Coleção pessoal de profwvmetal

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(...) ⁠Tive de emprestar o meu nome a mim mesmo.

⁠Eu leio o texto. Começo a captar o sentido pelo passo da interpretação (posterior ao da leitura e anterior ao da compreensão). Posso não trazer a ideia do outro dentro de mim, me apropriar dela, me tornar seu seguidor fiel. Mas posso trazê-la perto de mim. Próxima de mim. Para observá-la com maior atenção e facilitar, assim, sua assimilação por minha parte.

⁠A Compreensão é sempre o exercício mais difícil. E eu vou vos dizer o porquê.

Compreender algo significa vê-lo em sua essência (enxergar seu âmago, sua alma), conhecer sua função, sua aplicação na vida. O motivo de algo ser o que é pelo tempo em que precisar sê-lo. Compreender, no entanto, não implica aceitar. Apenas conhecer algo (um conceito, uma ideia, um assunto etc.) em sua essência.

⁠Dizemos que as crianças têm atitudes infantis: brigam por qualquer coisa, viram a cara etc.
Nós, adultos, somos diferentes. Puxamos tapetes dos outros, fazemos fofoca, elegemos corruptos, apoiamos guerras...
Ah, Papai do Céu! Abençoai as Crianças do Mundo, Papai do Céu!

⁠ALUNO do Latim., ALUMNUS, literalmente “afilhado”, derivado de ALERE, “alimentar, nutrir”. Pais e professores devem dar suporte para que esses possam se nutrir de conhecimento.

Se a gente trocasse de políticos com a mesma intenção e frequência que troca de professores... A Educação, no Brasil, deixaria de ser um sonho antigo. Passaria a ser algo concreto. Válido. Útil.

⁠Seria sensato e até justo a um povo trocar de "governantes" como quem troca de professores.

⁠Creio que, pela direção que as escritas ocidental e oriental tomam, um dia encontrar-se-ão. Junto com ambas as Civilizações. Para nós nos olharmos por alguns segundos com um ar de curiosidade e reconhecimento tardio. Apertarmos as mãos. E vivermos todos numa Paz Duradoura. Ad infinitum. Oxalá.

Andar à velocidade da luz implica perda completa de massa – algo inconcebível a quem deseja manter suas moléculas unidas e sua integridade física intactas. Dito de outra maneira, de modo um tanto conciso (se eu dissesse "reducionista" assumiria minha incapacidade em fazer uso adequado da questão semântica), pode-se verter esse pensamento em um outro, com aspecto mais budista/objetivo possível:

⁠Se você for muito rápido, perderá a oportunidade de conhecer melhor o caminho.

⁠O que a escola realmente me ensinou de útil foi a necessidade de estudar.

As crianças já nascem conhecendo o mundo com particular intimidade. Elas apenas procuram, ao tatear as coisas à sua volta, ora engantinhando, ora mal se pondo em pé. Ocorre, por uma infelicidade da natureza humana, que elas têm contato com os adultos e... sua inocência se perde.

– Estamos dentro do Baú, Aninha. Como os Jovens de A Caverna do Dragão ao ingressar na Caixa de Zandora. Camila caminha conosco, de mãos dadas. Mas do lado de fora. Em pensamento. O Aqui e o Agora, Aninha, é absolutamente relativo. E O Silêncio-Que-Vem-Mais é a construção das paredes internas do Baú. Uma Viagem no Tempo sem tempo para perder. Vem, Aninha, vamos embora. Que esperar não é saber. Quem sabe sabe agora -- não espera para ver.

– Wellington! Wellington! É deveras um local estranhíssimo esse Baú. Teu amigo Didi deve estar doido para encontrá-lo e compreender o que esses vinte e seis anos ocultaram no Plano das Ideias. Foram expectativas sem fim.

– As quais compartilho até hoje, Aninha. Vem.

O "cimento" contido na palavra "conhecimento" não é garantia de sua solidez. Esta depende da aplicação do conhecimento que se adquiriu. Ou antes, como dizia Borges: "todas as teorias são legítimas e nenhuma tem importância. O que importa é o que se faz com elas."

Um escritor escrevive do que faz.

Na impossibilidade de ter um Mestre, toma bons livros e com eles aprenda. Na impossibilidade de ter bons livros, toma a tua própria mão e vai-te calmamente trilhando as veredas que lhe cabem seguir.

Subjetidades à parte, vejo no idioma espanhol a mais adequada forma de estabelecer uma conversa com o Infinito. Com os imortais da literatura universal. Com El Senõr Tiempo, hacia la Eternidad. (¡Viva Borges! Viva Servantes! Goya! Octavio Paz! Y más allá...)

Há pessoas que não se dão ao trabalho de julgar as outras. Elas simplesmente jogam. E ponto.

Outros mundos dentro de nós – ? Sim. As coisas que há fora de nós possuem um paralelo nas coisas que há dentro de nós – como nós também somos mundos e coisas...

Somos música – ou, de certa forma, os pais da música
que toca e amamos, que toca nossos corações e alma. Ela
– essa música – começa em nós, sim.

Somos geografia de nós mesmos – sim. Podeis apostar, Senhores. Podeis apostar e vereis o quanto há de verdadeiro nisso, Senhores. Apostai e constatai. Sim. [...]

Quão breve é o Agora?

Somente o Agora é Agora; o Agora é Fundamento contínuo (dada a efemeridade do Presente, que cadaveriza-se em Passado em relativa questão de minutos, horas, quiçá): está a eternamente construir-se.

Somente o Agora é Agora. Somente o Agora presentifica o Tempo (do) Presente.

Somente o Agora é Agora. Tão somente e, até agora, Sempre.

Somente – e por ora.

Tens de encontrar-te a ti mesmo, Autor. Vagas ora por florestas verbais, selvas de pedra, desertos urbanos. Persegues sonhos inacessíveis – poderás torná-los reais? Quiçá... Os livros escritos, a quantidade de textos publicados, nada disso garante êxito em novas empreitadas. Há, sim, muito o que se fazer. Continue.