Poemas me Ame no Silencio

Cerca de 33034 frases e pensamentos: Poemas me Ame no Silencio

Caminho nesse ir infinito
repleto do silêncio
que há em meu ser
incapaz de digerir esse amargor passageiro
resta apenas o natural
entre ir e voltar
converso com minha alma
em demasia intensa.

Inserida por kaike_machado_1

vai

tal qual a companhia
busca por um olhar
lá vai o silêncio
solidão e apesar

tal qual a poesia
no uso da inspiração
lá vai o poeta
ilusão e emoção

tal qual o amor
quer um doce amar
lá vai a paixão
fugaz e salutar

Tal qual o poeta
finge sinceramente
lá vai a caneta
trova e a rima inocente

tal qual o fado
é traçado no florecer
o amanhã é desafio
novo sol, outro amanhecer

lavai... vai

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
paráfrase prima Líria Porto

Inserida por LucianoSpagnol

Eu e essa mania boba de ficar em silêncio...
Enquanto meu coração aqui dentro faz tanto barulho...
Mas essa sou eu né... calmaria..
Enquanto minha alma é ventania...

Inserida por bebelia2000

Poema

Insensatez

É no silêncio que te ouço,
em sofrimento que te sinto...
Nos momentos mais felizes,
esqueço- me de te como castigo...

Pássaro ferido, asas ensanguentadas...
sem poder partir, passarinho fora do ninho,
sensação nítida, de óbito eminente,
procura de uma estratégia, pudesse eu fugir...

Não chegas a mim como queria,
tu que realizas tão ardente ardor,
envolvo - me em falsas fantasias...
Inebriando - me, anestesiada...
em ilusórias promessas de amor...
.

Pássaro sentido, quantas vezes deixei de te ouvir...
Tu que um dia compostes, lindas melodias,
e sonhando, cega, mergulhada em lágrimas,
bailava na sedução de falsas cantatas de amor...

Queria sincronizar uma sintonia...
Sacias- me com alegria, luz e calor!
Retribuas- me o aconchego de meu carinho...
Numa explosão, erupção atmosférica...
verdadeira tocata tocante de amor...

Pássaro ferido, sedento do ninho, sede de amor...
Agasalhas- me num acorde doce, melodiosa melodia,
sacias minh'alma enfraquecida, levas- a ao extâse,
e saciados, improvisemos um soneto de amor...

( Poèticas de Solange Malosto )

Inserida por 1solangemalosto

nascente

nem dia ainda é
nem escuridão
nesta hora de silêncio, fé
o sono já em vão
e a alma já de pé
mansidão

neste momento aflito
agoniada a solidão
que suspira num agito
num grito, em oração
será meu este delito
ou será do coração?

não importa a importância
não importa o cravo
o amor é relevância
o poeta da poesia escravo
a poesia pro poeta substância:
prosa, cria, aroma, desagravo...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

ruído interior
ouço sussurro,
mesmo acompanhado
e eles estando em silencio.

fico acorrentado,
mesmo em um lugar fechado
e não pisando sobre cimento.

sinto sozinho,
mesmo em um evento
e cercado de argumentos.

não quero mais sentir,
muito menos ficar aqui,
quero parar de ouvir.

Inserida por nandapand4

Curtir o nosso silêncio as vezes nos dá
um retorno daquilo que estamos esperando!
Vamos fazer dele nosso aliado, para ter o que merecemos.
O silêncio nos resguarda!
Acredite!

Inserida por ValMoni

É de olhos fechados, no repouso
No silêncio absoluto de nossa Alma
Que podemos ouvir e até sentir
A pulsação do coração de Deus.

Inserida por poeta1958

tantas palavras no silencio...
seu olhar recua na adversidade ,
tentei serio e caminhei na escuridão,
anjos tocaram meu coração,
senti muito a chuva cair,
sobre tantas iras
se da verdades perdidas...

Inserida por celsonadilo

- No Silêncio de um Depois -
(Fado Varela)

Talvez, um dia amor, voltes p'ra mim
no mar da madrugada de nós dois
talvez, tu tenhas pena de nos pôr fim
e voltes no silêncio de um depois.

Não sei se onde estás pensas em nós
se pensas nessa vida que tivemos
mas como um rio que corre para a foz
eu sei, não esquecerás o que dissémos.

Às vezes, sinto ainda o teu perfume
na cama, nos lençóis onde me deito
às vezes eu sinto ainda tanto ciume
se penso em ti sem mim, que dor no peito!

E visto em cada dia de solidão
o peso da saudade que trago aos molhos
e à deriva neste mar do coração
eu levo nos meus olhos os teus olhos.

Inserida por Eliot

Quem me dera
Se teu silêncio fosse sim
Daí já era
Seria dona de mim
Quem me dera
Se pudesse perceber
Que sinto falta

Inserida por pensador

Silêncio Espiritual

A solidão não existia
A fome o acompanhava
A única solidão que residia:
A do céu, quando
A Deus clamava.

Inserida por MarianaMarkes14

Sobreposição

Sobre o silêncio
onde acomodo
o belo olhar
posiciono a frente de casa
para ver o por do sol
Com a companhia de pássaros.

Inserida por kaike_machado_1

TARDES DO CERRADO

É o entardecer no cerrado das tardes de todo dia
Solitário no silêncio, chega à noite e, o olhar tardia
Se tarde é, todavia, o tardar apressa a hora vazia
Enchendo de quimeras a noite que no céu sombria

E no breu do tal entardecer que a noite tão pedia
O sol no horizonte abrasa-se e o adormecer regia
Nos galhos tortos, recria, tal qual o poeta na poesia
Em um entardecer rubro, árido e de aspereza fria

Vem a tarde, chega à noite valsando em melancolia
Onde o vento entre as secas folhas no tardar rodopia
E o tempo e saudades no peito se fazem em sinfonia
Pra haver outra tarde, outra noite, haver outro dia

Sem saber se é pranto, choro ou remia que prazia
Adentro no entardecer do cerrado que a noite espia
Com seu luar gigante, reluzente que o denso lumia
Vai-se a tarde, num lusco e fusco, e a coruja pia...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março, 2017, 18'00"
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ENCONTRA-ME

Encontra-me no silêncio
Na lareira que perfumam
Os telhados em fumo
Encontra-me no vento
Que bailam os pinheiros
No eco que sou
Dos pássaros fugazes da noite
Encontra-me nos olhos do outono
Entre as folhas da espera
Que perfumam os meus segredos
Nos braços de cores zumbindo de morte
Que enfeitam nos seios da lua
Floresta que encontra o corpo húmido
De fetos, musgo verde em sombra
Encontra-me pela geada que afaga os anjos
Sim, encontra-me em casa no teu sorriso.

Inserida por Sentimentos-Poeticos

FINADOS

Perdida é a paixão no finados, ó Deidade!
Dentro do silêncio das lembranças, o choro
Dos que já se foram. Vácuo no peito em coro
E as orações repetindo o lamento, piedade!

Tantas flores pra tantas covas, pesar em goro
Tantos prantos pra tantas dores, familiaridade
Desfiando suspiros, em tal trágica fatuidade
No ocaso de glórias num plangor tão canoro

Devagar é o enterro no aflitivo perdido laço
Onde os olhares, passam, sem dar passo
Murmurando no vazio que o coração brade

Cada qual pega na alça do triste compasso
De conta em conta na magoa num repasso
Deixado as lágrimas e, arrastando saudade

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Retorno

Gastei toda aquarela, recolhida. Silêncio de barcos acidentados, fruta madura espatifando-se na terra. Colhi no ventre da treva estas
palavras tocando-as devagar, com medo de que por trás de suas faces frescas me aguardasse uma emboscada. Sei pelo avesso suas formas
conturbadas, atormentam-me seus abismos híbridos. Vê-las pulsando salva-me da lábia estofada cotidiana, mas também me expõe à rude dimensão da liberdade e seu preço poucas vezes raso. Cintila a pedra noturna dos meus olhos nos seus olhos, sei que posso atravessá-los num sopro. Após tantas águas fugidias, o refluxo. As portas batem, como nos dias arejados.

Inserida por pensador

- O que é isto Senhor?! -

Há um misto de silêncio e de saudade
que dança no peito de todos nós,
tão profundo, sem tempo nem idade,
que muitas vezes nos põe connosco a sós!

Tão quente como o Sol de cada amanhecer
tão frio como a água que cai do Céu
tão escuro como o negro de cada anoitecer
tão forte como Aquele que um dia padeceu!

O que é isto Senhor que sentimos a horas mortas
que nos corroi e esventra o coração?! ...
Tanta gente que passa p'las nossas portas
e nós, tão sós, à mesa com a solidão!

O que é isto Senhor que não nos deixa descansar
e nos arremata a Alma como num leilão?!
Será , talvez, condição ao incarnar
ter que aprender a pacificar o coração ...

Inserida por Eliot

Sempre gostei do frescor e silêncio
da noite.
As ruas com poças
ainda da chuva.
Sombras coloridas nos olhos
um homem passa
um carro passa
um rato passa
não há ninguém além da noite
já começo de amanhã.

Inserida por pensador

no silêncio da noite, reflito
porque ainda vivo ?
a morte não me levou
qual é o motivo?
em meio a pensamentos me perco ,
e o vazio me invade
como uma flecha certeira
dor que invade
destrói por dentro
tento seguir em frente
sorriso no rosto disfarça
a dor que corrói a alma ....

Inserida por bia2911