enquanto eu faço a promessa.
Não me deixe partir a míngua
eu não quero tomar na testa
dei canseira com minha vinga
no vingar que a mim não presta.
Valei-me teime, meu santo... Com
quebranto que alguém me deu,
estou vivendo em desencanto
com encanto que nunca foi meu.
Valei-me teime meu santo!
Com os santos todos impedido
o planeta aqui, é um canto
que se dá bem, quem é bandido.
Vou partir do jeito que vim
voar para onde não há nada
pois nesse mundo por aqui
tudo é um conto de fada.
Antonio montes
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