Poemas Sombrios
Soneto da Existência Dicotômica
No rastro da vida, um dilema se esconde,
Por ouro e por sombra, em dúvida me perco.
Nas curvas do ser, o destino que arremesso,
Vale a pena o viver, ou é fardo que responde?
Verdades se ocultam em fé não contida,
Na pressa da vida, a eterna busca insana,
Cada curva, um desafio, na estrada que emana,
Onde a mente batalha, na jornada sofrida.
Mas na sinfonia da vida, um regente persiste,
Talento e decência, em harmonia tão rara,
Na dualidade do ser, a escolha declara,
Na ética e na luta, o caráter insiste.
E ao final, na busca incessante do ser,
Nos versos da vida, a essência revela:
Na força do sonho, a alma anseia e apela,
Por um mundo que, em dualidades, devemos percorrer.
Tenho estado presa em minha sombra
Mas nela não posso confiar
Me sinto num pesadelo sem fim
Onde nem posso sonhar
Sombra que segue os desejos...
Alma que tanto procura...
Sem encontrar...
Em ruas, conversas vazias...
Fundo de copos se aventura...
Doidos passos incontidos...
Império dos sentidos...
Enfim o copo vazio...
- "Enche outra vez vizinho"...
Vinhas de vinhos de oiro não bebidos…
Ócios e sossegos…
Desejados e outros sentidos...
Noite sucedendo noite...
Vertigem em qualquer leito...
Tanto faz...
Tudo tem jeito...
Amores, esperanças e desejos...
Quase os mal diz...
Eis que entrega seu coração...
De nada serve e vale...
Tudo é ilusão...
Dias mal gastados...
Noites mal dormidas...
Desejos de coisas esquecidas...
Lembranças de velhas feridas...
Incansável a tudo retorna...
Rotina a que se entrega...
Fraqueza que vira resistência...
Quando qualquer hora e hora...
Mas pois por vosso mal seus males vistos...
E todos os dias finjes te-los esquecidos...
Já nem vives...
Nunca aprendeste...
Vem de sua saudade, o que presume...
A ânsia de realmente viver...
Dizes que ficas tonto…
Hás de então ficar louco...
Tonto, o feio fica bonito...
O corpo só arde em desvario...
No entanto, o imaginário
desejo de alcançar...
Já nada mais importa...
Nem mesmo se terá outro amanhã...
Ou se terá...
No dia seguinte se arrependido...
Sandro Paschoal Nogueira
Na frente daquela casa eu via,
As arvores que faziam sombra,
A velha cadeira de balanço que assobia.
Ali naquela velha choupana todos riam
Parece que toda a paz formava sua energia.
Dali irrompia alegria,
Formavam uma só harmonia.
Ali era um lar,
Ali era uma nostalgia.
Dali emergiria humanos,
Na sua acolhida embalava a vida.
Olho no olho,
Respeito e afeto,
Simples Acolhida.
Na quietude do vazio, eu sinto a solidão,
Um eco solitário, uma sombra na escuridão.
Palavras ecoam sem resposta, o coração anseia,
Um anseio por conexão, uma busca pela ideia.
Caminho solitário pelas estradas do pensamento,
A solidão me envolve, um sentimento lento.
No silêncio das horas, meu ser busca companhia,
Um toque de empatia, uma luz que me guia.
Mas na solidão também encontro espaço para crescer,
Explorando meu mundo interior, aprendendo a compreender.
É uma jornada solitária, mas não sem valor,
Pois é na solidão que descubro meu próprio clamor.
Assim, abraço a solidão como parte do meu ser,
Uma oportunidade de reflexão, de me conhecer.
E enquanto busco conexões que possam me abraçar,
A solidão continua a me ensinar e a me transformar.
CORDELZINHO DA NATUREZA
Andei cedo pelos campos
Levei lápis e papel
Sentei numa sombra
Fui rabiscar um cordel
Queria numa tela pintar
Faltou tinta e pincel.
Levantei seguir andando
Quando vi dois passarinhos
Pousados no meio das flores
Sem furar os seus pezinhos
Aquelas flores tão belas
Eram cheias de espinhos.
O Sol estava sumindo
Levando a tarde embora
Estava tão entretida
Nem percebi a hora
Quando no caminho surgia
Uma bondosa senhora.
Seguimos juntas para casa
Começando uma boa prosa
Ela agachada colheu
Uma linda flor cheirosa
Perguntei que flor é essa
Ela disse, pra você é uma rosa.
Recebi das mãos bondosas
Com tanta delicadeza
No olhar ela transmitia
Toda a sua grandeza
De repente como fumaça
Sumiu no meio da natureza.
Até hoje me pergunto
Fico tão emocionada
Quem foi aquela mulher
Surgiu assim do nada
Parecia um anjo enviado
Doce e tão amada.
Autoria Irá Rodrigues.
Na sombra do ébano, o corvo negro pousou,
Seu coração aflito, pelo vermelho se encantou.
Sonhou dedicar-se, amparar com ardor,
Mas no passado vermelho, feridas eram a flor.
Alado de carmim, o pássaro vermelho voava,
Um passado de dores, em seu peito pesava.
O negro ofertou amor, prometeu proteger,
Mas o vermelho, em sua dor, não podia entender.
O negro, tão leal, quis curar cada mágoa,
Mas o vermelho, ferido, não podia abrir a alcofa.
O amor era fardo, pesado demais a suportar,
E assim, triste e solitário, o negro o viu partir e vagar.
O ébano viu o vermelho alçar voo distante,
Seu coração sangrou, dor insuportável e constante.
Nas asas da saudade, o vento os separou,
O negro ficou, sozinho e abandonado, dilacerado.
E no ar, o lamento do ébano ressoou,
História de amor e dor, na escuridão ecoou.
Duas almas que anseiam, mas não podem se entrelaçar,
O negro, ferido, assiste o vermelho partir, seu coração a sangrar.
Na sombra da traição, a dor se faz presente,
Um laço quebrado, um coração que mente.
Promessas desfeitas, confiança desvanecida,
Na tristeza profunda, a alma fica perdida.
Palavras traídas cortam como lâmina fria,
Amargura se instala, como nuvem sombria.
Lágrimas contam histórias de lealdade quebrada,
Na traição, a tristeza é a ferida mais cortada.
Hoje, sinto como se a escuridão estivesse envolvendo minha alma, como uma sombra sufocante. A tristeza pesa, quase consigo senti-la, me levando até o limite, à beira do abismo, quase pronto para deixar tudo para trás, como se o mundo não fizesse a menor diferença.
Mas então, como um raio de luz em meio à escuridão, uma epifania atravessa minha alma. Não sou o único culpado nessa tragédia da vida.
Há uma única vítima no rastro da destruição: meu filho. Seu olhar inocente, sua presença frágil, são um eco de esperança em meio ao caos.
A culpa não será mais minha única companhia. Ela se tornará a força que me impulsiona para continuar. Por ele, permanecerei firme, enfrentando os ventos tempestuosos da existência. E se, por acaso, ele não fizer questão, então, ficarei por mim.
,Tudo o que tenho é uma voz e um coração humilde
e uma sombra que me segue
e uma estrela desaparecendo dia após dia
e eu digo que devemos amar uns aos outros ou morrer,
e ninguém deve ficar sozinho, afinal temos um encontro com silêncio absoluto e não falharemos neste encontro.
Perceba o quanto aqueles que chegam sempre despertam
algo em você:
ou a luz ou a sombra.
Justamente para que você fique
ciente do que existe em seu interior.
Criei têm três lemas. Primeiro, “Viver uma vida sem sombra, como o sol do meio-dia”. Uma vida sem sombra significa uma vida com a consciência limpa.
Segundo, “Viva com suor pela terra, lágrimas pela humanidade e sangue pelo Céu.” No sangue, no suor e nas lágrimas derramadas por ser humano não existe falsidade. Tudo é verdadeiro.
O último é “One Family under God” Uma família sob Deus. Deus é um só e a humanidade são irmãos.
Nós poetas somos pessoas carentes
Que enxergamos o mundo na sombra da letra
Nós poetas somos pessoas envolventes
Que mostramos ao mundo nossa arte
Através da letra.
Dias de terror
Te vejo por aí
É real ou uma sombra?
Como posso acreditar?
Está vagando,
Às vezes aparece
Mas sempre some
Imprevisível!
Incalculável!
Inamável!
Luz na Infância
O mundo gira, e na sombra do descaso,
Crianças sofrem, perdidas na tristeza.
Negligência, indiferença, nesse abraço,
Onde a esperança se perde na incerteza.
Oh, Humanidade, que em tua compaixão,
Devolva à infância a alegria e a luz,
Pois cada criança é a nossa redenção,
E nelas reside um futuro que reluz.
Que a luz da esperança em seus olhos brilhe,
E o futuro delas seja cheio de amor.
Neste ato, que a todos inspire,
Cuidar das crianças, eterno louvor.
Que o mundo se una por esse ideal,
Proteger a infância, nosso dever ancestral.
SONETO A MINHA MÃE
Estar sozinho é como estar no deserto
Sem água, sem sombra.
Estar com a mãe é como estar em pasto
Hidratado e cheia a pança.
Mãe acalenta pela presença
Palavras de amor sem pressa
Com paciência aconselha
Demonstrando amor à beça.
Estar com a mãe no deserto
O calor não maltrata
O frio não machuca
O fastio dura um período
Embora sinta um vazio
A mãe abraça com afeto.
No peito apertado, a tristeza se aloja,
Uma sombra fria que o coração carrega.
Lágrimas silenciosas, a alma se afoga,
Um mar de melancolia que me entrega.
Nuvens cinzentas pairam no céu da vida,
Um vazio profundo, sem luz nem calor.
A tristeza sussurra, dor que não se esquiva,
Um lamento solitário, sem sabor.
Caminho pelos dias com passos pesados,
Um suspiro constante, um nó na garganta.
A tristeza me envolve, em seus braços sombrios,
Um fardo que carrego, uma dor que me encanta.
Mas mesmo na tristeza, uma chama persiste,
A esperança sussurra, um abraço de alento.
No sombrio inverno, o sol há de surgir,
E a tristeza se transformará em lamento.
Assim, ergo-me em meio à escuridão,
Construindo força na fragilidade.
A tristeza se desvanece, em cada canção,
E renasce a alegria, com serenidade.
Era uma vez um homem que um dia fora luz, mas hoje é um todo de trevas, por amar até a sombra de alguém.
Era uma vez um homem que sempre via aquela doce face no rosto de outrem.
Era uma vez um homem que por ela daria a própria alma, e se tivesse mais de uma, daria mais de cem.
Era uma vez um homem que amava, mas não sabia a quem.
Era uma vez um homem que não sabia como fechar as feridas que têm.
Era uma vez um homem que, por amar demais, já não distinguia o que lhe fazia mal ou bem.
Era uma vez um homem que descobriu que, para se ter felicidade no amor, é só amando ninguém...
As noites são mais tristes
Os dias são mais cansados
Se esconde sombra aos prados
Da mesma luz que vistes
Há noites não tão tristes
Dos dias mais agitados
De versos inacabados
Do mesmo amor que vistes
Nasceu como nasce poder
Invólucro do que precisa pensar
E não do que precisa ser
Fadado era então a fracassar
Desnudado de quem se recusa a crer
Que poderia o amor falhar
O Verdadeiro perigo reside na sombra, onde o inimigo oculto espera pacientemente para agir. Aquele que subestima seu inimigo oculto está destinado a ser surpreendido pelo inesperado. A maior vitória sobre o inimigo oculto é revelá-lo à luz, expondo suas tramas e frustrando seus planos. Nunca subestime o poder do inimigo oculto, pois suas táticas são sutis, seus movimentos são silenciosos e sua presença é quase imperceptível.
O inimigo oculto é como uma névoa traiçoeira que se insinua sorrateiramente, mas pode ser dissipado com a luz da vigilância constante. A mente do inimigo oculto é um enigma sombrio, mas com astúcia e perspicácia, podemos decifrar seus segredos e neutralizar sua ameaça. O inimigo oculto é uma ilusão enganadora, mas através da sabedoria e da compreensão, podemos expô-lo e derrotá-lo. Aprenda a ler nas entrelinhas, pois é onde o inimigo oculto sussurra seus planos mais sinistros.