Poesia Silenciosa
A Sabedoria da Natureza: Aceitação e Fluxo
A natureza, em sua imensidão silenciosa, ensina que a verdadeira aceitação está na fluidez do tempo. Como as ondas que tocam a areia, somos convidados a nos entregar ao que é, sem pressa de mudar, sem medo de ser. É na quietude de um momento natural que encontramos a chave para a aceitação – de nós mesmos, do outro e do processo da vida.
Silenciosa
Quantas vezes eu falei com meu olhar, gritei com o meu silêncio e até com um sorriso que escondia o que as palavras não conseguiam dizer? Tantas tentativas de me expressar de forma discreta, até que o brilho dos meus olhos se apagou e o sorriso perdeu a graça.
Silenciei, mas também gritei com um comportamento que não era meu. Meu corpo, que antes sustentava forças, começou a falar por mim: perdi peso, meu cabelo caiu, minha vitalidade se esvaiu. Tudo porque me esforcei para silenciar a minha dor, tentando não ferir aqueles que nunca estão preparados para escutar — não genuinamente.
Ninguém está realmente pronto para ouvir sobre a escuridão da depressão. Porque ninguém compreende de verdade, a não ser que já tenha mergulhado nas mesmas águas turvas.
Mas eu não desejo que ninguém me entenda. Pedir isso a Deus seria cruel, seria pedir que outros sentissem essa dor em suas próprias experiências. Não, eu não quero que ninguém afunde nesse abismo. Desejo apenas que meu silêncio seja ouvido, mesmo que eu não precise mais gritar.
Há uma força silenciosa crescendo
onde seus olhos ainda não alcançam.
Enquanto você descansa,
Deus prepara o solo, cuida da raiz,
fortalece o que ninguém vê.
Tem dia que não pede pressa,
mas pede entrega.
Um suspiro fundo, um coração quieto
e a certeza:
o que hoje parece pausa
amanhã floresce promessa.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
O ato de retribuir de maneira silenciosa não se configura como fraqueza; assim como a gentileza, não está relacionado à submissão ou à ecolalia da adulação em grupos. Tudo que se cultiva nas penumbras eventualmente virá à luz, descobrindo-se a própria potência. Ninguém estará isento de sua marca e talvez seja benéfico não ser poupado, dispensando a necessidade de um exército para ver transformar o que um lobo “solitário” não esperava por aclamações.
"É uma tragédia silenciosa que muitas almas generosas enfrentam neste mundo tão barulhento, onde quem sente demais parece sempre ser deixado por último."
Escritor: Marcelo Caetano Monteiro.
A SOLIDÃO
A solidão é tão silenciosa
Que nem as tempestades moverão
A névoa que amedronta vossos corações.
Vossos dias de silêncios ficarão emudecidos
Por medo de perder a identidade
Que vós pensais em obter.
No silêncio da noite perguntei:
- Quem sois vós diante da escuridão que deixastes?
- Que medo é este que pensa em se apossar dessas almas frágeis prometendo cuidar e aconchegar em seu colo?
Ele respondeu:
- Sou o silêncio que tanto vos procurais para acalentar vossas almas amarguradas...
A sabedoria vaga querendo adentrar. Abra suas portas e peça lhes que entre e mostre a verdade...
Quero-te aqui
Aqui...
Onde me fazes falta
Onde minha mão percorre silenciosa
Um prazer, que deveria ser teu.
Parada na madrugada silenciosa
A menina imagina
Imagina seu rosto
Imagina seu toque
Imagina sua voz
Porque fazes isso pequena?
Isso pode te machucar.
Mas, mesmo assim ela não deixa de imaginar.
Afinal, a imaginação é dela.
O sonho de finalmente ter o encontro; é dela.
E mesmo que doa, ela não consegue deixar de lado seus pensamentos ilusórios.
A lua e Eu...
Tão linda e mágica
Luar que me cala
Silenciosa...
Mas, tudo fala
Beleza estonteante
Vem...
Me faz companhia
Nessa noite vazia e fria
Me embale em orquestra
Que te faço música
Te faço festa
Me faz adormecer
No véu do teu encanto
Me faz sonhar!!...
UMA LÁGRIMA
Uma lágrima cai silenciosa
Para justificar tudo o que escrevo
Arrastando a dor que ficou presa na minha alma.
Tantas vezes escrevo sem pensar
Que as lágrimas correm devagarinho pelo meu rosto
Toca de leve os meus lábios
Num beijo que guarda o gosto a sal.
Escrevendo tudo o que a minha alma dita
Nas emoções dos sentidos que foram teus
E se fizeram meus
Escrevo tudo o que o meu corpo sente
Desejando ser acordada pelo toque suave de uma carícia
Escrita com as pontas dos dedos
Num beijo sentido nas palavras ditas em silêncio
Escrevo tudo o que o meu inconsciente grita.
Um ser perdido que naufragou
Nas sensações do meu corpo, do meu coração
E tantas vezes da minha alma!
Mea culpa
Na madrugada silenciosa
Teus gemidos sobressaem
Tuas dores se agigantam
Teu corpo reclama
Ah velha senhora
Dona de tanta força
Doi mais em mim as Tuas dores
Pode acreditar
Minha impotência neste instante
Faz de mim covarde
Finjo não acreditar
Nas dores que te consome
Choras silenciosa
Contendo as lágrimas teimosas
Sedo-te com analgésicos
Correndo todos os riscos
A sapiência do tempo
O torna frio e cruel
Sufoca-me a culpa por me flagrar
Desejando o teu descanso
Teu Deus tão soberano
Sabe o que tá fazendo
Eu, na minha ignorância
Perco a paciência
Vamos velha senhora
Encarar mais uma noite
Onde todos os gatos são pardos
E nós duas...companheiras
"" A ginga estapafúrdia confundia até a si mesma
Quando moldava sua eira silenciosa
Malandragem simbólica
Ou astúcia descomunal
Controvérsias destilam a poesia
Do esmo a se revelar
Seria um caso de autofagia
Ou mágica a moldar
Não sei o quanto te resta
Mas é óbvio que não se tratam de sombras
Ainda mais nessa fresta
De onde ouço o insano falar.
Por ruelas estreitas e pagãs
Anjos circulam livremente
Seus sinais vindos do espaço
Marcam o compasso da música a tocar...""
Oh formosa e delicada
Com sua sublime e silenciosa calma
Me bate um arrepio ao sentir teu sopro vindo do horizonte
E em teus brilhos eu enxego o céu
Céu escuro, terra escura...
Terra essa que é iluminada pelo reflexo daquela que me aquece
Doce brilho que me faz acordar
Nessa noite fria e serena, onde a lua é pequena
Perto do brilho do seu olhar.
Oh noite serena
Me deixa entrar em tua cena
Onde a lua pequena
Me faça sonhar.
Você em mim e vice-versa...
Na alto da noite silenciosa, ruídos penetram a quietude do meu ser...
É o barulho do seu riso intruso, ecoando em minha memória auditiva, me impedindo de adormecer ao me fazer desejar reencontrar alguém de quem eu faço esforço imenso para me lembrar...mas que algo me impede de conseguir...
Reviro-me na cama ao pensar em seus olhos exploradores, receosos e curiosos que me religam a alguém de que um dia eu talvez tenha me esquecido, mas que vive adormecido em algum lugar dentro de mim.
O seu amor próprio, o orgulho de si e a sua segurança, um tanto quanto prepotente, me levam a certeza de que este alguém está mais vivo do que nunca.
Sua sede de viver e seu espírito aventureiro, quase chegam a cegar meus olhos para a sua arrogância, atrevimento e insolência que sua beleza vangloria.
Sua esporádica ponderação, razão e sensatez me mostram que o caminho que me conectam a este ser, é mais curto do que eu havia imaginado, quando finalmente deduzo ter encontrado.
O que encontrei? Uma barreira entre nós que paradoxalmente nos divide e nos integra. Ela é feita de vidro e te revela em mim, bem como me reflete em ti, e me faz compreender que reencontrei partes esquecidas de mim em seu ser, me fazendo admitir o narcisismo deste amor, que tatua ardilosamente em minha pele o seu nome, me convencendo do quanto eu sou capaz de me amar em ti.
Texto: Aline Bergamini
Covardia silenciosa!!
O - “silencio sempre”-
é a síntese expressiva dos covardes !
É a busca do nada;
É obediência compulsiva,
Contagiante e perigosa
Dos eternos escravos
Do ócio,
Que vivem nas cabeças,
Sanguessugas que são,
Desprezíveis - merecem sê-los,
Por mim e por outros
poucos loucos que mendigam
Um pouco de vez
Para soltar a voz;
Um pedaço de papel
Para soltar o verbo;
Um pouco de ciência
Para filosofar;
Um pouco do nada
Para transformar em tudo,
E com esforço absurdo ,
Tentar desfazer um pouco
Do que os covardes fizeram
Ao silenciarem diante à nobreza,
À miséria política dos politiqueiros,
Do capitalismo exacerbado e covarde!
Quem sois vós - miseráveis que calam????
Um dia ouvirei vossos gemidos,
E da vossa silenciosa altivez, a penúria;
Uma canção de Beethoven e uma flâmula,
Acalentarão meus ouvidos!
Miseráveis! Vocês...
Calar-se-ão para sempre!
Apagar-se-ão de uma vez!
A LUZ DO POETA
Na silenciosa escuridão, resta solitária uma pálida lua vigiando os portões da noite. De longe um coração descontrolado chora aos soluços por uma desilusão, afogando o pranto em pensamentos que cheiram a álcool e nicotina.
Na velha janela, do mesmo quarto da pensão de quinta, a caneta e o papel são os velhos companheiros da agonia. Contadores da dor e do amor, deles nascem palavras chorosas que contam experiências de um platonismo de dar pena.
O poeta, então, recluso e trespassado pela realidade encontra forças sabe-se de onde e arde como uma estrela em plena revolução nuclear. Subitamente, a pena apaixona-se pelo papel envelhecido e tudo é luz. Anjos e Deuses sopram flores, sonhos e amores e no minuto seguinte colhem os mais belos versos.
A mágica se fez. A Luz interminável do poeta fecundou a realidade mais uma vez, transformando a poderosa escuridão na luz das estrelas.
As vezes travo uma batalha silenciosa no meu coração, onde a realidade do mundo tenta destruir a bondade que ainda existe em mim.
Onde esculpir a alma já não é mais uma opção, pois a vida não te deixa escolhas pra isso.
Onde nesse conflito somos iludido a desconfiar de nossa própria fé, que nos faz duvidar se bondade é um defeito ou uma qualidade.
Que leva os desesperados a desacreditar no romantismo que a no mundo, onde a maior tragédia será que enquanto alguns amam outros amaram apenas a ideia de amar .
Chega mais uma noite fria, extremamente silenciosa e eu somente penso em beijar sua boca gostosa, imaginando seus lábios quentes junto ao meus em um beijo ardente.
Meu corpo arrepiado, desejando juntar se ao seu em uma abraço demorado, meus pensamentos misturam, saudade, desejo e muita ternura.
O tempo demora a passar, eu angustiado esperando você chegar, a noite vai se acabando e meu corpo reclama do seu demorando.
Deito na cama sozinho, esperando você com muito carinho, ouço barulho lá fora, é você chegando para me amar, já estava na hora!
Sergio Fornasari
O dia se foi e a noite fria e escura parece estar hoje mais silenciosa que nunca, acho que é saudade de você...sim de ti mesma. Por inúmeras vezes pude senti la ao meu lado, seus olhos fitando o meu, sua boca se rendendo a minha em um beijo sem fim, seu corpo colado ao meu, unidos em um abraço demorado, daqueles dados por namorados que se entregam a paixão sem tempo determinado.
Ainda não nos conhecemos, mas já nos queremos, será um amor encantado, daqueles nos livros relatados, te mandarei flores, bilhetes e sempre que quiser estarei presente.
Juntos de mãos dadas, passeando apreciando a estrada, você com um sorriso no rosto e eu te admirando feito louco, você sempre linda e bela, iluminando o céu e a terra.
Finalmente enfeitiçado seremos para sempre eterno enamorados!
Sergio Fornasari
A madrugada escura, noite silenciosa. Apenas o breu.
Pensamentos dispersos sem eira nem beira, trazem à mente aquilo que sinto a falta de ver, de sentir, de cheirar.
Laços, traços e abraços em cacos, estilhaçados pelo tempo. Pela distância. Tempo e distância injustos... Tempo que já tem, tempo que não tenho, tempo que preciso.
Esse tempo sem você.
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