Poemas de Teatro
"O ator deve estabelecer uma relação amigável consigo mesmo, o conflito entre o EU artista e o EU humano são inevitáveis, e quando se torna insuportável esta briga entre mente e alma, saiba que, este é o melhor momento do ator."
Às vezes, não nos sentimos como se estivéssemos todos atados a uma peça teatral? Não tem roteiro, não tem diretor, sabemos - ou não - das nossas falas, alguns caminhos a seguir, até sabemos atuar um pouco mais, um pouco menos. Na maioria das vezes sobra pouco espaço - não nos deixam - para ser aquilo que somos de verdade: nossa atuação poderia desagradar, pois a farsa parece mais leve que a realidade. Quem sabe um dia consigamos sair dessa peça ruim.
Olhando para o futuro consigo contemplar o passado de forma muito clara, vejo tudo se repetir como se fosse uma peça de teatro, na verdade um clássico do teatro pois estará em cartaz eternamente a unica coisa que muda de verdade é o cenário e os atores que representam os mesmo personagens.
texto de: Tiago Maia
Doença da dramaturgia: são os atos da peça da vida em que se faz necessário o drama para saber o que é a alegria.
Porque um personagem tem uma vida verdadeiramente sua, marcada por suas características, por isto é sempre 'alguém'.
É a normalidade que cria os atores do cotidiano: o marido atencioso, o filho obediente, o bom funcionário, a mulher ideal, o cidadão exemplar. Por isso a normalidade censura o louco, porque o louco desconhece o artifício de interpretar papéis; o louco é o próprio teatro.
Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que leva a vida a parecer sempre um esboço. No entanto, mesmo esboço não é a palavra certa, pois um esboço é sempre o projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro.
Subam no palco com toda coragem que puderem vestir. Finjam que o que estiverem prestes a dizer nunca houvera sido dito; finjam que o que estiverem na iminência de fazer jamais tivera sido feito por quem que que seja. Prometo-lhes, ao ouvir o som de aplausos, esta absoluta certeza do quanto houveram sido extraordinários, tendo nos propiciado ouvir e ver o que, de fato, não tivera sido contemplado antes da tua existência.
O mistério da vida se inicia desde nossa gestação no útero materno e permanece até o último ato nesse teatro da vida.
A vida oque dizer sobre ela? Só tenho a agradecer por tudo até mesmo aquilo que não deu certo e o que deu que a vida continue sendo esse grande palco de teatro, você escolhe o papel sim, mas o choro não pode ficar de fora nem mesmo o cair, até porque um "espetáculo" onde tudo da certo sempre não se torna um espetáculo você decidi oque quer fazer do seu palco brinque mais sorria mais expresse mais seus sentimentos seja feliz o resto vem.
No palco da nossa vida existem dois tipos de pessoas, as que assistem da platéia e as que sobem no palco e dão sentido à sua história.
O ator diz sim onde os outros dizem não! Em cena ele tem que dizer (fazer) o que na realidade não faria, ou o que outros não fazem.
"Quando um dos interlocutores não abre seu coração , não há diálogo. Quando um mente, ainda que o outro acredite, também não é diálogo, é teatro."
Na dança meu corpo grita e minha alma e espirito calam se como silenciosos espectadores atentos do meu linguajar movimento. No teatro e na música não é diferente pois meus personagens encenam e meu canto emudece frente ao amargo congênito de meu coração.Tolos são os que veem e dão uma única sentença para todo universo que cabe entorno da região peitoral onde abriga a livre motivação, os devaneios e a insana emoção.
E quando o menino sobe no palco, se transforma em tudo aquilo que queremos ser: o homem, o divertido, o filho, o pai, o amante, o que promove lágrimas e sorrisos. E nas coxias descobrimos que por trás de tudo aquilo, atras da cena, nas coxias, há um poeta da arte de entreter e interpretar (Coxias - Victor Bhering Drummond)
O artista tem o DOM de amar, de aprender e ensinar, tem a necessidade da insegurança, pois assim aprenderá a caminhar e por onde passar, cravar sua marca e construir um novo mundo, e a cada apresentação uma nova platéia, inteiramente modificada e restaurada pela sua arte.
E enquanto isso, os holofotes sinalizam um tempo nos ponteiros do relógio e a mente entra numa confusão de emoções, e o coração continua pulsando sem entender o que se passa dentro de uma alma divergente que assiste a vida passando como uma peça de teatro aguardando em silêncio o próximo ato...
