Poemas e Poesias
Memórias
Pequenos fragmentos
do que ontem
se viveu
duras lembranças
do que já se perdeu
Vivencias passados,
recordações vivas
de que só viver não basta.
Óh amor
doce amor
Senti na conexão dos seus lábios com os meus
No escuro onde não te vejo
Senti amor ao primeiro beijo
Madrugada mágica
O silêncio da madrugada espalha mágia
Céu estrelado e lua cheia em sintódia
Vejo a mais bela obra de arte
Poesia não escrita
O meu nome há de ser a sua
música favorita quando menos esperar vai se pegar cantando
porque sei que o seu coração
está todos os dias embalando.
Entre Enfeitados e Mascarados
dançando com o Boi Calemba,
Sou eu a dama deste folguedo
vestida com este gentil poema.
Quando este folguedo for findado
a Lua estiver bem posta,
e sem precisar de aposta:
não me negue a serenata
amorosa de cavalheiro apaixonado.
Que tua luz brilhe mais neste dia
Que a Sabedoria Universal
Que tudo alcança, que tudo permeia
Faça parte de todos teus momentos
Que teu respirar seja límpido
Como um mágico lago nas montanhas
Que teus passos sempre te guiem suavemente
Porém firmes, rumo ao teu melhor eu
Que teu espírito, repleto de humildade e perdão
Encontre a todo instante, motivos para agradecer
Que cada dificuldade encontrada
Se transforme em oportunidade imediata
E que, sempre, a vontade de perseverar
Te leve a superar a rotina e encontrar motivos para se feliz!
Poliglota dos idiomas
dos outros e dos idiomas
que criei mim mesma,
Vivo tentando traduzir
o quê está na cabeça.
Para não me transformar
no Arranca-Línguas
da lenda melhor mesmo
é escrever um poema.
Trancando o meu próprio
Diabo na Garrafa,
Dou boa noite para quem
é da noite e dou bom dia
para quem é do dia.
(Porque na vida tudo é nuvem).
Por premonição vejo
o sangue de um fluindo
para as veias do outro,
Mudamos de lugar
neste Balandê Baião,
Começamos a dançar
no ritmo da sedução
até a hora do balancê
da paixão vir alcançar
os apelos do coração.
O encontro das Cheganças
vem rompendo o silêncio
desta cidade romântica,
As pessoas pouco a pouco
estão aparecendo acenando
das janelas das suas casas,
Estas Cheganças nascidas
da fé e do nosso inspirado
povo que compõem
saudações ao Padroeiro
trazem o condão e a poética;
Um olhando para o outro
cumprem do mesmo jeito
o gostoso efeito de festa,
porque nossos corações
fazem música de orquestra,
e deixamos nos envolver por
este amor que a gente venera.
baobá
procuro nos outonais trâmites do teu corpo
o insofismável vestígio das tuas raízes
salgueiro que jaz e se curva obliquamente
eterna a bênção, terrível o fim do tempo
deserto, areia, sol, miragem, saudade
serás sempre o antes e o depois de nós
e nós seremos tão pouco e tão poucos
depois de ti secarão todas as welwitschias
África não renascerá da força dos tambores
mil homens sangrarão entre solenes rituais
as grávidas abortarão com sede de terra
e o céu encher-se-á de conchas e espinhas
e virão os deuses deste mundo e do outro
velar a desgraça efémera da sabedoria
ninguém saberá mais falar, escrever ou viver.
Poema dedicado a Catarina Pereira do Nascimento
(Pedro Rodrigues de Menezes, “baobá”)
Eita Deus do céu!
Que dia mais chuvoso
Pé d'água tenebroso
Deixando o povo ao leu
A correnteza é esse trem
Causa dor por onde passa
Levando móveis e o que mais tem
E o desespero? inunda a praça
Mais forte quanto essa dor
Somente a nossa fé
Que insiste ficar de pé
Pra dar lugar ao amor
Ainda com tanta incerteza
Diante de tanta comoção
Nosso povo não tem fraqueza
Há cumplicidade e devoção
Esse estado de calamidade
Nos mostrou o melhor de nós
Trouxe empatia e solidariedade
Todos por um e também por vós
É tempo de reconstruir
E dar lugar a confiança
Fazer o povo voltar rir
Com amor, fé e esperança
Quem se mete
com os protegidos
do Nego D'Água,
do Minhocão do Pari
e do Pé-de-Garrafa
não sabe a ideia
que está arrumando,
Não ignore o quê
estou te avisando,
Depois não diga
que não te avisei.
Não que eu não saiba
ou não queira amar,
Eu quero amar,
e no amor de verdade
não vou deixar de acreditar.
É que o meu coração
foi bastante bagunçado
sem eu ter procurado,
E chegou a hora que
não posso mais me dar
o desfrute de errar.
Aos bacamarteiros peço
de coração a boa mira,
a intervenção com saudação,
a dança, a oração e a canção.
Espero que até São João
o amor eu encontre
ou ele venha me encontrar,
E que os bacamarteiros
me acompanhem
para desta vez o alvo eu acertar.
Com o seu olhar de caçador
você entrou na roda
para dançar com o teu andor
caipira a Dança do Marimbondo,
Você chegou com aquele charme
maroto sem me dar desconto,
e fez o meu coração arrebatado.
Na zabumba você pendurou
a casa do danado,
Espantava o bichinho por
todos os lados,
Trocamos olhares apaixonados
e não importamos se seremos
por quem quer que seja reprovados.
Sim, dessa vez você deixou a garrafa
para equilibrar na cabeça de lado,
Sei que não dá para disfarçar,
que você está apaixonado,
que quer ficar comigo colado
e anunciar o orgulho de bem amado.
Neste mundo quase perdido
que a cabeça da gente pira,
Para viver o amor profundo
tenho certeza que chegou
a nossa tão esperada vez;
Nos meus braços você encontrará
o teu refúgio e toda a calidez,
e segura nos teus encontrarei
a sensatez e toda a magna poesia.
Ao menor sinal teu
fico toda arrepiada
só de imaginar ser
por ti esquentada
como a mulher
escolhida para fazer
parte da tua vida,
Quando este dia
chegar será tão
animado que nossos
peitos fortes soarão,
e confundidos serão
com os Cabaçais do Cariri.
Soltei todos os nossos bois
no pasto do folclore só
para ver o quê vai dar,
Primeiro soltei o Boi de Reis
para ele me mostrar
se realmente chegou a minha vez
de saber realmente
onde o meu amor está.
Soltei o Bumba-Meu-Boi
para saber por onde o amor foi,
Soltei o Boi-Bumbá
para saber se o amor escrito
no meu destino está.
Soltei o Boi-de-Mamão
para saber se realmente
vou encontrar o amor
com todo o fervor no coração,
e pedirei a nossa benção.
Soltei o Boi Calemba
para ele me ajudar a encontrar
um amor que seja feito de poema,
Soltei o Boi-Surubim
para encontrar um amor que realmente tenha nascido para mim.
Soltei o Boi Zumbi
para saber se o meu amor
realmente se encontra por aqui
e comecei do nada a Dança do Boi
para não deixar nada para depois;
e não me queixar depois que dói.
Soltei o Boi-de-Mourão
para não desistir de continuar,
Soltei o Bumba para comigo
seguir a procurar e o Boizinho
também para me acompanhar
porque não vou desistir de buscar.
Quanto tu me amas
o teu amor é tanto
como se fosses a chuva
e eu o campo que semeias.
Germinam em mim a vida
Inundas-me
Criando em mim ravinas.
O coração ao som
do tambor de mina
da Via Láctea
na vida nos orienta,
O amor é meu lema,
os teus olhos mantém
vivos cada poema.
As estrelas no céu da Pátria
profunda dançam
com o destino que nos brinca.
E eu não consigo pensar
em outra coisa a não ser
em me lançar no abismo
desta tua linda boca.
Sinceramente, não acho,
e sim tenho toda a certeza
que nada tem de ensaio.
Nas minhas mãos levo
o feitiço do teu amor
com destreza e me divirto
com este doidivano fascínio.
A poesia destes dias andam
gingando em campo aberto,
e que você é meu é óbvio e certo.
De soslaio você anda
desenhando a rota rumo ao paraíso,
a tua astúcia eu conheço,
no silêncio amoroso nos guardo.
O som dos tambores
me trouxeram sem querer,
Você me deu flechas
nas mãos e me levou
para dançar sem a menos
o meu nome perguntar,
Dançamos na roda
do Bate-Flechas sem parar,
sem nos dar conta
de ver o tempo passar
e foi dançando que
a gente começou a namorar.
Você está ouvindo
o quê eu ouvi?
Você ouviu e viu
o quê ouvi e não vi?
É o Comendador
da casa das 365
janelas andando por aí.
Não toque na reputação
alheia de jeito nenhum,
e não mexa naquilo que não é seu.
Ainda insisto em ter
um amor gentil que
seja capaz de segurar
e até mesmo buscar
o meu chapéu caso
a ventania sopre
por esta Cavalhada.
Não é pedir demais
um amor que eu ame,
e também por ele seja amada.
Entre cavalheiros vestidos
de azul e de vermelho,
passam por nós a Côrte,
a nobreza e os lacaios,
e o dia nos reverencia
com toda a beleza.
Não é pedir demais
um amor que me cuide e guarde,
e eu faça o mesmo por ele.
Fino é o trote que
o destino põe o coração,
se o amor não for profundo,
é melhor que do caminho
seja desviado pelo Divino.
Não é pedir demais
um amor que seja meu e eu seja dele,
e que só em nós tenhamos o deleite.
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