Poemas Góticos
O Peso do Silêncio
Na catedral de pedra fria,
onde ecoa o som da devoção,
nasceu uma sombra sombria,
ferida aberta pela ambição.
O pastor, amado pelos seus,
guiava almas pelo caminho,
mas mãos ocultas, cheias de breus,
espreitavam em completo desalinho.
Era noite, um altar sagrado,
um visitante ao fim da missa,
com olhar vazio e passo pesado,
entrou onde a luz se avisa.
Um disparo rompeu o ar,
o rosto sereno ao chão tombou,
a fé tremeu, não pôde evitar,
e o sangue do justo ali jorrou.
O silêncio grita nos muros do templo,
a justiça caminha com passos lentos,
os nomes se perdem, mas não o exemplo,
de um homem que partiu nos ventos.
A dor é um grito em silêncio,
Uma sombra que espreita a alma,
É o peso de um véu intrínseco,
Que rompe o chão da calma.
É um labirinto sem horizonte,
Onde os ecos da perda murmuram,
Cada lágrima forma uma fonte,
Enquanto os sonhos se dissolvem e turvam.
Mas da dor nasce o renascer,
Um farol que desponta na escuridão,
Mostrando ao ser o poder de viver,
Na fraqueza, a semente da redenção.
A dor nos quebra e nos esculpe,
Revelando o valor do resistir,
É a coragem que nunca se oculta,
E a esperança que insiste em surgir.
Assim, a dor é mais que ferida,
É o testemunho da luta humana,
Cada cicatriz narra a vida,
Uma história que o tempo emana.
À Beira da Cova
No frio da noite, a chuva cai,
Silêncio e sombra, o vento trai.
No peito um peso, um grito mudo,
Lembranças mortas no chão escuro.
O ferro canta no couro negro,
Correntes frias, passado azedo.
Uma garrafa, um último brinde,
Ao que se foi, ao que ainda finge.
LOWLIFE gravado na carne e na alma,
Caminho sem volta, sem rumo, sem calma.
Um túmulo aberto, convite ao fim,
Mas sigo em frente, a morte é pra mim?
Na lápide o nome, espelho cruel,
O destino escrito num tom de fel.
E ali parado, entre a lama e o breu,
Vejo no fundo... apenas eu.
Morfeu uchiha
O silêncio rodeia o tempo, como quem se apropria de sua sombra. O silêncio tem fome do tempo, e o transpassa como quem implora por um minuto a mais.
O relâmpago para um estado de consciência é como um insight, uma ideia nova e original, que tem o poder de mudar o norte para o sul, o leste para o oeste.
Caminhar sobre a ausência é atravessar um deserto de silêncio e ouvir o eco das miragens. Caminhar sobre a ausência é atravessar a dor do vazio e ouvir o eco das palavras não ditas.
Ele me olhava e eu olhava para ele, como se fossemos espelhos um do outro. Um silêncio profundo refletia nossa conexão.
Cada cor tem um som. O amarelo tem o som de um girassol, o azul tem o som do céu e o verde tem o som das florestas.
Uma metáfora não existe no mundo físico.Mas é poesia latente.
A alma é uma grande rocha, densa, palpável, forte. De dentro da rocha nasce a linguagem.
Nos instantes não lembrados, mora uma lembrança, delicada.
Sombra do Guardião
Na calada da noite, sem rosto ou sinal,
Surge a figura em silêncio total.
No asfalto frio, seu vulto se impõe,
Com o peso do mundo que a sombra compõe.
Não há cor, nem rosto, nem voz — só missão,
O fardo invisível do guardião.
Arma no ombro, olhar que não cessa,
Vigília na sombra, na paz e na pressa.
Entre luz e trevas, caminha sozinho,
Traçando no chão seu próprio caminho.
Não busca aplausos, não pede perdão,
Apenas defende — dever, coração.
E quando amanhece, some sem alarde,
A sombra se apaga, mas nunca se tarde.
Pois onde há silêncio, temor e tensão,
Há sempre, invisível, um guardião.
Te amo em silêncio.
Vivo na sombra da solidão,
E a dor me acompanha pelos caminhos onde a tristeza se espalha
Mas; maior seria minha saudade se eu deixasse meus sonhos morrerem
Neste silêncio que deixa esta noite longa
tão muda muda, que eu escuto o barrulho da minha sombra
E o meu coração palpitar enlouquecido
A te buscar em vão nas minhas fantasias
À sombra do silêncio fico a espreitar...
a esperar uma canção que me faça lembrar
e permita eu te amar
mesmo sabendo que não posso mais te tocar.
A sombra do teu olhar me acompanha como guarda-costas. A voz do teu silêncio me persegue como se eu fosse bandida, o teu caminhar anda comigo lado a lado, teu cheiro está em mim como vinho que embriaga.
Teu sorriso é eco no meu pensamento, tua boca canta em verso a minha saudade.
Lembranças de você viajam em mim como estrada.
Teu rosto é retrato guardado nas minhas memórias, teu falar é música aos meus ouvidos, teu corpo é tatuagem na minha pele.
Tuas mãos é marca no meu corpo.
Você é pra mim como o luar em noites escuras, como sol em tardes frias como vento em meio a tempestade, como chuva em noites quentes.
Vive em mim, acampa em mim, mora em mim.
Você, o real da minha fantasia...o desejo do meu sonho !
Calmos, na sombra incolor
Que dos galhos altos vem,
Impregnemos nosso amor
Deste silêncio de além.
Juntemos os corações
E as almas sentimentais
Entre as vagas lassidões
Das framboesas, dos pinhais.
Cerra um pouco o olhar, no teu
Seio pousa a tua mão,
E da alma que adormeceu
Afasta toda intenção.
Deixemo-nos persuadir
Pelo sopro embalador
Que vem a teus pés franzir
As ondas da relva em flor.
A noite solene, então,
Dos robles negros cairá,
E, voz da nossa aflição,
O rouxinol cantará.
nossos sentimentos são vastos no silencio,
magoam a sombra da solitute em nossos sonhos,
em cada etapa da vida se da a flor da alma
os espinhos da solidão vertem o sangue do teu coração.
por celso roberto nadilo
Trago-te
uma face magoada
trago-te
a sombra de minha face.
A boca guarda em silêncio os gritos interiores
e os ocasos se sucedem
nos meus olhos.
Sinto meus dedos que rompem as grades
das janelas
e se ferem de azul.
Mas as mãos,
(que desejariam voar)
estão quietas..."
À Sombra da Lua
Ouço um silêncio...
Deitado em minha cama
à sombra da Lua
e do gotejar da fina garoa.
E pouco perturba o verme
voando no quarto,
sim; se há tantos grilos
no escuro da mente.
Lá fora, na noite de Lua
procuro versos no silêncio
que me deixem sonhos bons
na noite deitado
à sombra da Lua.
Abro os olhos
Mas só vejo a minha sombra
Tento escutar o silencio mas
Só me oiço a mim
Tento mover-me mas não consigo
Sinto-me presa nas trevas.
✿╯¸.•¨.¸.•*¨*.•*¨. ¸.•*¨* (¸.•¨
ANONIMATO
Grato ou ingrato seu anonimato?
Teu silêncio tem cor da sombra
Que propícia aos crimes, e aos amores,
Hoje seremos felizes...
longe, temores, paúra e lascívia
Longe, fantasmas, ilusões do medo.
Somente ilusões de terror por amor
Grato ao ingrato anonimato ....
_____________ Maria Izabel Sá Ribeiro
Sou a sombra que se arrasta pela tua pele no silêncio da noite,
o vulto que invade teus pensamentos mais proibidos.
Percorro teus segredos com a fome de quem já te conhece por dentro,
mergulho nos teus mistérios como quem reclama o que é seu.
Sou o alfa solitário que tua alma implora sem saber,
o sopro quente entre teus suspiros,
o peso invisível que deita sobre teu corpo nas horas mais escuras.
Sou a lembrança que te acorda molhada de desejo,
o domínio silencioso que faz teu coração estremecer no peito.
Meu nome é o feitiço que tua boca não ousa pronunciar,
minha presença é a brasa que te queima sem piedade.
Sou o fogo do vulcão que ruge dentro de ti,
a mão invisível que percorre teus limites até despedaçá-los.
Sou o motivo dos teus gemidos contidos,
o olhar que devora tua alma enquanto teu corpo implora por mais.
Em mim, perderás o fôlego e o controle.
Comigo, serás tua versão mais selvagem, mais tua... mais minha.
No silêncio do sepulcro,
entre rochas frias e sombra,
ficou dobrado, com cuidado,
um lenço... mensagem que não se apaga.
No silêncio que escolhemos, germinam forças que quebram o medo e transformam cada sombra em caminho.
— Purificação
O Vórtice da Alma não apenas nos abre; ele transforma cada fragmento, cada silêncio e cada sombra em força, coragem e caminho claro.”
— Purificação
No Cálice da Alma, cada fragmento, cada sombra e cada silêncio se tornam armas de coragem, força e destino.
— Purificação
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