Poesia que Fala de Teatro

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E ai tempo...
Não foi você que ficou de resolver?
Me prometeu curar e nada Cumpriu,
Disse que iria me ajudar a mudar, Meus pensamentos,
Prometeu calor e trouxe mais frio.
É tempo você nada você cumpriu!
E ai tempo...
Mais uma vez restou eu e você,
Face a face e a imagem é cruel
Mas dessa vez foi diferente,
Sofri calada, sem lagrimas,
Não venci, nem fui vencida,
Mas tempo, amigo, hoje te digo, Me sinto mais forte!
E ae tempo...
Vou seguindo em frente,
Quebrando as amarras e correntes,
Vou parando pegando de volta Meus pedacinhos que me foram Caindo.
E ai temo...
Sinto que algo quebrou aqui Dentro!
Mas não faz mal, errei, amei
Mas tempo, já estou aprendendo.
E ai tempo....

Inserida por michele_canario

A balada da água do mar

O mar
sorri ao longe.
Dentes de espuma,
lábios de céu.

– Que vendes, ó jovem turva,
com os seios ao ar?

– Vendo, senhor, a água
dos mares.

– Que levas, ó negro jovem,
mesclado com teu sangue?

– Levo, senhor, a água
dos mares.

– Essas lágrimas salobres
de onde vêm, mãe?

– Choro, senhor, a água
dos mares.

– Coração, e esta amargura
séria, onde nasce?

– Amarga muito a água
dos mares!

O mar
sorri ao longe.
Dentes de espuma,
lábios de céu.

Inserida por apatiatropical

A Monja Cigana
Silêncio de cal e mirto.
Malvas nas ervas finas.
A monja borda goivos-amarelos
sobre uma tela de palha.
Voam na aranha cinza,
sete pássaros do prisma.
A igreja grunhe de longe
Como um osso pança acima.
Como borda bem! Com que graça!
Sobre a tela de palha,
ela quisera bordar
flores de sua fantasia.
Que girassol! Que magnólia
de lantejoulas e fitas!
Que açafrões e que luas,
no mantel da missa!
Cinco toranjas se adoçam
na cozinha próxima.
As cinco chagas de Cristo
cortadas em Almería.
Pelos olhos da monja
galopam dois cavaleiros.
Um rumor último e surdo
lhe descola a camisa,
e ao mirar nuvens e montes
nas árduas distâncias,
quebra-se o seu coração
de açúcar e lúcia-lima.
Oh, que planície íngreme
com vinte sóis acima!
Que rios postos de pé
vislumbra sua fantasia!
Mas segue com suas flores,
enquanto que de pé, na brisa,
a luz joga xadrez
alto da gelosia.

Tradução de Mª Clara M.

Inserida por apatiatropical

⁠Não é o sussurro ao pé do ouvido na calada madrugada
Não é ser naufrago em mar aberto
Não é a besta que te arranca os dentes
Não é a tua doença congênita, ingênua
É o choro desacompanhado do sono
É o afogar no próprio calar
É ser de si, o próprio algoz
É adoecer sozinho e nada poder falar
O tempo passa na garganta como navalha
E vocês, juntos passam também
Quanto mais sozinha fico, mais o peito envelhece
Quanto mais sozinha fico, mais o corpo me aceita ceifar
Não posso reclamar abrigo, porque o abrigo pra mim é inimigo
Não posso me apoiar em nenhum amar, porque não há amor a se cobrar
Não posso respirar, o medo me roubou o ar
Não posso gritar, pois qualquer som o pode acordar
Não sei o que fazer, não tenho onde ficar
Talvez o que me reste agora mesmo seja o pesar
Pela felicidade que nunca vou ter
Pela paz que nunca irei encontrar

Inserida por apatiatropical

⁠E assim fora-me roubada a essência, o âmago, o cerne; fora-me roubada a identidade em um golpe que embora ideado, teve o poder de atingir-me com a mesma brutalidade com a qual um raio atinge a árvore deixada ao léu em campo aberto, ceifando seu tronco em duas metades rivais.
Então acusaram-me de atentar contra quem eu era, de dilacerar a essência velha em função da debilidade nova. Me denominaram impostora, esvaziaram-me a clareza, condenaram-me por uma prolixidade inventada. Trocaram minha vida por meia dúzia de conectivos conclusivos para assim me retalhar.
Por isso jogaram-me contra a parede, questionado a veracidade de tudo o que tentei dizer, mas que graças à língua não fui capaz de fazer. Duvidaram de minhas dúvidas e de minhas certezas. Questionaram-me e fizeram questionar a verdade que costumava me guiar. Trocaram minha vida por meia dúzia de conectivos conclusivos para assim me retalhar.
Porque acreditam valer mais a palavra do que aquilo que se quer dizer. Falam da confusão de minha escrita porque nunca conheceram a de minha cabeça. Exigem uma clareza que nem a mim conseguem me entregar e em meu martírio escolhem se deleitar, porque são p*tinhas de uma normatividade torpe e vulgar. Trocaram minha vida por meia dúzia de conectivos conclusivos para assim me retalhar.
E antes de mais nada, assumo minha raiva e minha tentativa de negar o que quer que seja que possa meu ego contrariar. Por isso não pestanejo em afirmar que trocaram minha vida por meia dúzia de conectivos conclusivos para assim me retalhar.

Inserida por apatiatropical

⁠Minhas veias estão vazias, a miséria tomara minha matéria, meu sangue evapora em nome da minha lazeira, minha carne apodrece nos braços da derrota. Me torno o fracasso encarnado no corpo inidentificável de uma coitada que não tem por quem cair.
Estampam os números em minha cara, mas não compreendem os porquês da minha cara os jornais estampar, afinal é apenas mais uma estatística a alimentar. Me avaliam como incapaz e usam números cadavéricos para me matar, me enfiam goela abaixo um 10/12 porque sabem que um 192 não mais adiantará.
Os dias vão passar, passar por cima de minha honra como um rolo compressor; não sei até quando vou aguentar gritar calada e lidar com o eco de meu penar, pois a única voz que ouço me chamar é a minha, que fraca e anêmica, não pode me acalmar.
Antes assistia sozinha ao meu declínio, mas agora nem comigo mesma eu posso contar.

Inserida por apatiatropical

⁠Muita gente vem dizer
Que esse ano foi perdido
Que não teve um prazer
Nesse tempo tão sofrido
Mas há muito a se fazer
Então quero agradecer
Por mais um ano vivido

Inserida por RomuloBourbon

⁠Cada novo amanhecer
É um convite a renascer
Crescer, mudar, melhorar
Caminhar com fé, viver
Céu azul de novidades
Mar de possibilidades
Só fazer acontecer

Inserida por RomuloBourbon

⁠Janelas

Passos sem pegadas na magra madrugada.
A mesma luz fraca de todo dia,
amém, também se apaga.
Afago, gelado, o escuro do quarto apagado.
Noturno travado,
tranca e nunca esquece de conferir
se realmente trancou a porta.
Triste rindo cumpre sua quota.
Convive em silêncio cúmplice
com suas meias na sacada penduradas.
Freiras de flanela rasgada.
Frieiras na carne arrastada
pela quase finda vontade.
O que eu valho (que bom)
não vale nada.

Inserida por pensador

⁠E se a necessidade fosse do tamanho do pensamento?
E se a minha roupa desfiasse e voltasse para o novelo?
E se a providência valesse menos que farofa jogada ao vento?
E se meu irmão viajasse para longe e eu nunca mais tornasse a vê-lo?
E se meu cão conversasse comigo em alemão?
E se felicidade tivesse preço, quanto valeria o dinheiro?
E se a boca ao morder não mais fechasse?
E se a cola ao colar unisse?
E se eu assinasse tudo o que já disse?
E se ao sorrir a minha alegria fosse triste?

Inserida por pensador

⁠Inventei fraturas e tipóias para me pôr a salvo,
sem saber que os soldados sorriam
por se julgarem do lado certo do pelotão de fuzilamento.
Escrever no escuro memórias daqui para o futuro.
E antecipadamente marcar o dia e a hora da própria tocaia.
Acho que sou o espécime único de uma grande laia.

Inserida por pensador

⁠Vida de sertanejo

O sertanejo tem vida dura. Desde cedo tem que trabalhar, debaixo de um Sol escaldante, tem que suor derramar, mas sempre sonhando que seus filhos vão estudar e, um dia, Deus do céu essa história mudar. Pois quem nasce na roça, também pode um doutor se tornar.

Inserida por filhologico

⁠⁠⁠⁠O sol rompe o horizonte com seu esplendor, e insulo amanhece principiando o alvorecer, sem lua, estrelas, em um céu guiador, para toda imensidão vermelhecer.

Ousadamente, apartado, o sol ergue o amanhecer.

Inserida por gnpoesia

⁠BEIJOS AGRESSIVOS
By Harley Kernner
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O tempo vai passando e o nosso amor vai evoluindo numa temperatura máxima.
No começo do nosso namoro o coração ardia com um enorme desejo de ficarmos noivos, e mais perto um do outro...
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E durante os dois anos de noivado, cada abraço era mais apertado, parecia que tinha cola em nossos braços, os nossos olhos se misturavam tanto, que o nossos corações não suportava tão emoção...
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E hoje aos trinta anos de casados, os nossos beijos se tornaram agressivos, mas nada de violentos, é apenas uma nova paixão em cada beijo...
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Até quando te beijo na sua face ao amanhecer, o seu coração acorda, e abre os seus olhos, e logo quebramos o jejum com um beijo que provoca os sentimentos de casal apaixonados...
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Cada beijo tem uma história, tem seus momentos loucos...
Não sei onde você achou tanta força, pra mim puxar pelos braços, me jogar no chão, e me sufocar com um beijo extremamente feliz...
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As vezes meu coração me disse: "CARA VOCÊ É LOUCO"
Eu acho que o segredo foi porque deixamos o melhor do amor, o mais forte da paixão, e o mais lindo de um amor verdadeiro, para depois do casamento...
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"só em está escrevendo essa poesia, já estou sentindo falta dos nossos beijos agressivos"
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MARIA ALICE
ROMANCE EM POESIAS
CORPUS NUS

Inserida por HarleyKernner_

⁠Esse parque de Ubajara
No Estado do Ceará
Tem caverna e cachoeira
Lugar lindo pra se amar
Na trilha ou no mirante
É beleza a todo instante
Como não se apaixonar?

Inserida por RomuloBourbon

⁠Lágrimas

Somos tão sensíveis… Sentimos dores e tristezas; perdemos e ganhamos; superamos e em outras vezes somos tragados pela decepção, por pensamentos inquietantes que nos fazem chorar. O inverno vem sobre nós, mas não permanece. Lembramos que podemos escrever uma nova história sem um roteiro pronto, nem um narrador. Algumas vezes estamos sozinhos, em outras ocasionalmente acompanhados… Assim é a vida. Os olhos brilham em alguns momentos, em outros eles são inundados por um reservatório secreto: lágrimas. Lágrimas não pronunciam palavras, mas descrevem o que sentimos. Estranho, mas para alguns, familiar. Quero sentir e ser sentida. Que o tempo floresça e traga os frutos desejados e tão esperados.

Inserida por silviacplima

⁠"Reconhecer nossas limitações. Abre exponencialmente chances de aprendizado. Quando sei que a seu lado, os livros falam e as ideias vivem..engraçado que estes versos foram destinados a outro objetivo.

De repente o real motivo, se materializa conforme conforme as batidas do coração. Ondas cardíacas transmutam em ondas dos seus cabelos negros.

Imagine só, cada pulsar mais nítido sua pessoa aparece na minha frente.. sem controle algum sobre as emoções, coração acelera buscando trazê la ao meu conciente "

Inserida por HumanoDouglas

⁠PARA MINHA MÃE

Mulheres sejam bem vindas
Todas que são da batalha
Tem alma de guerreira
Principalmente as que não precisam de macho para escrever a carreira
Lutam desde de nova para fugir do machismo que assola
Merecem chocolate, flores e vitória
De sobra mudam toda história
É sua vez agora
Tirar todo preconceito e transformar em glória
Respeito, igualdade e oportunidade é o que elas precisam e mais nada, se liga nessa verdade
Contarei a história da mulher da minha vida
Nome dela é Rita
Correu contra o vento desde do meu nascimento
Foi mãe e pai, que talento
Lembro do seu sofrimento
Desde nova passou veneno
Me deu um lar, amor, educação
Ensinou a ser honesto em toda situação
Para me alimentar trabalhou na madrugada em um bar
Quando peguei uma maçã sem comprar
Ela que me ensinou o que era roubar
Educação aprendi no meu lar
Claro... As vezes tive que apanhar
Naquela casinha onde só tinha dois cômodos para morar
Aprendi a respeitar
Cair para levantar
Te juro mãe eu vou tentar nunca mais errar com o gênero que me fez caminhar

Inserida por lucasgeovanylima

⁠De repente o amor renasceu em mim,
Cresceu pouco a pouco,
Como uma flor desabrochou lindamente,
Era joia rara,
Brincos-de-princesa,
Uma felicidade instantânea brotou em meu ser,
Era menina, princesa, rainha, mulher...
Me entreguei em sorrisos e delírios fatais,
Tudo era inédito, abrasadora magia,
Mas a exótica flor do amor era perene,
A cada dia um pétala caia,
A cada dia um vazio surgia,
A flor do amor morria...
Meus brincos-de -princesa morreram,
Lágrimas em flor...

⁠⁠O PORQUÊ DO VOO

Vejo-me voando, teto alto
acima das nuvens pardas
e dos velhos sentimentos
mas percebo nos voos de meu ânimo
a degeneração, o peso das asas.

Ainda assim, sigo decolando
arremetendo-me no abismo
de meus intentos por quem
sempre arrebatou meus sonos.

Não obstante, sinto-me brando
no espaço vago, finjo-me quedo
a mente flutua em ar fresco
resfriando os frenesis inúteis.

Imagino-me planando, guiado
por uma águia, ave invejada
altiva que orienta-me o descortino
a alguém que tenho como fito.

Mesmo que não esteja por perto
ou no além do amanhã, no imponderável
que pode ser a plena existência ou o nada
o nada exterminador dos sentidos
que ainda me habitam, antes do fim.

São estes sentidos que me transmitem
a certeza, de que, diante do depois
nesta viajem paradoxal, nada dar-se-á
pois quem almejo, lá não estará
e se este for o destino que pressinto
estará longe de ser meu desiderato.

Inserida por natalia_costa_2

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