Poemas sobre a Seca
PINGOS DE AMOR
Coração!!!
Terra seca
Rende-se as gotas
Vindas do céu
Que chova muito
Lavando-me toda dor
Que do céu
Só caia
Pingos de amor
Que transforme a planície
Do meu coração
Em uma lagoa
Transbordada de paixão
De pingo
Em pingo
Escorra em riacho
Que contagie
Por onde passo!
( Cleonice Ap. Iori Rosa)
Estou me sentindo tão vazia
Vazia de vontades
Vazia de vaidades
Como se estivera seca
Seca de amores, de paixao, de verdades
Acho que é por falta do sol
Ou de um mergulho no mar
Mas o inverno ja se vai
E o que sobrou da neve, se derrete...em lagrimas.
Logo estarei de novo adornada
pela ilusão da primavera
As estações em mim, são mesmo assim.
Definidas, Marcantes.
Não aprendi a disfarçar.
Mas de uma coisa eu tenho certeza
Assim como elas vem
Tambem hão de passar!
A fonte
Em meio ao deserto, me vi com a alma seca;
A face palida, o coração vazio;
Nada em mim era bom;
Eu só queria um regúgio;
Eu só queria alimentar meu ser;
Foi quando te conheci, vi tua luz
Me trouxe até aqui;
Fez de mim o mais completo ser.
Folha seca me leva.
Já se foi, a unica folha seca que restou, resplandece em mim o folha seca que se foi.
Me leva com você para as esquinas, e eu irei a acompanhar-te nesses seus longos e curtos passos ao flutuar. Este rítimo musical que silencia minh'alma que me desperta a cada dia mais.
Eu só quero é não entender que devo me destruir e sim quero ter a semelhança dos sábios, que querem a certeza dos sábios que não são tão sábios assim.
Casca de besouro, areia e folhas.
Casa de besouro, alimento e areia.
Seca folha na areia. Casa em terra. Casa de areia.
Sou assim, seca e amavél...Cautelosa e despojada.
Cada lembrança um sentimento horrivel,
cada saudade um amor atrasado.
O dia é cinza...
Como um filme em preto e branco...
O poema é triste...
Como uma folha que seca antes de cair no chão.
E se as palavras só existem no silencio de um pensamento...
Que seja melancolia misturada com inspiração.
Tudo aperta a consciência insana
O medo comprime o perfume da flor
Flor seca
Desespero e dor.
Colher de açúcar e chá
Canela em pó
Dois dados e uma jogada
Só.
sozinha.
E que fez você de minhas poesias?
Poesia trépida
Despida
Oh...monotonia...
Desgraça conhecida
Tristeza!
Agora a seca que faz aqui me inunda
todos os poros
e também os meus olhos marrons.
Ventos agustinos sopram o diabo.
Dezembro tão longe.
Mas e se ele parte, num rastro, num vento. Como uma folha seca que voa. O que será do coração da poetisa? Pra suas mãos não chorarem e seus versos não virarem pétalas perdidas ela pousa num jardim e se torna borboleta. Borboleta que encanta levando versos de amor. Borboleta encantada num jardim de uma só flor.
___Lene Dantas.
Posso ser a mulher que seca as próprias lágrimas;
Posso ser a mulher que não se deixa abater;
Posso ser a guerreira e matar um dragão por dia,
mas a mesma mulher esconde uma menina que precisa dar a mão para atravessar uma rua, a mesma menina que sorri tentando esconder seus medos, a mesma mulher que pode ser fria com medo de se apaixonar é a mesma menina que se apaixona intensamente sem medo de errar.
Sertão de Sol
De seca, de melodia
Sertão de Lua
De chuva, de alegria
Sertão de rios correndo para o Mar
Sertão do meu coração:
- Sou Made in Parahyba!
Árvore seca, tempo confuso
Sombras de sombra
Sonoras, pulsantes, ecoantes
Sistema corrente trazendo o “outono”.
Mente que desprende
A lúcida e passageira arte!
Soberano em sua lástima
Astuta e polvorosa mácula do tempo.
Estações a mil
Loucas perspectivas de um instante louco
Insano, profano e largo universo.
A sua verdade se esconde em ti
Traços marcados no acaso.
Puro descaso do descontento
O zig-zag de uma vida no passar do tempo.
Oh caminho,destino
da minha alma,
livre,seca e pura,
que funde-se com o poeta,
tão feroz e suave como o albatroz.!!
A FLOR
Vejo uma flor seca, sem ar
Cá esquecida em um caderno,
E meu espírito prosterno
Num esquisito meditar:
Floriu quando? Onde? Em que estação?
E postergou-se? E é estranha
Ou amiga a mão que a apanha?
E a pôs aqui por que razão?
Pra recordar um encontro amável
Ou uma separação funesta,
Ou um passeio solitário
Num sítio, à sombra da floresta?
E ele está vivo, ela também?
E a que refúgio se retêm?
Ou eles ambos já mirraram
Como esta flor que aqui deixaram?
Para que e/ou quem escrevemos?
Dizem que...
É escrita reprimida, intrínseca e seca.
É catarse restrita e amoral.
As coisas andam juntas, assim como a terra seca precisa da chuva,
Assim como o passarinho precisa de um ninho,
Assim como a tristeza vem acompanhada de um carinho,
Assim como a alegria precisa de um sorriso,
É com muito amor que lhe digo
Que sem você eu não vivo e é de você que eu realmente preciso.
Será que depois da morte existe
Vida? Sai da seca, sai da sina e
A treva nos castiga? Ou o inferno
É aquele sol, que tanto queima e
Judia?
Tudo planta e nada vinga. É o pão
Nosso de cada dia. Tanto faz morrer
De sede, morremos aos poucos a
Cada dia. De barriga bichada, ou de
Barriga vazia.
Essa é a experiência nata de toda a
Vida. Ou morrer de fraqueza, ou
Então de bala perdida. Ou de boca
Seca, ou de fome desnutrida.
Carrega a cruz da penitência, ou a
Fome misericórdia? Calejada é
Brasileira, o futuro não importa.
Para a caridade sertaneja, tem
Ao menos humilde cova.
(Calejada do cerrado, poesia tema do livro "A terra dos lobocratas" – São Paulo - 2006)
Tinha cheirinho de sol sem nuvem
Chuva na terra seca
Cafezinho acabado de fazer
Tudo junto, como podia ser...
E um irresistível jeitinho de sorrir.
Levanta guerreira,
hoje ainda tem feira,
levanta moça forte,
ainda não acabou tua sorte,
seca as lágrimas e levanta o rosto,
tire o semblante do desgosto.