Coleção pessoal de Yrojam

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⁠Como é possível alguém perder, quase que por ímpeto, ao mesmo tempo a fé, a poesia, a intensidade e a alegria?

Como pode um amor apagar, o carinho sumir, a força de vontade se esvair e só restar a necessidade de sobrevivência?

Em que momento nós somos capazes de depositar tanto sentimento nos nossos planos, nas atitudes que julgamos corretas, desperdiçando o conhecimento e tempo e o trabalho com aqueles incapazes de observar o outro, cujos egos impedem a intenção de ser humano, ver o humano e fazer valer a justiça?

Onde acaba tudo isso?onde começa o outro lado? Por que continuar? Para que reiniciar?
O que significa o recomeço senão uma nova chance de errar e perder?

⁠Sempre neste dia sinto esse vazio no peito,
Quase como um imenso vácuo que sufoca a garganta e aperta minhas entranhas.
Um buraco negro que suga toda a alegria.

Como eu gostaria,
Gostaria que o tempo fosse só uma ilusão
Que pudesse acordar e ver que tudo não passou de um sonho.
Um sonho não,um pesadelo.

A sua existência vazia é pior que pensar que não existia.
Ter vivido com sua ausência,
Ter ouvido ou lido suas cartas de puro ódio,
Nada disso deveria me afetar,
Mas afeta dia após dia.

Ainda que eu veja um sorriso seu,
Ainda que me esforce pra sorrir de volta,
Ainda que meus frutos te amem,
O tempo não retorna.

Eu não o tive como deveria,
Sua presença rara só trazia dor,
Agora, ainda que amadurecida eu esteja,
ainda que seja possível entender,
Infelizmente toda a dor insiste em bater e bater,
De novo e de novo.

Gostaria que o tempo fosse só ilusão
E nada disso tivesse se passado.
que eu fosse filha de um pai amado,
Que eu fosse filha de alguém pra me proteger.

Mas o tempo não vai voltar,
Eu não voltarei
Sua ausência na minha vida , por minha ausência na sua, se perdeu também.

No mais profundo, um baú.
Belo, perfeito aos olhos e agradável ao coração.
Lacrado pelo mais forte dos elos, forjado no metal mais denso.
Tanto tempo ali parado, depois de ter sido largado.
E houve a tempestade e o mais profundo foi descoberto e emergiu o belo baú.
Tão belo de se ver, tão agradável ao ego.
abri-lo não parece ser tão intenso quanto sua beleza exterior.
Aberto foi. Não há volta.
Gostaria de nem tê-lo descoberto nessa imensidão.
Lhe transborda lembranças desgraçadas, lembranças que só machucam, lembranças de mãos atadas.
Há tanto tempo submerso, assim deveria ficar.
O que faço com isso agora?
O que faço? se nem mais seu algoz é conhecido.
Aberto o belo baú é descoberto seu tesouro há muito esquecido.
Buscai forças.

Românticos, pós-românticos, vitoriano, pós vitoriano.
Livros livros, sinto falta de lê - vos .
Saudades de vossas línguas, vossas graças, suas histórias.
Não era eu quem vos tinha, eram vós que me possuíam.
Saudade de fantasiar às vossas custas ou graduar minha inteligência modesta.
A vida não deveria jamais afastar - me de vós, oh livros!
Foi cruel.
Ainda espero por voltar a lê - vos tão furiosa e intensa e calmamente que voltarei a moldar o mais íntimo do meu íntimo, o mais perfeito do que eu posso "Ser".

Eita vida! Vida cheia e corrida.
Vida longa, vida curta.
Eita vida ingrata, difícil de viver.

Vida complicada e dura.
Vida com outras vidas por dentro.
Vidas lindas, vidas amorosas,
Vidas passageiras, vidas que ficam eternamente.

Mas a vida que mais importa é aquela que gerei.
Vida cheia de amor e cuidado.
Vida trabalhosa e satisfatória.
Ah! O que seria minha vida sem a sua!?
Vida vazia e sem sentido.
Vida fria e inconsequente.
Vida desnecessária.

Eita vida da minha vida.
Eita amor do meu amor.
Eita flor dos meus dias.

Estar sozinha, ser sozinha,
Não tenho certeza do verbo que devo usar.
Certo é que olho pro horizonte sem motivação,
Ele nada consegue me falar.

Nos momentos em que tento me erguer,
Não são raros, mas sempre curtos,
Digo-me: "vai dar certo!"
Mas logo fica tudo escuro.

Os carinhos dão uma alegria de momento,
Tão gostosa e tão... franzina,
Que a verdade sempre alerta ao amanhecer.
Certo é que não nasci para ser sozinha.
E guarde que estar aqui é diferente de ser.

Preciso de carinho, de abraços, de beijos e prazer.
Não sei onde procuro, ou se devo apenas esperar.
Preciso de planos, de sonhos e proteção.
Os meus são incapazes de 'me saciar'.
Quero todo esse conjunto, logo e intenso,
Forte e grande e devastador e suficiente,
Para a minha solidão ele derrubar.

Só há uma fórmula para se chegar à felicidade.
O problema é que eu nunca consegui decorar.

Por um instante pensei bem...
Será que valia a pena falar...
E tudo que pensava ficava aquem
Do que realmente deveria te dar.

Misterioso te ver nascer,
Dificil viver com você,
Estranho sentir aquele amor,
Mas muito mais dificil te ver crescer.

Já briguei porque falava,
Briguei porque calava,
Espero não ter causado dor.

Já gritei com sua dispersão
Me irrito com aquele desleixo caracteristico,
Mas o que mais incomoda meu coração
É saber que estou perdendo tudo isso.

Não to falando de nada ruim,
Ao contrário isso deve ser bom...
É que aceitar é penoso pra mim,
que você precisa usar os seus dons.

Ainda vais fazer muita coisa,
Só peço que não esqueça meu amor,
Chato, enjoado e brigão...
Mas, mais que de uma amiga,

DE UMA IRMÃ...

Fico tentando encontrar
Uma forma de descrever
Aquela coisa que eu sinto
Quando estou amando você.
Para quem estiver lendo
Venho explicar que não!
Não se trata de prazer,
isso aí é mera compensação.
Descrevo como algo incomum.
Movimentos confusos
Aqueles olhares estranhos
Um respirar profundo
Combinado com beijos desconcertados.
Todo esse conjunto,
Na verdade, tão estranho de se ver,
Naquele instante é tão perfeito,
E compassado e bonito
Que fica difícil não querer.
Por isso "prazer" é pouco para explicar
Aliás, não acho que consigo fazê-lo.
Só estou certa que faço amor
Porque amo fazer com você.

Quando a luz não aparecer para iluminar seu caminho... feche os olhos e confie no amor... e em quem te ama para guiar-te.

Quão doce é o gosto dos seus chamados
Que espero por eles no ápice de ansiedade,
E com quantos forem estes seus, aclamados,
Hei de atendê-los com o furor de uma saudade.

Não espero que o faças sempre,
Mas espero, de verdade, que não demores,
Afinal confesso que esses aos meus sonhos acalente.

Levam assim para longe os meus temores.
Compreendo então o quanto de ti necessito,
E amo e quero e busco e preciso.