Poesia sobre Silêncio
"Um Fragmento de Mim"
Sou feita de pequenos pedaços de silêncio e ternura.
Um fragmento de mim ainda mora no brilho da infância,
onde os sonhos adormecem com doçura sobre o travesseiro.
Outro se espalhou nas vezes em que escolhi o silêncio,
não por medo, mas por amor.
Carrego em mim uma parte inteira, mesmo quando o mundo desmorona.
Há um sentir sereno que me habita —
como brisa que chega devagar e acalma o coração.
E, mesmo sem certezas, sigo esperando...
com a esperança mansa de quem confia no tempo.
Sou a dúvida que sorri,
o medo que aprendeu a andar de mãos dadas com a paz.
E, quando ninguém vê, me reinvento
a partir das pequenas belezas que o tempo me deixou.
Esse fragmento de mim
não precisa ser entendido.
Basta que seja acolhido... com delicadeza.
Eu não sei amar em silêncio,
nem gostar em prestações.
O que sinto transborda —
meu copo sempre estará cheio.
Meus sentimentos chegam como tempestade com trilha sonora,
intensidade, caos e harmonia.
Sou completa —
sou inteira,
sou complexa,
sou absoluta.
E mesmo que tentassem me reduzir a pequenos frascos,
eu continuaria inteira,
em cada gota.
– J.
Entre a Luz e Ideias
No silêncio da alma, uma dúvida floresce,
Traiçoeira e sutil, como sombra a espreitar,
Ecoa em Shakespeare: "Medo de arriscar,
Nos faz perder o que poderíamos ganhar."
Caminho entre luzes de fé e de amor,
Um mandamento antigo ressoa no ar,
"Amem uns aos outros", a voz ecoa,
No coração sincero, a verdade há de morar.
Na busca pela vida, onde a existência é rara,
Pergunto ao mundo, o que significa viver?
Oscar Wilde sussurra: "Apenas existir,
É o destino de muitos, mas viver é florescer."
Quem é correto, nunca há de fracassar,
Suas pegadas na terra, lembradas serão,
Pois a justiça é uma chama que arde,
Na trilha da vida, um eterno clarão.
Nada há encoberto que não venha a revelar-se,
Nem oculto que não venha a saber-se,
Entre luzes e ideias, sigo o caminho,
Na esperança do porvir, onde a verdade há de brilhar.
Mas quem não se ama, não sabe amar,
Perdido nas sombras, sem luz para dar,
Enquanto eles riem por serem iguais,
Eu rio de volta, por trilhar outros sinais.
- Notório Jhow
Queria te ver mais, te ter mais perto,
Mas guardo em silêncio esse afeto incerto.
Tenho medo que minha verdade assuste,
Que minha intensidade seja o que te afaste, e não o que te puxe.
Teu sorriso é o arco-íris depois tempestade,
Traz paz, cor e uma doce saudade.
Teu carinho é como abraço em nuvem macia,
Algo que nunca vivi, mas minha alma reconheceria.
Escrevo pra dizer o quanto tu me faz bem,
Mesmo longe, você me acende também.
E não importa quantas vezes eu te encontrar,
Meu coração vai sempre... sempre querer perto de você estar.
Saudade de você é vento frio no peito,
é tarde que demora a passar,
é silêncio gritando teu nome
em cada canto que eu olho.
Saudade de você tem gosto de ontem,
cheiro de abraço que não veio,
toque que a pele ainda sente,
mas as mãos já não alcançam.
E eu fico aqui,
tentando vestir o tempo com tua presença,
costurando lembranças na alma,
até que o destino te traga de volta.
Silêncio dentro
há um não
que ninguém ouviu
mas que ecoa em mim
como um trovão de dentro para fora
ninguém viu
o dia em que morri um pouco
de olhos abertos
sem despedida
sem barulho
a vida me negou com o olhar vazio
com mãos que não se estendem
com promessas que nunca se disseram
e agora eu ando com essa ausência nos braços
como quem embala o que não nasceu
como quem carrega um nome sem rosto
como quem grita sem som
eu não quero explicações
nem conselhos
eu só quero que essa dor
não precise se esconder em mim
O silêncio e a solicitude me fizeram
pensar muito e a escrever,
porque esta
é a única maneira
que sei transformar
sentimentos em palavras
para fazer voar meu coração.
Um dia destes o silêncio quebrará
para sair uma canção de amor
Um dia destes a noite abrir-se-á
e tu serás o rosto descoberto.
Peço a paz e o silêncio
A paz dos frutos
e a música
de suas sementes
abertas ao vento.
Peço a paz
e meus pulsos
traçam na chuva
um rosto e um pão.
Peço a paz
silenciosamente
a paz, a madrugada
em cada ovo aberto
aos passos leves da morte.
A paz peço, a paz apenas
o repouso da luta no barro das mãos
uma língua sensível ao sabor do vinho
a paz clara, a paz quotidiana
dos actos que nos cobrem
de lama e sol.
Peço a paz e o silêncio.
Há o silêncio que fala e o silêncio que cala.
O que fala, acontece pelos olhos.
O que cala, deixa de acontecer pelo coração.
Silêncio
O silêncio é revelador,
Trás ideias, sonhos, reflexões.
Ao mesmo tempo pode apagar uma vida,
Se viver dentro dele.
Ele te desmascara, te fere.
Te distancia e ao mesmo tempo,
Te deixa mais próximo de si.
O silêncio trás meus desejos,
E muitas vezes não quero enxergá-los.
28/02/2025
“No silêncio habita a força dos que confiam” — no Tao que flui sem esforço, e no Deus que age no invisível.
Do Taoismo ao Cristianismo, a calma e o não-agir não são ausência, mas presença plena: sabedoria que escuta, fé que repousa, poder que não precisa se impor.
Hoje, no silêncio da Quarta-feira Santa, somos convidados a olhar para o coração humano com sinceridade. É o dia em que a liturgia nos recorda a figura de Judas Iscariotes, aquele que, mesmo caminhando com Jesus, escolheu traí-lo.
Essa lembrança nos toca profundamente. Quantas vezes também traímos Jesus em nossas atitudes, omissões e escolhas? Judas representa a tensão entre o amor de Deus e a liberdade humana. Mas diferente dele, somos sempre chamados à reconciliação, ao arrependimento e ao recomeço.
Que essa Quarta-feira Santa seja um convite à conversão. Que possamos silenciar o coração, reconhecer nossas fragilidades e, com humildade, voltar nosso olhar para o Cristo que caminha para a cruz por amor a nós.
“O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Ai daquele que o trair!” (Mt 26,24)
Que o amor vença a frieza, e que a fé nos conduza à luz da Ressurreição.
Ode aos que sente demais.
Salve, ó homem de carne viva,
cuja alma arde em silêncio,
que sangra beleza por dentro
e entrega controle por fora.
Tu que, mesmo exausto,
sustenta o mundo com um sorriso —
não por força,
mas por medo de ser largado
se um dia fraquejar.
Saúdo o teu caos meticuloso,
teu sarcasmo afiado como espada,
tua doçura escondida entre vírgulas,
como se amar demais
fosse algo a ser temido,
e não vivido.
Tu és templo de um menino antigo,
ainda descalço no coração,
que acredita, ainda,
que alguém pode amar sem pedir
que ele se encolha.
Ode à tua sensibilidade crua,
essa flor nascida no concreto da sobrevivência,
que tu protege com armaduras de aço
e olhares que dizem:
"não se aproxime demais."
Mas és feito para o toque.
Para o mergulho.
Para o tipo de amor que desorganiza,
que atravessa a fachada e encontra —
o real.
O inteiro.
O indomado.
E ainda que temas ser visto,
deixa-me dizer:
és lindo no avesso.
Lindo quando falha.
Lindo quando confessa:
“tenho medo de não ser suficiente.”
Pois tu és mais que suficiente.
És raro.
És poesia bruta,
carregando o mundo com mãos gentis,
esperando — talvez em segredo —
que alguém venha
e diga:
“Pode descansar agora.
Eu vi tudo.
E mesmo assim,
fiquei.”
posso esperar o tempo que for,
mas o teu silêncio me desespera;
ansiosa aguardo uma comunicação
pois sei que aos amigos Tu falas abertamente.
e com desespero, em todo o tempo,
estarei a esperar em meio ao Teu silêncio.
(quase sem palavras – à repeti-las).
Aquele Olhar
(Por Aden Brito)
Tudo era belo, um encanto sutil,
E nasceu em silêncio, naquele olhar febril.
Um sorriso radiante, um brilho sem fim,
E o gosto de um beijo que ficou em mim.
Pele suave, tão doce ao tocar,
Boca macia, difícil de não desejar.
Entre lençóis e segredos a nos consumir,
Um amor proibido, impossível resistir.
Os corpos dançavam, se perdiam no instante,
Entrelaçados no desejo vibrante.
A música ao fundo, o peito em chama,
Dois mundos colidindo no fogo da cama.
Te olhar, te tocar, te amar sem medida,
Era o que bastava pra preencher minha vida.
Se era erro, nunca quis saber,
Apenas deixei aquele olhar me envolver.
Agora é memória, um eco no peito,
Um amor louco, intenso, imperfeito.
E mesmo que o tempo tente apagar,
Ainda vive em mim... aquele olhar.
IGUAIS
O meu coração é dividido em quatro partes, uma delas é a do silêncio,
outra da solidão, uma outra parte
é a da dúvida, e outra, nessa última,
ah, eu sei lá se existe amor.
Eu, você e o amor
Você chegou devagar e em silêncio e agora tudo mudou; meu coração clama por você!
A sua chama reflete em mim; os teus carinhos, o teu tratamento e o teu jeito de me olhar, elevam ao ponto máximo o meu amor por ti;
Como é bom sentir o teu abraço, ser recebido pelos teus beijos quentes e pelo teu belo corpo sempre me pedindo mais e mais!
Sua loucura na relação me contamina de um jeito que eu não consigo nem pensar direito, perco os sentidos, estou vivendo dias insanos!
Você apareceu na minha vida e tudo ficou diferente:
- O ar que respiro;
- O jeito novo de enxergar o mundo;
- As batidas do meu coração;
- Como me vejo no futuro, etc.
Hoje tenho esperança, sinto prazer, vivo intensamente cada dia, penso, desejo, sonho, respeito, amo e sou extremamente feliz, porque sou correspondido e sei que você me ama.
No ato!
Na calada da noite o silêncio toma conta; no Céu tudo está normal e bonito, a Lua e as estrelas brilham como sempre; o clima de mais uma noite de inverno predomina e mantém a vizinhança nas suas casas em absoluto repouso; na minha casa uma confusão de pensamentos acaba de acontecer e é devidamente descrita em forma de versos...
Um doce vilão
Amar, as vezes dói tanto;
Anestesia a mente;
As palavras saem do silêncio gritando e aos prantos, para o caderno;
Faz o coração transbordar lágrimas no meio do caos da insonia;
Amar, usa a saudade, a solidão, as frustrações e a ansiedade como armas para matar lentamente os dias bons;
O amor, as vezes tem seus dias de vilão.
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