Poemas Quentes
SEARAS QUENTES DE TI
Para me sentir livre
O sol acariciava-me o rosto
No caminho pelas searas
Que o vento silenciava
E deliciava-me de beijos
Trilhos estreitos de pedras
Entre as papoilas de trigo
Cegonhas que pelos lameiros andam
Passos nas memórias perdidas de palavras
Nos longos abraços dados por nós
Sorrisos de lágrimas que se reduzem no silêncio
Entre o musgo já seco entre as fragas
Das horas esquecidas despojadas de nós.
CASTANHAS
Quem quer quentes e boas quentinhas?
É outono as folhas estão a cair
As castanhas do ouriço vão sair
Elas estão a cair para as apanhar
E os dedos vão picar
Quem quer quentes e boas quentinhas?
Caem as castanhas lá do castanheiro
E nós vamos lá para as apanhar
Quem quer quentes e boas quentinhas?
As cores quentes e admiráveis da hora dourada, um esplendor celeste no fim de tarde em sintonia com uma linda música de uma expressividade crescente, atingindo aos poucos o ápice de uma emoção majestosa que faz arrepiar a pele, um simples regalo para a memória.
Ocasião singela, abrilhantada por uma arte sonora e tonalidades intensas, uma soma maravilhosa que fornece uma sensação edificante, uma forma de renovar as forças, de reanimar o semblante, assim, uma experiência própria que melhora dia, um efeito muito significante.
Quando um encanto solar convida gentilmente uma atraente sonoridade para dançar, passos contidos e veementes, uma reciprocidade a partir de um olhar, uma apresentação sublime para se ouvir e para se contemplar, uma justa representação sobre o que é amar.
Amor doente
Veio como brisa nos dias quentes de verão
Soprou feito tempestade acenando o fim
Encandeia com o sorriso
A primeira miragem.
Saciei meus devaneios , relutei com a despedida
Impetuosa inconstância
Revelaste algo dentro de me
Quem seria além de te.
Sois o rio que derrama as águas
O vinho que mata minha sede
E seca minha boca
Infortúnio é te amar.
Minha bruxa maléfica
"Coração de gelo"
Em dias quentes
De amores gelados
Eu bebo vinho
E me embriago
Em beijos mornos
E bocas superficiais
Eu perdi o equilíbrio
Quem fez a maldita regra de gelo
Que locura é essa que vivem
E brindam com tanto fervor
Longe de mim participar desse devaneio
Longe de mim
Me entregar há abutres sem amor .
as cálidas noites pareciam ensolaradas em quentes desoras no ápice sonoro do meu êxtase.
tudo era eterno e o sol no céu se perdia no lacrimejar de uma madrugada ensolarada.
só exista eu e apenas um eu na união envergonhada de nossos corpos.
o pensamento tem cheiro de alguma coisa com gosto de nada, porém, existe.
ensolarado os restos de nossas vidas, a vagar na escuridão do dia, esperando por alguma coisa que brilhe.
Em dias quentes meu lobo grita por alguém que estar...
Meu lobo fica querebdo alguém que ainda não conhece...
Meu lobo ardente deseja intensamente o poeta das almas apaixonadas.
LAGOA DA PAMPULHA
Nas manhãs frias e quentes de Beagá,
Costumo rotineiramente caminhar na orla da lagoa.
Nas tardes ensolaradas de Beagá,
Descanso e ouço contadores de prosas...
Enquanto assentado à beira de uma mesa
de um daqueles restaurantes e bares na margem da lagoa,
pra saborear um delicioso petisco e tomar uma coca cola gelada.
Nas noites quentes de Beagá,
Na companhia assídua da lua e as estrelas a luzir...
Gosto de curtir com os amigos
ou na companhia de uma linda "mineirinha".
Sob o frescor que as águas da lagoa proporcionam
pra abrandar os ânimos...
Lagoa da Pampulha:
Uma lagoa cheia de atrativos
e que deixa qualquer mineiro
orgulhoso e cheio de "pompa".
Pois o que é nosso é nosso mesmo!
Mas a gente, além de cuidar e apreciar...
Sabe também compartilhar com os outros
que mesmo não sendo mineiros como a gente
Admiram também,
a nossa querida
LAGOA DA PAMPULHA.
Camas cheias, corações vazios.
Corpos quentes, almas frias.
Geração onde o desapego
virou rotina.
Se busca algo novo
todo dia,
mas o que acontece
é a repetição do mesmo:
o medo de se prender,
de gostar,
de sofrer,
de tentar.
E por medo,
se sente menos,
se entrega de menos.
É a solidão acompanhada,
a carne saciada
e a alma sedenta por verdade,
querendo algo que dure além do amanhecer,
algo que no fundo faça valer a pena viver.
Beijar o mar na tua boca
Sentir o barulho das ondas nas tuas narinas quentes
Tua pele reflete o sol
Me iluminino toda em ti
Fechar os olhos
Morder
Grãos de areia entre os dentes
Mergulhar e me afogar
Em saliva e sal
Puxa e pulsa
Maré de desejos que vive em mim.
“CAMAS FLAMAS E GELO
Dormem e derretem de tão quentes,
Nas camas de colchão
Altos, fofos e gostosos,
Bem cheirosos
A traques de amor por ereção.
Por entre gritos esganiçados
Da aceitação dos sémenes conspurcados,
Lá vão…
Na lascívia da podridão.
E a cenografia deste ato
Primeiro, de apresentação,
Após o intervalo,
Vai ter o segundo,
Na forma de um falo
E dará, de facto
E com novo fato,
Lugar a outra versão.
Ei-la, então:
Na cama, dois bonecos,
A jogar matrecos,
Como dois recos
Marrecos,
Possuídos,
Parecidos
Com australopithecus
De há milhões de anos idos,
Na forma rudimentar
De ficar aos urros, após copular.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro por Escrever, em 08-02-2023)”
DOÇURAS
Beijar teus cabelos,
Encostar os teus olhos aos meus,
Quentes,
Roçar a tua boca
Sôfrega,
Nos meus lábios
Sequiosos,
Tanger os teus seios
Com os meus dedos
Nervosos,
Entrar no teu ventre
Ofegante,
Através do rosado
Da abertura
Arfante,
Onde perdemos os sentidos
Num instante,
Do prazer que é rei
Dos nossos fluidos,
Que eu sei.
Para romper fronteiras valentes:
se fazem necessários e precisos
inevitáveis beijos quentes...,
Fecha a porta delicadamente,
são com as quatro paredes
é que fazemos o paraíso...,
Se não estás preparado:
- É melhor que não me leia!...
Para possuir veredas tranquilas:
se fazem necessários mistérios,
e imprescindíveis corpos ferventes;
Ama o amor imensamente,
são com todos estes beijos
que aumentamos os desejos,
Se não podes assumir:
- É melhor que só me leia!...
Porque me lendo aumentarás:
a sua loucura por mim,
o seu desejo e a paixão;
Certamente, amarás a mim
mais do que se pode imaginar,
Amando-me ao ponto de me ter,
Tendo a segurança que jamais
- Irei de esquecer
Por causa deste amor não irás
jamais por outra se interessar,
O amor aconteceu sem a gente
imensamente perceber!...
Aprendemos a ser amor
com as correntes do mar,
Elas são ora quentes e ora frias,
E mesmo assim não deixam
de se encontrar;
Somos dois eternos amantes
- a se [amar].
Não importa se está
nublado ou se está sol,
As noites ao teu lado
são de luar,
E o teu corpo estelar:
é a constelação
a nos iluminar.
Aprendemos ser amor
no dia a dia,
Até Salinas se torna
um rio de água doce,
Na sua boa companhia,
Somos dois eternos
amantes da [poesia].
Aprendemos a viver
com as correntes do mar,
Elas são mansas e ora bravias,
e mesmo assim não se deixam jamais;
São correntes que se unem,
e vivem a se [cortejar].
sou o brilho das estrelas que exalta sua beleza e traz a brisa que lhe refresca em noites quentes;
Mas eu sinto que eu também sou a água que lhe te satisfaz;
Minha razão também é a sua lei que domina meu coração, porém em qual quer mundo você é contemplada por cada parte de meu corpo;
E com as forças de seus olhos que me dizem como te amar envolvo seus medos lhe dando coragem de me amar;
Queria beijos! Alguém falou.
Doces ou salgados?
Quentes ou gelados?
Agora ou para sempre?Alguém respondeu .
Observo que ali no horizonte está por vir um raio de esperança, que nos dias mais frios é visto como o próprio sol.
Eu até tolero café morno, mas pessoas não. Pessoas precisam ser quentes.
[Café também, pensando bem.]
Há quem conserve as amizades em sal, quem as conserve em gelo, e quem as conserve tão quentes, tão quentes, que evaporam.
Assim como no inverno mais profundo muitas aves partem para outras regiões mais quentes, o homem deveria fazer o mesmo, partindo também para dentro de si mesmo e buscar um lugar mais quente que é aquele te o conduzirá a Deus