Poesia Livro
C I D A D E
O Sol amanheceu a cidade.
A Vida respirou Liberdade.
A noite fria e escura, morreu.
Passo pelas ruas e paços,
buscando um ombro amigo,
um abraço...
em olhares que o horizonte perdeu.
A Vida me empurra pela cidade,
navego neste mar de ansiedade
atrás do tempo...
atrás das horas...
Mãos que se apertam e não se tocam,
olhos que se veem e não se olham,
ombros lado a lado, em solidão!
Não sei quem morreu de verdade...
se a noite, ou o dia-cidade...
Se o ar que respiro é, assaz, Liberdade...
Se o Sol que ilumina estas ruas desertas
de amor, compaixão,
aqueceu, afinal, algum solitário...
coração.
I L U S Ã O
Quero comer tudo o que vai me matar,
Quero beber tudo o que vai me afogar,
Quero ficar na chuva, no sol,
na escuridão da noite fria,
até desbotar!
Quero sair do meu corpo e flutuar,
no mar etéreo de tua visão.
Quero me libertar desta prisão.
Quero ser o outro lado do teu avesso,
Quero ser o começo de tua revolução.
Quero viver sem perdão
e morrer no fogo de tua paixão.
Quero tudo o que for proibido,
o Universo vertido em versos sofridos,
consumidos pelo desamor!
Quero ser a flor amanhecida
no cemitério da dor.
Quero pensar que encontrei teu amor...
o abraço invisível,
o beijo impossível,
a carícia irreal...
Quero ser adorno em teu funeral,
sem corpo, sem alma...
melodia serena, apenas...
som das estrelas...Ilusão final.
Eu clamei a Deus uma mente e coração menos insanos, mas a minha fé mostrou-se abalável, me tornando o fiel mais descrente do mundo.
[Quote do livro]: Dezesseis, A Estrada da Morte
Seria aquela, a tal liberdade que eu tanto ansiei? Uma liberdade livre de maldade.
Em meus pensamentos, sequer havia espaço para me lembrar do inferno que nos fizera fugir.
[Quote do livro]: Entre o Céu e o Inferno
Do céu sorvi a ventura;
Do inferno, o esquecimento;
Voei planícies distantes;
Ansiando comprometimento...
Do inferno tive a brasa ardente;
E a insanidade que maltrata;
Do céu tive o amor resplandecente.
Da lucidez que retrata;
Do fogo conheci a dor;
Da água, o amor;
Abaixo o beijo da morte;
Que por pouco não me levou;
Do amor tenho o céu;
Que assim, me curou;
Do ódio, o inferno;
Que infindavelmente, será meu pavor;
Céu, Inferno [...] Paraíso!
[Epílogo]: Entre o Céu e o Inferno
"Se em cada segundo escrevesse uma palavra para você, no final de um dia teria composto um livro sobre nós dois."
(07.11.2004)
Oração do Leitor
Nossa Senhora da Livraria;
Dai-me forças para não comprar mais livros;
Livrai-me da tentação das ofertas;
Perdoa-me por manter uma pilha sem fim;
Concede-me tempo para eu ler,
e assim dar vida aos personagens em minha mente.
Amém.
...E no fim nada foi real, não passou de um sonho qualquer, ou melhor, pesadelo, enfim, acordei, mas nem sei quem sou, onde estou e quem são vocês.
Deveria estar feliz, mas preferia voltar onde estava, ao menos em meus pesadelos eu os conhecia, conhecia a mim mesmo.
Nem ao menos me lembro como era andar, foram anos aqui deitado, anos em inércia, maldito seja aquele que não optou por encerrar isso, maldito seja...
[...]Quem sou? - Foi minha pergunta ao acordar e ver aquelas pessoas ao meu redor. Em primeiro momento, desespero e medo, seguido de aflição, impotência e talvez alivio em saber que estou vivo.
Bem, vivi anos em minha mente, apenas eu e minhas alucinações, como vou me recuperar disso? Ainda culpo aqueles que não me deixaram morrer quando queria, ainda os culpo.
As pessoas me olham estranho, apareci inclusive no jornal local, foram 4 anos em coma profundo, pelo menos para eles, pois em minha mente criei um universo todo, uma rotina, tinha até um trabalho para odiar, droga! Tinha amigos lá e provável nunca mais volte os ver![...]
Aqui, nestas margens, só estávamos nós três, as tiorgas, os peixes e nós... Era como se os nossos três olhares estivessem abarcando todo o universo, como se por um instante, os fragmentos de nossas vidas tivessem se recomposto... Havia estupor, maravilha e força. Troca, participação e calor...Havia perguntas e respostas, todas reunidas num único sopro de vida...
Quantos acontecimentos de nós não lembramos, havia o presente e o futuro, que seria o que nos anos vindouros construiríamos..Tudo o que acontecera antes não tinha a menor importância, tínhamos certeza de que tudo superaríamos.Qualquer obstáculo seria fácil para nós...
Isso para nós nunca seria azucrinante. Tudo seria apenas natural, pois seríamos como o fluir da água...
Quando você quiser que alguém vá embora da sua vida sem brigas ou maiores desgastes..., diga que não pode mais viver sem ela...; diga que ela é a pessoa mais importante da sua vida...
Enfim, deixe a pessoa ter absoluta certeza de que você a ama; de que você não tem mais ninguém...; deixe ela ter a certeza absoluta de que você virou um viciado nela..., um ser sem vida própria e devotado a ela; de que você está morto (a) para qualquer outro possível desejo...
Mais:
1- Abandone seus amigos por ela;
2- Desista dos seus sonhos por ela...;
3- Permaneça o mesmo sempre, em nome dela;
4- Diga todos os dias que a ama;
5- Faça diversas declarações públicas de amor, etc.
Um dia, sem você menos esperar, ela dirá que não te ama mais, ou seja, que prefere ficar sozinha ou que está saindo com ou interessada em outro alguém.
Perante o suave deslizar deste rio tão puro
Que assemelha a vida de quem sabe viver,
Pergunto às suas águas se são essas idas
A resposta silenciosa se sabe ouvir.
Assim leio o livro em que escrevo a minha vida.
Cada dia uma folha eu devo escrever e passar,
E me vem à boca a careta de um sorriso
Que não tenha de partir nunca no ponto e no final.
Vivi loucuras como todos as vivem.
Vivi bêbado de felicidade.
Sonhei acordado mesmo que todos me dizem
Que é o único caminho que não se deve andar.
Alegra-me o cumprimento de qualquer um em todas as minhas manhãs.
A alegria do rosto de quem me dá.
A luz do dia seja cinza ou seja clara.
O tempo delicado ou o tempo de tempestade.
Também vivi longas horas amargas.
Dias de inferno que chegaram a queimar,
Abrindo na alma feridas já cicatrizadas
E ainda tem o meu verso a marca de um recente punhal.
Mas, perante o alto Pinheiro em que perco a cabeça,
Sentado sobre esta pedra de rio que me dá tanta paz,
Aviso que o vento não sopra ao som da água.
Nada é eterno. Como o sofrimento, como a felicidade.
Não minimize vossa dor de forma que ela possa ainda retornar, suporte-a o quanto puder e a elimine para sempre.
Kaab
Dos sonhos que busco
Ouço a sua acalmada voz
Da música que deixo de ouvir
Faz de cantar o hino do seu suspiro
Da luz que me rodeia ao entardecer
O seu reflexo eclode diante a mim
O toque na inquietude da noite
É um arranhão dos seus desejos
Um zumbido que se torna indesejável
Ele próspera na escuridão
Toda a doçura das suas palavras
São agora preces sussurradas
Que agora estrangulam o meu coração.
A vida não tem pressa nem anda devagar. Faz as coisas no momento certo.
E o momento certo pode não ser agora .
Ausência de corpo presente
Indiferentes, dançavam a pavana,
Enquanto o tempo dócil se evadia,
Sufocados na fumaça de havana,
Na corrente que a vida esvazia.
O grupo, que a angústia despistava,
Exangue e desprovido de ideal,
De Moscou, Pequim ou Bratislava,
Vivia o seu próprio funeral.
No quarto de estátuas, salpicado
De tédio agudo, expressão final,
Estavam lá, sem nunca ter estado,
Reféns de uma coluna social.
O denso vazio da conversa
Estampa o ócio na fisionomia.
A sarabanda que atrai, perversa,
Nos cérebros sem uso, a apatia.
Esperanças, na entrada abandonadas,
Procuram a lembrança passageira
Das ilusões sempre acalentadas
No vácuo da mente hospedeira.
Ganhar batalhas sem ganhar a guerra,
Tragados por insossa calmaria.
E descobrir que entre o céu e a terra,
Há mais que uma vã filosofia.
Não há revolta nem ressentimento,
Nessa desordem quase vegetal,
Mutismo sela o arrependimento
No leito de Procusto sideral.
A densa bruma altera o semblante.
Escravo é da verdade o corifeu.
A voz do coro congela o instante:
Baldada a morte pra quem não nasceu.
Prisões cósmicas são o cruel destino
De ilusões no limbo da razão
Fica a procura: mero desatino.
Da finitude, singular refrão.
Resume-se, ó mundo putrefato
Do anódino, do vil, do rotineiro,
Na ignorância deste simples fato:
Entrega vale, se for por inteiro.
Um poeta clichê , tem seu valor
Mesmo jogado e empoeirado
Do seu âmago ao leitor
Da solidão de um dia ser folheado .
"Você anda por aí, como se por aí, fosse encontrar o que está te faltando. E eu lamento por você perder tanto tempo, com escolhas erradas."
- Kenrick
Bem, estou sentado sozinho pensando e tomando café. E ainda invadindo meu espaço estão as coisas que você disse. Você vê o que quer e tenta justificar todas as suas pequenas frases, convicções e suas mentiras. E eu sinto que não estou forte o suficiente, pra superar suas crises, minhas crises, nossas crises. Mas a dor faz parte do aprendizado, isso é o que eu tento me convencer todos os dias. Porque você sabe, que eu não me sinto bem quando você se vai. Você nunca disse que seria tão difícil, o amor era para ser para sempre, agora mais do que nunca parece tão descartável. Mas nós sabemos, que situações complicadas são o resultado de tudo o que há de errado, isso significa que somos errados um para o outro, mas não é uma novidade, você sabe mais do que eu. Agora estou aqui, escrevendo um livro do qual você não irá ler e lembro de todas as vezes que me pediu para escrever algo, mas eu nunca consegui, não por falta de vontade, mas no fundo, eu não queria escrever, eu queria viver, viver com você e sua mania de brigar todos os dias, porque você sempre foi boa em me deixar pra baixo e depois voltar, trazendo toda aquela felicidade de volta. Eu e meu orgulho estúpido, sentados aqui, sozinhos... Enquanto as garrafas chamam meu nome, e a sala permanece vazia, eu posso ouvir o eco da sua voz, dizendo: " Eu não pretendo voltar, não para você." E tenho que confessar Faye, eu nunca estive em nenhum lugar tão frio como você. Mas saiba que eu tentei, duas ou cinquenta vezes, eu estava indo bem até pensei que conseguiria. Mas com a saudade e o ódio, é complicado blefar. E eu sei que esse é o fim, mas cara, o fim demora tanto pra ser o fim mesmo.
- Faye and Kenrick
Amar é ter as cortinas e as janelas abertas
e a casa iluminada de luar.
É com o que foge aos olhos ter compromisso
com razão
de ter a fé como chão
pois o amor faz palpável o infinito.
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