Poesia Completa e Prosa

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MERO

Quem tem poesia: o céu ou as estrelas?
Dirias ser os astros no esplendor
ou todo o manto azul, feito de amor
no simples ato seu de, ali, contê-las?!

Relembres que o poeta, trovador,
abria a sua janela só pra vê-las
e, em sua compreensão fugaz, sabê-las
nos versos em que o céu era o doador.

O fato é que a poesia não tem dono,
nem palco, nem salário, nem patrono…
Cativa-nos por livre ser em tudo!...

Eu cá, um mero poeta entre outros tantos,
ao ver estrelas, céu, sorrisos, prantos,
não posso, ante a poesia, ficar mudo!

⁠Saudade e Poesia

Saudade não conta as horas no ponteiro,
Ela mora onde o afeto faz abrigo inteiro.
Pode ser que a pessoa mal tenha ido,
E já deixe o coração meio partido.

Não é distância, nem tempo passado,
É o valor que fica ali, guardado.
É presença que a ausência faz gritar,
Mesmo após um simples piscar.

SimoneCruvinel

Inserida por simone_cruvinel_1

⁠Poesia Grandes Amores

Os grandes amores nunca se vão,
São brisas suaves no coração.
Mesmo distantes, sabem voltar,
Em notas, gestos, no olhar.

Vivem no tempo, no doce lembrar,
No riso solto, no choro a dançar.
São marcas que o vento não desfaz,
Ecos de um ontem que ainda traz

A prova singela e tão verdadeira:
O amor que é puro, jamais tem fronteira.

SimoneCruvinel

Inserida por simone_cruvinel_1

⁠Teu sorriso é uma bela poesia

Teu sorriso penetra em mim
suaviza minha alma
um semblante inocente
abriga minha essência
na lucidez da tua palavra
encontro afago para o coração
tua presença me descortina
uma pluma sonhadora
enfeita o céu estrelar
do meu coração
e a vida se aninha
@zeni.poeta

Inserida por zeni_maria

⁠Alma do poeta

Ah, poesia que absorve meu tempo
com generosidade
minha alma engrandece
meu coração lateja felicidade
em todo lugar uma caneta
um pensamento
um rascunho
faz parte de nossas vidas
um caminhar de simplicidade
para entender nossa existência
extrair da essência
o que Deus nos concedeu
com muito amor
libertar-se do profano
apegar-se à missão
em deixar um mundo
mais belo
onde vidas se transformam
e o homem
torna-se mais humanizado
@zeni.poeta

Inserida por zeni_maria

⁠Um poeta teve uma ideia singela.
Um pesquisador que gostava de poesia, fez um estudo com cautela.
Após anos de pesquisa, escreveu um artigo dela.
Um escritor muito culto, leu a pesquisa numa janela.
Escreveu um romance, dedicado a uma donzela.
Um pintor renomado leu o livro dedicado a moça bela.
Muito tocado pela obra, fez uma arte em aquarela.
Um compositor aposentado encontrou a arte na favela.
Fez uma música e como capa usou aquela tela.
Um quadrinista iniciante se inspirou ouvindo ela.
Publicou a sua obra, mas morreu numa viela.
Um cineasta encontrou o quadrinho numa passarela.
Resolveu fazer um filme dando a um poeta uma ideia daquela.
Um poeta teve uma ideia singela.

Inserida por uriel_medina_1


Dia mundial da poesia - 21 de março

Ah, me embalo nas asas da poesia
no alvorecer de suas magias
nas horas estreladas
em devaneios
erguer os olhos e ruminar
para arriar na folha a fantasia
suspeita de um coração sonhador
lugar este que o mundo pouco percebe
o espaço ocupado
vivenciado
encantado
do artista poético
@zeni.poeta

Inserida por zeni_maria

⁠Um músico ou um poeta sofrido?
Sabe o que eu acho engraçado na poesia?
Isso mesmo, na poesia,
Que seus autores pegam harmonia e paixão, e transformam em melancolia e depressão.
Isso me fez refletir que, na verdade, poetas são pessoas rancorosas, aquelas pessoas que aumentam histórias de 10... 20... 50 anos atrás, quando na verdade elas são apenas espinhos de rosas.
Exato, espinhos de rosas vão te machucar, te furar, mas, em vez de simplesmente um curativo colocar, preferem deixar a ferida aberta e ficar cada vez mais de mãos abertas remoendo... se doendo e sofrendo por aquilo.
Agora, tem outros poetas que pegam os sentimentos doloridos deles e escrevem com certa melodia, sabia? Chamamos eles de músicos, pessoas que sentem intensamente e então pegam isso e escrevem as mais belas sonoridades.
Ou vai me dizer que nunca ouviu uma bela harmonia que lhe fez dançar enquanto ouvia e te fez pensar... nossa, o que foi aquilo?... Mas quando você foi ver, era apenas um coração partido...
Decepcionante, né? Ok, mas talvez você não goste de escrever ou compor, talvez não goste de nenhum, mas também talvez esse poema não seja sobre músicos e poetas.
Em uma situação, você vai ser o poeta? Vai pegar algo lá do fundo, trazer para um assunto futuro aumentando em 30x e provando o quanto imaturo você é, ou vai ser um poeta que vai superar, mandar aquela pessoa para um lugar que não posso falar e escrever uma nova melodia com risadas e talvez algumas gargalhadas.
Vamos ser honestos? Eu prefiro ser um sincero músico a um poeta sofrido.

A POESIA

⁠Atenção, senhores:
a poesia
nem sempre cabe
nas palavras.

Para parir o verso...
As palavras flutuam
nascem e morrem
no mesmo instante
do pouso.

Silêncio!

Abram-se as portas!
O poeta descobriu
as metáforas!

Dizer- se,
Fingir-se,
Rasgar-se,
Embriagar-se...

Até a última
gota de alma.

Pronto.
Pariu-se a poesia!
— Que ruflem os tambores!
Até o dia clarear.

Inserida por eliete_carvalho_2

⁠No Extremo Sul
de Santa Catarina,
um rio que muda de cor
é digno de poesia.

Ora verde ou azul,
sua resiliência extremada
ainda no Rio Araranguá
se pesca com tarrafa.

O rio é como a gente
que precisa de tudo um pouco,
sem ele ficaremos no sufoco.

Nas cores dele deixo
o meu coração e o carinho
em nome de um melhor destino.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Casa de Versos

Escrevo pra poucos.
Poesia escolhe os seus.
Vem mansa, mas não mente,
toca onde o barulho não chega,
acende o canto dos olhos,
sussurra o que o peito calou.


---

Não escrevo pra multidões,
nem pra mãos apressadas.
Escrevo pra quem cultiva silêncios,
pra quem sente o mundo em segredo
e se emociona com o que não se diz.


---

Poesia não bate à porta —
chega como brisa de fim de tarde,
se aninha sem alarde,
faz morada sem pedir.


---

Quem habita meus versos
ouve música como quem respira,
sente o vinho como memória,
dança com a própria sombra
e descansa na solitude,
como quem voltou pra casa.

Jonatas Evangelista

Inserida por jonatas_evangelista_1

"Nunca fui eu, amante da poesia, mas ela gostava de mim; entre linhas e traços, sempre nos encontramos.

Porém, a felicidade nunca se encontrou nessas palavras doces e parágrafos curtos. Seria ela o meu desejo intangível ou a minha causa perdida, além da vida?

Não tenho a resposta, mas tenho a decisão de procurá-la, pois há honra em tentar e covardia em desistir."

Inserida por jhon_lisboa

⁠Não te colocarei no papel

Você é a poesia que nunca escreverei.
Talvez por isso seja a única que me atravessa inteira.
Habita a profundidade do meu ser,
num espaço onde nem a razão alcança.
Fica ali, inquieta,
como quem nunca foi,
e ainda assim, nunca deixou de ser.
Não preciso escrever teu nome,
nem de apresentações
nos reconhecemos no escuro,
onde só a cumplicidade respira.
Te escrever seria te tornar concreta demais.
Prefiro te guardar onde ninguém toca.
Te nego no verbo,
mas te carrego no pulso,
feito veneno escolhido,
bebido em silêncio.
Transbordas em mim,
mas eu me contenho
porque quem transparece, sangra.
Eu aprendi a sangrar por dentro.
O que há entre nós não cabe na lógica.
É um corpo que sabe,
uma alma que hesita…
um erro que eu cometeria mil vezes.
És desejo vestido de ausência,
lembrança que nunca aconteceu,
febre contida no gesto calmo.
E por mais que eu siga só,
como as estrelas
longe, intacto, em silêncio
há em mim um canto,
imoral, teu, intacto,
que ainda arde.
E se não te escrevo,
é porque não suporto a ideia
de alguém ler tuas entrelinhas
e ocupar o lugar que só eu sei.
Augusto Silva

Inserida por augusto_silva_1

⁠Desvendei os mistérios da poesia
e cantei meus versos de norte a sul.
Avistei um horizonte tão azul
e a silhueta de uma morena arredia.
O seu olhar possuía tanta magia
e o poder insano de me dominar,
para depois disso tudo se afastar,
e me causar tamanha dor de cabeça...
Morena linda,insiste que eu te esqueça,
mas como eu posso deixar de te gostar?

Inserida por evertonlimaoficial

⁠A Antimística na Poesia-Reflexiva de William Contraponto

A poesia de William Contraponto é um território onde o sagrado não entra. Não por intolerância, mas por lucidez. Ele escreve a partir da fratura, não da fé. Seus versos não pedem bênção nem anunciam milagres. Não há promessas de luz nem pactos com a transcendência. O que há é pensamento. Pensamento cru, sem disfarces, atento ao jogo de forças que molda o mundo e os corpos.

Sua poesia é uma forma de resistência simbólica à sedução do absoluto. Em lugar da mística que apazigua, Contraponto oferece a dúvida que desinstala. Ele não canta a alma em êxtase, mas a consciência em ruína. A espiritualidade aqui não se eleva. Ela desce, interroga, desmonta. Busca no chão as perguntas que a metafísica costuma esconder sob mantos dourados.

A antimística de William Contraponto não é um gesto de negação vazia. É uma recusa pensada. Ele sabe que toda crença carrega um custo. Sabe que muitas vezes o conforto da fé é comprado com a moeda do silêncio, da obediência, do autoapagamento. Seus poemas não atacam a religiosidade individual, mas a indústria da redenção. Não zombam da busca por sentido, mas expõem os atalhos fabricados para controlá-la.

Não há espaço para o milagre onde o poeta vê estrutura. O que se apresenta como sagrado, ele examina como construção. O que é vendido como divino, ele desmonta como discurso. Sua escrita se nutre do desconforto de pensar em vez da segurança de crer. Não há salvação. Mas há clareza.

Na poesia-reflexiva de William Contraponto, a ausência de Deus não é um vazio. É um convite. Um convite a suportar o mundo sem muletas metafísicas. A construir sentido sem terceirizar o olhar. A habitar o tempo sem desejar estar fora dele. Sua poesia não é ascensão. É travessia. E cada verso, uma pegada crítica sobre a areia movediça daquilo que chamam verdade.

Seus poemas não consolam. Mas acordam. E isso, por si só, é um gesto profundamente humano.

Inserida por Fabrizzio

William Contraponto: Lucidez Entre Versos e Palavras

A poesia de William Contraponto nasce da urgência de pensar, não como quem busca respostas, mas como quem se recusa a calar diante do absurdo. Seus versos não se rendem ao consolo nem à beleza fácil: são lâminas que cortam o véu das aparências, faróis acesos no nevoeiro da linguagem. Em sua obra, cada palavra é escolha ética, cada silêncio é crítica, cada poema é um gesto de lucidez.

Filho do questionamento e irmão da dúvida, Contraponto caminha entre ideias como quem atravessa um campo minado de verdades. Sua filosofia é existencialista, mas não resignada; socialista, mas não panfletária; ateia, mas jamais vazia. O sagrado é desfeito com ironia e o poder, enfrentado com clareza. Sua fé, se há alguma, é na consciência livre, na autonomia do pensamento e na dignidade de quem se ergue sem altar.

Poeta-filósofo (ou poeta-reflexivo, como prefere ser definido) por natureza, ele escreve para inquietar, não para entreter. Não há ornamento em sua linguagem, apenas densidade. Cada poema seu é uma fresta por onde o mundo se desnuda. E é ali — entre versos e palavras — que habita sua lucidez: uma lucidez que fere, mas ilumina; que não explica, mas revela; que não conforta, mas desperta.

William Contraponto não oferece abrigo. Oferece espelhos.

Inserida por Fabrizzio

⁠A poesia
Está na alma do poeta
Desabrocha em versos
Que ficam guardados
Esperando brotar...

A poesia
Vem sem esperar
Do sorriso que brota
Da lágrima que cai
Do vento que passa
Da chuva que se esvai...

A poesia
Ela vem assim
Do olhar que brilha
Do rosto de uma criança
Da meiguice estampada
Com sabor de esperança...

A poesia
Chega de mansinho
No canto de um passarinho
Na brisa que passa rasgando
Fingindo está brincando...

Inserida por Irarodrigues

⁠TRAZER-TE À POESIA (soneto)

Quando te evoco, a poesia apaixonada
Provê dum emotivo ardor que imagina
Cada versar: cheio de amor, ah! divina
Emoção. Sussurra a paixão, enamorada
Vejo ventura, ó sensação, tão doirada
Do olhar, afago, que a poética ilumina
Tirando a inspiração duma dura rotina
Alumiando o vale da alma arrebatada

Ouço a tua voz no meu pensamento
E o peito que, no sentimento ungido
Modula o soneto de ternuras cheia
E sinto, do teu beijo o encantamento
Na metrificação cada arrepio sentido:
Contenta... realiza... ocupa... devaneia.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 junho, 2025, 14’52” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠EM MOVIMENTO (soneto)

Ó, notai, que este versejar traz poesia
um cântico que anuncia doce sensação
e, embora seja contido, vem do coração
destacando os encantos de variada via
Quanto sentimento, incluindo alegria
vai-se em busca do amor, da emoção
são versos tão imersos na inspiração
enchendo a métrica com terna magia

Paixão, condição, cada dia um arrepio
deixando a prosa inquieta, imprecisa
e ao soneto, a cada olhar, uma prova
Não só de sofrência, tampouco estio
é tanto a tempestade quanto a brisa
pois, a cada ação, uma poética nova!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 junho, 2025, 21’59” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠POESIA NÃO ENSAIADA
.
A poesia é assim
Sem premissas ou planejada
Ela brota na mente
Pelas veredas da Alma
.
Sai por entre os ventres
Do sangue que o coração acalma
Não há nela ideologias nem dogmas
Aparece de repente em formas
De nuvem e caem como água
.
Para acalentar o desespero do ser
Que contido em infinito
Não segura as forças
Do Etéreo e o Divino
.
Sofre porém
Quando alguém lhe contém
As ideias que chegam sem precedentes
.
Em sua boca ensejada e palavras
Seu maior conforto
É poder com a caneta
Escrever em suas tábuas
.
O que lhe apresentam a Vida
Na imaginação sinestésica
Do sentimento, Amor em contento
O êxtase daquele
Que tem imaginação inspirada
Da letras escritas
E das rimas faladas
(Frederico Molini)
17/08/2023
00:18

Inserida por Molini

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