Poesia Sufoco no Peito
INQUIETA SAUDADE
Afogo o meu amargor em um nada
O peito em recordação é cortante lei
É fato este sentimento que não sei
Que invade a alma com uma espada
Parte alguma é o vão do meu sentir
Sussurros bradam da emoção rude
Onde deixo o agudo chorar amiúde
E choro sem que possa, assim, sorrir
E, então, o poema quem, comigo
Soluça no vazio da noite, lastimoso
Danoso o ter numa vil quantidade
Teimoso, delicada sensação persigo
Maldigo e renego este limo viscoso
Tão amargo, duma inquieta saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 outubro, 2022, 21’19” – Araguari, MG
SAUDADE QUE CONFESSO
Depois que te perdi, só depois, da tua partida
Senti no peito, um vazio, que cá eu confesso
Um calafrio na alma, aquela pior dor sentida
E, se há igual, parecida, afirmo, não conheço
Suspiros sofrentes e aquele choro espesso
As noites tão compridas na ilusão perdida
Ladeando a emoção, cujo o certo endereço
É o coração, que arde numa aflição sofrida
Depois que foste, só depois, singular paixão
Me vi significado em uma constante tortura
De sussurros duma surtada dorida contrição
De não retribuir, a ti, o carinho que me dava
Com exatidão, repondo com minha ternura...
Ah! Saudade, está sensação, não imaginava!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 janeiro, 2023, 19’56” – Araguari, MG
“FELICITÀ”
Estes versos são risadas cheias de alegria
Desfastios que eu acalento no meu peito
São satisfação, são amor, um afável feito
Rimas que ataviam a felicidade na poesia
É o festejo, um conto, sonhos, solenidade
Aquele gesto tão repleto de fantasia terna
A vida! O ser! O maneio na ventura eterna
O enredar da liberdade com a cumplicidade
“Felicità”! Sois o guia pra esse poema existir
A eterna confissão de quando tem o sentir
Que, então, o faz, a toda a gente ao me ler...
São frases que rimam o sorrir e, que acalma
Prosa que ganha o contentamento da alma
O bom agrado da sensação ao perceber ter!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 janeiro, 2023, 14’14” – Araguari, MG
DETALHES
Como é cruel a solidão na sensação atada
Como é penoso o silêncio arfando no peito
Com a poética em uma melodia desafinada
Torturando a ilusão perdida e sem proveito
Ter o vazio de uma flor, um gesto indeciso
Um olhar triste, no coração fúnebre círios
Que aquecem a dor e queimam o sorriso
Sem nada, absorto em sofrentes martírios
E eu, cá, no cerrado, de infeliz memória
Sem estória, numa redundante oratória
Suspiros, sussurros, nos mesmos ideais:
Buscando por um alívio dum solitário ser
Querendo o alguém sem ter que perder...
Pois, amar é sempre um sentido a mais!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26 janeiro, 2023, 20’09” – Araguari, MG
RESSURGIR
Desmesuradamente o silêncio no verso doía
Sobre uma saudade que no peito era poente
A angústia que ao sentir não mais consumia
Rompendo e assaltando a quietude da mente
E, cá no cerrado a tarde melancólica anoitecia
E um soluço seco no vazio se fazia de repente
Escorrendo pela poesia com uma tal vertente
Emoção... e sobrepondo a noite a luz do dia
Assim, sem medida, a poética se pôs tirania
Fazendo da prosa tortura no seu conteúdo
Tentando não dizer o que fatalmente dizia
Então, o meu sentimento vagou pelo infinito
E a sensação em um rugir, num rugir mudo
Impelindo tudo, em um grito aflito, aflito grito!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 fevereiro, 2023, 21’00” – Araguari, MG
SOLUÇAS, CORAÇÃO...
Coração que soluças nas saudades
Sensação amarga, o peito apertado
Frágeis sentimentos pelas metades
Em cárcere na sofrência, algemado
Teu sussurro, ó vazio, desesperado
Leva o indiferentismo das vontades
Pra então desvanecer abandonado
Nas dores sóbrias com severidades
Vives assim, moribundo, pensativo
Na inquietação do emotivo, cativo
Na imensa vastidão do desagrado
Suspira, coração! Debalde soluças
Pois... na tortura, onde te debruças
Ninguém sente contigo ao teu lado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 março, 2023, 15'29" – Araguari, MG
SONETO ESCANCARADO
Ainda que a saudade aperte o peito
que tenha sons n’alma retumbantes
esbravejo esse canto inda sem jeito
e, sem me ligar aos maus instantes
Temo a falta, tão pouco ter preceito
brado os sentimentos, os vibrantes
do coração, assim, nesse ato afeito
vivo a estimar, sensações faiscantes
Também verso suspiro, e como sei
os reais, os doídos, aquele cruciante
certo estou que, contudo, te amarei
E, cá escancaro a emoção alucinante
que expõe o soneto que nunca te dei
com cheiro, gosto, toque de amante!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 março, 2024, 17’40” – Araguari, MG
Ser brasileiro…
Ser brasileiro é carregar no peito a esperança de um país que se recusa a ser definido pela corrupção e pelas mentiras que nos contam. É resistir ao sistema que insiste em manter a riqueza do Brasil aprisionada, enquanto seu povo, rico em cultura e alegria, é mantido à margem do verdadeiro desenvolvimento.
É não aceitar mais a malandragem que perpetua o poder, a manipulação das massas que divide, a ideologia que se infiltra nas escolas. É estar farto da falsa esperança que é alimentada década após década aos mais necessitados, enquanto o verdadeiro potencial do país é sufocado.
É protestar contra a covardia, a dissimulação, a ausência de patriotismo alimentada pela ignorância imposta. É ter um chamado e a missão de orientar, para que os jovens abram os olhos e reivindiquem um futuro livre das amarras de um mecanismo que insiste em perpetuar a injustiça.
É dizer chega para "companheiros" que se ajudam mutuamente em detrimento de um povo que merece mais. Um povo que é feliz, amoroso, receptivo, e que tem raízes profundas e orgulhosas. É reivindicar o Brasil que queremos, um Brasil que honra sua história e potencial, que abraça a verdade e a justiça, e que constrói um futuro digno para todos.
É ter compromisso com a integridade e a transformação. É gritar por liberdade para que o verdadeiro espírito brasileiro resplandeça.
Afinal de contas, o Brasil é de todos nós, brasileiros.
Ser brasileiro…
Ser brasileiro é carregar no peito a esperança de um país que se recusa a ser definido pela corrupção e pelas mentiras que nos contam. É resistir ao sistema que insiste em manter a riqueza do Brasil aprisionada, enquanto seu povo, rico em cultura e alegria, é mantido à margem do verdadeiro desenvolvimento.
Ah, Felicidade
Ah, felicidade, que outrora batia no peito,
fazia-me riso, e não pranto desfeito.
Quanta tristeza tomou-me o ser,
onde antes havia razão para viver.
Ah, felicidade, que me impulsionava,
guiava meus passos, e hoje me trava.
Quanta tristeza fez-se morada,
onde a esperança outrora dançava.
Ah, felicidade, que me fazia voar,
nas nuvens, sem rumo, apenas flutuar.
Quanta tristeza pesa em meu peito,
como um céu sem cor, desfeito em lamento.
Ah, felicidade, que me fez corajoso,
e hoje sou medo, menino medroso.
Quanta tristeza roubou meu querer,
de quem eu fui, restou o não ser.
Felicidade que fazia bem, me fazia quem e hoje mais ninguém.
Sou feito de pedaços,
de sonhos, de mar e de vento.
Carrego histórias no peito,
e memórias no pensamento.Há dias que sou tempestade,
em outros, sou calmaria.
Vou navegando entre os mundos,
buscando meu pensamento.
Cléber Novais
Não há nada mais
Sagrado no peito
Do que essa liberdade
De um oceano inteiro.
As ondas acariciam
As douradas areias,
Cantam as aves
No firmamento,
E reverenciam as sereias.
Não há mais tempo,
Em nem maneira
De conter as correntes
Da fé que nasceu perfeita.
O guerreiro sentou
Na praça na paz,
O quê está escrito
Ninguém mais desfaz.
Não há nada que obriga
estes quatro versos
a rimar nessa instância
que tem doído no peito.
O silêncio só faz crescer
a indignação monumental,
a vizinhança já conhece
a ignorância constitucional.
Por nada nesse mundo
jamais irei parar de falar,
o sol há de voltar a brilhar
e trazer a justiça para o lugar.
A dança dos astros
está em movimento pleno,
A Terra tem o seu eixo,
o destino fará o alinhamento.
Terça-feira em Rodeio
Não tiro você da cabeça
e nem do meu peito,
É o amor batendo bem
na porta eu suspeito
em pleno Vale do Itajaí:
(Terça-feira em Rodeio).
Dançando liberta
vestida de negro
com bandeira
da Nicarágua
amarrada no peito,
Ao som da marimba
e do ritmo folclórico
do mesmo jeito
relmbrou o dia
em que foi capturada.
Passou um
ano na prisão
porque foi vítima
da ignorância alheia,
Hoje ela livre festeja
a própria liberdade
e de cada preso
de consciência.
A espera de saber
de Milagro Sala,
Pergunto onde
e como está
o General,
E ninguém me fala.
Boa Noite
A noite é o momento
de acalmar o peito
para encontrar com jeito
tudo aquilo que dará
paz e o rumo perfeito.
O Fogo da Distância
No peito arde um fogo, chama viva,
Ao falar contigo, o corpo se agita,
Mas entre palavras, a sombra do passado,
Um amor oculto, um desejo reprimido.
Oh, travesseiro, guardião das memórias,
Teu abraço me traz as dores da história,
Comprometida, a razão me acorrenta,
Mas como esquecer quem o coração alimenta?
Distante, mas perto, tua imagem resplandece,
Uma paixão louca que nunca se esquece,
Sufoca e queima, em pedaços me deixa,
Mas um simples "olá" é a alegria que festeja.
E assim, nesse tormento, eu sigo a vagar,
Entre a dor da saudade e o desejo de amar,
Queimando em silêncio, no oculto, na sombra,
Um amor não correspondido que a alma deslumbra.
Debruço
Quando notaste minhas lágrimas derramadas,
E em teu peito debruçou-se a saudade,
E meu leitor perdoou mentiras.
Não direi o que fazer.
Quando ouvires minha voz
Sem que eu esteja,
Saiba que parti para longe, além,
Mas não te esqueci.
E atenderei, atormentarei e julgarei
O anjo claro que deixaste.
E ele foi dizer ao meu Senhor
O que dizer deste amor
Que não passou, só cresceu,
E nem mesmo o tempo envelheceu.
Soneto da solidão extrema
Quando penso em pensar em desistir de você
Me comove o peito, e me faz perceber
Que o pervertido coração indígena
Basta um pouco mais de amor
Pra notar o tanto quanto te amo
Eu adoro seu olhar, o seu caminhar
Quero que olhe a mim, e ande
Que com ou sem virtude
Quando cruzarmos os olhares
Somente sua mente venha a mim
E de tanto amar, quero explodir
E de repente desfrutar desse amor
Que se pode somente achar
E hei de ver o tanto de explosão
Que o peito pode causar
E assim, morrerei junto a ti
Velados em emoção pura
E sentimentos que não existem ainda
Sentirei a sua perda como um filho
Como uma folha única de uma árvore
Como perder a alma, como perder a prole
E de tanto amar, ficarei louco
Gritarei tanto, e ficarei rouco
Sairei pelas ruas como cão
Resmungando seu nome ao nada
E explicarei detalhadamente o meu pesar
Miúda é o sentimento que tu sente
Sentirei a vontade de morrer de amor
Por falta de afeto, não verei o colorido do mundo
Por falta de segurança, não sentirei felicidade
Talvez um pouco mais de simplicidade
Pra ter a noção de que entrarei em pesar de amor
Por alguém, por ninguém, que ainda não conheci...
Sempre haverá um
condor acompanhando
cada passo meu,
neste peito devoção
há pelo continente,
não sei qual será
o destino da nossa gente.
Talvez a segunda onda
virá ainda mais forte,
será usada como álibi
para a injustiça culposa
do vício daqueles tais
que têm poder evidente.
Sempre haverá um
condor acompanhando
cada verso meu,
que insiste rogar
pela liberdade do General
que está preso inocente,
e por uma tropa igualmente.
Talvez a segunda onda
virá ainda mais atroz,
o Peru amanheceu mais
uma vez sem presidente,
apareceu mais de um algoz,
e não há grupo interferente.
Pela primeira vez nunca
tivemos tão distantes
de alcançar a luz do final do túnel
de cada rincão e dos instantes,
não arrisco a previsão
que virá daqui para frente.
Só sei que a vida por aqui
está a cada dia mais indecente,
e o povo sendo condenado à indigente,
que cada poema me custe o sangue,
tenho orgulho da minha insônia
serena de quem não vive indiferente
neste mundo onde nem as araucárias vivem livres.
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