Poemas sobre Saudade de grandes Poetas
ÚLTIMO BEIJO
Vazio ficou aquele dia
Ao respirar o teu cheiro;
Esgotou-se a melodia
Naquele final de janeiro.
Eu queria ficar
Tu preferiste partir...
Nada mais irá mudar
Depois que o sol emergir.
Como uma sombra calada
Redefini os seus traços;
Em uma pintura moderna
Tingindo os seus abraços.
Passou o tempo... Passou;
Levando a nossa história,
Talvez algo restou...
Trancado em memórias.
Depois do último beijo;
A vida caminhou... Seguiu;
Aquele oceano de desejo
Calou-se, submergiu.
Guimarães Júnior.
Não entendi nada
também não quero mais entender,
deixa rolar...
um dia passa !
Se não passar tou nem vendo
vou fazer lero-lero, pirraça.
Vou aprender a me acostumar
já dizia um velho ditado:
de amor não se morre,
de saudade também não.
Dói...machuca o peito
sangra a alma,
mas não mata !
Posso te dar um abraço?
Essa foi a pergunta que fiz, quando não havia palavras, quando não havia tempo, nem espaço para dizer tudo que eu sentia.
Posso te dar um abraço?
Foi a pergunta que fiz, quando te ver já não me bastava, precisava te sentir.
Posso te dar um abraço?
- Encontrar alguém especial é tão difícil.
- Aham. Concordo com você.
- E leva tanto tempo…
- É... pode ser, mas não se esqueça de que alguns tesouros são muito bem escondidos.
- Siga em frente.
- Mas senhor, só existe água, sequer uma pequena ilha à vista.
- Por isso mesmo, não procure alcançar um porto seguro sem antes lutar contra o medo que afoga a sua alma.
- Você parece indeciso.
- E estou.
- Mas afinal, o que aconteceu?
- Passei tempo demais admirando meus olhos, esperando que neles, encontrasse respostas.
Empilhar sonhos,
Empilhar pessoas,
Empilhar atitudes,
Empilhar sentimentos,
Empilhar…
Uma hora, a torre cai.
- Você já chegou no fundo do poço?
- Acredito que não.
- E como se sabe isso?
- Contando os segundos, medindo forças, ouvindo o silêncio. Porque nesse labirinto da alma, nunca se sabe de qual lado chegará a tempestade ou quando o chão irá se abrir. São apenas sinais, vestígios, como o código morse. Uma pequena distração, e o abismo sorri para você.
Não quero um café, ele esfria.
Não quero flores, elas murcham.
Não quero dinheiro, as traças cobiçam ele.
Não quero nada mais no momento.
Mas quero você em meus braços, só por amor mesmo.
— Sua peste.
— O que eu fiz?
— Algo.
— Ta.
— Mas não quer nem saber?
— Não. Eu vou fingir que não.
— Certo.
— Bobo. E o que será de nós?
— Algo.
— Algo?
— Algo!
— Ok.
— Beleza.
— E se você esfriar me avisa? Não quero bancar a ridícula.
— Claro. Não terei saída.
— Ótimo. E por quê?
— Porque se eu esfriar, provavelmente estarei precisando de você pra me aquecer.
Das promessas indevidas
Prometo:
Que depois, na vida seguinte
Hei de ser justo com o amor
Que serei criança até os vinte
Não convivendo com essa dor
Que na próxima oportunidade
Hei de perder toda a vaidade
Sem razão, agir com o coração
Sem fazer qualquer projeção
Prometo que vou me reinventar
Perdendo assim essa identidade
Que sempre se arrepende em amar
Se outra chance tiver, quero liberdade
Pra lançar as emoções vazias no ar
Enfim, eu prometo "amar de verdade"
[VAIDADE]
No teu verso
Em miúdos alfanuméricos
O prazo de validade.
Nos meus versos
Em graúdos suspiros
A saudade.
Meu único amor
Agora longe do meu amor, sinto minha vida se esvair. Minha tristeza reflete a imagem, do que meu coraçao está a sentir.
Volte pra mim meu amor e diga mais uma vez que me ama, deixas mais uma vez que do teu coração, seja eu a dama.
Não me olhe com ódio pois faz-me desmerecer a minha existencia, mas olha-me com amor, e pelo resto dos tempos, te esperarei com paciência.
N diga muito alto que n amas-me mais
Mas diga que me ama que aqui ficarei em paz.
Teu amor é minha vida, sem ti não posso viver, mas se dizeres que não me quer, deixo-lhe partir como bem entender.
Mas eu
te guardo naquela caneta,
no fundo daquela gaveta,
do lado direito da mesa que uso para compor essa canção.
Com ela escrevo o que penso,
eternizo o que sinto
e trago de volta memórias guardadas dentro do meu coração.
E espero que em algum estante,
um outro casal de amantes,
encontrem nesses versos,
o amor que eu ainda sinto por você.
Daria tudo para senti
para tocar,
faria mais que o possível
iria bem mais...
navegar,
naufragar em teus olhos
mergulhar
entregaria minha alma
meu corpo,
qualquer coisa daria
para me libertar
das correntes, do vazio.
Não encontro mais nada
além,
Não vejo
nada mais que saudade.
Como contentar-se
Como contentar-se com um grão de areia depois de afundar os pés na orla da praia?
Como contentar-se com o clarão da lua cheia depois que o astro rei correu da raia?
Como contentar-se com águas pelos tornozelos havendo mergulhado em alto mar?
Como contentar-se em prender os cabelos depois de experimentá-los ao vento soltar?
Como contentar-se com o brilho de uma estrela distante depois de haver cruzado o universo?
Como aceitar-se maltrapilho, cabisbaixo e hesitante após ter seu nome declamado em prosa e verso?
Como contentar-se com um canto à capela tendo se encantado ao som da sinfonia?
Como contentar-se com as chamas de uma vela após maravilhar-se com a luz da epifania?
Como contentar-se com rabiscos e rascunhos, depois de visitar a capela sistina?
Como conformar-se em correr riscos, cerrar punhos pra em seguida ser vencido na esquina?
Como ter saudade do Egito ou contentar-se com o deserto, depois de avistar a terra prometida?
Como conformar-se com um rito, convencer-se do que é certo, sem saciar sua sede por vida?
Como contentar-se com metades, depois de ter se entregue por inteiro?
Como contentar-se com saudades quem jamais se fez forasteiro?
Como contentar-se em cumprir metas e prazos na busca de riquezas que disfarcem a dor?
Como acostumar-se com sentimentos rasos já tendo mergulhado nas profundezas do amor?
Todos falam de você
Pelo menos uma vez na vida
Alguém vai te conhecer
Alguns irão desejar não ter conhecido
É uma das coisas mais difíceis de traduzir
Às vezes sua distância faz bem
Às vezes ela quase nos mata
Às vezes dura uma vida toda
Algumas pessoas querem te matar
Outras, adoram te matar
De perto você não existe
Sei disso porque
Quando você está longe
É que me lembro que teu nome é saudade.
