Poemas Vazio
Eu não entronco em mim
Das vezes intrusas em que você penetra meus pensamentos
E dos momentos em que imerso no vazio.
Estou vazia
Do que mais necessitava .
Estou vaga
De esperança .
Preenchida
De magoa .
Não tenho onde
depositar minha fé .
Mais preciso
Acreditar em algo ...
Mesmo que seja falso .
<Memórias do caos>
Põe fermento na mistura, sova e amassa a massa,
deixa a mistura vingar, deixa o bolo da vida crescer.
Por que o tédio, amigo, é a sala de espera do caos:
- Do nada, transborda e escorre pelas bordas
e sem se perceber, o vazio que era, rapidamente deixa de ser.
Valoriza as suas conquistas diárias, segue em frente com a tua vida,
dá um beijo de boa noite na sua filha
e um abraço apertado no seu pai...
Por que de repente a roda da vida gira
e até o caos que parecia bom vai entediar você.
Será em vão?
Minha voz ecoa em teu silêncio
Meu ardor na tua contidez
Crio palavras, utopizo minha história
Mas por que corro se ainda caminhas?
É tão bom, mas me definha
O sol que ilumina, também pode queimar
Desculpe, mas vou me retirar
É assim que sou não sei mudar
Não estou abandonando
Apenas recarregando
Esse silêncio e vazio por hoje sou eu quem planto.
Flutua abundantemente a fertilidade da mente.
Enquanto a alma rasteja, vazia de si mesma
E cheia de faces retrógradas.
Antigamente dava uma tristeza no tempo do frio, hoje eu sei que tudo está na mente, você tem o poder de controlar as emoções e deixar fluir somente os pensamentos que você quiser.
Se você consegue dominar sua mente você muda uma vida toda ao seu favor. Tudo que te acontece passa pela sua mente.
É uma batalha pelo controle total da nossa mente.
Nós não gostamos de vazios
Não sabemos lidar com vazios. Logo que nos deparamos com um, temos a urgência de logo enchê-lo de coisas, pessoas, comidas, pensamentos.
Uma rua vazia e escura mete medo. Uma carteira vazia desespera. Um cômodo vazio incomoda. Um copo vazio não serve. Um estômago vazio dói. Uma cabeça vazia não evolui. Um coração vazio não se alegra. And silence like a cancer grows...
Uma casa vazia é quase sinônimo de tristeza. Queremos logo enchê-la de risos, música, móveis. Nesse ímpeto desesperador de preencher o nada com qualquer coisa vamos ficando pesados. Acabamos nos entulhando de muitas coisas sem utilidade, ou de muitas coisas sem qualidade.
Consideremos nosso corpo a nossa casa. Mãos vazias logo são ocupadas por um celular ou cigarro. A boca vazia não fica assim por muito tempo, logo é se enche por comida, bebida ou conversa fiada. E assim vamos entulhando nossos vazios...
A maior parte do problema dos vazios se deve aos pensamentos de má qualidade que temos em relação a eles. Geralmente não ficamos encarando ou procurando por qualquer coisa dentro de um, pelo simples medo do que vamos encontrar lá.
A outra parte do problema de um vazio é que todos sabemos mesmo inconscientes que dentro deles reside algo sim, algo que não queremos ver e por isso tampamos com muitas coisas por vezes inúteis. Na verdade o vazio é um espelho. Apenas o reflexo de nós mesmos.
E nós não sabemos lidar com nós mesmos.
Bocas caladas,
Olhos que não enxergam,
Ouvidos que não ouvem,
Corações insensíveis...
Realmente, o mundo está cheio de pessoas vazias!
Mais uma noite me acordo
Com o corpo molhado de suor
O coração batendo forte,
Quase saindo do meu peito
Isso foi um sonho?
Ou foi pesadelo?
Ainda me lembro do seu beijo.
Queria não ter acordado,
Queria ter ficado, do seu lado
Sonhando mais um pouco,
Foi tudo tão real,
O calor do seu corpo,
Seus lábios doce como o pecado.
Porque você se foi?
O que eu fiz de errado?
Já disse!
Não queria ter acordado.
Sera que estou perdido?
Tinha deixado tudo de lado,
Meu amor, estou morrendo!
Perdi a noção do que é certo e do que é errado!
Me diz que foi apenas um pesadelo,
Pra eu depois voltar aos seus braços.
Isso foi realidade ou ilusão?
Não se brinca com o coração
Coração vazio também palpita
É oco, mas não morto.
Você se foi, pensei que essa dor me mataria,
Mas não tem como matar o que já é morto.
Saudações mundo
As vozes das árvores ecoam roucamente em meus ouvidos
E ao acaso a noite me conquista
E meus olhos negros cegam com tanta nitidez
Viver com histeria não é mais tão frugal
Um nom de plume em nome de cada história
Para que não se percam em um tempo qualquer
Medieval é o amor, e o tempo se desfaz com ele
Benquisto era o romantismo
Hoje é apenas abominação dos bruxos
Saudades do azul da manhã
Lembranças de um viver qualquer
Saudações mundo
Como se faz hoje em guerra
Antes se fazia em paz
E pela mitologia de atena
Vibra ainda a voz rouca das árvores
Como uma singela canção
Que vibra no firmamento do segundo céu
Era tudo extremamente rudimentar
Hoje as árvores falham a voz
Pois não tem mais o que cantarolar
Vozes cintilam na beira da estrada
E eu corro vigorosamente em busca do amanhã
E o amanhã nos meus sonhos é sempre e será eternamente
Como nos dias passados
Como o rei é coroado
Eu coroo a noite como rainha do amor
Entre plebeus e marajás há tanta infinidade
pouco se sabe quando não há o que saber
toda sabedoria é plena quando há pelo que plenar
Planeje o futuro para não prender-se ao passado
Escolha entre ambos para não pender-se em um penhasco
Suba de galho em galho e alcançará o fim e um belo horizonte
Dono de mistérios e mistérios, teu e todo o império
Era assim os dias de antes e será assim os de amanhã
Hoje o mundo se perde
e vaga pobre num vazio infinito.
Livro Fechado - Canção
Pelo chão roupas, versos, dias vãos
Cada passo de um caminhar
Que um dia eu não quis olhar
Era o céu: as estrelas nas minhas mãos
Nossa ida para o mar de amor
Minha boca silenciou
As palavras soltas dizem mais
Que as verdades mortas de um rapaz
Que cantava flores e jamais
Pensou no risco que é viver
Sobre a mesa nada que desperte um sorriso
Um livro fechado, um nó
Na lembrança, sua tez
Eu tinha o céu: mas eu nunca soube voar
Achava que da vida eu sabia
E eu só queria amar você
Na casa vazia muito mais
Que o coração cheio de uma paz
Que ficou no meio de um desejo de puro amor
De repente você perde tudo...
Perde a noção...
Perde a razão...
E o que fica é apenas esse silêncio e essa sensação de vazio..."
Apenas mais um dia
Muitos dias levanto
e apenas sigo indiferente
não vivo e nem canto
muito menos acordo contente
Entre idas e voltas
sorrisos e lamentos
mares e revoltas
vazios e tormentos
Somente me vejo no escuro
não há claro por perto
nem há nenhum muro
que eu possa escalar de certo
Apenas vazio
por dentro do meu eu
uma alma posta ao frio
que pouco a pouco apodreceu
Estamos sempre sozinhos
Como copos vazios
Transbordando amores
Como corpos frios
Que hospedam flores
Ela é chuva,
nos dias mais quentes.
Ela é calor
nos dias mais frios.
Ela é o encaixe dos meus vazios dolorosos.
Dor, dor, dor, dor... Porque sinto isso? Tento o tempo todo fugir disso, encarar isso, mas não para, é continuo, infinito, apenas dor... Não só fisica, emocional eu acho tambem, quando não as enxaquecas que me fazem querer a morte, o vazio de não sentir como as pessoas "normais" sentem.
Queria saber contemplar o mundo como vocês, queria motivos como vocês, eu tentei e tento todos os dias, mas, faz pouco mais de 22 anos que ainda não sei o que sinto, o que sou e para o qual propósito estou aqui... Não me encontro em nada, vivo a tanto tempo com essa dor que acabei gostando dela, aceitando-a, porém isso me machuca, e machuca os outros, sou como um poço maculado, e todos que se aproximam acabam se ferindo de certa forma...
Só queria voltar ao vazio da não existência, só queria que a ordem voltasse e minha essência se dissipa-se no finito infinito o qual vivemos, ou vivo...
Voltar ao sonho que vivia, voltar a energia caótica do caos criativo, voltar a ser pulso eletromagnético entre partículas, voltar ao corpo real, voltar a ordem minuciosa que rege a matéria, que rege a energia, que rege a gravidade, que criam e destroem tudo, que são direta e indiretamente as reais divindades do universo.
Não era pra ser assim, não era pra eu ter nascido, não era pra eu estar aqui agora, e agora que estou, tudo esta ruim.
Eu tentei,
tentei,
tentei,
cansei de tentar te mostrar:
que você fala,
ajoelha,
implora meu perdão
e diz que me ama..
Mas é mentira,
eu sei só de te ver,
sem dilatação no olhar,
só um vazio,
sem tempo,
sem nada.
Estou só....
Só comigo...
eu sou...
meu amigo
abracei a solidão
ela é o meu coraçao
estou só,mas sozinho nunca estou...
pois estou comigo.
Mas eu sou a solidao...
sou o vazio que completa
aqueles que tem medo de morrer sozinhos na própria solidão...
Vivendo em mundo repleto de pessoas,
caminhando entre a luz e a escuridão.
Uma mente aprisionada no passado,e uma vontade de sumir na multidão,vivendo em um mundo repleto de pessoas,porem vazio então.
As vezes você só quer estar sozinho escondido em algum lugar.
"Dividido entre a alegria e a angústia,
a solução foi oprimir o desejo.
Por medo de quem me tornei, encasulei-me.
Foram longos tempos como lagarta...
O casulo foi meu vazio.
E como vazios são essenciais,
eles foram base de minha
arquitetura emocional.
Por medo de não criar asas,
até hoje resisto à inevitável metamorfose."
