Poemas de Teatro
"- Ela era impressionante. Para fazer o garoto de "Pega Fogo" enfaixava a região dos seios com tiras largas de esparadrapos. Depois de uma semana de representação, a pele saiu e ficou a carne viva. Ela teve de se enfaixar com tiras de pano. Cacilda sempre fez esses sacrifícios. Quando montamos "Maria Stuart" sofreu dores nos rins porque a roupa era pesada demais e a peça durava 3 horas e 15 minutos. Aos sábados fazia três sessões e, no domingo, duas. Exauria-se de cansaço. Representou "Arsênico e Alfazema" gravida de sete a oito meses. Esta é a Cacilda Becker que conheço há quase trinta anos".
" É indispensável a dedicação integral do ator à sua profissão, daí a importância da disciplina e, sobretudo, da vocação."
“Para mim, é o palco e a presença do público; sentir o público, a sua respiração. E, depois, seu contentamento ou seu descontentamento, não sei. Mas, em todo o caso, a sua presença"
" Nasci uma mulher bonita, mas, se você olhar o meu repertório, vai ver que fiz muitas mulheres gordas e feias. Fiz duas pequenas cirurgias plásticas, mas nunca mexi muito no corpo. Dizem que tenho corpo de garota. Vou ao espelho, olho e agradeço a Deus."
Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que leva a vida a parecer sempre um esboço. No entanto, mesmo esboço não é a palavra certa, pois um esboço é sempre o projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro.
"Lembro-me dela, uma moça que não comia, tinha a fragilidade de uma flor de estufa. Alimentava-se com um ovo cru e um pedaço de carne. Chegou a pesar 42 quilos. Ela nos preocupava. A Cacilda Becker que todos conheceram nos últimos anos era robusta perto daquela mocinha que conheci. Mas ela tinha a dedicação mais absoluta ao teatro, ao fenômeno de teatro, ao amor do teatro."
Quando a cena é muito repetitiva é preciso sair de trás dos panos do palco da vida e ser o telespectador da próxima peça de teatro e apagar os holofotes da ribalta (sina) e que a tua luz interna acenda e faça com que os olhos te tua alma enxerguem o próximo ato que o Pai reserva pra ti.
Mas, lembranças do quê? Embora a sensação seja intensa, a recordação não é nítida. É como se lembrassem algo que jamais existiu.
"O ator deve estabelecer uma relação amigável consigo mesmo, o conflito entre o EU artista e o EU humano são inevitáveis, e quando se torna insuportável esta briga entre mente e alma, saiba que, este é o melhor momento do ator."
É a normalidade que cria os atores do cotidiano: o marido atencioso, o filho obediente, o bom funcionário, a mulher ideal, o cidadão exemplar. Por isso a normalidade censura o louco, porque o louco desconhece o artifício de interpretar papéis; o louco é o próprio teatro.
“O sucesso do ator não está na quantidade de trabalhos que o ator faz; ele está na qualidade dos personagens que o ator escolhe fazer"
Nós somos atores da própria vida, interpretando papéis (máscaras, identidades) a todo momento, e nunca vivendo a vida verdadeira, natural e plena, que viemos viver.
A pena de morte por parte do estado é por si a publicação vergonhosa de incapacidade plena das leis, da cultura e da vida por liberdade.
A vida as vezes nos surpreende, nos prega peças, faz do nosso dia-a-dia um verdadeiro cenário em que nós mesmo somos os atores principais.
Eu não sou como eu fui. Eu não fui como eu deveria ter sido. Eu não me tornei o que eu deveria ter me tornado. Eu não mantive minhas promessas. Eu fui ao teatro. Eu escutei esta peça. Eu falei esta peça. E escrevi esta peça.
Se os dias forem pequenos capitulos, viva-os da melhor maneira. Se as pessoas forem os atores, atue da melhor maneira. Se a vida for uma história, escreva da melhor maneira.
Podemos afirmar, então, que se tratava de uma loucura inautêntica, desejada, como se a vida fosse um teatro onde as pessoas pudessem arvorar-se um papel e representá-lo enquanto lhes desse vontade.
Na grande peça da nossa existência, às vezes a vida é aquela diretora sagaz que adora inverter os papeis.
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