Poesia Completa e Prosa
Ser amigo é...
Dividir um sorriso
Viver juntos mil aventuras.
Ser amigo é poder sempre contar
com uma mão estendida
um ombro para chorar
Um coração que pulsa junto
e sonha contigo
Na mesma vibração.
Ser amigo é ter o peito aberto
e andar na mesma direção,
mesmo que estejam separados.
Ser amigo é
amar em total sintonia
E guardar o amigo nas tábuas do coração.
Paula Belmino
RARIDADE
Tem dias
que a gente acorda alçapão,
um medo danado da vida...
Uma saudade misturada
com uma baita solidão!
...Mas tem dias que a gente acorda
levinho, levinho
tal qual passarinho longe do ninho.
Hoje despertei assim,
ternura sem fim.
Invocando sonhos distantes...
Raridade no corpo
na alma e
no coração.
Dois ônibus freiam lentos
e a gente dentro se imobilizou, atenta.
Eu buscava um afeto magro para aonde fora
e voltei de mãos vazias, com sons mais vazios nas mãos.
Cantem as ruas de medo
a noite calada é de fato cínica, dúvida, e o corte no céu foi profundo!
Contei cidades, bilhetes de ônibus, pequenos pães-de-queijo
peço que mantenha-me acordada a vida, ao menos,
e uma fileira de portas de padaria pichadas
tantos nomes lá, incluindo o meu próprio
sobre os filetes amontoados de retângulos cinzas.
Do nome que tanto aclamei
Busco a resposta que tanto sonho
Dos olhos que tanto busquei
Estão perdidos por tantos planos
De branco Oh eu estive
Rezando por seu mero canto.
Do beijo que ainda me recordo
São sonhos, quase encantos
Das palavras que tanto escrevi
De gastos, meu peito há danos
De preto Oh eu permaneço
Orando por nosso último reencontro.
Num dia qualquer de chuva.
Clima bom,pensamentos altos,muito altos. Pequenas gotas de chuva me fazem imaginar a mais alta comodidade da vida. Num passo posso ir aonde eu quiser. A brisa por sua vez me leva mais distante ainda,fazendo-me passar por atalhos já vividos mas que já servem como lição para quem um dia nem sabia andar em meio a tantos sentimentos altos e erróneos. Mas o que é mais gritante agora,e saber que,o que só me atrapalhava, me ajuda agora a desvendar os segredos mais do que escondidos deste imenso mundo de pensamentos pouco racionais e mui emocionais... A cada gota que cai,é como um conjunto de acordes,mostrando a verdadeira harmonia do que se esconde aqui, no mais escondido beco de minha mente.(jonas bass).
Se Permita Estar
Da para não me culpar dos nossos erros e acertos, das nossas brigas idas e vindas. Só peço que me escute no silêncio da sua noite, ouça como meu coração bate forte com sua respiração.
Somente escute, sem se preocupar com nada ao seu redor. Somente silencie tudo e vede como é lindo o silêncio em seu olhar. Sem se preocupar com os barulhos e ruídos, com os buracos advindos de seus erros cometidos, só por um dia silencie tudo, apenas sinta sua presença aqui. Pelo menos por um dia esteja presente de verdade, sem tentar concertar, sem medo de errar.
Só desta vez se permita estar, sem palavras agressivas, sem fúria no olhar. Só solte o seu melhor sorriso e se permita estar, com a alma e o coração. olhe para o lado, mas sem em nada pensar, so observe e sorria.
Responda para todos com seu sorriso lindo, que mostra estar vivo. Só se permita estar, sem pensar em como agir ou o que falar, apenas sinta o prazer, de plantar a felicidade em outro olhar.
Se permita estar, abrace sinta o cheiro, sem em nada pensar, só esteja, só seja a presença naquele olhar.
Apague às más memórias e permute-as por folhas vazias aptas a produzir, só se permita estar, sem hora para partir, sem hora pra chegar.
Sorriso uma forma bonita da alma de fazer poesias
Nas gargalhadas uma forma de citação engraçada
Você jamais vai conseguir ser luz e ter parte com a escuridão
Luz essa que precisa ser real precisa ser notada e espalhada
Precisa existir nos olhos, no ritmo das pulsadas do coração
E pra hoje...
Pra hoje só não deixe que essa luz se apague
Pra hoje não deixe que o seu coração pare de pulsar por coisas que te fazem feliz
Não deixa os seus olhos se perderem
Não deixa os teus pés sem direção
Não deixa sua alma esfria...
Quando eu morrer não quero flores
não quero lágrimas
não quero nem saber se alguém foi ao meu funeral
quando eu morrer nada mais importará para mim
afinal não levarei nada
mas deixarei tudo ao mundo
tudo que fui e tudo que fiz
e mesmo depois de minha morte o mundo sentirá as consequências de meus atos
então não me preocuparei com minha morte
me preocuparei com minha vida e com o mundo
quem eu sou e o que eu faço
porém pode nada disso fazer sentido
pode ser tudo isso em vão
a existência pode até ser uma farsa
mas quando eu morrer quero ter feito minha vida ter valido a pena e que meus atos mesmo depois de morto alegrem a vida de outras pessoas!
quando eu morrer estarei morto mas continuarei neste mundo...
CERRADO ERUDITO
Andei sobre o cerrado
Como os bandeirantes
Tão triste desmatado
Fui as lágrimas soluçantes
Fui por ele calado
Um dia cerrado, gigantes
No seu torto encantado
Só para me recordar
E não pude fascinar
Fiz uma poesia
Como poeta do cerrado
Soltei brados de fantasia
Pra tê-lo do meu lado
Mas a lembrança esvaia
Pelo axioma empoeirado
Neste preço tão alto
Do belo desnudado
E então, como Cora Coralina
Eu cantei versos ao luar
Neste chão, e céu anilina
Pra a sedução fascinar
Aí, me curvei
Chorei... Ante a força do sertão
Até quando este estado?
Surrado. Resiste a civilização
Ainda andei sobre o cerrado (...)
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
01 de abril de 2018
Domingo de Páscoa
Paráfrase Paulo Vanzolini
Tenho em mim
Todos os meus sonhos guardados
E fico aqui parada assim
À espera de os ver realizados?
Ou vou à luta
Caminhando por essa estrada fora
Tento gritar mas a voz não sai
Se calhar ainda não chegou a minha hora
De gritar liberdade
De ver os meus sonhos ganharem vida
E transformarem-se verdade!
Outro lado
A cortina era um véu
Que dividia a sala
De um lado eu, olhos esbugalhados , boca roxa , roupa rasgada , semblante de fúria
Corri pra cortina puxando com força
Queria rasgá-la , eu estava com ódio
Eu queria furar a cortina toda com a faca que na minha mão estava
Pra chegar do outro lado
Onde estava eu
De semblante calmo , vagaroso
Bonitinho , arrumado , pele limpa , boca rosada
Enquanto o eu furioso não consegue chegar ao eu calmo
O eu calmo apenas toca a cortina e ela se abre
Ele chega ao eu furioso e em sua boca beija
Une sua carne ao outro
Na mais perfeita relação
Um mete o outro recebe
E assim um eu se torna o outro
O calmo se torna fúria
A cortina foi rasgada
Hoje estou vivo, porém aflito, de que nada mais poderá me ferir; a não ser eu mesmo. Mas não temo. Já fui meu herói algumas vezes.
Hoje sou a cruz diante da aversão ilusória em uma metáfora de magnitude ambulante, que me alarma, porém não me avisa quando parar.
Eu te amo, e sei como te desarmar.
Intragável
Como os poemas de Bukowski
Me deito com pensamentos viscerais
Os densos e poluídos aromas paulistas me despertam
A todo momento avisto veneno entre os dedos de alguém
E contam com os dedos quantos placebos restam no maço
Segregados da natureza, o que há de bom em não vivermos iguais animais?
Ideais que amam capitais não sei se ainda me confortam
Embora sempre haja um axé ou amém
Ando cansado de caminhar à tantos labirintos emocionais, e tudo isso se reduz a todo barulho que faço.
É como um útero cinza que habito:
ar, água, vias de sangue
circulam entre mim e sonhos.
Ruas se entrecruzam
com alguma surpresa:
trompas.
Na esquina, pode estar
qualquer forma de claustro, desespero,
antes mesmo do fim:
ovário.
A indiferença se disfarça de beleza, proximidade:
religiões, bares, barracas
de comida urbana disputam convivas.
O tempo não nos absolve
dessa correria encardida.
Dias nos fazem deixar um pouco do que somos
para trás:
placenta em lixo hospitalar.
Quando os olhos humanos não conseguem ver a solução do problema; o sentido do coração precisa ter fé para acreditar que mesmo sem ver Deus está cuidando de você.
E para isso não precisa muita coisa; basta somente acreditar que ele pode mudar a sua história de vida e num minuto e o passado que um dia te atormentava apenas servirá como experiência que gerar a cura na vida de outras pessoas e você terá autoridade, maturidade e experiência de vida para declarar que tudo pôde naquele que te fortaleceu.
Minha epifania
Minha epifania
Minha fina sintonia
Meu âmago
Meu encontro
Não sei se te conto
Minha descrição indescritível
De algo que aconteceu,
De algo tão sensível
Minha epifania
Minha tênue linha
Algo tão singelo
Que só eu sei
Algo sem lei
Algo que não posso dizer
Minha epifania
Que pode ser com o Senhor
E com meu amargor
Ou comigo mesmo
No dia que percebi
De tudo que se passou
De tudo que perdi
Esta é minha epifania
Algo que não vou te contar
Algo que passou na vida minha
O amor é relativo ... Possui várias interpretações e nuances.
As vezes está tão perto e sequer enxergamos, mas ... se não enxergamos é porque não o queremos como está!
O amor pode ser apenas poesia!
Porém, o que vivemos em busca, ou no dia a dia é muito mais intenso e profundo!
É um amor que quase não rima com poesia, mas que vem com toda intensidade!
SEUS OLHOS
Embalam-me a alma de ternura
Elegância que acompanha minha trilha
Vejo neles reflexos de fadas que nunca ouvi
Em seus olhos as vi
No vagar do tempo
Vejo um fio de água descendo do seu rosto
Numa pisca já vão mil tristezas num só momento
A dor de todos os tempos
Levam-me à dejavu,
Os seus olhos negros
O encanto que reconta os seus contos
De mil maneiras de amar os outros
Triste é esse silêncio nos seus olhos
Empalidecendo seus lábios no seu semblante
A sua voz muda, gritando sua dor no augi da alma
Triste é sua dor, no silêncio dos seus olhos.
Ah! Não Posso
Se uma frase se pudesse
Do meu peito destacar;
Uma frase misteriosa
Como o gemido do mar,
Em noite erma, e saudosa,
De meigo, e doce luar.
Ah! se pudesse!... mas muda
Sou, por lei, que me impõe Deus!
Essa frase maga encerra,
Resume os afetos meus;
Exprime o gozo dos anjos,
Extremos puros dos céus.
Entretanto, ela é meu sonho,
Meu ideal inda é ela;
Menos a vida eu amara
Embora fosse ela bela.
Como rubro diamante,
Sob finíssima tela.
Se dizê-la é meu empenho,
Reprimi-la é meu dever:
Se se escapar dos meus lábios,
Oh! Deus, - fazei-me morrer!
Que eu pronunciando-a não posso
Mais sobre a terra viver.
Não queiras a vida
Que eu sofro - levar,
Resume tais dores
Que podem matar.
E eu as sofro todas, e nem sei
Como posso existir!
Vaga sombra entre os vivos, - mal podendo
Meus pesares sentir.
Talvez assim deus queira o meu viver
Tão cheio de amargura.
P'ra que não ame a vida, e não me aterre
A fria sepultura.
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