Poesia ou Texto Amigo Professor
Aí, que vontade de beijar sua boca e dizer
Faz, do jeitinho que eu sei que cê gosta, então
Vai, sua mão na minha nuca e eu seminua é paz.
As estrelas que eu vejo no seu travesseiro, traz.
Um sossego que eu quero ter cada dia mais.
Sim, tô partindo no avião das cinco, as seis eu tô aí.
Raste o colchão pra sala e abre o portão pra mim.
Imagine meu corpo e seu corpo cheirando açaí.
Se pastor Mário Belchior fosse aqui.
Ah, se Indiara fosse ao lado de Cajati.
Diga, que não vamos mais fazer amor por telepatia.
Que meu corpo e seu corpo é letra e melodia.
Seu olhar dentro do meu olhar, é pura magia.
Sua mão puxando meu cabelo, olha como combina.
E se não combinar, dá jeito, se vira.
Ah, é duro dizer, mas cansei de imaginar.
Tô sentada no quarto, esperando esse dia chegar.
Pedindo ao Papai do Céu pra antecipar.
Nosso encontro que chega e deixa eu te amar.
E se ao escutar ficar louco, corre pra cá.
Composição: Josielly Rarunny
SONETO DO AMOR EXATO
Da ventura, terá sempre o invejoso
Por não ter a lua amasia tão divina
E uma paixão tão pouco peregrina
No coração eleito no olhar amoroso
Amor, será sempre suspiro glorioso
Regado de adulação pura e cristalina
Vermelhas rosas, e emoção inquilina
Um gesto, revelado um tanto airoso
É harmonia que nos amestra, contina
Não emulando, e sim no afeto ditoso
O sentimento no espírito, lamparina
Que então, não seja o ter ambicioso
Que o mal que queira o bem ensina
Pra no amor não ter amor enganoso
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
Saudade e carestia
No amor há sempre uma saudade.
Carestia do ato de amar.
Se se está perto, saudade na distância que há na proximidade.
Uma distância voraz incessante.
Se longe, saudade da contemplação,
saudade da consumação de corpos na unidade,
abreviação da distância insistente.
No amor há sempre uma saudade e carestia,
um querer a mais,
um querer...
mais.
"" Medo, preservação compulsiva
avante soldado, sua arma é a paz
lute, como voraz selvagem a procura do alimento
medo, sintonia de uma alma guerreira, calculista
a luta é logo ali, onde o desfiladeiro procura quem tem asas
voe, como condor arrematando o céu
pois que de derrotados o mundo anda cheio
mas a vitória não é para qualquer um
o sangue na ponta da espada justifica o medo
ele escorre pelos beirais repletos de pardais
que esperam solitários, suas almas gêmeas...
Eu sinto falta das risadas
Eu sinto falta de jogar papo fora
Eu sinto falta do carinho
Eu sinto falta do seu jeito
Eu sinto falta de conversar na madrugada
Eu sinto falta de sorrir ao ler sua mensagem
Eu sinto falta da sua motivação
Eu sinto falta do seu humor
Eu sinto falta do seu timbre rouco
Eu sinto a sua falta
Sinto lá no peito
Forte e dolorosamente
Constante e repetidamente
Como essa poesia
Que já não tem mais sentimentos
Que como a brisa do vento
E tudo que vivemos e sentimos
Passou
Rápido demais para ser seguido
Mas lento demais para ser esquecido
PATUSCADA
Um carrapato, no meu sapato!
cara, isso é muito chato...
Chatos, carrapatos
quebra de pratos...
Tudo ingrato.
Outro dia amarraram o pato
dentro do saco,
o pato estava fraco...
Que saco!
Pato fraco
saco com buraco
o pato escapou...
Bateu asas e voou
e por vias de fato
o dono do pato chorou.
Antonio Montes
"" Nós que fomos tantas saudades, deixamos nossas verdades
e agora outra saudade vem nos ver
eu desenhei no coração, algo melhor
imaginei uma praia ensolarada
a areia fina, os beijos molhados de amor
nós fizemos tantos planos e nossas almas vibraram
será que nos enganamos?
parece que sim
sinto isso em mim
nós tínhamos certeza
que seria muito mais que amor, seria tudo
um misto de eu e você para sempre
sem nada a nos condenar
mas e agora, aqui nessa solidão o que temos?
uma interrogação, um receio
um nada, que não pode apagar do pensamento a vontade de vivermos tudo outra vez...
Um dia vendi meu cavalo.
Foi num domingo, nessas voltas de rodeio...
Eu garboso bem faceiro vinha com pingo a lo largo....
Me ofereceram um trago e seguimo ali proseando...
Logo vieram ofertando uns troco no meu Picasso...
Era lustroso o bagual, calmo como chirca em barranca...
Mansidão não hay quem compra, disse um velho paisano...
Largaram uns peso no pano de primeira refuguei...
Depois logo pensei, hão de cuidar do pingo...
Eu nunca fui de apego, meu rancho é a solidão...
Ainda dei o xergão e vendi o meu velho amigo...
Quando voltava pras casa, a pezito curando o trago...
Fui lembrando das andanças que fizemos pelo pago...
Lembrei até duma noite, que quase se fomo nas barranca...
Por causa de uma potranca o Picasso enlouqueceu...
Depois obedeceu e voltou a compostura...
São coisas da criatura, da natureza do bicho...
Eu sei bem como é isso comigo se assucedeu...
Mas eu já tinha vendido, de nada mais adiantava...
A vida continuava, quantos já venderam cavalos...
Uns bons outros malos, mas é coisa da tradição...
Depois pegamo outro potro...
Domamo e mais um tá pronto pras lides de precisão...
E assim se passaram os anos, e nunca mais vi o Picasso...
Mas ainda tinha a lembrança daquelas festas campera...
Debaixo de uma figueira nos posando prum retrato...
Eu virado só em dente, tamanha felicidade...
E ele bem alinhado, com pescoço arrolhado, mostrando garbosidade.
E o tempo foi passando, eu segui domando potros...
Mas um deu pior que outro nunca mais tirei pra laço...
Lembrava do meu Picasso, manso, bom de função...
Trazia ele na mão, nunca me refugo...
Desde do dia que chegou potranco bem ajeitado...
Se acostumou do meu lado vivendo ali no galpão...
A vida é cerca tombada, quando se sente saudade, dói uma barbaridade...
O coração em segredo as vezes marca no peito, qual roseta na virilha...
Não fica bem pro farroupilha ter saudade dum cavalo...
Que jeito se vai chorar, são coisas de índio macho...
Sentimento é um relaxo difícil de aquerencia...
Mas o tempo vem solito, não trás amadrinhador...
Num dia desses de inverno, juntando geada no pala...
Eu vinha nos corredor pensando nas cosa da vida...
Foi quando vi um cavalo magro ali atirado junto a cerca caída.
Fui chegado mais perto daquele coro jogado
Os olho perdido e triste, me perguntei qual existe gente mala nesse mundo.
Pra atirar assim um crinudo, pra morrer a própria sorte
Pedi licença pra morte em me cheguei sem alarde.
Não creio em divindade, mas o milagre aconteceu
Ali na beira da cerca, quando me olhou com tristeza...
Na hora tive a certeza que aquele pingo era o meu.
Levei ele pro rancho, tratei e curei os bixado...
Dei boia e fique do lado, até ele melhora...
Perdão meu Picasso amigo, agora ficas comigo...
Não te vendo nunca mais...
Por mim pouco importa se já não serves pra lida...
Aqui será tua vida até o dia que morrer...
Talvez não tenha perdão, sofresse em outras mãos...
O que fiz naquele dia?
Te vendi por alguns trocados, um amigo não tem preço, o que fiz foi judiaria...
Nunca mais vendo cavalo.
A falta do que fazer
a falta que você faz
A falta da lua no dia
que só a noite me trás
a falta disso a falta daquilo
a falta que eu fiz
Desculpa, vacilo
A falta de sono
a falta de espaço
a sua falta de novo
aqui no meu pedaço
aquela falta que ainda nao veio
mas com certeza, irá faltar.
Saudade e vontade
Choro em frente ao espelho
saudade, vontade e vaidade.
Hora de dormir eu abro a janela
a lua cheia me lembra ela.
Antes de dormir vou escrever
e que onde estiver você possa ler.
A letra esta feia e as mãos tremidas
nas folhas destacam
minhas lagrimas escorridas.
SONETO ANTES DE TU
Antes de amar, amor, era amador
Não tinha nome, rua ou endereço
Nada importava ou queria apreço
Expresso era o suspiro de amor
Eu sonhava sonhos pelo avesso
Nas fases da lua um devaneador
Em silêncio cochichava a tal dor
Num desprazer plácido, impresso
Tudo era um vazio, morto, clamor
Caído em um horizonte espesso
Onde escorria olhar tão sofredor
Antes de tu, não existia começo
Até que vieste com o teu amor
E pude no soneto ter ele impresso...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 21 de 2017
Cerrado goiano
CEREBELO
Felicidade temporária
Que diz pra sempre me amar
é sempre me enganando
que me faz acreditar
e na imperfeição dos
tempos perdidos
se encontra nas lagrimas
a sinceridade de um sorriso
Por isso um minuto
de amor é eterno
e viver se torna um prêmio
bem vindo a realidade
Temporária felicidade.
SONETO SUPLICANTE
Amor, o meu plangor rasga o céu
Como lavradores no chão inviolado
Querendo arar o peito aqui calado
Com o teu olhar, e no teu amor, réu
Neste universo dum amor imolado
Escrevo sentimento neste cordel
Triunfante e tão cheio de tropel
Que faz o pensamento enevoado
Venha ver as emoções deste anel
De luz, quantidades e, de agrado
Num vento de virtude, nunca infiel
E entre muitos, o meu a ti destinado
É fulgor transparente, sem ser cruel
Apenas a sorte de amar e ser amado
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
16'00", janeiro de 2016
Pensamentos que vem
Mas nunca se vão
Coisas que chega na mente
Te deixa inconsciente
Transforma em uma corrente
Que um dia se quebra no chão
Transformando tudo em solidão
Aí como queria esquecer
Aquilo que um dia me fez sofrer
Pena que "Querer não é poder"
Lembranças do passado
Que quero deixar de lado
Isso tudo é tão complicado
Estou acorrentado..
Um dia vou saber
O verdadeiro motivo de viver
Vou poder descrever
Tudo aquilo que me fez crescer
Vou poder contar
A alegria de se renovar
Com um sorriso no rosto
Todo dia vou acordar
Vou gritar pro mundo todo escutar
Que dessa corrente conseguir me livrar
"" Te deixo minhas palavras
não como regras a serem seguidas
mas como comunhão de algo forte
faça-as viajarem
por lugares e corações
faça-as vivas, verdadeiras
certamente minha alma festejará
não por vaidade
mas por saber que você
estará junto a mim
mesmo depois da saudade
mesmo depois do fim...
PERDA DE TEMPO (soneto)
A quem me viu além tempo, além vidraça
Da vida, cara a cara, assim, de pertinho
Verás que no tempo e na vida caminho
Graças! E que o tempo no tempo passa!
E por mais que queira, que tudo faça
Implacável é o rumo e tão torvelinho
Aromatizado como o curtido vinho
Se fazendo veloz, como, tal fumaça
Já velho, eu, não busco burburinho
De perda de tempo, ou de chalaça
Se estou jovem ou se sou velhinho
Vivo o tempo, sem tempo de negaça
Mais vale amor no tempo com carinho
Que o valor do tempo que esvoaça...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017, 05'55"
Cerrado goiano
O corpo nu
Ofendem-se com a corporeidade.
A carne, temerária, é algo a ser evitado.
O nu não me reflete o sofrimento humano,
a transparência do meu coração.
O nu, dizem, denota a exacerbação do desejo.
E desejar é perigoso,
faz do corpo ocupações de afeto:
alguém que abraça
e que beija.
A religião se esqueceu do corpo,
preocupada que estava com a saúde d’alma.
Protegida em suas indumentárias.
Olvidam-se que a primeira circunstância para amar
o corpo materializa.
Mas num mundo de corporeidades alienadas
o nu é subversão.
Cubra-te, pois, ó Cristo, a carne crua.
LOMBEIRA (soneto)
Tardes do cerrado goiano, lombeira
Tão ressequidas, de tão árida vida
Tardes com a sua lentidão parida
De melancolia à sombra da lobeira
Horas benditas, de demora dormida
Que nas horas se faz hora terceira
Tardes de silêncio, tarde feiticeira
Languidez na languidez desmedida
Olhos serrados, sonho sem fronteira
Tarde muda, do tempo, hora vencida
Na imensidão bem além da porteira
E nesta doce pureza a tarde caída
Que poisa hora serena, por inteira
As tardes, tecendo hora perdida...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Você!!
Que nada faz pelo teu semelhante
Teu egoísmo é a chaga da humanidade.
Na terra, tu reencarnaste
E tudo de ti, na terra vai ficar.
O orgulho, a ganância e a vaidade
Vai para o mesmo endereço..
Ninguém pode se livrar.
Lembre-se!!
A caridade é amor,
é a luz do teu espírito
Quando tu desencarnar.
Admiro uma boa mentira. Admiro um bom mentiroso.
Falar a verdade é fácil demais. Não requer criatividade, esforço ou arte.
A verdade é só o que ela é, não vai além.
Uma boa mentira é aquela que funciona. O bom mentiroso é aquele que assume o risco de ser desmascarado, sem com isso repassar a sua culpa a ninguém.
O bom mentiroso é um cara corajoso.
Mente e pronto. Deu certo ? Ganhou. Deu errado perdeu. Sem covardia, sem falsas emoções.
O que eu não suporto mesmo, são os covardes em geral.
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